FLÁVIA LEFÈVRE GUIMARÃES
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Setembro 2009 Índice Geral
08/09/09
• Um breve histórico sobre o Sr. Gilberto Alves e sua belicosa relação com os consumidores
Fonte: Tele.Síntese-----------------------------
Fonte: Tele.Síntese
[01/06/06]
Pulso-minuto:
mesmo na defensiva, Anatel não convence consumidores
Durante oito horas, com apenas uma pausa rápida para almoço, representantes da
Anatel expuseram hoje, 1, detalhes técnicos da conversão pulso-minuto em São
Paulo para uma platéia formada, quase na totalidade, por integrantes de
entidades de defesa do consumidor. No último encontro entre as duas partes na
capital paulista, durante uma audiência pública sobre o plano alternativo
(Clone) quase saiu briga. Desta vez, não houve ameaça de voz de prisão (veja
matéria), mas os ânimos se acirraram e não houve consenso.
Hoje, notadamente, houve uma atitude mais defensiva da Anatel, como se os
reguladores quisessem selar a paz com os consumidores. O causador da polêmica no
último encontro, o superintendente de Serviços Públicos Gilberto Alves, parece
ter sido excluído do processo de interlocução e não apareceu. Sobrou para o
gerente José Gonçalves Neto, que ouviu muito e, mesmo com bom humor, não teve
sucesso. “Se vocês não entenderam que esta conversão visa o equilíbrio das
contas, nossa apresentação acabou de fracassar”, disse ele para depois
acrescentar. “O instrumento regulatório não foi feito para baixar tarifas.”
Os pontos dissonantes são muitos. Segundo a Anatel, o plano básico privilegiará
o usuário que faz uso “racional” do telefone. Ou seja, fala pouco, até três
minutos. Estes pagarão menos do que pagavam em pulsos. Aqueles que falam dez
minutos podem pagar até o dobro do que gastavam em pulsos. Segundo as entidades,
trata-se de uma distorção, praticamente um subsídio cruzado, com uns pagando a
conta de outros.
Inclusão
Além disso, a idéia iria contra o que é usual em qualquer setor do mercado, de
privilegiar (com descontos inclusive) os consumidores que usam muito determinado
produto. “Também prejudica o projeto do país de inclusão digital, pois penaliza
aqueles que usam internet discada”, destacou a advogada Flávia Lefèvre
Guimarães, ferrenha opositora do plano proposto, que é membro do conselho
consultivo da Anatel, representando entidades do consumidor. Gonçalves Neto
retrucou dizendo que o uso de internet, no STFC, é “passageiro”, dando a
entender que a tendência, num futuro próximo, é que todos migrem para banda
larga.
De acordo com o que fora estabelecido nos novos contratos de concessão, a
cobrança em minutos deveria ter sido implementada no início deste ano, assim
como o detalhamento das contas. Mas, poucos dias antes de a medida vigorar,
Anatel adiou para o ano que vem. Essa medida foi duramente criticada pelas
associações (entre elas Procon e Idec), pois fere os contratos assinados e
decreto presidencial de 2003.
Meia-sola
Mesmo conformados com o adiamento dos minutos, os consumidores exigem que a
fatura, em pulsos, venha detalhada (imediatamente) para os usuários. Primeiro,
porque se trata de um direito à informação assegurado no Código de Defesa do
Consumidor, argumentam. E também, porque seria a forma mais justa de o usuário
comparar às claras as mudanças de suas contas no processo de transição
pulso-minuto.
Gonçalves Neto respondeu dizendo que o detalhamento, agora, seria uma medida
“meia-sola”. Correria-se o risco, argumenta ele, de gerar mais confusão aos
consumidores, que veriam na conta tarifas muito distintas para ligações de
duração parecida. Flavia Guimarães não aceitou o argumento, pois, diz ela, com a
digitalização das centrais, já há meios de as operadoras detalharem as faturas.
“A informação nunca é demais para o consumidor. Se há distorções (por causa da
aleatoriedade do pulso), o usuário tem de saber disso”.