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Leia na Fonte: Dinheiro vivo
[05/04/17]
Bancos credores dizem não a novo plano de recuperação da Oi - por Ana
Marcela
Os bancos credores da Oi não estão satisfeitos com o novo plano de recuperação
da operadora brasileira Oi, onde a portuguesa Pharol é a maior acionista, com
25,2%. E caso a companhia não reveja o plano de forma mais favorável para os
credores acreditam que a intervenção do Governo é a forma de sair do impasse,
noticiou a Valor Econômico.
“Se a Oi não se reposicionar, todos nós credores – bondholders e bancos
brasileiros – somos a favor da intervenção [do Governo]”, disse um alto
executivo de um banco credor em declarações à Valor Econômico. O novo plano de
recuperação da Oi prevê um haircut de 50% da dívida da operadora brasileira, com
a dívida a cair para 25 mil milhões de reais e com os credores a ficaram até 25%
do capital da Oi, até um máximo de pouco mais de 30%. A dívida bancária não
sofreria um corte, mas teria um período de carência de seis anos.
Leia ainda: Governo pode intervir na Oi. Operadora garante que serviços estão
assegurados
Entre os bancos credores estão o Banco do Brasil (com dívida de 4,34 mil milhões
de reais), o BNDES (3,34 mil milhões de reais), o China Development Bank (2,4
mil milhões de reais), a Caixa Econômica Federal (1,96 mil milhões de reais), o
Itaú BBA (1,5 mil milhões de reais) e o BNP Paribas (1,13 mil milhões de reais).
O plano de recuperação judicial da Oi já tinha sido rejeitado por um grupo de
credores, grupo liderado pela Moelis, G5 Evercore e pela FTI, agora os bancos
parecem estar a juntar-se na mesma posição de rejeição, procurando termos mais
favoráveis para os credores.
Leia também: Obrigacionistas da PT Finance/Oi admitem ações contra bancos
Posição que terá ganho força depois do Governo ter intensificado a preparação de uma Medida Provisória, o que, segundo a imprensa brasileira, poderá acontecer ainda esta semana, que poderá abrir espaço para uma intervenção do Executivo na Oi. “Estou totalmente confiante de que não vai haver uma intervenção”, disse Luís Palha da Silva, presidente do conselho de administração da Pharol, em declarações à Valor Econômico. “Só numa situação de total emergência [o Governo] iria intervir.” “Não posso excluir alterações, mas eu considero essa proposta equilibrada, portanto, não há muito por onde fugir”, disse Palha da Silva sobre eventuais alterações ao plano. “Não estou abrindo nenhuma hipótese prática de negociação. Estou dizendo que, até chegarmos a uma assembleia geral de credores, não é de se excluir que a direção executiva nos proponha mais qualquer coisa”, disse o gestor.