Blog ComUnitário

FUST
Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações

Página organizada e mantida pelo Coordenador da ComUnidade WirelessBrasil

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FUST - Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações

Telecomunicações - Questões jurídicas

SérgioMiranda
Página sobre o Fust


Conteúdo desta página

26/02/2005 - FUST (15) - Três notícias
25/02/2005 - FUST (14) - Lembrando um "resumo"
11/01/2005 - FUST (13) - Artigo da RNT
15/12/2004 - FUST (12) - Editorial de Alice Ramos -  Com o FUST "dinheiro na mão é vendaval"
01/12/2004 - FUST (11) - Editorial de Alice Ramos - Começa a disputa pelo FUST
29/11/2004 - O FUST norte-americano
23/11/2004 - Contingenciamento do Fust gera incertezas sobre o SCD
22/11/2004 - Para pensar sobre o fust...(Artigo de Silvio Meira)
22/11/2004 - Fust: mais um precedente!
15/11/2004 - FUST (10) - As tecnologias usadas no SCD
15/11/2004 - FUST (9) - Plano alternativo ao SCD
15/11/2004 - FUST (8) - Uma tentativa de resumo (Comentários)
15/11/2004 - FUST (8) - Uma tentativa de resumo
10/11/2004 - FUST (7) Telemedicina
10/11/2004 - FUST (6) - Fernando Botelho na Câmara dos Deputados
08/11/2004 - FUST (5) "Tudo" sobre o FUST e o SCD
07/11/2004 - FUST (4) - O que é SCD?
05/11/2004 - FUST (3)
03/11/2004 - FUST (2)
03/11/2004 - FUST (1)
15/09/2004 - Fernando Botelho opina sobre o FUST
15/09/2004 - Fernando Botelho opina sobre o FUST
09/08/2004 - CIDEs/FUSTeFUNTTEL x Serviços Internacionais de Telecom
11/03/2004 - ANULAÇÃO SCD ANATEL / TCU / Acordãos sobre o FUST


 

FUST (15) - Três notícias

Sent: Saturday, February 26, 2005 1:56 PM
Subject: FUST (15) - Três notícias
Olá,  ComUnidade WirelessBrasil !  
Helio Rosa escrevendo.
Nesta ComUnidade (Portal em 
www.wirelessbrasil.org)  interagimos e compartilhamos conhecimentos com muita cordialidade, cortesia, tolerância e paz - sempre fazendo novos amigos!  
 
Repetindo o inicio da mensagem anterior: recebi, em "pvt" (e-mail particular) três notícias relacionadas ao FUST.
Agradeço imensamente ao colaborador "anônimo"! 
As notícias estão transcritas abaixo.
 
Não praticamos política partidária nem fazemos críticas ao governo em nossos fóruns.
Respondendo à uma pergunta em "pvt" sobre nossa "visão": independente do governo e governantes atuais e do nosso voto nas últimas eleições, como cidadãos temos que agir no sentido de ajudar, de algum modo, na solução dos problemas e impasses e viabilizar o sucesso da "administração de plantão".
Ao informar aos nossos participantes e trazer os temas ao debate, estamos simplesmente "fazendo nossa parte".
 
Abaixo, a transcrição das notícias.
Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa
 
Sociedade da Comunicação
Walter Pinheiro critica política de Lula para Fust
24/02/2005
, 17h54

O deputado Walter Pinheiro (PT/BA) foi duro em relação à política de inclusão digital do governo do presidente Lula.
O deputado, que abriu o quarto fórum de debates sobre telecomunicações organizado pelo Ministério das Comunicações, defendeu a urgência na utilização do dinheiro do Fust através de algumas experiências novas, ou reforçando as experiências já existentes, como a realizada pela Eletronorte na Amazônia, ou os telecentros desenvolvidos em diversos lugares do País.
O deputado do PT afirmou, inclusive, que o governo dirigido por seu partido estava se comportando da mesma forma como o antecessor e desrespeitando a lei em relação ao Fust.
Pinheiro contou que no ano passado recebeu um recado da presidência: o Presidente Lula estaria decidido a fazer a inclusão digital através de um projeto "que é a menina dos olhos dele", o Casa Brasil.
"Ele pediu que o ajudasse a encaminhar a proposta na Câmara".
No entanto, disse Pinheiro: "Quando fui ver o orçamento, pensei: furaram a menina dos olhos do Lula, porque lá não tinha um tostão para o projeto. Conseguimos colocar algum dinheiro, mas quase nada foi liberado."
Em sua apresentação, o deputado ainda procurou discutir a necessidade de se estabelecer um conceito único para a discussão da universalização.
Ele defende que não se trata mais de universalizar a voz, não porque isto já tenha sido conseguido, ou esteja em vias de se concretizar, mas porque "é muito pouco" diante das maravilhas da tecnologia de comunicação disponíveis no mundo de hoje: "O que precisamos descobrir é a maneira de conseguir fazer estas maravilhas estarem à disposição da população."
O evento foi organizado nesta quinta, 24, pela Secretaria de Serviços de Telecomunicações do Ministério das Comunicações.
Apresentaram-se como debatedores:
- José Zunga, presidente da Fittel;
- José Fernandes Pauletti, presidente executivo da Abrafix;
- Luiz Cuza, da TelComp;
- e Luiz Antônio Carvalho, da RITS (Rede de Informação do Terceiro Setor).

