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Fonte: Exame
[10/03/17]
Em crise, Correios vai fechar 250 agências em todo o país
Brasília – Os Correios anunciou que vai fechar aproximadamente 250 agências em
cidades acima de 50 mil habitantes nas cinco regiões do País. A estratégia de
fundir agências, antecipada pelo jornal “O Estado de S. Paulo”, faz parte de um
plano de economia que está sendo implementado pela direção da estatal para
reverter a crise enfrentada pela companhia, que acumula quatro anos seguidos de
prejuízo.
Segundo a empresa, pouco mais de 60 agências já foram incorporadas a outras
unidades. “O projeto para fusão de agências dos Correios em todo o País vai
tornar a rede de atendimento mais eficiente e melhorar a prestação de serviços à
população”, informou a empresa, em comunicado. De acordo com a estatal, as
mudanças serão feitas de forma gradual para minimizar os impactos aos clientes.
Atualmente, o Correios conta com 6.511 agências próprias. A estratégia da
empresa será ampliar a rede de agências franqueadas, pouco mais de mil hoje. O
presidente do Correios, Guilherme Campos, disse ao jornal que planeja criar a
figura de microempreendedor postal, uma pequena empresa que assumiria os
serviços postais em localidades menores.
Com o fechamento de agências próprias, o Correios economiza nos custos de
manutenção ou aluguel dos imóveis e no enxugamento do quadro de funcionários. As
agências franqueadas são selecionadas por meio de uma oferta pública e
remuneradas com um porcentual das receitas dos serviços. Atualmente, oferecem
quase todos os serviços postais das agências próprias, mas não atuam como
correspondentes bancários. Há negociações para que os franqueados possam também
oferecer serviços financeiros por meio do Banco Postal.
As outras duas ações de economia tocadas por Campos são o plano de demissão
voluntária (PDV) e a revisão da política de universalização dos serviços
postais, que obriga a estatal a estar presente em todos os municípios. O PDV
teve a adesão de 5 mil funcionários, o que deve gerar uma economia de R$ 500
milhões ao ano.O fechamento das agências está em consonância, segundo Campos,
com o enxugamento do número de funcionários.