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Leia na Fonte: Tele.Síntese
[14/09/17]
Oi e Anatel vão recorrer de recente decisão da Justiça sobre multas - por
Miriam Aquino
A Oi quer todas as multas listadas - no valor de R$ 11 bilhões - na negociação
da RJ. A Anatel quer todo o montante fora. O desembargador autorizou ficar de
fora cerca de R$ 6 bilhões.
A decisão do desembargador Augusto Costa, do Tribunal de Justiça do Rio, que
nesta semana atendeu parcialmente o pleito da União, e decidiu que apenas as
multas da Oi que já saíram da esfera administrativa da Anatel, e que estão sendo
questionadas na justiça ou que já estão na dívida ativa, é que deixam de fazer
parte da negociação no âmbito da Recuperação Judicial desagradou a gregos e
troianos. Tanto Oi como a Anatel avisam que vão recorrer da liminar.
A Oi, até ontem, ainda não havia sido notificada da decisão, mas já avisava que
iria recorrer, mesmo que o desembargador tenha mantido dentro da negociação da
RJ pelo menos R$ 5 bilhões. Para a companhia, há outras decisões judiciais que
asseguram que todo o montante de R$ 11 bilhões (que, com as correções, já estão
somando mais de R$ 13 bilhões) deva ser tratado no âmbito da renegociação da
recuperação judicial.
Já a Anatel, conforme o presidente Juarez Quadros, irá recorrer também do
despacho, para tentar retirar o restante da dívida – a não constituída, e que
está tramitando ainda na agência – também da esfera da recuperação.
Quadros voltou a afirmar que os débitos junto à União, mesmo multas, não podem
ser passíveis de deságio. Se não houver reviravolta, a decisão do desembargador
Augusto Costa estabelece que a Oi terá que pagar os cerca de R$ 6 bilhões que já
estão na esfera da AGU conforme a atual legislação, ou seja em até 60 meses, com
juros e correção.
A Oi poderia ainda aderir à Refis das multas – MP 780, que está em análise no
Congresso Nacional. Mas, conforme Juarez, até hoje nenhuma empresa deu entrada
na Anatel pleiteando essa negociação. E a MP corre risco de perder a validade
nos próximos dias. A sua aprovação ainda está para ser concluída pela Câmara, e
depois precisa ser aprovada pelos Senadores, tudo em menos de 10 dias.