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Leia na Fonte: Minha Operadora
[13/04/18]
Oi em 2017: receita menor, caixa menor e prejuízo bilionário
Devido a recuperação judicial, operadora só divulgou hoje os resultados do 4º
trimestre de 2017. Veja todos os dados e como a Oi pretende se recuperar.
A Oi demorou, adiou, mas divulgou, na noite desta quinta-feira, 12 de abril, os
resultados financeiros do último semestre de 2017. Houve prejuízo, queda na
receita e no EBTIDA. O caixa, que havia fechado o 3º trimestre em R$ 7,71
bilhões, chegou no fim do ano em R$ 6,99 bilhões. Os números são negativos, mas
a operadora se mostrou bastante positiva durante teleconferência realizada nesta
sexta-feira (13).
O presidente da companhia, Eurico Teles, disse que o valor do caixa ficou em
linha com as diretrizes do plano de recuperação judicial. Mas a receita líquida
de R$ 5,8 bilhões no 4º trimestre representou uma queda de 2,3% no trimestre e
7,8% no ano, e o EBITDA, que foi de R$ 1,29 bilhão, também diminuiu: 19,1% no
tri e 26,1% no ano.
O valor do EBITDA da Oi em 2017 foi de R$ 6,2 bilhões e o de receita foi de R$
23,79 bilhões, com uma queda tanto em serviços móveis (-3,1%) quanto em
residencial (-2%) e B2B (-12,9%). O único aumento na receita foi visto a partir
de serviços de TV paga, que cresceram 16%.
Já o prejuízo da operadora, que havia sido de R$ 8 bilhões em 2016, baixou para
R$ 6,36 bilhões em 2017.
A Oi destaca que as prioridades no ano que passou foram na melhoria da
qualidade, transformação digital, controle de custos, gestão do caixa e a
reestruturação da dívida com a aprovação do plano de recuperação judicial, que
aconteceu em dezembro de 2017.
De acordo com a companhia, essa aprovação é que possibilita a redução da sua
dívida em mais de R$ 35 bilhões e o que viabiliza a retomada de um ciclo. “Agora
a Oi está preparando as bases para iniciar um novo ciclo de investimentos”,
disse Teles na conferência.
Ele também “confessou” que a Oi não esteve tão presente no 4G como gostaria.
Afinal, terminou 2017 com apenas 813 municípios cobertos pelo 4G (73% da
população urbana). O 2G da Oi engloba 3.047 municípios (93%) e o 3G 1.603
municípios (81%).
Sobre o assunto, a companhia informou: “A Oi trabalha em parceria com outras
operadoras no compartilhamento de rede 3G/4G, com o intuito de potencializar
investimentos e reduzir custos, ao mesmo tempo em que atua na melhoria contínua
da qualidade dos seus serviços e da experiência do cliente. Neste sentido, no
final de fevereiro de 2018, a Oi celebrou um memorando de entendimento com a
TIM, iniciando uma etapa de tratativas com a resolução de antigas disputas e
abrindo um novo ciclo de planejamento de compartilhamento de infraestrutura.
Visando atender à crescente demanda por dados, a Oi também vem voltando seus
esforços para a melhoria da qualidade da cobertura e o aumento da capacidade de
rede 3G e 4G própria, para permitir o aumento contínuo do tráfego de dados na
rede, ao mesmo tempo em que proporciona melhorias consistentes nos indicadores
de qualidade de rede da Anatel”.
E 2018?
Para 2018, a Oi prevê um caixa de R$ 6,18 bilhões, contemplando o aumento de
capital de R$ 4 bilhões e a aceleração do Capex, os investimentos, para R$ 7
bilhões. As estratégias para os próximos anos serão voltadas para rede fixa e
móvel, suportando transformação, crescimento e a sustentabilidade do negócio.
Quanto à base de clientes, separamos as principais informações divulgadas pela
Oi sobre cada serviço, como quantos clientes têm na base, se teve aumento ou
queda em 2017, o porquê e o que a operadora consegue destacar em cada serviço.
Veja abaixo:
Móvel
Receita líquida: R$ 1.887 milhões (queda de 2,9% no ano e 2,7% no trimestre).
Motivo da redução: impacto de dois reajustes nos preços do pós-pago e a
sazonalidade e desconexão de clientes inativos no pré-pago. Foram 88 mil
desconexões líquidas no pós e 2.890 mil no pré.
