Segundo ele, a companhia já estuda a tecnologia Power Line Communication (PLC)
indoor - só dentro da casa ou do prédio - há cerca de um ano. Nos primeiros
testes, ele conta, "a tecnologia deixava a desejar em relação à
interferência de outros eletrodomésticos". A conexão era boa até que outro
aparelho eletrodoméstico fosse ligado na casa.
A nova geração de equipamentos, entretanto, permite conexões a 200 Mbps - na
anterior a velocidade era de 14 Mbps - e trouxe uma novidade para minimizar
as interferências: uma técnica de modulação usada para a transferência das
informações cujos dispositivos utilizam múltiplas portadoras, ao invés de
uma única, na versão anterior.
"Não há como eliminar 100% da interferência, mas é possível minimizar
bastante", afirma o consultor. Os fabricantes dos chipsets também tiveram o
cuidado, nas versões mais recentes, de filtrar a banda dos radioamadores,
outra medida para reduzir interferências.
A Brasil Telecom testou duas fabricantes de chipsets nos pilotos realizados
em seus laboratórios: a espanhola DS2 e a americana Intelom. "Os resultados
foram semelhantes e bastante satisfatórios", segundo Nascimento, o que
mostrou que a tecnologia é viável.
"A vantagem é que cada tomada de uma casa pode ser um ponto de internet",
ressaltou. A intenção da Brasil Telecom é que o PLC indoor seja parte do
pacote de banda larga que vai oferecer a partir de setembro, com a IPTV,
para que o usuário não tenha restrições para assistir a programação,
enquanto um irmão estiver navegando na internet ou mandando e-mails, por
exemplo.
No caso da tecnologia indoor, ele explica que a operadora não precisa de
acordo com a companhia de energia elétrica, já que fica restrita à casa do
usuário. "Só é preciso homologar o serviço e os equipamentos na Anatel",
esclareceu.
Segundo ele, a Brasil Telecom "é a primeira a fazer testes com a tecnologia
de forma mais elaborada" e a intenção é lançá-la comercialmente em toda a
sua região. "Não há limites geográficos", reiterou.