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Leia na Fonte: Lauro Jardim
[23/04/17]
Em segredo de Justiça - por Lauro Jardim
Tudo que envolve a Oi parece estar marcado por questões mais complicadas do que
aparentam à primeira vista.
Incluindo o juiz Fernando Viana, da 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro,
responsável pelo processo de recuperação judicial da Oi.
Corre em segredo de Justiça no Órgão Especial do TJ/RJ um processo aberto pelo
Ministério Público contendo áudios gravados entre Viana e o seu irmão,
investigado pela Receita num caso de desvio de R$ 1 bilhão.
Nos áudios, gravados com autorização judicial, os irmãos conversam sobre o
esquema de corrupção.
(Atualização, às 16h-1 do dia 24 de abril. O juiz Fernando Viana enviou a
seguinte nota oficial:
“Meu irmão nunca foi processado por corrupção. Ele foi acusado de advocacia
administrativa apenas porque tirava dúvidas de imposto de renda, e foi absolvido
sumariamente porque o juiz federal entendeu que a conduta dele obviamente não
constituía crime algum. Além disso, o Tribunal Regional Federal da 2ª Região
anulou toda prova naquele processo, por manifesta ilegalidade. Como se não
bastasse, as corregedorias do Tribunal de Justiça e do Conselho Nacional de
Justiça arquivaram a representação contra mim, com a análise de todos os áudios.
Concluíram, como é fato, que não havia qualquer conduta irregular na conversa
telefônica.
Em relação ao número de R$ 1 bilhão, esse valor foi aleatoriamente escolhido com
o objetivo de plantar notícia inverídica, já que sequer foi mencionado no
processo penal federal (até porque nunca houve denúncia de corrupção).
A notícia faz associação com o processo da Oi certamente para me intimidar a não
prosseguir com minha conhecida posição de aplicar a lei de forma rigorosa e da
minha conduta de garantir a mais absoluta transparência e legalidade ao
processo, desde o início.
Como se sabe, trata-se de um processo que envolve interesses bilionários dos
mais variados tipos de pessoas físicas e jurídicas. Sempre alinhado com o
Ministério Público, até hoje não tive qualquer decisão alterada, mas todas foram
homologadas pelas Câmaras e pelas cortes internacionais, na Inglaterra, Estados
Unidos e Portugal. Seguirei, portanto, firme no propósito de cumprir a lei com
todo rigor.”)
(Atualização. Apesar da nota oficial do juiz Fernando Viana, os processos não
estão arquivados. Viana, inclusive, contratou o escritório Bergher e Mattos para
defendê-lo na ação.)