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Fonte: Tele.Síntese

[27/08/08]  
Indústria está otimista com regulamentação de PLC - por Bruno De Vizia  
 
O regulamento sobre condições de uso de sistemas de acesso em banda larga utilizando rede de energia elétrica, submetido à consulta pública pelo conselho diretor da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), foi bem recebido pela indústria, e deverá atrair investimentos para a tecnologia. Conhecido como PLC ( Powerline Communication, em inglês) a tecnologia permite a transmissão de dados utilizando redes de energia de média e baixa tensão das concessionárias de fornecimento de luz, para transmissão de dados. O usuário acopla à rede elétrica, pela tomada de energia, equipamento (modem) que insere sinais de dados, sem interferir na carga de luz elétrica.
 
Para Paulo Pimentel, diretor da Aptel (Associação de Empresas Proprietárias de Infra-estrutura e de Sistemas Privados de Telecomunicações) e presidente do Forum PLC Brasil, “essa regulamentação deve estimular as empresas interessadas neste mercado, porque antes estavámos todos na incerteza, sem saber como seriam as regras.” Ele destaca que a necessidade de regulamentação não é de agora e que, sem legislação, não havia tranqüilidade para as empresas desenvolverem seus projetos comerciais. “Basicamente todas as empresas do setor elétrico já fizeram testes, e só aguardavam a certificação dos equipamentos, e o documento de uso, para saber como deverá ser utilizada a tecnologia”.
 
Ele lembra que até 2005 havia a homologação da primeira geração de equipamentos, a qual foi aproveitada por apenas um fabricante. “Hoje os equipamentos estão muito evoluidos. Naquela época a média de transferêcnia de dados era de 45 Mbps, em condições ideais, e atualmente, nestas condições, os equipamentos atingem até 200 Mbps”, diz Pimentel. Ele diz que diversas fabricantes desenvolveram equipamentos de PLC, dentre elas cita: Corinext, Mitsubishi, Panasonic, “que está lançando não só equipamentos de PLC, mas está embutindo o chip em televisores, e home-teathers”, e a Current, que “já está preparada para fazer grandes projetos no Brasil”.
 
Já Orlando Cesar de Oliveira, consultor da Copel Telecom, acredita que a regulamentação “embora atrasada em relação a outros países, coloca as empresas de energia elétrica no cenário do mercado de telecomunicações, e estas empresas poderão resolver um grande problema nas telecomunicações hoje, que é a rede de acesso ao usuário.” Como o PLC foi uma tecnologia concebida para fazera  última milha, ele avalia que “é uma grande alternativa à ADSL”. Ele destaca ainda que o PLC permite um sistema diferenciado de cobrança, e informa que a Copel “vai demonstrar que é possível cobrar pela média de uso, e não pela conexão oferecida, por meio de seu WoD (Rede sob Demanda, na sigla em inglês), cuja tarifação é feita aos moldes da cobrança por energia elétrica, ou seja, só se paga o que usa, e quem usa menos paga menos, quem usa mais pagará mais. É um sistema mais justo”, conclui o executivo.