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Leia na Fonte: Tele.Síntese
[05/03/13]
Ministro se diz favorável a regulação dos artigos da Constituição que tratam da
comunicação eletrônica - por Marina Pita
Bernardo afirma que pasta preparará projeto de lei, mas acredita que é preciso
construir um ambiente favorável para apresentá-lo
Questionado sobre a resolução do Partido dos Trabalhadores (PT), do qual faz
parte, sobre a necessidade de uma nova lei que regule as comunicações digitais
no país, o ministro das Comunicações fez questao de frisar que esta é uma pauta
antiga da organização política e que vê com naturalidade a aprovação do
documento.
Bernardo se disse favorável à regulamentação dos artigos da Constituição que
tratam da concessão de TV e rádio no país. "Eu sou contra deputados e senadores
terem concessão de rádio e TV", afirmou a jornalistas, mas lembrou que são estes
que votariam uma proposta que poderia ser contra seus próprios interesses.
"Sou a favor da regulamentação, mas precisamos criar um momento favorável à
aprovação. Acho que os movimentos não querem apenas apresentar um projeto de lei
de iniciativa popular, mas que ele seja aprovado", disse Bernardo. Apesar de o
PT apoiar a apresentação de um projeto de lei de regulamentação das comunicações
digitais, o ministro afirmou que o governo continuará a trabalhar em um texto
internamente, em resposta a questionamento deste noticiário.
O chefe da pasta lembrou apenas que neste debate precisa estar claro os limites
de uma eventual regulamentação das comunicações no Brasil: "Ela não envolveria a
mídia impressa ou a internet, mas apenas os serviços que dependem de concessão
pública", afirmou de forma a evitar acusações de que o governo estaria propondo
censurar a imprensa brasileira. "A Constituição de 1988 é muito clara. Não pode
haver censura prévia, nem mesmo nos meios de comunicação digitais", esclareceu.
O ministro, no entanto, salientou que a comunicaçào deve seguir alguns preceitos
da sociedade. Bernardo lembrou que ninguém vê como censura a impossibilidade da
indústria de tabaco fazer propaganda na TV, da mesma forma que a publicidade de
leite para substituir a amamentação não seria aceitável, assim como pregações
racistas seriam ilegais.
Desoneração
O único incomodo de Bernardo em relação às resoluções aprovadas pelo Diretório
Nacional do PT estaria na oposição do partido à desoneração das redes de
telecomunicações, conforme o REPNBL-Redes. Bernardo criticou a posição do
partido - que erroneamente considera que o valor da desoneração seria de R$ 60
bilhões e não os R$ 6 bilhões calculados pelo governo.
Ele diz ter ligado para o presidente do PT, Rui Falcão, e pedido a revisão da
posição, defendendo que a desoneração de redes seria importante para ampliação
do acesso à internet. "Este não é um benefício para as empresas, mas para os
cidadãos. As empresas repassam os custos nos serviços".