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Leia na Fonte: Estadão
[18/01/17]
Oi quer alterar plano de recuperação judicial até março - por Mariana
Sallowicz
Após receber uma proposta alternativa para o plano de recuperação judicial da Oi
em dezembro, feita pelo empresário egípcio Naguib Sawiris, o presidente da
operadora, Marco Schroeder, está em intensas conversas com credores e
investidores este mês, apurou o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do
Grupo Estado. A intenção é entregar alterações ao plano original, apresentado em
setembro pela tele, até o fim de março.
Uma das mudanças é relativa aos recursos que a tele deve levantar com a venda de
ativos não estratégicos, como os da África, segundo fontes com conhecimento do
assunto.
Na nova proposta, parte desse dinheiro será usado para pagar antecipadamente
bancos e detentores de títulos (“bondholders”), que detêm, respectivamente,
cerca de R$ 15 bilhões e R$ 35 bilhões de uma dívida total de R$ 65 bilhões.
Originalmente, os recursos iriam para o caixa da Oi.
No balanço do terceiro trimestre da Oi, o valor contábil das operações da tele
na África era de R$ 5,8 bilhões. Apesar disso, o valor do negócio, se vendido,
pode sofrer ajustes.
O plano de reestruturação proposto pela Oi recebeu pesadas críticas por parte
dos credores. Outra possível alteração é relativa à entrega imediata de
participação da companhia para os credores. Em entrevista ao Broadcast em
novembro, Schroeder defendeu, pela primeira vez, essa opção desde quando a
empresa pediu a recuperação judicial, em junho.
Antes disso, Bayard Gontijo, ex-presidente da Oi, havia tentado esse caminho com
os detentores de títulos da empresa, sem sucesso. Bayard deixou empresa após se
desentender com os acionistas.
Planos alternativos.
Além do empresário egípcio, que propôs fazer uma injeção de até US$ 1,25 bilhão
por meio de aumento de capital, os fundos abutres americanos Cerberus e Elliott
deverão apresentar nas próximas semanas suas propostas alternativa à companhia.
A proposta de Sawiris tem validade até o dia 31 de janeiro, mas deverá ser
renovada, segundo fontes de mercado.
Fontes afirmaram ao Estado que executivos da Elliott devem chegar ao Brasil na
semana que vem para dar início a negociações com bancos credores e governo. A
Elliott estuda investir em torno de R$ 9 bilhões em troca de 60% da Oi. Já a
Cerberus, que no Brasil é representada pela RK Partners, deverá fazer sua
proposta em fevereiro e prevê investir US$ 2 bilhões em parceria com outros
fundos.
Em recuperação judicial desde junho passado, a Oi tem entre seus maiores
acionistas a Pharol (antiga Portugal Telecom) e o fundo Société Mondiale, ligado
ao empresário Nelson Tanure.
COLABOROU MÔNICA SCARAMUZZO