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Leia na Fonte: CanaTech
[07/04/17]
Anatel determina que banda larga fixa por satélite terá faixas exclusivas de
espectro
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) decidiu nesta quinta-feira (6)
que a banda larga fixa via satélite terá fatias exclusivas de espectro no
Brasil.
Serão reservadas as subfaixas de 18,1 a 18,6 GHz e 27,9 a 28,4 GHz para serviços
fixos por satélite em banda Ka.
A previsão é que os programas que utilizam essas frequências atualmente passem a
operar em segundo plano no período de dois anos após a publicação da resolução.
A matéria passou por consulta pública e houve muitas dúvidas em relação a
harmonização global da faixa, que poderia ser destinada para a tecnologia 5G.
Embora ainda não tenha previsão para ser disponibilizada, a nova rede de dados
já está em desenvolvimento. Segundo o relator Leonardo de Morais, não existe
essa indicação na União Internacional e Telecomunicações (UIT), mas tanto a
Coreia do Sul como os Estados Unidos consideram essa faixa para o serviço móvel
de quinta geração.
Além do avanço tecnológico desse setor - a companhia americana ViaSat, por
exemplo, já anunciou que em 2019 terá satélites capazes de alcançar 1 Tbps de
velocidade -, a decisão da agência levou em consideração a dificuldade de acesso
à internet no Brasil, seja por questões regionais ou socioeconômicas.
De acordo com Morais, satélites dedicados à banda larga podem mitigar essa
disparidade, "seja por oferta direta ao consumidor ou de capacidade para redes
de transporte".
A proposta original da área técnica da agência reguladora visava reduzir o Fundo
de Fiscalização das Telecomunicações (Fistel) para estações de satélites (Vstas),
que continua cinco vezes maior do que o cobrado para a instalação de celulares -
cada telefone sai por pouco menos de R$ 27, enquanto a taxa sobre as Vstas custa
R$ 201.
O plano não foi adiante porque o Fistel é definido em lei, o que significa que
uma única mudança na lei poderia elevar os custos da operação.
"A área técnica bem que tentou, mas resta o problema do Fistel.
Claro que isso vai ser um problema, pois hoje as taxas utilizadas inviabilizam o
serviço satelital ser popularizado", destacou Juarez Quadros, presidente da
Anatel.
Fontes: Convergência Digital, TELETIME
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