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Leia na Fonte: Convergência Digital
[18/04/16]
Proteste adverte que a Anatel não tem competência para regular internet -
por Luís Osvaldo Grossmann
Ao meter a colher nas práticas da oferta de acesso a internet, a Anatel volta a
invadir uma competência que não é sua, ao ditar normas para provedores de
conexão. O argumento, que volta à baila com a cautelar expedida pela agência
sobre a banda larga fixa, também será levado ao Judiciário, na ação que já
questiona a legalidade da nova prática das empresas.
“Com o despacho sobre os planos de internet, a Anatel legitima a cobrança
adicional ou bloqueio do acesso ao fim da franquia de dados, o que entendemos
proibido pelo Marco Civil da Internet, e ainda quer avançar sobre a internet ao
tratar de uma relação jurídica entre consumidor e provedor, que é serviço de
valor adicionado e não regulado pela agência”, sustenta a advogada da Proteste,
Flávia Lefèvre, que também integra o CGI.br e o Conselho Consultivo da Anatel.
A partir desse entendimento, a Proteste vai questionar o posicionamento da
agência reguladora de telecomunicações no processo que já tramita na 5a Vara
Empresarial do Rio de Janeiro sobre o bloqueio da conexão ao fim da franquia, na
internet fixa e móvel. Ou seja, ao expedir normas sobre a relação de clientes e
ISPs, a agência extrapolou o que prevê a LGT e a Norma 4/95.
Para a entidade, o bloqueio do acesso depois de esgotada a franquia fere o Marco
Civil da Internet, que determina a suspensão do serviço somente em caso de falta
de pagamento. A ação, assim, pede que as empresas (Vivo, Claro, Oi, Tim e Net)
sejam proibidas de comercializar planos com esse tipo de previsão contratual. A
ação nasceu com a prática que começou primeiro nas conexões móveis, mas passou a
incluir a queixa contra medidas semelhantes na internet fixa.