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Leia na Fonte: EBC
[01/08/17]
Anatel informa que Oi ainda não sofrerá processo de intervenção - por
Luciano Nascimento
O conselho diretor da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) divulgou
nota hoje (1°) em que informa que a Oi, que está em processo de recuperação
judicial, ainda não será objeto de intervenção nem de decretação da caducidade
da concessionária. A nota foi emitida após uma reunião da Anatel com os
controladores da empresa de telefonia. A agência pediu que a Oi apresente uma
versão reformulada do plano de recuperação judicial detalhado nesta terça-feira
(2).
Durante a reunião, de quase quatro horas, para discutir a situação da operadora,
os controladores da Oi apresentaram aos conselheiros da agência detalhes da
estratégia para sair da situação de quase falência e da proposta de conseguir um
aporte de capital de R$ 8 bilhões, seja por aporte financeiro direto, seja por
meio de aumento de capital.
Após a reunião, a Anatel disse entender ser necessário aporte efetivo de capital
novo à empresa e que o plano de recuperação, “embora se reconheça tratar-se de
versão ainda passível de reexame pela companhia, apresenta margem para
questionamento sobre sua fiabilidade temporal e de garantias de aporte de
capital”.
Além da recuperação judicial da operadora, cuja assembleia de credores deverá
ocorrer em setembro, a Oi também apresentou detalhes sobre a dívida. Segundo a
nota, a companhia calcula existir um passivo de R$ 13,3 bilhões e propõe, em seu
plano de recuperação, a negociação em R$ 6,1 bilhões, por meio de Termos de
Ajustamento de Conduta (TACs), e de R$ 7,2 bilhões, por intermédio do Programa
de Regularização de Débitos Não Tributados (PRD).
A reunião foi convocada pela Anatel, em julho, para que a Oi detalhasse seus
compromissos para resolver a dívida de R$ 63 bilhões. Durante a reunião, a
concessionária demonstrou sua confiança na mediação como mecanismo de
repactuação de dívidas.
No que diz respeito à parte da dívida da Oi relativa a créditos públicos, a nota
informa que a Anatel se submete aos preceitos legais que regem o tratamento
diferenciado dos créditos públicos e às teses jurídicas defendidas pela
Advocacia-Geral da União e pela Procuradoria-Geral Federal.
A Agência Brasil entrou em contato para saber a avaliação da empresa sobre a
reunião, mas a assessoria respondeu que a Oi não comenta ações em andamento.