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Leia na Fonte: Época Negócios
[12/01/17]
Sem nova lei, Anatel descarta aliviar dívida de R$ 20,2 bilhões da Oi
Segundo presidente da agência, R$ 7,5 bi do total poderiam ser convertido em
investimentos
Não há possibilidade legal para a Agência Nacional de Telecomunicações aceitar
qualquer desconto à dívida de R$ 20,2 bilhões da Oi com a agência, disse o
presidente da Anatel, Juarez Quadros. Desse total, R$ 7,5 bilhões ainda poderiam
ser convertidos em investimentos em quatro anos, mas os valores teriam de ser
mais elevados e isso tornaria mais difícil um acordo, disse Quadros em
entrevista em Brasília.
A Oi já fez um acordo para reverter em investimentos de R$ 3,2 bilhões uma
dívida de R$ 1,2 bilhões com o governo, em acordo que está sendo avaliado pelo
Tribunal de Contas da União. O restante da dívida não teria forma de negociação,
e a empresa teria até 60 meses para pagar o valor, ajustado pela taxa Selic.
Um grupo de trabalho com a presença da Anatel, ministérios, BNDES, Banco do
Brasil e Caixa estuda o que é possível fazer, até uma mudança na lei que
permitisse à Anatel estudar algum desconto. Não há prazo para definição da
discussão, disse Quadros.
Os credores da Oi e o bilionário egípcio Naguib Sawiris revelaram no último mês
um plano alternativo para que a Oi reestruturasse sua dívida total de R$ 65
bilhões e deixasse o processo de recuperação judicial. O plano pressupõe acordo
com a Anatel e fornecedores. A Oi e a Anatel estão em processo de mediação,
durante a recuperação judicial, para encontrar soluções ao endividamento.
A Anatel precisaria de pelo menos seis meses após a sanção presidencial do
projeto que altera a Lei Geral de Telecomunicações para definir a regulamentação
da regra que lida com os bens reversíveis que poderiam ser incorporados aos
ativos das companhias em troca de investimentos. Na prática, esse prazo
comprometeria a possibilidade de a Oi utilizar esses valores em seu processo de
recuperação judicial, diz Quadros.
O Senado aprovou em dezembro a alteração da Lei Geral de Telecomunicações, mas
uma liminar concedida pelo STF proíbe a sanção presidencial, enquanto se discute
se o projeto, aprovado em comissões de forma terminativa, deveria passar pelo
plenário da casa. Outras alterações legais seriam necessárias para a aprovação
da aquisição da Time-Warner pela AT&T no Brasil, afirmou Quadros.
O presidente da Anatel disse que seu mandato será marcado por focar em reduzir a
regulamentação do setor para permitir acompanhar a velocidade da modernização
tecnológica.