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Leia na Fonte: Blogs Estadão - José Nêumane
[07/08/17]
Opinião de José Nêumane sobre a recuperação da Oi
Na sexta-feira, a coluna do Broadcast publicou que Nelson Tanure e Cerberus
cogitam União para aporte bilionário na Oi. Ou seja, Kassab e Juarez Quadros não
desistiram de usar nosso suado dinheirinho para pagar dívidas e compensar
acionistas da Oi. Isso pode?
Nelson Tanure é conhecido aproveitador de massas falidas. A Cerberus é
representada por Ricardo K, que já sinalizou para a Anatel que poderia entrar
com até R$ 3 bilhões, junto com outros fundos na Oi. É o que revelou a nota.
O que me interessa nessa história, que venho acompanhando, é se vão garfar da
União. Os incertos R$ 3 bilhões ou R$ 8 bilhões de capital novo na Oi, mesmo se
confirmados, não vão resolver o problema da tele falida, que deve R$ 65 bilhões.
Esses R$ 8 bilhões vão ser dragados imediatamente pelos credores da Oi. Por
isso, o plano de garfar a União continua de pé. A dívida/multa da Oi com a
Anatel, é de R$ 20 bilhões e tem de ser paga.
Já disse em outros comentários que falta transparência nessa negociação que está
longa demais. O escritório Wald está nos dois lados. Foi nomeado pelo juiz da 7ª
Vara Empresarial do Rio – o juiz Fernando Viana – para ser o único administrador
da recuperação judicial da Oi e também é advogado de Tanure, sócio à frente da
Oi.
Uma nota do Lauro Jardim, na sua coluna de O Globo, publicada em abril, punha
mais lenha nessa fogueira. “Tudo que envolve a Oi parece estar marcado por
questões mais complicadas do que aparentam à vista”.
Essa nota cita que o irmão do juiz Viana é investigado pela Receita num caso de
desvio de R$ 1 bilhão. E que o juiz Viana foi pego em um aúdio, gravado com
autorização judicial, conversando com o seu irmão, sobre o esquema de corrupção.
O juiz Viana esclareceu ao Lauro Jardim que essas acusações foram todas
arquivadas e essa notícia que ele diz ser inverídica tem como o objetivo
intimidá-lo a não prosseguir com a sua posição de aplicar a lei de forma
rigorosa e transparente no caso da Oi.
Pode tudo, menos a União, eu, você, os 14 milhões desempregados, os que estão na
fila dos hospitais sem atendimento, os bebes baleados na barriga da mãe por
falta de segurança pública, financiar acionistas da Oi.