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Fonte: INFO
[18/02/09] Banda larga
a 110 volts - por Rosa Sposito, da INFO
A mesma tomada em que você liga o carregador de bateria do notebook, o
micro-ondas e a TV também começa a trazer a conexão de banda larga. Pelo menos
nos 150 apartamentos que estão testando a internet por rede elétrica no piloto
da AES Eletropaulo Telecom, em São Paulo.
É a tecnologia BPL (Broadband Power Line), na sigla usada nos Estados Unidos, ou
PLC (Power Line Communication), na da Europa, um novo concorrente para o ADSL, o
cabo, o satélite e o 3G. Parte do grupo de energia AES, a empresa pretende
fornecer a solução para as operadoras, que comercializarão o serviço nas casas.
Sob a coordenação da engenheira Teresa Vernaglia, 43 anos, diretora-geral da AES
Eletropaulo Telecom, a companhia investiu 20 milhões de reais no projeto. Veja o
que ela contou a INFO.
- Como a banda larga por rede elétrica vem sendo testada?
Teresa - Iniciamos os testes em 20 prédios na região de Moema, em São Paulo, em
novembro de 2007. Na fase seguinte, ampliamos a cobertura para 300 prédios, com
15 mil domicílios, em mais dois bairros: Cerqueira César e Pinheiros. São
regiões já atendidas principalmente por ADSL e cable modem e com usuários
bastante críticos.
- Quantos usuários vocês têm hoje?
São mais de 150 apartamentos, todos residenciais. Eles não pagam pelo serviço,
estão nos ajudando a avaliar a tecnologia na vida real, para que a gente possa
ter certeza, por exemplo, que o modem funciona em qualquer tomada.
- O uso de banda larga na rede elétrica trará aumento na conta de luz?
Não, só o que consome energia é o modem. O fato de os dados estarem passando
pela rede elétrica não afeta o consumo de energia. Eles simplesmente usam a
mesma rede.
- Houve casos de interferência na transmissão de dados quando alguém liga um
secador de cabelos ou um liquidificador, por exemplo?
Avaliar a performance do serviço no ambiente real foi justamente um dos
objetivos dos testes. Observamos que existem situações em que um ou outro
eletrodoméstico influencia na performance. Mas, quando isso acontece, existe um
filtro que é colocado na tomada e elimina a interferência.
- Quando começará a oferta comercial da banda larga por rede elétrica?
Estamos conversando com várias operadoras e acreditamos que essa solução estará
sendo vendida no primeiro trimestre deste ano.
- Tecnicamente, como funciona o BPL?
Os dados vêm pela rede de fibra óptica e, ao chegar embaixo de um transformador,
passam por um gateway, que modula o sinal óptico e injeta na rede elétrica de
baixa tensão. Cada transformador alimenta um grupo de residências ou prédios. No
edifício, o sinal é transferido para a rede elétrica interna, de forma que todas
as tomadas de todos os apartamentos passam a ter esse sinal disponível. Com o
modem que fica plugado na tomada, o sinal é extraído da rede elétrica e
convertido novamente em dados, que vão para o computador por meio do cabo de
rede Ethernet.
- Foi preciso instalar mais fibra óptica para atender aos 300 prédios do teste?
Instalamos 70 quilômetros de fibra óptica. Foi um complemento para estender a
fibra da nossa rede até o transformador, que fica na rua. Do transformador até o
prédio usamos a rede de baixa tensão, que ilumina as residências.