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Leia na Fonte: DN.pt
[12/04/17]
Pharol dá ok a novos acionistas na Oi, mas só depois da recuperação - por
Ana Marcela
Entrada de novos acionistas na Oi só depois da aprovação da recuperação judicial
da operadora brasileira, defende a Pharol, liderada por Luís Palha da Silva.
A maior acionista da Oi contraria assim a posição de Marco Schroeder, CEO da
empresa, que admitia a recapitalização da operadora ainda no âmbito do plano de
recuperação da companhia, a braços com uma dívida de mais de 65 mil milhões de
reais, qualquer coisa como 20 mil milhões de euros.
"A Pharol e os conselheiros por si indicados na Oi já manifestaram em reuniões
de conselho de administração e informaram as Autoridades competentes no Brasil
de que não se opõem à entrada de dinheiro fresco na companhia, desde que em
condições de mercado e exclusivamente para fazer face a novos investimentos",
adianta fonte oficial da Pharol ao Dinheiro Vivo. Mas com uma ressalva. "Não se
vê que seja desejável ou possível que tal aconteça antes de aprovada a
recuperação judicial."
A hipótese da recapitalização da Oi, ainda no âmbito da recuperação, foi
admitida por Marco Schroeder. "Consideramos que essa é uma conversa possível,
desde que o dinheiro seja para a empresa e não para os credores", disse o CEO da
Oi, em entrevista à Valor Econômico.
O que, a avançar, poderia ser um ponto de união de credores e acionistas, que
ainda não chegaram a um acordo relativamente ao plano proposto pela
administração. "Não há hipótese de que os credores e acionistas não consigam
chegar a um acordo. Vamos viabilizar o diálogo em busca de uma equação possível
que destrave o processo", diz Marco Schroeder. O CEO não avançou valores para a
capitalização, mas segundo a Valor Econômico, poderá ser entre os 2 e os 3 mil
milhões de dólares, ou seja, entre 1,8 e 2,8 mil milhões de euros, montantes que
coincidem com os declarados pelos interessados na Oi, segundo a publicação
económica brasileira.
Mas negociar uma entrada de acionista no âmbito do plano de recuperação da Oi,
não está previsto no plano aprovado a 22 de março pelo conselho de
administração. Proposta que não agradou nem a obrigacionistas institucionais nem
aos bancos credores, que consideram que o plano desenhado pela Oi, que previa
por exemplo a entrega de até 25% do capital em troca de dívida, é pouco
generoso.
A Oi já veio esclarecer o mercado de que "não foi tomada qualquer decisão com
relação a outros possíveis ajustes ao plano de recuperação judicial" aprovado
pelo conselho. Mas, admite a operadora brasileira, "continua a manter conversas
com credores, potenciais investidores e demais stakeholders com relação ao seu
plano de recuperação judicial e às condições básicas de ajustes aprovadas pelo
conselho de administração da companhia a 22 de março de 2017, sendo uma das
sugestões abordadas nessas conversas uma eventual capitalização da companhia
mediante conversão de dívida ou aporte de recursos".