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Fonte: Tele.Síntese
[24/11/16]
Anatel quer definir o tipo de PTT que as teles serão obrigadas a conectar -
por Miriam Aquino
A Anatel aprovou hoje, 24, para consulta pública, a nova versão do Plano
Geral de Competição (PGMC). Como novidade, cria o mercado relevante de dados em
alta capacidade e de conectividade IP. Isso significa que as operadoras de
telecom com poder de mercado terão que fazer ofertas de preço isonômicas e
transparentes para todo o mercado. E terão novas obrigações. Entre elas, a
agência pretende ampliar a obrigação de conexão de PTTs (que hoje está restrita
a um PTT por DDD), mas antes quer definir qual seria o PTT merecedor dessa
conexão obrigatória.
O conselho diretor da Anatel aprovou hoje, 24, a proposta da nova versão do
Plano Geral de Metas de Competição (PGMC), que será submetida a consulta pública
por 60 dias, além de uma audiência pública. O documento aprovado tem como base o
voto do relator Aníbal Diniz, com as mudanças feitas pelo revisor, conselheiro
Igor de Freitas.
Uma mudança importante frente ao PGMC atual – documento que estabelece quais são
os mercados e que empresas devem sofrer maior nível de regulação para controlar
as falhas na competição – a merecer a atenção especial da agência: o de dados em
alta capacidade e de conectividade IP
Nesse segmento, a proposta da agência para os municípios na categoria 2 (aqueles
onde a competição é moderada, e por isso basta a aplicação de medidas
assimétricas mínimas) é que as empresas com Poder de Mercado Significativo (PMS)
façam ofertas de preços transparentes, isonômicas e não discriminatórias.
Nos municípios da categoria 3 ( municípios pouco competitivo, e sujeitos a
medidas assimétricas mais ostensivas) e 4 (municípios naturalmente não
competitivos), as operadoras dominantes terão que se submeter a replicabilidade
das ofertas de varejo à avaliação dos preços dos produtos de atacado.
Mas não será só isso, explicou o conselheiro Igor de Freitas. Na consulta
pública, a agência está formulando diferentes perguntas conceituais, para, no
final, estabelecer a obrigatoriedade de conexão aos PTTs (Pontos de Troca de
Tráfego à Internet) que tiverem as especificações da Anatel.
“Todo mundo quer se conectar no PTT de São Paulo, porque lá tem tráfego e estão
todos os call centers. O projeto Ix.Br, do Comitê Gestor da Internet, é
bem-sucedido, mas cabe à Anatel construir uma política de topologia de rede no
Brasil. E por a Telebras, a RNP, o Serpro ou qualquer outra entidade não pode se
candidatar a construir PTTs em municípios de menor porte?, indaga ele,
entendendo que a consulta pública pode ajudar o conselho na formulação dessa
topologia.