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Fonte:
Informativo Eletrônico SETE PONTOS
[Fev 2006]
DRM
é nova onda da rádio digital - por Prof.
Adilson Cabral
Adilson Cabral é Coordenador
do Informativo Eletrônico SETE PONTOS
Para além da Europa
Apesar de ter sido anunciado no site da ANATEL através de release que o
padrão DRM encontra-se “em operação regular por estações de OC européias”,
como anteriormente divulgado no SETE
PONTOS “há muito a caminhar
nesse sentido no Brasil, a despeito de serem encontradas como parceiras, no
site do consórcio DRM, emissoras de países como Equador e Tunísia”.
O site oficial do Consórcio DRM (http://www.drm.org/)
traz informações técnicas e um histórico do desenvolvimento do padrão,
apesar das informações em português não serem muito atuais (a última notícia
publicada em português é de março de 2004). Na listagem de membros
associados encontramos conhecidas como a Deutsche Welle (alemã), a NHK
(japonesa), a Netherlands (holandesa) e a BBC inglesa, bem como outras como
a Radio Vaticana e a Voz da Nigéria.
A caminho do Brasil
De acordo com o professor Lúcio Martins da Silva, membro do Grupo de Estudos
de Rádio Digital do Departamento de Engenharia Elétrica da UnB, os testes
estarão sendo realizados em ondas curtas, na faixa de 26 MHz, utilizando
apenas o sinal DRM digital, e em ondas médias, com transmissão simultânea
dos sinais analógico AM e digital DRM.
A potência dos testes de transmissão será de 200 watts, sendo que o alcance
dos testes em ondas curtas será a cidade de Brasília, a partir de um
transmissor a ser instalado pelo Consórcio DRM e os testes em ondas médias
serão realizados a partir do transmissor da Rádio Nacional AM de Brasília,
da Radiobrás, equivalente a sua área de cobertura, ou seja, a cidade de
Brasília e as do entorno. Estão sendo previstos também a realização de
testes em ondas médias na cidade do Rio de Janeiro, usando o transmissor da
Rádio Nacional AM do Rio de Janeiro.
A intenção dos integrantes da pesquisa é propiciar subsídios para uma
discussão posterior em torno do modelo brasileiro de radiodifusão digital,
envolvendo a decisão sobre o melhor sistema a ser adotado. Segundo o
professor, essa discussão deve envolver todos os segmentos da radiodifusão
sonora, incluindo rádios comunitárias e organizações da sociedade civil e,
em princípio, deve ser promovida pelo Governo, envolvendo aspectos como a
evolução do rádio digital, os custos de sua implantação e o atendimento das
demandas atuais e futuras por canais de radiodifusão sonora.
O Consórcio DRM está desenvolvendo uma versão voltada para a faixa de
freqüência FM, já que atualmente o padrão DRM pode ser usado nas faixas de
ondas médias, ondas tropicais e ondas curtas (apenas em freqüências abaixo
de 30 MHz), mas não pode ser usada na faixa de freqüências hoje destinada à
radiodifusão FM (que começa em 88,1Mhz). Os testes a serem conduzidos pela
Faculdade de Tecnologia da UnB poderão também recomendar ao Consórcio DRM
algum outro tipo de aprimoramento para que fique mais adequado ao contexto
brasileiro, conclui o professor.