WirelessBRASIL |
|
WirelessBrasil --> Bloco Tecnologia --> PLC - Power Line Communication --> Índice de artigos e notícias --> 2009
Obs: Os links originais das fontes, indicados nas transcrições, podem ter sido descontinuados ao longo do tempo
Leia na Fonte: Gazeta do Povo
[27/08/08]
Internet via rede da Copel pode chegar em 2011 - por Cristina Rios
Estatal programa investir US$ 400 milhões e atender 30% da população paranaense
com a nova tecnologia
A Companhia Paranaense de Energia (Copel) deve iniciar no próximo ano os testes
comerciais de acesso à internet por banda larga e também para transmissão de
vídeo e voz por meio da rede de energia elétrica. O último passo regulatório que
faltava para permitir a exploração comercial dessa tecnologia, conhecida como
Power Line Communications (PLC), foi dado anteontem com a aprovação, pela
Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), das regras a que estarão sujeitas
as distribuidoras de energia. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) já
havia regulamentado a sua parte nessa tecnologia. Segundo Orlando Cesar de
Oliveira, coordenador do empreendimento PLC da empresa, os investimentos podem
chegar a US$ 400 milhões, o suficiente para atender 30% da população do estado.
De acordo com ele, a Copel deve decidir no próximo ano, após os testes
comerciais – que devem envolver entre 3 mil e 10 mil usuários –, se vai de fato
investir na tecnologia. Se o projeto for aprovado pela direção da companhia,
Oliveira diz que é possível começar a oferecer o serviço em escala a partir de
2011.
* Saiba mais
* Internet via rede elétrica deve demorar "alguns meses", dizem especialistas
* Aneel aprova distribuição de internet e TV por assinatura pela rede de energia
Pioneirismo
A Copel é a distribuidora que está mais adiantada nos testes da PLC, usada hoje
em mais de 20 países. A estatal foi a primeira a testá-la no país, ainda em
2001, com 50 domicílios de Curitiba. Desde abril, 300 domicílios do município de
Santo Antônio da Platina, no Norte Pioneiro, vêm usando gratuitamente o modelo.
Oliveira diz que a Copel tem condições de oferecer uma velocidade altíssima de
internet – de pelo menos 20 megabits por segundo (Mbps), quase dez vezes
superior à média oferecida no mercado de banda larga – a valores bem mais
acessíveis.
Algumas adaptações serão necessárias para o funcionamento da PLC, como a
instalação de roteadores nos postes de energia para direcionar a transmissão de
dados e a instalação de modems na casa ou no escritório dos clientes, parecidos
com os aparelhos que as empresas de telefonia ou de tevê a cabo já usam para
fornecer acesso à internet.
A nova tecnologia deverá estimular a concorrência e ampliar a oferta do serviço
de internet via banda larga, já que a rede de energia elétrica tem uma cobertura
maior do que as outras tecnologias disponíveis.
Pelas regras da Aneel, as distribuidoras terão que criar subsidiárias para atuar
na área, mas a estatal paranaense já possui o seu braço para o segmento, a Copel
Telecomunicações. A agência também determinou que 90% do lucro obtido pelas
distribuidoras com a exploração da tecnologia PLC terá de ser repassado aos
consumidores de energia elétrica. Esse repasse será feito nas tarifas cobradas
pelo fornecimento de luz.