A Associação de Empresas Proprietárias de Infra-Estrutura e de Sistemas
Privados de Telecomunicações (Aptel) considera essencial garantir que os
sistemas e equipamentos de PLC (Power Line Communication), que permite o
serviço de banda larga por redes de energia elétrica, operem em uma faixa de
80 MHz, e não 50 MHz, como propôs a Anatel na consulta pública para
estabelecer regras para o serviço.
Segundo a Aptel, esse ponto precisaria ser alterado. No entender da
associação, é importante que essa faixa seja mais ampla e alcance até 80
MHz, visando uma melhor administração do espectro de radiofreqüência. Um dos
principais argumentos da Anatel para a limitação até 50 MHz é o temor de que
a PLC interfira em outros equipamentos ou tecnologias.
A associação entende, porém, que a tecnologia PLC avançou muito nos últimos
anos, tanto quanto as técnicas de mitigação de interferências
eletromagnéticas. "Um recurso como o Power Mask, presente nos atuais
equipamentos, permite por exemplo que cada subportadora do sistema BPL tenha
sua potência regulada e até mesmo desligada, se necessário", pondera
Marinho.
O artigo 9 do documento da Anatel, referente às faixas de exclusão para uso
de equipamentos PLC, como garantia de não interferência nas radiofreqüências
utilizadas pelo Serviço Móvel Aeronáutico e Radioamador, também parece
excessivo para a Aptel. Além de comprometer a capacidade de transmissão dos
sistemas BPL, exigindo que uma grande quantidade de subportadoras seja
suprimida, trará prejuízo à qualidade dos serviços prestados e
conseqüentemente inviabilizará o uso comercial da tecnologia PLC no Brasil.