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Leia na Fonte: Exame
[13/10/16]
MP quer que administradores judiciais da Oi ganhem R$ 127 mi - por Por
Mariana Sallowicz
Ministério Público defendeu que administradores judiciais da Oi no processo de
recuperação recebam R$ 127,9 milhões
Rio – O Ministério Público do Estado do Rio (MP-RJ) defendeu que a
PricewaterhouseCoopers (PwC) e o escritório de advocacia Arnoldo Wald recebam um
total de R$ 127,9 milhões para atuarem como administradores judiciais do
processo de recuperação judicial da Oi, equivalente a 40% dos R$ 317,4 milhões
reivindicados conjuntamente por eles.
O valor corresponde a 0,18% dos R$ 65 bilhões devidos pela companhia. O processo
de recuperação judicial da tele, o maior na história do País, envolve ainda mais
de 67 mil credores.
O promotor de Justiça Márcio Souza Guimarães, titular da 1ª promotoria de massas
falidas, defendeu o pagamento de R$ 77,1 milhões para a PwC e R$ 50,8 milhões
para o escritório Arnoldo Wald, sendo remunerados para o trabalho “com margem de
folga”. A PwC propôs o pagamento de R$ 214,2 milhões, enquanto o escritório
Arnoldo Wald pede R$ 103,3 milhões.
Uma fonte próxima à companhia afirmou que um número mais próximo à realidade
seria de R$ 80 milhões para os dois administradores. “A proposta deles foi vista
como fora de qualquer razoabilidade”, disse. O juiz Fernando Viana, responsável
pelo processo, ainda irá se posicionar sobre o assunto.
O promotor também defendeu que não haja cobrança imediata de valor excedente se
o processo de recuperação judicial ultrapassar o período de 30 meses.
“O sucesso do tempo de um processo de recuperação judicial depende,
sobremaneira, da boa atuação do administrador judicial que, no presente caso, ao
que tudo indica, é premente”, diz em petição entregue à 7ª Vara Empresarial do
Rio.
A PwC argumenta que, apesar da crise financeira, é inquestionável que o grupo Oi
“é um dos maiores conglomerados empresariais do setor de telecomunicações do
País”, com faturamento anual de mais de R$ 27 bilhões (exercício social
encerrado em 31 de dezembro de 2015) e recursos financeiros disponíveis na ordem
de R$ 4,5 bilhões (em 30 de junho de 2016).