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Fonte: Convergência Digital
[24/01/17]
Consulta da Anatel reforça pequeno provedor como empresa sem poder de mercado
- por Luís Osvaldo Grossmann
Na discussão em andamento sobre o novo Plano Geral de Metas de Competição avança
a ideia de um novo conceito para os pequenos provedores. Embora a Anatel não
tenha mais uma proposta pronta sobre o tema, as sugestões caminham para um
enquadramento como pequeno de todos os que não são capazes de exercer poder de
mercado, ou mesmo que o façam limitadamente.
Até aqui, são considerados pequenas pela Anatel aquelas empresas com menos de 50
mil clientes. Mas há problemas com esse critério. “Essa definição não é
compatível com a dinâmica do setor e claramente não tem funcionado.
As empresas que passam de 50 mil acessos não querem dar essa informação e perder
o status”, admite o gerente de regulamentação da agência, Nilo Pasquali.
Originalmente, a proposta do PGMC previa considerar como prestadora de pequeno
porte todas as empresas que não possuam Poder de Mercado Significativo – ou
seja, aqueles que por deterem infraestrutura, forte presença e verticalização
acabam sendo capazes de prejudicar o surgimento de competidores.
Essa classificação, porém, foi considerada muito abrangente e a consulta pública
do PGMC apenas abriu caminho a sugestões sobre que critério utilizar. E até
aqui, pelo que já vem recebendo de contribuições, a ideia é combinar esse
conceito de poder de mercado, mas com diferenciação entre empresas mesmo com
PMS.
Com isso, vai sendo indicada uma classificação na qual as prestadoras de pequeno
porte são as empresas sem PMS, ou ainda aquelas com PMS que no entanto tenham
participação menor. Na prática, significa dizer que não são os grandes grupos do
setor – notadamente aqueles que incluem as concessionárias do STFC, como Oi,
Telefônica (Vivo) e Embratel (Claro). Empresas como Algar ou mesmo a Copel (que
ganhou PMS pela rede de dados), ficariam como pequenas, ainda que tenham PMS em
áreas restritas.