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Leia na Fonte: Convergência Digital
[01/06/16]
Franquia de banda larga: Anatel descarta regular ou controlar provedores
Internet - por Roberta Prescott
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) não vai regular ou controlar os
modelos de negócio das empresas prestadoras de acesso à Internet, deixando-as
livres para optar entre colocar ou não a franquia de dados, defendeu o
presidente da agência, João Rezende, durante o 8º ISP, evento realizado pela
Abrint nesta semana em São Paulo. Interferir nos modelos de negócio, alega
Rezende, seria um desincentivo à expansão de rede.
O debate sobre franquia de dados ganhou força depois de a Vivo anunciar a
intenção de incorporar a franquia na banda larga fixa. Na sua participação na
Abrint, o secretário de inclusão digital e internet do Ministério da Ciência,
Tecnologia, Inovação e Comunicações, Maximiliano Martinhão, classificou a
decisão da tele como uma 'falha muito grande de comunicação' que terminou por
gerar uma polêmica desnecessária, uma vez que a medida está prevista na
legislação.
Após a repercussão, a Anatel proibiu por 90 dias as operadoras de serviços de
Internet em banda larga de restringir a velocidade, suspender serviços ou cobrar
excedente caso seja ultrapassado limites da franquia. Para Rezende, qualquer
alteração nos contratos deve seguir regras claras, mas o presidente da Anatel
lembrou que nada impede a cobrança da franquia.
O maior empecilho, destacaram ambos os representantes do governo, é a falta de
ferramentas para monitorar o consumo de dados, principalmente, por parte dos
usuários. “Melhores mecanismos para detalhar o uso de dados têm de ser
apresentados. Os usuários precisam de ferramentas para acompanhar o consumo de
dados”, pontuou Rezende, para quem a maioria das empresas provedoras de banda
larga fixa não tem hoje capacidade de adotar ferramentas para usuários
acompanharem consumo de dados.
“A Internet deixou de ser lazer e passou a ser trabalho, educação, saúde. É
normal que as pessoas reajam com a intensidade que foi”, destacou Maximiliano
Martinhão. “É fundamental que o consumidor não seja prejudicado e abusos não
serão aceitos no processo de estabelecer franquia, mas precisamos entender que o
sistema tem de ser rentável”, ressaltou o secretário.
Martinhão disse ainda que o ministério realizou benchmarking para entender os
modelos de negócios praticados em outros países. “Não vimos nenhum país que
determine que só haja um determinado tipo de plano; existe liberdade e o usuário
escolhe o seu em função da característica de consumo e renda escolhe o plano
mais adequado", completou.