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Leia na Fonte: Convergência Digital
[28/10/11]
Com redução da VU-M, TIM cobra intervenção na oferta do atacado - por Ana
Paula Lobo
Apesar de fazer uma análise bastante cautelosa - está à espera da publicação dos
regulamentos, o que deve acontecer nesta segunda-feira, 31/10- a TIM Brasil, no
caso da tarifa de interconexão (VU-M), diz que a Anatel precisa definir os
custos da oferta de rede no atacado o quanto antes.
"É assimetria necessária para evitar que o poder dominante siga em vantagem",
diz Mário Girasole, diretor de Assuntos Regulatórios da TIM Brasil. Quanto às
regras de qualidade na banda larga, o executivo contesta usar medidas iguais
para banda larga móvel e fixa.
Em entrevista à CDTV, do Convergência Digital, nesta sexta-feira, 28/10,
Girasole admite que a Anatel está desenhando um novo e importante cenário para o
setor de Telecom no Brasil. Mas reforça que o custo da tarifa fixo-móvel não é o
único senão para baixar o preço para o consumidor.
"É claro que baixar a tarifa de interconexão vai refletir no preço do usuário.
Mas a grande barreira do fixo-móvel é o telefone fixo", sustenta. "É preciso ter
o telefone fixo, pagar a assinatura básica, que é um custo muito elevado para o
consumidor", alfineta o diretor da TIM.
A partir de 2012, a Anatel vai colocar em prática uma política de redução das
tarifas cobradas nas ligações entre telefones fixos e móveis. Com implantação
gradativa, a ideia é que até 2014 o preço por minuto desse tipo de chamada seja
reduzido em 21% – dos atuais R$ 0,54 para R$ 0,42.
Girasole evitou falar sobre os possíveis impactos financeiros na receita da TIM.
"Essas contas ainda precisam ser feitas". Mas reiterou que se não houver uma
ação efetiva da Anatel para regular a oferta do atacado, o regulamento da VU-M
será 'uma medida assimétrica ao contário. Manterá o benefício das empresas de
poder dominante".
Sobre possíveis ações judiciais para contestar as regras da Anatel, o diretor da
TIM manteve a cautela. "Só lendo os regulamentos". Mas salientou que, agora, o
dinheiro da GVT - que tem depositado as tarifas de interconexão judicialmente
por contestar o preço da VU-M - deve ser liberado para as teles. "Não tem mais
necessidade desse dinheiro ficar retido. A Anatel já decidiu. É hora de
receber", acrescenta Girasole.
Sobre os regulamentos de banda larga, o diretor da TIM Brasil diz que é um
equívoco equiparar banda larga móvel à fixa. "Uma é compartilhada (móvel), a
outra é dedicada", sustenta. Mas ressaltou que uma avaliação mais detalhada só
poderá ser feita com a leitura dos regulamentos.
Todas as operadoras de Telecom foram procuradas pelo Convergência Digital. A Oi
preferiu enviar um comunicado oficial. Nele, a tele diz que a carga tributária é
o grande peso no custo final do serviço para o conusmidor e questiona a forma
adotada na redução da tarifa de interconexão.
"A Oi avalia que, como na composição do valor da ligação na telefonia móvel a
carga tributária é o item mais significativo, a redução dessa carga traria o
benefício de maior impacto para o consumidor. A companhia entende também que a
decisão de reduzir a tarifa de interconexão da rede móvel (VU-M) é positiva,
embora não tenha ocorrido de forma a assegurar a recomposição necessária da
margem para as concessionárias de telefonia fixa, que pagam o custo da VU-M",
diz a nota.
Também por meio de nota oficial, a GVT diz que a decisão da Anatel 'interrompe
uma trajetória de aumentos sucessivos de tarifas que,hoje, é uma das mais
elevadas do mundo". Mas diz que apesar da proposta, ao final dos três anos da
transição, a tarifa de interconexão se manterá ainda como uma das mais caras do
mundo.
Para a operadora, diz a nota oficial, 'é urgente a implementação de procedimento
de fixação dessa tarifa baseada em custo" para permitir uma tarifa justa para as
chamadas fixo-móvel. Só assim, completa a GVT, os valores brasileiros vão ficar
alinhados com os demais países do mundo. A Claro informou, por meio de sua
assessoria, que não iria se pronunciar neste momento. Vivo e Embratel - não
responderam à solicitação da reportagem.