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Leia na Fonte: Teletime
[24/01/17]
Anatel discute regulamentos de competição e enfatiza necessidade de regulação
assimétrica - por Samuel Possebon
A Anatel realizou nesta terça, 24, audiência pública para discutir as consultas
dos novos Plano Geral de Metas de Competição (PGMC), Regulamento de Interconexão
e Homologação de Oferta de Referência de Produtos ao Atacado (Horpa). A primeira
notícia é que as consultas, pelo menos no caso do regulamento de Interconexão e
do PGMC, foi adiada para o dia 22 de março, e possivelmente a agência deverá
fazer um workshop sobre esses regulamentos para explicá-los mais em detalhes.
Durante a apresentação, o superintendente de competição, Abraão
Balbino e Silva, reiterou que os regulamentos trazem uma nova abordagem
regulatória da agência, que trata de maneira assimétrica os agentes em função do
poder de mercado significativo, da categoria dos municípios e da infraestrutura.
"A relação entre um pequeno e um grande provedor em Brasília não é a mesma do
Nordeste, por exemplo. Não podemos olhar o setor de maneira uniforme. É preciso
analisar o país de forma mais setorizadas e o PGMC vai pautar os demais
mecanismos". A explicação é em linha com o que a Anatel está buscando com o novo
planejamento estratégico, conforme
entrevista do conselheiro Igor de Freitas a este noticiário.
Em sua apresentação na audiência pública (disponível
aqui), Balbino explicitou os mercados relevantes que a Anatel está
considerando, como está a classificação dos players em relação à situação de
Poder de Mercado Significativo em cada cluster de municípios e as inovações,
como a regulação do mercado de transporte de alta capacidade (links), a revisão
do conceito de Provedor de Pequeno Porte (PPP) e roaming.
Pequenos
A Anatel, originalmente, havia pensado em indicar uma mudança na forma como os
pequenos operadores são tratados. Qualquer empresa que não fosse considerada PMS
em algum mercado seria, para efeitos regulatórios, um provedor de pequeno porte.
Isso significa que muitas das obrigações não se aplicariam a essas empresas,
como hoje acontece com empresas com menos de 50 mil clientes. Balbino disse que
o conselho diretor optou por discutir mais a fundo essa questão com os
interessados e é possível que o conceito de PPP se amplie ainda mais. A Anatel
tende a considerar um provedor de pequeno porte mesmo aquele que tenha Poder de
Mercado Significativo em mercados muito específicos. É o caso da Copel, por
exemplo, que tem presença econômica relevante em um número limitado de
municípios. "Esse debate está sendo feito ainda com os diferentes agentes e mais
adiante poderemos dizer como vai ficar, mas a ideia é ampliar o enquadramento de
PPP para a maior quantidade de empresas", disse o superintendente.