Consenso
Na trilha do mote de Pinheiro, todos os debatedores defenderam o uso imediato dos recursos do Fust, usando inclusive palavras duras como "imoralidade" ou "ilegalidade" para classificar a utilização dos recursos do fundo no superávit do governo.
Zunga, da Fittel, defendeu as mudanças no processo de administração na Anatel com a esperança de que, com a mudança de alguns superintendentes, "que não desejam que a competição se viabilize no País", a agência passe por uma mudança.
Zunga disse posteriormente ao TELETIME News que já levou ao ministro Eunício de Oliveira nomes de superintendentes que considera "culpados" por não haver maior interesse da agência em estimular a competição nos serviços. O presidente da Fittel voltou a atacar a questão da terceirização das tarefas de instalação e manutenção de redes em praticamente 100% em todas as empresas de telecomunicações, com a conseqüente queda na qualidade da prestação do serviço.
Da Redação - PAY-TV News
 
Entidades também criticam políticas para o Fust
24/02/2005
, 18h35
Luiz Antônio Carvalho, presidente da entidade Rede de Informação do Terceiro Setor, fez críticas contundentes à não utilização dos recursos do Fust durante o fórum de telecomunicações realizado nesta quinta, 24, pelo Ministério das Comunicações.
Ele acredita que nem o governo federal e muito menos os governos estaduais e a imensa maioria dos governos municipais se deram conta da gravidade do problema da universalização.
O dirigente da ONG relatou experiências de inclusão digital realizadas em convênio com outras entidades e as dificuldades em conseguir concretizar os trabalhos.
Ironizando uma das formas de se "obter dinheiro do Fust", Carvalho lembrou que já há quem esteja pensando em transformar uma associação de moradores ou uma colônia de pescadores em "biblioteca pública" uma vez que existe um programa que permitirá o uso dos recursos do fundo para estas entidades.
Luiz Antônio disse esperar que o processo de desenvolvimento da sociedade digital não venha a se tornar em mais um garrote para segregar a população, ao invés de incluí-la.

De onde virá o dinheiro
O presidente executivo da Abrafix, José Fernandes Pauletti, que também participou do fórum, fez uma cuidadosa exposição mostrando os diversos índices de rentabilidade do setor de telefonia fixa e móvel.
Utilizando um gráfico com os valores da renda do possível usuário e a densidade populacional, Pauletti foi mostrando, sob o ponto de vista de uma operadora, até onde seriam viáveis economicamente a exploração do serviço de telefonia, e a partir de onde estes precisariam ser subsidiados.
O presidente da Abrafix, lembrou que as atuais metas de universalização foram "contratadas" pela União às empresas que compraram as teles privatizadas, ou seja, que não há mais nada a receber pelo cumprimento das atuais metas de universalização.
Mas lembrou também que será necessário prever os recursos para o pagamento das próximoas metas de universalização que o governo pretenda exigir das concessionárias.

