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Fonte: Convergência
Digital
[30/09/08] Intelig
adverte Anatel sobre regulamentação do PLC - por Luiz Henrique Ferreira
A Intelig acredita que o caminho trilhado pela Anatel com a proposta de
regulamentação do PLC (Power Line Communication) é perigoso e pode exigir novas
regulamentações específicas para cada nova tecnologia que vier a surgir. A
manifestação da Intelig faz parte das contribuições à consulta pública sobre a
proposta de regulamentação das condições de uso do sistema de acesso em banda
larga utilizando a rede de energia elétrica.
A consulta se encerrou nesta segunda-feira (29), e as contribuições estão
disponíveis a partir desta terça-feira (30), na página da Agência. Segundo a
Intelig, o posicionamento da Anatel coloca em risco o efeito das novas
tecnologias sobre a competição, uma vez que o tempo que a agência irá levar para
regulá-las certamente anulará a vantagem que elas proporcionariam.
A Intelig sugere, em sua contribuição, a retirada da menção ao serviço que
deverá ser prestado por meio da rede de energia elétrica, ou seja, serviços
baseados no SCM (banda larga), mantendo o termo genérico "serviço de
telecomunicações". Dessa forma, o regulamento passaria a ser editado como
"Regulamento sobre Condições de Uso da Oferta de Serviços de Telecomunicações
utilizando Rede de Energia Elétrica".
O segundo ponto levantado pela empresa diz respeito à transparência que deve ser
dada à oferta da rede de energia elétrica às operadoras de telecomunicações.
Segundo a Intelig, as prestadoras de telecomunicações possuem hoje uma série de
amarras (desde oferta pública até preços tabelados) para a exploração industrial
de suas redes.
Paraa Intelig, tais obrigações, conquistadas ao longo do tempo, são um passo no
caminho da justa competição, por isso esse espírito deve ser preservado. No
entanto, ocorre que as concessionárias de energia elétrica não estão sujeitas à
regulamentação da Anatel, salvo se forem prestadoras de algum serviço de
telecomunicações.
Por isso, a prestadora sugere que o texto seja expedido na forma de resolução
conjunta, assim como aconteceu com o regulamento para compartilhamento de
infra-estrutura entre os setores de Energia Elétrica, Telecomunicações e
Petróleo. De acordo com a Intelig, tal resolução traria mais segurança jurídica
para a questão regulada, visto que isso abarcaria os dois órgãos reguladores
afetados, Anatel e Aneel.
A Intelig defende ainda a necessidade de colocar no texto mecanismos que busquem
garantir a transparência do acesso às redes de energia elétrica disponíveis a
todos os interessados. A empresa sugere a adoção de mecanismo de publicidade já
constante na Resolução Conjunta nº. 01, no seu artigo 9º, como forma de dar a
devida transparência à oferta de rede de energia elétrica disponível para se
prestar serviços de telecomunicações.