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Leia na Fonte: Observador.pt
[07/03/17]
Tribunal português reconhece recuperação judicial da Oi no Brasil - por Ana
Suspiro
O processo de recuperação judicial da operadora Oi, que corre nos tribunais
brasileiros, foi reconhecido na justiça portuguesa. Muitos investidores
portugueses em obrigações PT reclamam créditos.
O pedido de recuperação judicial da Oi apresentado nos tribunais brasileiros foi
reconhecido em Portugal. Em comunicado, a Pharol, a maior acionista da Oi,
informa o mercado de que o juiz do Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa
deferiu o processamento do pedido de recuperação judicial formulado no Brasil,
ao abrigo da legislação brasileira.
Com esta decisão, os credores da Oi, incluindo os portugueses que investiram nas
obrigações da antiga Portugal Telecom só poderão ser os seus créditos
reconhecidos e reembolsados, nos termos do processo de recuperação judical que
corre no Brasil, na vara empresarial do Estado do Rio de Janeiro.
A operadora brasileira Oi avançou com um pedido de proteção de credores em
Portugal ao abrigo do PER (Processo Especial de Recuperação) judicial em
novembro do ano passado, uma iniciativa que também foi seguida na Holanda onde
fica sediada a PT International Finance, a sociedade da antiga PT que ficou
titular das emissões obrigacionistas lançadas pela Portugal Telecom.
Estes pedidos surgiram depois de o grupo Oi ter iniciado um processo recuperação
judicial nos tribunais brasileiros em junho do ano passado. Esta ação travou o
pagamento de todas as dívidas da empresa brasileira, incluindo os valores em
falta aos detentores de obrigações da antiga Portugal Telecom, detidas por
milhares de investidores portugueses. Alguns destes investidores, que compraram
obrigações de retalho da antiga PT em 2012, reclamaram na justiça brasileira os
seus créditos.
A iniciativa nos tribunais portugueses visou o reconhecimento do processo de
recuperação judicial em curso, evitando que surjam processos ou ações na justiça
portuguesa, quando a recuperação ou insolvência da empresa está a ser decidida
nos tribunais brasileiros. A iniciativa pode acelerar o reconhecimento legal em
Portugal de um acordo de recuperação que vier a ser obtido nos tribunais
brasileiros.