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Leia na Fonte: Estadão
[01/11/12]
Nextel e CTBC comemoram aprovação do PGMC - por Rodrigo Petry, Eduardo
Rodrigues e Anne Warth
SÃO PAULO E BRASÍLIA - A aprovação do texto do Plano Geral de Metas de
Competição (PGMC) nesta quinta-feira foi comemorado por Nextel e CTBC. Em Nota,
a Nextel afirma que o PGMC representa um estímulo à competição no mercado de
telecomunicações móveis brasileiro. "Estamos certos de que o consumidor é o
maior beneficiado, pois terá mais escolhas de serviços com a qualidade que
deseja", diz a Nextel.
A Algar Telecom, empresa detentora da marca CTBC, informou em nota que apoia
iniciativas que visem aprimorar o cenário competitivo no setor de
telecomunicações brasileiro. "Neste contexto, entende o PGMC como uma ferramenta
que contribui com este objetivo", afirmou. "A empresa aguarda a publicação da
redação final do plano para avaliar todos os pontos e para se adequar a nova
regulamentação."
Por meio de suas assessorias de imprensa, Oi, Telefônica/Vivo, TIM e Claro
informaram que não iriam se pronunciar sobre a aprovação do PGMC. O Sindicato
Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (SindiTelebrasil)
também disse que não se pronunciaria neste momento, pois o PGMC atinge de forma
diferente cada associado.
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aprovou nesta quinta o Plano
Geral de Metas de Competição (PGMC) para o setor de telecomunicações. O
regulamento vai obrigar as maiores companhias do setor a compartilhar as
chamadas infraestruturas passivas de telecomunicações para empresas menores.
Elas terão de fazer chamadas públicas para vender para concorrentes parte da
capacidade de tráfego de suas redes de dados e espaço para a passagem por dutos,
valas e torres. A intenção é aumentar a competição no mercado e promover o uso
racional das estruturas já instaladas, obtendo, por consequência, preços mais
equilibrados.
O compartilhamento de torres e dutos segundo o Plano Geral de Metas de
Competição (PGMC) deverá ser feito pela Oi (Telemar), Telefônica/Vivo, Telmex
(Claro, Net e Embratel) e TIM. Caso não haja consenso entre as ofertas de
referência de venda dessas passagens no atacado, a Agência Nacional de
Telecomunicações (Anatel) poderá determinar o compartilhamento de 10% da
capacidade física desses ativos para o atendimento da demanda de outras
empresas.
Celulares
Na telefonia móvel, o PGMC determina medidas que podem baratear as ligações de
linhas de Claro, Oi, TIM e Telefonica/Vivo para operadoras de fora desse grupo
das quatro maiores do País, beneficiando os usuários de Nextel, CTBC e Sercomtel
a partir de janeiro de 2013. A Anatel mudou a metodologia de pagamento da
chamada tarifa interconexão nesses casos.
Dentro do grupo principal, no entanto, a agência manteve as regras atuais,
inclusive com a possibilidade de precificação diferenciada entre chamadas para
celulares da mesma operadora (on net) e as chamadas para as outras três
companhias (off net), no chamado "efeito clube". O órgão regulador lembrou, por
outro lado, que as tarifas de interconexão gerais do sistema já estão em um
processo de queda que começou este ano e irá até 2015.
O regulamento também trouxe medidas para o chamado roaming nacional. As
companhias Claro, Oi, TIM e Telefonica/Vivo terão que fazer ofertas de
referência para o uso de suas redes por clientes de outras operadoras,
beneficiando principalmente os usuários das regionais CTBC e Sercomtel em
viagens pelo País. Nesse caso, os clientes da Nextel serão menos favorecidos
porque a companhia já possui uma autorização nacional por parte do órgão
regulador.