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Leia na Fonte: Tele.Síntese
[25/08/17]
Em parecer favorável à Oi, MP-RJ diz que tele pode negociar com os pequenos
credores - por Miriam Aquino e Rafael Bucco
Entendimento do Ministério Público do Rio de Janeiro é de que não cabe às
Justiça controlar previamente mediações. Pondera, ainda, que as negociações
dependem sempre de um especialista, cadastrado no Poder Judiciário, para ter a
validade reconhecida.
O Ministério Público do Rio de Janeiro emitiu um parecer ontem, 24, favorável à
estratégia de recuperação judicial da Oi. Declara que a operadora pode realizar,
sim, a seu ver, as negociações com pequeno credores e antecipar pagamentos em
detrimento dos demais.
“Não cabe controle prévio sobre as tratativas manifestadas no procedimento de
mediação entre os credores e as Recuperandas”, diz o documento. Segundo o MP-RJ,
o “controle judicial” deve se dar depois de feitas as negociações, “quando da
análise da legalidade das decisões”.
O MP-RJ ressalta que a mediação proposta pela Oi não significa um desfecho
único, por ser tratar de uma negociação. Considera a medida positiva para a
solução de conflitos. E lembra que tudo terá supervisão legal.
“Os mediadores são profissionais preparados para tal fim, considerados
auxiliadores da Justiça, devendo estar cadastrados junto ao Poder Judiciário,
ainda que se trate de uma Câmara Privada”, afirma o órgão. O relator do processo
deverá emitir um juízo definitivo.
Contexto
A Oi iniciou uma negociação antecipada com pequenos credores, aqueles que
deveriam receber até R$ 50 mil, em junho. Segundo a empresa, a intenção em
adiantar o pagamento aos pequenos seria reduzir em muito o quorum do encontro,
uma vez que a lista de credores tem mais de 55 mil nomes – a maioria, com
valores a receber inferiores a R$ 50 mil.
A medida, no entanto, foi contestada pelo Banco de Desenvolvimento da China, que
diz ser uma estratégia para a empresa obter votos em seu favor. Entrou com
liminar pedindo a suspensão dessas tratativas, alegando ser irregular o
pagamento adiantado apenas a parte dos credores. O banco conseguiu suspender,
até o momento, a mediação.
Outro item da liminar tentava impedir que a Oi usasse os US$ 36 milhões obtidos
com a venda da Timor Telecom, operadora do Timor Leste. O desembargador Cezar
Augusto Rodrigues Costa já havia negado esse pedido. Agora, o MP-RJ, no mesmo
parecer, concorda com a negativa do juiz.