FLÁVIA LEFÈVRE GUIMARÃES
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Maio 2010              Índice Geral


31/05/10

• Contradição... agora é o Helio Costa... ou o jornalista Ethevaldo Siqueira?

de Flávia Lefèvre <flavialefevre@yahoo.com.br>
para Helio Rosa <rosahelio@gmail.com>
data 31 de maio de 2010 20:38
assunto CONTRADIÇÃO ... AGORA É O HELIO COSTA ... OU O JORNALISTA ETHEVALDO SIQUEIRA?

Oi, Helio e Grupos

Impressionante como as circunstâncias podem mudar tudo. Neste domingo, o nosso emérito jornalista Ethevaldo Siqueira publicou o seguinte em sua coluna no Estado de São Paulo.

"O senhor Rogerio Santanna está mentindo: sempre fui contra a volta da Telebrás, em especial para gerir o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL). Quem impôs essa opção pela Telebrás foi ele, com apoio da ex-ministra Dilma Rousseff."
Esse é o desmentido duro e categórico do ex-ministro das Comunicações Hélio Costa, feito na sexta-feira passada, às declarações do novo presidente da Telebrás, Rogerio Santanna. Num debate ao vivo pela Rádio CBN de São Paulo, na quinta-feira, Santanna havia afirmado que "o ministro Hélio Costa sempre foi favorável à reativação da Telebrás".


Entretanto, está bombando no Youtube um vídeo do ex-Ministro Helio Costa defendendo bravamente a reativação da Telebrás para fazer frente à inércia e falta de investimentos pelas concessionárias. É isso mesmo ... quem disse isso foi o Helio Costa e não o Rogerio Santanna!

Eu provo; vejam o vídeo de 4 de dezembro de 2007 acessando por esse link.

Vale repetir minhas considerações sobre a virada de casaca do Deputado Semeghini no post anterior: nada como um dia depois do outro e uma política pública no meio.

Mas não quero deixar também de comentar o seguinte raciocínio publicado na mesma matéria:

"Antes de assumir a presidência da estatal, Santanna foi secretário de Logística do Ministério do Planejamento, de 2003 a 2010, mas, mesmo naquele cargo, destacou-se por sua luta pela reativação da Telebrás.
Levou o tema à discussão, juntamente com outras 3,2 mil teses em debate, na Conferência Nacional de Comunicações (Confecom), mas não obteve aprovação da reativação da Telebrás.
Por sua persistência, Santanna acabou ganhando a guerra, a ponto de quebrar todo o formalismo legal que havia no MiniCom. Restringiu o debate do PNBL aos setores governistas ou petistas. Convenceu o presidente Lula e a ex-ministra Dilma Rousseff a mudar a lei da Telebrás por decreto. Ignorou solenemente o fato de a Telebrás ser vinculada por lei ao Ministério das Comunicações e atropelou Hélio Costa, contrário à reativação da estatal".

O nosso emérito jornalista passou o período inteiro do Ministério do excelentíssimo Helio Costa fazendo críticas ferrenhas e ferinas ao ex-ministro por suas omissões e falta de prioridades.

Além disso, me parece que o Ministério faz parte do governo, ou não faz? Assim, o que pretende o jornalista? Que o Governo faça ou não faça?

Quer dizer que o secretário de logística do Ministério do Planejamento não pode propor uma política pública se o Ministro das Comunicações não o faz?

HAJA CONTRADIÇÃO, Sr. Ethevaldo! Tá certo que o brasileiro tem memória curta, mas menos de três anos ... aí era caso de esclerose nacional!!!

E quanto as referências feitas no artigo do Sr. Ethevaldo à corrupção que ocorria na Telebrás nos tempos idos, tenho certeza que nosso emérito jornalista tem conhecimento da forma de atuar promíscua junto aos poderes constituídos das empresas privadas.

Especificamente? Posso testemunhar o sumiço da cláusula da reversibilidade das redes IP - backhaul (troca de metas) aditivos aos contratos de concessão assinados em 8 de abril de 2008 promovida pela ANATEL de forma sorrateira com base em parecer falso da procuradoria. Tudo isso no dia 7 de abril, por e-mail trocado entre os membros do Conselho Diretor (circuito deliberativo), sem levar ao conhecimento da Casa Civil e sem qualquer publicidade. Apenas 8 bilhões em jogo!!!!

Ou ainda, o principal defensor da idéia na ANATEL - o funcionário ioiô - o Sr. José Alexandre Bicalho, que dias depois da troca de metas já estava trabalhando na ABRAFIX e um ano depois já havia retornado para a ANATEL para coordenar o grupo que está tratando das regras de desagregação de redes. E o que dizer do projeto de lei fresquinho do Senador Flexa Ribeiro sobre as redes IP? Edificante?

Não sejamos maniqueístas, emérito jornalista! A corrupção não é mérito exclusivo das empresas estatais.

Abraço a todos.

Flávia Lefèvre Guimarães


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