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Fonte: Tele.Síntese
[19/10/16]
Indústria quer que governo mantenha REPNBL, sob risco de acabar a produção local
- por Lia Ribeiro Dias
Em encontro com o ministro Gilberto Kassab, durante a Futurecom, diretores da
Telebrasil ligados à indústria falaram da importância de se prorrogar os
incentivos do REPNBL para manter a produção local das multinacionais.
Em encontro com lideranças do setor de telecomunicações representados pelo
Telebrasil ocorrido na segunda-feira (17), dia da abertura do Futurecom, que se
realiza em São Paulo, o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e
Telecomunicações, Gilberto Kassab, ouviu diferentes pleitos. Da parte da
indústria, o principal deles é que prorrogue os incentivos (isenção do PIs/Cofins)
do programa REPNBL e estenda o prazo para a apresentação de novos projetos de
investimento em infraestrutura pelas operadoras.
O raciocínio da indústria, especialmente da indústria estrangeira com fábrica
instalada no país, é de que ela já está convivendo com a ameaça da Organização
Mundial do Comércio que pode vir a pressionar o Brasil a alterar benefícios da
Lei de Informática, que isenta as empresas que cumprem o chamado Processo
Produtivo Básico (PPB) de 80% do IPI, o que representa de 12% a 13% do imposto.
“A OMC deve tomar uma decisão durante o ano de 2017. Não está claro que os
produtos que se beneficiam da Lei de Informática serão atingidos. O foco maior é
o setor automotivo. Mas se forem, e se não tivermos os benefícios do REPNBL, vai
ser impossível manter a fabricação no Brasil”, argumenta Aloizio Byrro, diretor
da Abinne e do Telebrasil e integrante do Conselho da Nokia.
De acordo com Byrro, que participou da reunião com o ministro, o incentivo do
REPNPL soma cerca de 14%. Mais o da Lei da de Informática dá um total de 25%,
26%. “ Sem isso, não há como concorrer com os produtos importados. É uma questão
real, que o governo terá que levar em conta.”
Diante da preocupação da indústria, o ministro Gilberto Kassab ficou de montar
um grupo de trabalho com os interessados para discutir o problema, mas não se
comprometeu com uma solução.
REPNBL
O REPNBL-REDES foi estabelecido pela lei 12.715/12. Em seu artigo 32, define as
regras de participação, estabelecendo que as operadoras que tiveram projetos
aprovados têm até 31 de dezembro de 2016 para concluir “construções,
implantações, ampliações ou modernizações de redes de telecomunicações”. Se até
lá não o fizerem, o governo pode suspender os incentivos e as operadoras podem
ter que pagar uma multa pela não entrega da infraestrutura. As operadoras estão
reivindicando a extensão do prazo.
O REPNBL aprovou 1.163 projetos até o ano passado, quando os prazos de inscrição
terminaram. Ao todo, previa o investimento de R$ 15 bilhões em redes. Desse
total, 37% destinado a infraestrutura em fibra óptica. Desses 37%, 66% dedicado
a acesso óptico, 29% ao transporte óptico e 5% ao transporte OPGW.