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Leia na Fonte: Tele.Síntese
[27/10/17]
Crise da Oi: disputa entre bondholders e controlador permanece - por Miriam
Aquino
O fundo Société Mondiale, liderado pelo empresário brasileiro Nelson Tanure,
volta a acusar os bondholders (credores estrangeiros) de "fundos abutres", de
tentarem manipular o governo e de querer a falência da Oi. Em outra frente,
esses mesmos credores anunciaram que avançaram as negociações com os diretores
da empresa (e não acionistas) na formulação de um novo plano de recuperação
judicial.
Depois de um tenso dia, quando teve quase a intervenção da Anatel decretada,
para depois passar por um elegante desmentido por parte da Advocacia Geral da
União (AGU), a Oi continua a enfrentar uma dura disputa pelo seu comando. O
fundo Société Mondiale, liderado pelo empresário brasileiro Nelson Tanure,
publicou nota hoje, 27, em alguns jornais voltando a acusar os bondholders
(credores estrangeiros) de “fundos abutres” e de tentarem manipular o governo,
além de querer a falência da Oi. Em outra frente, esses mesmo credores
anunciaram que avançaram as negociações com os diretores da empresa (e não com
os acionistas) na formulação de um novo plano de recuperação judicial.
Conforme o comunicado dos credores – os dois grupos de bondholders mais
organizados representados pelas empresas G5/Evercore e pela Moelis & Company,
apoiados pela FTI, e que concentram dívidas de R$ 22 bilhões da companhia – a
alta cúpula da Oi negociou, em Nova Iorque, durante os dias 18 a 24, outras
condições para a injeção de novos recursos na empresa, em condições diferentes
às anunciadas no dia 6 de outubro pela companhia.
O Société Mondiale, por sua vez, argumenta que esse plano apresentado no início
de outubro”oferece tratamento justo para as empresas que sempre apoiaram a Oi,
pois os credores financeiros terão participação entre 50% a 60% da Oi
recuperada, enquanto os atuais acionistas serão diluídos para participação de
40%, porém com Oi forte”.
Os bondolders, por sua vez, afirmam que o diálogo construtivo com a ” alta
administração da companhia resultou em “modificações a um “term sheet” relativo
a plano(s) alternativo(s) para a reestruturação do Grupo Oi capaz(es) de reunir
amplo apoio dos credores e fornecer à Companhia suficiente dinheiro novo através
de plano(s) implementável(is) e viável(is).”
Argentina
Mas, para o Société Mondiale, esses fundos são “especializados em sufocar
governos em seus momentos de crise (como a Argentina e Porto Rico) e lucrar ao
pedir a quebra das empresas em que eles abordam, inclusive como fazem atualmente
com a Petrobrás”.
E por final, o fundo afirma ter confiança de que chegará a um acordo que “atenda
as demandas da Anatel e dos bancos públicos”, preservando a empresa financeira e
operacionalmente, lembrando que a proposta apresentada no último dia 6 permitirá
a redução da dívida da Oi de R$ 65 bilhões para R$ 35 bilhões, de longo prazo.
Enquanto isso, o governo, conforme a ministra da AGU, Grace Mendonça afirma
estar traçando um novo plano de recuperação que teria o apoio de todos. O que
parece muito difícil de ser comprovado. A conferir.