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Leia na Fonte: Telcomp
[06/11/12]
Mercado de capitais reage bem às medidas propostas pela ANATEL no PGMC
Confiram alguns comentários de bancos de investimentos que cobrem o setor de
telecomunicações divulgados ontem 5 de novembro de 2012:
UBS Securities LLC
VU-M: Apesar do corte da VU-M ter sido maior em 2014 e 2015, para 2013 o corte
de 10% já estava previsto no regulamento anterior e foi mantido com
transparência e previsibilidade.
Previsibilidade: O PGMC traz um regramento mais claro e transparente para os
próximos anos, o que deve ter impacto positivo sobre o setor com redução de
riscos e reforçando a previsibilidade do cenário regulatório.
Cortes Graduais da VU-M: A escolha por cortes graduais foi oportuna já que há um
período para equilibrar a perda de receita de interconexão com aumento do MOU e
receitas de dados.
Redes Fixas: As regras de compartilhamento de infraestrutura passiva e de
unbundling foram positivas para as empresas que dependem do acesso a essa
infraestrutura, enquanto com o feriado regulatório de 9 anos para os
investimentos em fibra não devem haver alterações nas estratégias das empresas.
CITI Corretora
O anúncio retira do mercado incerteza relevante e se espera que a dependência
das tarifas de interconexão diminuam ao longo do tempo.
A redução do custo das ligações deve aumentar o fluxo (aumento de MOU),
compensando parte da perda de receita via aumento no volume.
BTG Pactual
VU-M: O aperto de queda da VU-M foi melhor recebido e é mais fácil de precificar
do que uma possível mudança no regime de terminação entre as empresas com PMS.
VU-M (PMS-Não PMS): A medida deve intensificar o ambiente competitivo no
segmento pós-pago com preços de ligação off-net mais baratos. Ao mesmo tempo
aponta que as empresas menores não têm participação suficiente para mudar a
dinâmica do mercado.
Bradesco
VU-M (Previsibilidade): Apesar de estimular a competição e pressionar as
margens, a ANATEL não mudou a regra da VU-M para 2013 contribuindo para a
previsibilidade dos resultados.
VU-M: O fato de não ter sido mudado o regime de interconexão entre empresas com
PMS (permanecendo o full billing) foi positivo evitando guerra de preços nas
ligações off-net. Ao mesmo tempo a iniciativa dá sinais e tempo para que as
empresas mudem as suas campanhas, que hoje estão baseadas na chamada on-net.
Itaú BBA
Previsibildade: O anúncio não trouxe uma novidade em relação ao que já era
esperado pelo mercado.
VU-M (queda gradual): O fato da queda da VU-M ser gradual é positiva, já que se
trata de uma questão sensível ao setor. As operadoras devem sofrer impacto com a
queda da VU-M, mas se espera que a queda de preços tenha reflexo no aumento de
demanda (aumento do MOU devido à elasticidade da demanda) e que se intensifique
a substituição de telefones fixos por móveis (aumentando receita).
VU-M (PMS-Não PMS): A medida aumentará a competitividade dos pequenos
operadores, mas não alterará significativamente a dinâmica do setor.
Barclays
VU-M: Apesar das mudanças serem significativas, ao longo do tempo o impacto deve
ser mitigado pela própria dinâmica do setor, em especial no que tange ao padrão
de tráfego. Espera-se que em 2015 a interconexão represente algo em torno de
5-10% das receitas com serviços móveis, o que reduz o impacto da queda da VU-M,
e que a receita com serviços de dados continuará crescendo.
VU-M (redução de FISTEL): A redução da VU-M deve levar a uma queda dos preços de
chamadas off-net, eliminando a necessidade de consumidores possuírem diversos
chips SIMs. Essa redução do número de SIMs deve representar uma queda do número
de assinantes e de pagamento de FISTEL, que representa algo em torno de 7% das
receitas de serviços (custo relevante para as empresas já que estima-se que
entre 25% – 40% dos assinantes hoje tem mais de um chip).