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Leia na Fonte: Convergência Digital
[30/10/12]
Teles móveis vão à Anatel e pedem 'feriado regulatório' para o 4G - por Ana
Paula Lobo
O Plano Geral de Metas de Competição entrou na pauta de votação da Anatel - no
dia 1o/11 - e desperta já várias discussões no mercado. Em carta enviada à
agência reguladora, Oi, TIM, Claro e Vivo/Telefônica pedem que a discussão sobre
a retomada do bill and keep - mecanismo de remuneração de rede - que está no
PGMC seja retirado da discussão por um prazo de 18 a 24 meses. "Não se pode
beneficiar quem não não comprou licença 4G", adverte Mario Girasole,
vice-presidente regulatório da TIM.
O executivo, que nesta terça-feira, 30/10, participou do IV Seminário Telcomp,
realizado na capital paulista, lembra que se há a intenção de estabelecer o
'feriado regulatório' para a fibra óptica - a Anatel está dando um prazo de nove
anos ( pela proposta técnica) para que as concessionárias possam recuperar seus
investimentos - também é preciso levar isso para o 4G.
"Não se pode pensar só na banda larga fixa. Nós, as móveis, estamos apostando
muito e gastando muito com o 4G. Voltar o bill and keep - que é um mecanismo de
proteção de uso de rede para as entrantes - é penalizar quem endossou o projeto
do governo", afirou Girasole, referindo-se diretamente à decisão da Nextel de
não ir para o leilão 4G.
Mas há também a preocupação com novos entrantes, entre eles, empresas MVNOs -
que podem com o bill and Keep viabilizar suas operações no país, sem aportar um
único recurso para construção de redes. Segundo Girasole, a insatisfação das
teles móveis já foi exposta na carta- protocolada nesta segunda-feira, 29, na
Anatel.
"O marco regulatório tem que servir para todos. Não pode ser um shopping
regulatório que cada um vai na prateleira e escolhe um item para pegar e
apoiar", completou o vice-presidente da TIM.
O bill and keep é uma modalidade de acerto pelo uso das redes de outras
operadoras. Atualmente, o Brasil adota o full billing, ou seja, todo o uso de
rede externa é pago. Com a volta do bill and keep parcial, já adotado no país
anteriormente, o acerto se dá somente em caso de desbalanceamento. Pela proposta
da agência, se a proporção entre chamadas recebidas ou feitas para outras redes
ficar entre 60% e 40%, não há cobrança da taxa de interconexão.