Mais competição
De acordo com Luiz Cuza, presidente da TelComp, um ponto chave a considerar na discussão do tema da universalização é que universalização é uma função da rede fixa.
Ou seja, afirmar que a universalização pode ser realizada pela telefonia móvel sem fio é uma falácia.
O dirigente da TelComp lembra ainda que a Anatel não tem levado a sério a questão da necessidade da portabilidade numérica para facilitar o processo de competição, item previsto inclusive no decreto de políticas de telecomunicações.
Cuza também estranha a morosidade com que as autoridades brasileiras vêm tratando a denúncia da formação de cartel por parte das três grandes empresas de telefonia local: "as denúncias foram feitas há mais de um ano, e até agora não houve nenhum resultado", observa.
Para realizar a universalização, Cuza considera necessário atacar a questão da distribuição de renda; diminuir a carga tributária incidente sobre os serviços de telecomunicações; e, finalmente, estimular a competição com alternativas e preços diferenciados.
Da Redação - PAY-TV News
 
Walter Pinheiro critica SCD e defende projeto-piloto para usar recursos do Fust
24/2/2005

O deputado Walter Pinheiro (PT-BA) criticou hoje, 24, durante fórum realizado pelo Ministério das Comunicações para discutir políticas de universalização, a proposta do Serviço de Comunicações Digitais (SCD) e defendeu a criação de um projeto-piloto de universalização da Internet para utilizar os recursos do Fust.
Na avaliação de Pinheiro, a proposta do SCD apresentada pela Anatel é pouco viável porque não oferece retorno financeiro às operadoras e, por isso, dificilmente as empresas terão disposição de prestar o serviço, até porque não estão no mercado para fazer filantropia.
Na opinião de Pinheiro, o governo deveria implantar um projeto-piloto de inclusão digital para começar a utilizar os recursos do Fust.
Para ele, esse caminho poderia ser uma boa alternativa para pressionar o governo a liberar o dinheiro do fundo. "Entra governo e sai governo e os R$ 3 bilhões do fundo não são gastos.
Enfrentamos o mesmo problema no governo Fernando Henrique e com a nossa equipe econômica", disse Pinheiro. Cristiana Nepomuceno - Telecom Online
 
 

FUST (14) - Lembrando um "resumo"

From: Helio Rosa
Sent: Friday, February 25, 2005 5:35 PM
Subject: FUST (14) - Lembrando um "resumo"
Olá,  ComUnidade WirelessBrasil !  
Helio Rosa escrevendo.
Nesta ComUnidade (Portal em 
www.wirelessbrasil.org)  interagimos e compartilhamos conhecimentos com muita cordialidade, cortesia, tolerância e paz - sempre fazendo novos amigos!  
 
Recebi, em "pvt" (e-mail particular) três notícias relacionadas ao FUST.
Agradeço imensamente ao colaborador "anônimo"! 
 
Antes de transcrevê-las numa próxima mensagem, gostaria de convidar a todos (principalmente aos recém-chegados) para um rápido "nivelamento".
Para tal, pretensiosamente permito-me transcrever uma tentativa de resumo postada por mim há três meses.
 
Lembro também que, com a colaboração de todos, organizamos duas páginas comunitárias com um vasto conteúdo sobre o tema:
FUST- http://www.wirelessbrasil.org/fust/fust01.html
SCD - http://www.wirelessbrasil.org/fust/scd01.html

É um assunto atual e importante e vale uma atualização.
Boa leitura!
 
Um abraço cordial
Helio Rosa
 
----- Original Message -----
From: Helio Rosa
To: Celld-group@yahoogrupos.com.br ; wirelessbr@yahoogrupos.com.br
Sent: Monday, November 15, 2004 9:12 PM
Subject: [Celld-group] FUST (8) - Uma tentativa de resumo


Olá, ComUnidade WirelessBrasil !
Helio Rosa escrevendo.
Nesta ComUnidade (Portal em www.wirelessbrasil.org) interagimos e compartilhamos conhecimentos com muita cordialidade, cortesia, tolerância e paz - sempre fazendo novos amigos!

Das "leituranças" que estou fazendo na web sobre o FUST e nos diversos "pvts" recebidos repercutindo algumas mensagens veiculadas nos Grupos, permito-me arriscar uma "resumo", simplista e simplório (*), muito pessoal, da "situação atual".

Importante lembrar: estamos trazendo o FUST (Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações) e SCD Serviço de Comunicações Digitais) para nossos fóruns com extremo cuidado para que este processo de tentativa de esclarecimento não seja confundido com críticas ao governo (este não é o local adequado para isto).
Nosso objetivo é ajudar no processo de ambientação e de formação da opinião de nossos participantes.

O FUST foi criado há quatro anos para viabilizar a "inclusão digital", de enorme alcance social. Hoje tem "em caixa" quase 4 bi de reais. Imobilizados.
A arrecadação do FUST é uma das mais "tranqüilas": as empresas, de grande porte, nem pensam em sonegar ou postergar e "pingam" garantidos 500 mi anuais.

