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Leia na Fonte: Eco (Pt)
[26/12/17]
Anatel alinha com Pharol: há ilegalidades no plano de recuperação judicial da Oi
- por Flávio Nunes
O presidente do regulador brasileiro das telecomunicações afirmou que existem
ilegalidades no plano de recuperação judicial da Oi, já aprovado pelos credores.
Prefere a venda da empresa já em 2018.
O presidente da Anatel, o regulador brasileiro das comunicações, afirmou que
existem ilegalidades no plano de recuperação judicial da Oi aprovado pelos
credores na semana passada. No entanto, Juarez Quadros vê com bons olhos a
entrada de um investidor estrangeiro na empresa já no próximo ano, pelo que o
plano não impede a reestruturação da maior operadora de telecomunicações do
Brasil, de acordo com o Valor Econômico [acesso pago].
Segundo o Valor Econômico, o presidente da Anatel defendeu a aplicação de uma
medida provisória que desse “abrigo legal” às dívidas da operadora ao regulador.
Em causa, uma dívida de 14,4 mil milhões de reais, cerca de 3,6 mil milhões de
euros, valor que engloba, entre outros créditos, multas que já transitaram em
julgado e outras ainda na esfera administrativa. Este montante é devido ao
erário público brasileiro e é reconhecido pela empresa.
Quadros garantiu ainda que é viável a entrada de um investidor estrangeiro no
capital da empresa. “O plano, sendo aceite pela Justiça, em primeira instância,
já é uma demonstração de que se quer uma solução para a companhia. O próprio
presidente da Oi, Eurico Teles, já disse que a empresa está pronta a ser
vendida”, afirmou, citado pelo jornal brasileiro. “Com isso, a iminente
intervenção praticamente se afasta”, frisou.
A Oi encontra-se ao abrigo de um plano de recuperação judicial para evitar a sua
falência. O plano aprovado pelos credores, que ainda está sujeito à avaliação da
Justiça brasileira, prevê uma conversão de dívida até 75% do capital da
operadora brasileira. Isto implica que, quando plano estiver concluído, serão os
credores a ficarem com o controlo da Oi, enquanto os atuais acionistas irão ver
as suas participações reduzidas. O processo é reconhecido em Lisboa.