ALBERTO MAGNO
SILVEIRA BOAVENTURA
ComUnidade
WirelessBrasil
09/03/03
• CDMA: Conversão de voz em PCM?
--- Original Message -----
From: Alberto Magno Silveira Boaventura
To: Celld-group@yahoogrupos.com.br
Sent: Sunday, March 09, 2003 12:05 PM
Subject: Re: [Celld-group] CDMA Help - CDMA:
Conversão de voz em PCM?
Pergunta:
Numa conversa entre 2 celulares de uma mesma operadora CDMA (Telesp Celular, pex.) vcs saberiam me dizer se em algum momento a voz é convertida em PCM ?
Boa pergunta. Seguem meus comentários. Infelizmente a primeira resposta é depende. Depende principalmente da arquitetura da solução técnica.
Na BS, os fluxos de voz codificadas dos terminais móveis registrados ali, são empacotados em agregados de DS0s (vários usuários podem ocupar um mesmo canal PCM-G.711) na interface A(ou ABis) para MSC. Em geral as arquiteturas são baseadas em interfaces A e Abis proprietárias (existe também o padrão IS.634 ou IOS para o CDG - mas raramente implementado) para o CDMA. Uma chamada móvel a móvel (MTM), como toda chamada, faz uso de uma MSC para bilhetagem, análise de dígitos, comutação e encaminhamento. Para as redes atuais, ela é baseada em comutação por circuito - ou TDM - com matrizes de comutação TST, TTT, ou TSST. Como os móveis codificam a voz em codecs especiais (no caso do CDMA SO=1 - 13K QCELP, SO=3 - 8K EVRC), o stream de voz seria convertido para PCM em vocoders na central para G.711, para convenientemente serem comutados, encaminhados e codificados novamente para o destino.
Por outro lado, no CDMA, em especial, existe a facilidade do soft-handoff e softer-handoff. O soft-handoff é aqui definido como handoff entre BSCs de uma mesma MSC, ou de mesma tecnologia, dentro de uma mesma portadora. Ele permite a uma perna da ligação de um terminal móvel continuar usando o mesmo vocoder. Para tanto, as centrais e os codecs nas centrais, pertencem a uma rede de dados orientada por circuito tipicamente baseado em FR. Neste caso, o stream NÃO é convertido para PCM (ou G.711). O que acontece é o estabelecimento de uma conexão de VCC (Virtual Circuit Connection) FR entre os fluxos de voz codificadas. Os VCCs são enlaces de fluxo de dados comutados, onde são identificados por um DLCI - endereço de um VC FR - semelhante ao CIC para ISUP. Assim nos pontos de agregação desses fluxos de voz, uma chamada é estabelecida (usando Q.933 - ou semelhante) e o enlace é estabelecido. Ou seja, o fluxo de voz da BSC de uma MSC conecta ao vocoder de uma outra MSC. Para o caso do softer- handoff, o handoff é feito dentro de uma mesma BSC, porém com faces diferentes. Neste caso o fluxo até o vocoder da MSC é o mesmo.
Para arquiteturas 3G e 4G os serviços de voz serão baseados em VoIP. Neste caso o stream de voz é transportado através dos protocolos RTP/RTCP. Como estes protocolos possuem apenas o endereço da fonte e destino (IP), a voz seria apenas decodificada no destino. Hoje um dos grandes problemas encontrados nas diversas as discussões do 3GPP e 3GPP2 é a respeito do controle de mobilidade para um ambiente All-IP. Uma das propostas de
suportar uma rede All-IP é usando a arquitetura Mobile-IP para garantir a mobilidade de fluxos de aplicações IP, garantindo interfuncionamento entre diversas arquiteturas inclusive WLAN. Mas, o grande vilão é a micromobilidade, onde a troca de informações entre elementos do Mobile-Ip (FA/HA/AAAH,AAAV) devem se dar de maneira a garantir a qualidade do serviço de voz (ou isócronos) sem variação do retardo, retardo ou interrupção...
Espero que tenha ajudado,
Alberto Boaventura