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das fontes, indicados nas transcrições, podem ter sido descontinuados ao
longo do tempo
Fonte: Terra Magazine
A definição do
sistema brasileiro de rádio digital está
prometida para, no máximo, setembro deste ano. Mas o governo
não tem cumprido
os prazos determinados para os debates sobre a questão,
diz o deputado
e coordenador da Frente Parlamentar da Radiodifusão,
Paulo Bornhausen (DEM-SC)
Os padrões em discussão são o americano
- Iboc (In-Band On-Channel) - e o europeu
- DRM (Digital Radio
Mondiale). A promessa: rádio AM
com qualidade de FM e rádio FM
com qualidade de CD.
A nova promessa de prazo foi feita no dia 30
de maio pelo ministro das Comunicações, Hélio Costa, Durante o 24º
Congresso da Radiodifusão Brasileira, em Brasília.
Enquanto o governo
não se
resolve, as emissoras já correm para adaptar seus equipamentos.
Desde 2005, 12 redes fazem testes, autorizadas
pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), com o sistema
norte-americano. A preferência pelo Iboc fica clara e tem um motivo: o sistema
opera em AM
e FM na mesma freqüência. O padrão europeu
precisa de freqüências e bandas diferentes para operar nos dois modos.
O deputado ainda vê com
cautela a implantação do
sistema digital.
Coordenador da Frente Parlamentar da Radiodifusão,
Bornhausen foi o mediador
de um dos
painéis do Seminário Rádio Digital,
organizado pela Câmara dos Deputados no final de maio.
Uma das questões, segundo Bornhausen, é a
dúvida sobre a viabilidade financeira da rádio digital para
as pequenas e médias emissoras do país. "Isso tem que
ser discutido pra que o governo
defina logo um padrão,
se o sistema
será acessível aos pequenos e médios radiodifusores".
Leia a entrevista com o deputado
Paulo Bornhausen:
Terra Magazine - O painel
coordenado pelo sr. tratou de "vantagens e desvantagens" do rádio digital.
Quais são as
vantagens e desvantagens?
Paulo Bornhausen - A primeira desvantagem é que o governo
ainda não determinou
qual é o padrão a
ser utilizado. Outra questão são as
dúvidas que se têm sobre se a rádio digital é
economicamente viável. Isso tem que
ser discutido pra que o governo
defina logo um padrão,
se o sistema
será acessível aos pequenos e médios radiodifusores e, terceiro, saber se
essa implantação tem que
ser compulsória.
Qual o grande
problema de ser compulsória?
O grande problema é o transmissor.
Mas não é
só a questão dos
equipamentos para as rádios. Como é que se vai fazer isso para os
consumidores de rádio no
país todo? Essa transição é
que não está
organizada, você não tem
equipamento, não sabe
qual vai ser o padrão adotado.
A promessa de definição é
para setembro...
Está tudo muito ainda no ar. O governo tem prometido
algumas datas mas não tem cumprido.
Mas precisa ser compulsório?
O setor de radiodifusão deseja
que não seja
compulsório, mas não sei
ainda como se poderia fazer isso.
Os custos envolvidos na implantação já
foram estimados?
Ah, o custo
é alto. O custo
é bem alto. Principalmente para os pequenos e médios.