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Leia na Fonte: Agência Senado
[13/07/16]
Projeto da Lei Geral das Agências Reguladoras deve ser analisado em agosto
Ficou para agosto a discussão do projeto da Lei Geral das Agências Reguladoras
na Comissão Especial de Desenvolvimento Nacional. O projeto unifica as regras
sobre gestão, poder e controle social das agências. O adiamento se deu a pedido
de senadores que solicitaram vista coletiva do projeto, modificado pela
relatora, senadora Simone Tebet (PMDB-MS).
O texto, do senador Eunício Oliveira (PMDB-CE) faz parte da Agenda Brasil –
pauta apresentada pelo presidente do Senado, Renan Calheiros, com o objetivo de
incentivar a retomada do crescimento econômico do país. A matéria já havia sido
aprovada na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), na forma de um
substitutivo (texto alternativo) do senador licenciado Walter Pinheiro (sem
partido-BA).
Criadas para fiscalizar a prestação de serviços públicos praticados pela
iniciativa privada, as agências reguladoras, além de controlar a qualidade na
prestação do serviço, estabelecem regras para o setor. O projeto busca garantir
a autonomia e dar mais transparência para as agências.
- Na realidade, o grande objetivo foi este: unificar em um único ordenamento
jurídico as disciplinas, as regras gerais sobre gestão, sobre o poder e o
controle social dessas agências reguladoras. Esse é o primeiro ponto, ter um
regime jurídico comum para todas essas agências – disse a relatora.
Regras
O projeto exige a apresentação anual de uma prestação de contas ao Congresso por
parte das agências e a celebração dos chamados contratos de gestão, que devem
conter metas, mecanismos, fontes de custeio e resultados das ações regulatórias
e fiscalizatórias das autarquias.
Uma das principais mudanças do relatório apresentado nesta quarta-feira pela
relatora é a divisão de competências entre os ministérios e as agências. O texto
de Simone Tebet (PMDB-MS) retira alterações das leis específicas de cada uma das
agências reguladoras. Essas alterações, segundo a relatora, deslocariam as
principais competências para os ministérios supervisores, como é o caso de
celebração dos contratos de concessão e aplicação de sanções mais graves.
- Esse é um dos poucos pontos em que é inviável uma orientação geral predefinida
em favor da concentração de competências, seja na agência reguladora, seja no
ministério supervisor. As competências específicas das autoridades de cada setor
devem ser examinadas de modo profundo e individualizado – uma tarefa inviável em
um projeto de lei geral como o presente – explicou.
Além disso, Simone Tebet fez várias outras mudanças como o aumento de quatro
para cinco anos no mandato dos dirigentes das agências. No texto de Walter
Pinheiro, havia a possibilidade de recondução, que foi retirada pela senadora.
Adiamento
Por causa das mudanças, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) pediu a realização de
uma audiência pública antes da votação. Depois, por sugestão de Fernando Bezerra
Coelho (PSB-PE), foi concedida vista coletiva do texto, que deve voltar a ser
analisado em agosto.
Durante a reunião, a senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) fez um apelo para que a
comissão defina procedimentos gerais para a análise dos projetos. Para a
senadora, é preciso definir um número de audiências e um prazo para que os
senadores analisem os textos depois da entrega dos relatórios.