Fonte: INFO Online
SÃO PAULO - Texto que será votado pela Anatel prevê que empresas de energia
como Copel e Eletropaulo possam oferecer conexão à web.
A Anatel, agência que regula o setor de telecomunicações no Brasil, concluiu
no final de outubro uma consulta pública que recebeu 450 sugestões de
empresas e cidadãos para criar as regras que vão regular a exploração da
banda larga por rede elétrica no país.
O texto atual prevê que concessionárias de energia elétrica possam oferecer
diretamente ao consumidor planos de banda larga. Uma possibilidade também
contemplada no texto é a formação de parcerias entre empresas de energia e
concessionárias de serviço banda larga.
Neste segundo modelo, empresas tradicionais do mercado de banda larga
poderiam oferecer conexão ao usuário, porém explorando a infra-estrutura das
elétricas e dividindo receitas com elas.
Para definir as regras do setor, técnicos da Anatel acompanharam
experiências piloto de banda larga pela rede elétrica (chamada de PLC, Power
Line Communications) em várias regiões do país, como Restinga, em Porto
Alegre e Barreirinhas, no Maranhão. Tecnologias em uso no exterior, como
modelos de PLC explorados no Texas, Estados Unidos, e na Espanha, foram
avaliados.
Esta semana, no dia 13, uma empresa do grupo Eletropaulo, a AES Eletropaulo
Telecom vai demonstrar um apartamento com conexão que chega pela rede
elétrica. A empresa deverá anunciar na data seu plano de negócio para
explorar o serviço.
Para usar web por PLC, o usuário deve ter um modem específico. No Brasil, a
Panasonic já exibiu alguns modelos de modem capazes de conectar PCs à banda
larga só pela rede elétrica.
Viabilidade econômica
O uso de linhas de transmissão de energia para conectar um usuário até um
servidor deverá superar não só as barreiras regulatórias, mas também
econômicas.
Em áreas como as regiões centrais de grandes cidades a tecnologia pode
revelar-se pouco interessante, visto que já há nestas regiões
infra-estrutura de DSL, cabo e fibra óptica disponível.
Em localidades distantes, como pequenas cidades no interior do Brasil ou
mesmo na periferia de grandes centros, o PLC deve revelar-se economicamente
mais atraente, pois nestas localidades seria mais barato explorar as linhas
elétricas para transmissão de dados, uma vez que a infra-estrutura elétrica
já está pronta.