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Leia na Fonte: Teletime
[13/12/12]
Diminuem as vendas de acessos banda larga pelo PNBL
- por
Wilian Miron
Lançado há pouco mais de dois anos, o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) está
dando sinais de que algo precisa ser revisto. Afinal, o ritmo de conexão de
novos clientes, pelo programa, vem diminuindo gradativamente desde o final de
2011. No primeiro trimestre deste ano foram ativadas 380 mil assinaturas de
Internet em banda larga nos moldes do PNBL. E, no terceiro trimestre deste ano,
foram apenas 310 mil ativações, aproximadamente 17% de retração na demanda pelo
serviço.
Para piorar, a quantidade de desconexões do serviço também impressiona: entre
julho e setembro deste ano, houve o cancelamento de 154 mil contratos da banda
larga do PNBL. No trimestre anterior, aproximadamente 83 mil clientes deixaram
de adotar os pacotes populares, que preveem acesso de 1 Mbps por R$ 35 ou, em
Estados que isentam o serviço da cobrança de ICMS, a R$ 29,90 por mês. Desde o
final de 2011, ao todo, 317 mil clientes já pediram o desligamento do serviço. A
Anatel não tem o dado referente às razões da desconexão, mas é possível que os
clientes tenham migrado para pacotes mais caros, fora do escopo do Plano
Nacional de Banda Larga.
Outro ponto a ser observado é a questão geográfica: ao ser anunciado, em maio de
2010, o PNBL tinha um caráter de massificação do acesso à banda larga. E o
governo sinalizava que o programa deveria priorizar o acesso ao serviço em
locais onde havia pouca ou nenhuma oferta.
Entretanto, dados de um balanço trimestral do PNBL divulgado na quarta-feira,
28, pela Anatel mostram que a maior parte das conexões de Internet no varejo nos
moldes do Plano Nacional de Banda Larga está nas regiões Sul e Sudeste,
justamente aquelas onde há mais competição na oferta do serviço.
O Sudeste é a região com maior número de clientes usando banda larga contratada
nos moldes do programa do governo, chegando a 907 mil usuários da banda larga
popular. É também onde está a maior concentração de renda e, consequentemente, a
competição entre operadoras é mais acirrada.
O Nordeste vem em segundo lugar, com 77 mil contratos firmados, nos moldes do
PNBL, entre operadoras e consumidores. O Sul do País, no entanto, fica pouco
atrás, com 59 mil conexões do serviço. A região Norte, a mais desassistida de
infraestrutura e, consequentemente do serviço, tem apenas 30 mil assinantes da
banda larga de baixo custo. O Centro-Oeste é onde há a menor penetração do PNBL,
com ínfimos 16 mil contratos do serviço.
Uma possível explicação é que a Oi, responsável pela cobertura na maior parte do
país, está implantando gradativamente os acessos nos moldes do PNBL. No terceiro
trimestre deste ano, o PNBL alcançou 2.284 municípios cobertos com ofertas de
banda larga no varejo. No período, a oferta de atacado chegou a 932 cidades
brasileiras. O assunto é tema de reportagem da revista TELETIME do mês de
dezembro. (Teletime)