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Leia na Fonte: Convergência Digital
[11/03/13]
PGMC: Teles definem fornecedores. Anatel quer sistema online até setembro -
por Luís Osvaldo Grossmann
Está com antigas prestadoras de serviços das teles, a tarefa de coordenar os
acordos sobre ofertas de atacado entre empresas com e sem poder de mercado
significativo. Além da ABR Telecom, em si uma entidade constituída pelas
próprias teles, a parte tecnológica ficará com a Cleartech – empresa oriunda do
CPqD e que já é parceira da ABR no sistema de controle da portabilidade
numérica.
Escolhas feitas começa agora o desenvolvimento dos software que darão
sustentação técnica à base de dados das ofertas de atacado e ao Sistema de
Negociação – o que pode muito bem ser considerado como o braço operacional do
Plano Geral de Metas de Competição. A primeira reunião da Cleartech com a Anatel
está agendada para a próxima sexta-feira, 15/3. O objetivo da Anatel é de que o
sistema esteja operacional até setembro deste ano.
O Sistema de Negociação é, na prática, o que dará a eficácia pretendida pelo
PGMC. Trata-se de um programa a ser acessado pela Internet onde serão
relacionados ofertantes e demandantes de ofertas de atacado em um mercado
relevante, permitindo o lançamento de ordens de compra e o controle dos prazos
para encerramento da negociação entre as partes.
Portanto, além de intermediar o processo relativo à contratação de produtos no
atacado ofertados pelos detentores de Poder de Mercado Significativo, essa
plataforma deve permitir o acompanhamento da fila de atendimento – além de dar
acesso para que tanto a Anatel como a própria Entidade Supervisora possam
acompanhar esse desdobramento.
Legado
Mas se a escolha das empresas responsáveis pelo “controle” das ofertas de
atacado foi superada, há alguns pontos do funcionamento do PGMC que ainda
resistem. Um dos mais importantes é a inclusão das ofertas de atacado já
existentes – ou seja, o passado de negociações. As teles preferiam não incluir
esse legado na base de dados.
A Anatel já sinalizou que essas informações deverão constar do sistema, mas
falta acertar quais as informações relevantes sobre esses contratos antigos
serão inseridas na base de dados. Do lado das empresas sem poder de mercado,
dados sobre as rotas, valores e SLAs acordados são essenciais para que possam
fazer comparações.
Outro ponto em negociação é o “custo da intermediação”. Embora o PGMC preveja
que as empresas com PMS devam arcar com o ônus da Entidade Supervisora, está em
discussão a cobrança de uma taxa (a princípio, de poucos reais) para uso do
Sistema de Negociação. Nesse terreno, por sinal, até aqui não foi divulgado
quanto será pago às duas empresas – ABR Telecom e Cleartech.
Em tempo: Vale lembrar que a ABR Telecom – que é uma parceria das teles
originalmente constituída para fazer a portabilidade numérica – já causou
polêmica durante a seleção da entidade responsável pela medição da qualidade da
Internet, no fim de 2011. A empresa chegou a convidar as demais concorrentes
pela “vaga” de entidade aferidora da qualidade para uma reunião, dentro da
Anatel, na qual seriam discutidos os planos de negócios dos competidores. Mais
tarde, foi alvo de uma petição pública para não ser escolhida como responsável
por verificar a qualidade das conexões brasileiras.