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Leia na Fonte: Convergência Digital
[20/02/13]
Bernardo nega risco de burocracia na desoneração de redes - por Ana Paula
Lobo
O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, esclareceu um dos pontos que mais
preocupava o setor de telecom no Decreto do Regime Especial de Tributação do
Programa Nacional de Banda Larga, publicado na última segunda-feira, 18/02,
depois de cinco meses de espera. A Receita Federal não dará o aval para a
concessão da desoneração aos projetos de redes ópticas. Essa anuência caberá
somente ao Minicom.
Paulo Bernardo, que participou nesta quarta-feira, 20/02, de evento promovido
pela Oi - que irá fornecer serviços gratuitos de telecomunicações para a Marinha
do Brasil na estação da Antártica Comandante Ferraz, destruída por um incêndio
há um ano, garantiu que o processo de avaliação dos projetos pelo Minicom será
ágil.
"Mas a Receita Federal vai, sim, fiscalizar se os recursos desonerados estão
sendo aplicados de fato na construção das redes de fibra óptica. A Receita irá,
inclusive, soltar uma Instrução Normativa. Não pode prometer rede em Tocantins e
fazer no Acre e achar que está na legalidade. O projeto apresentado terá de ser
seguido à risca", declarou.
Paulo Bernardo reforçou que não haverá burocracia. Também garantiu que as
contrapartidas a serem exigidas serão bem plausíveis para evitar qualquer tipo
de tropeço ou contratempo na expansão das infraestrututras. Cauteloso ao falar
sobre a desoneração fiscal, Bernardo estima que ela pode chegar a 25%, se houver
a soma do PIS/Cofins e o IPI, acrescentando nessa conta, as construtoras. A
Receita Federal, aliás, também vai fiscalizar se as construtoras de estradas;
elétricas e outras que estejam dispostas a montar redes ópticas estão de fato
usando os recursos para a montagem dos dutos para a fibra óptica.
Sobre o benefício para a tecnologia nacional, Bernardo revelou que foi uma ordem
dada pela presidenta Dilma Rousseff, que quer incentivar a fabricação local. O
percentual de 50% foi encontrado após várias reuniões ministeriais. "Não
podíamos fazer o percentual de 100% porque iríamos beneficiar uma ou duas
empresas. Queremos a concorrência. O índice de 50% foi considerado o ideal para
o fomento à produção e desenvolvimento local. Mas também vamos desonerar
produtos importados, que não são fabricados aqui ou não têm volume adequados de
manufatura local. Precisamos da rede", sinalizou o ministro das Comunicações.
Indagado sobre a desoneração dos smartphones - promessa ainda não cumprida -
Paulo Bernardo , escaldado, preferiu não dar mais prazos, mas garantiu que,
agora, só 'falta uma assinatura da Fazenda para a presidenta Dilma assinar o
Decreto". Segundo o ministro, está acertado que o benefício será dado para
celulares 3G até R$ 1500,00 e para os 4G, com valores até R$ 1500,00. Indagado
se a medida não deixava o iPhone, da Apple, de fora, o ministro retrucou. "Eles
precisam se adequar ao país. Não favorecemos um fabricante", completou.