O que a operadora destaca: franquias de dados cada vez maiores (chegando a 30GB
no pós-pago) e recurso de conversão entre minutos e dados no Oi Livre e Oi Mais
Controle.
Base no final de 2017: 38.964 mil clientes, sendo 36.648 mil em Mobilidade
Pessoal e 2.316 mil no segmento B2B.
Banda larga
Clientes: 5.156 mil UGRs de banda larga fixa residencial (-0,6% no ano e -1% no
trimestre); adições brutas de 8,6% na comparação anual.
O que a operadora destaca: estratégia de rentabilização por meio da
convergência, que foca em investimentos de rede vendendo ofertas de maior valor
e planos com maiores velocidades, como com a tecnologia VDSL (banda larga de até
35 Mbps). A velocidade média da base atingiu 8,3 Mbps (+21,7% no ano e +4,7% no
trimestre).
Oi Total Play: aumento de 24% no mix de aquisição de clientes novos na Oi (que
nunca nem tiveram fixo da operadora). O serviço foi lançado em julho de 2017 e
combina telefonia fixa ilimitada, banda larga de até 15 Mega, modem Wi-Fi e
opções de vídeo on demand pelo Oi Play.
TV por assinatura
Base: 1.496 mil UGRs no segmento residencial (+16% no ano e +3,3% no trimestre).
Motivo do aumento: taxas de crescimento anuais foram mantidas pelo 7º trimestre
consecutivo e contribuíram para a expansão das vendas e da base do Oi Total.
O que a operadora destaca: penetração da TV paga em residências que têm
telefonia fixa com trajetória crescente, de 16,2% no ano e 0,9% no trimestre.
Oi TV: conteúdos com canais HD em todos os planos (oferta mais completa com 185
canais, sendo 64 em HD), serviços como o PenVR, de gravação de conteúdos e live/pause
via pen drive para contratação e TV Everywhere, inclusive ao vivo pelo Oi Play.
Também há opções pré-pagas com recargas quinzenais a partir de R$ 44,90 ou
mensais a partir de R$ 69,90.
Fixo
Base: 9.233 mil, uma queda de 7,2% no ano e 2,5% no trimestre.
Motivo da redução: desaceleração do volume de adições brutas da telefonia fixa
no período.
O que a operadora destaca: ofertas convergentes do Oi Total, que expandiram e
fazem parte de 22,9% da base fixa, com 2 milhões de clientes; na tendência do
mercado, passou a oferecer planos com minutos ilimitados em telefonia fixa, com
penetração de 44,2% na base total (+9,4%/ano).
B2B
Receita: R$ 1.559 milhões (-12,9% no ano e -2,3% no trimestre).
Motivo da redução: redução natural do tráfego de voz, tendência no mercado,
corte nas tarifas de interconexão e ligações fixo-móvel, desaceleração da
atividade econômica do país (redução de custos das empresas) e o processo de
recuperação judicial da Oi, que dificultou a celebração de novos contratos em
2017.
O que a operadora destaca: ainda espera rentabilizar a base do B2B, investindo
na melhoria da qualidade dos produtos e serviços e oferecendo soluções
inovadoras de TI, segurança da informação e digitalização dos serviços.
Base: 6.512 mil UGRs (-1,6% no ano)
PMEs
Motivo da redução: impacto pela desaceleração da economia brasileira.
O que a operadora destaca: tempo médio até a instalação reduzido em 22,4% no
ano, -49,6% de reclamações; lançamento de novo portfólio de ofertas móveis para
PMEs.
Oi Mais Empresas: participação de 50% e 47% da base móvel do segmento, com 390
mil PMEs no novo portfólio, que teve 93% de aprovação em satisfação. O Oi Mais
Empresas oferece planos de telefonia móvel com dados 4G e minutos ilimitados e
de telefonia fixa por um valor fixo mensal, o que, para a operadora, é mais
atrativo para as empresas. Também inclui o app Oi Mais Empresas.
RECUPERAÇÃO JUDICIAL
Quanto aos próximos passos da recuperação judicial - que teve início em junho de
2016 -, temos uma imagem enviada pela Oi que explica quais serão as ações, que
devem permitir o início do novo ciclo de crescimento sustentável, como afirmou
Eurico Teles.
Ver Quadro