Os governos, o atual e o anterior, têm adotado uma prática no mínimo estranha : emitem, no início de cada ano-fiscal (janeiro/fevereiro ), decretos de contingenciamento, isto é, normas ( assinadas pelo Chefe do Executivo Federal, sem apreciação posterior, pelo Congresso Nacional) que proíbem qualquer "empenho" (empenho é o nome técnico-contábil do procedimento que reserva uma determinada quantia para gastos públicos) de recursos do FUST.
Assim, o governo cria um paradoxo: ele próprio arrecada a receita que a lei criou para o FUST, e ele próprio "contingencia" (proíbe) a si mesmo o gasto de toda a receita arrecadada!!!


No entanto, a imobilização parece que tem servido para cumprir as metas de superavit primário.
Assim, a não-utilização do FUST tem sido resultado de uma "vontade política".

Mas, aparentemente, a "mudança da vontade" também esbarra em enormes empecilhos.
Mais um círculo vicioso: para prever recurso no orçamento da União é preciso um planejamento do emprego.
Mas, em princípio, para formatar um plano para utilizar o recuso é preciso saber o "quanto" estará disponível.
E questiona-se, obviamente, se os órgãos governamentais responsáveis por áreas como saúde, educação, segurança pública, por exemplo, têm condições de elaborar "planos de inclusão" tão complexos e abrangentes.

A não utilização do FUST para suas finalidades pode, teoricamente, se transformar num grande litígio judicial pois as empresas contribuintes já questionam o pagamento de um tributo que não é utilizado.
Se for "congelado" devido à eventuais ações legais, pode se depreciar e, na pior hipótese (remota) , ser devolvido a quem contribuiu. E não há como deixar de temer o risco do FUST ser desviado para outros rumos com aconteceu com a CPMF.


O SCD - Serviço de Comunicações Digitais viria para suprir tais dificuldades.
O anteprojeto foi elaborado com base em consultas públicas mas consta que seu texto final, em análise pelo Governo, é desconhecido do público.
Na próxima mensagem vamos transcrever um artigo que mostra que, face à demora, as operadoras já se adiantam com projetos próprios. Isto poderá ajudar ou "atropelar" pois o SCD vai encontrar vários fatos consumados quando nascer.

Lembrando o que já dissemos anteriormente, mesmo sem bola de cristal: a "inclusão digital", em qualquer formato, além de outros benefícios, vai gerar um "caminhão" de empregos para o pessoal de TI e Telecom.

Daí a necessidade de acompanharmos este processo, pelo menos para se ter uma opinião formada; e, se for o caso, individualmente, fazermos pressões democráticas sobre nossos congressistas (papo de "americano"?). :-)
Não temos este hábito, claro, mas já é hora de adquiri-lo. :-)

Um abraço cordial
Helio Rosa
Da equipe de moderadores dos Celld-group e WirelessBr
Coordenador da ComUnidade WirelessBrasil e do Giga Site WirelessBR

(*) Do "Houaiss":
Simplista - aquele que tende a raciocinar ou a agir com simplismo;
Simplismo: tendência ou prática que consiste em considerar apenas uma face ou um aspecto das coisas; simplificação exagerada.
Simplório - aquele que é muito crédulo; tolo, ingênuo, papalvo
 
 

FUST (13) - Artigo da RNT

----- Original Message -----

From: Helio Rosa
Sent: Tuesday, January 11, 2005 8:38 AM
Subject: [Celld-group] FUST (13) - Artigo da RNT
Olá, ComUnidade WirelessBrasil!
Helio Rosa escrevendo. 
Nos meses de novembro e dezembro do ano findo tivemos um ciclo de mensagens e debates sobre o FUST - Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações e o SCD - Serviço de Comunicação Digital .
Pra encurtar a conversa,  :-) tudo culminou na organização de duas páginas contendo "tudo" sobre o assunto (eta modéstia, sô!). :-)
Estão em:
[As mensagens estão colecionadas em http://www.wirelessbrasil.org/fust/mensagens_grupos.html]
 
Num determinado momento redigi um resumo sobre a  "situação" e o descrevi como "simplista e simplório, muito pessoal".
Transcrevo no final desta mensagem para ambientação de quem está chegando agora.
Já tínhamos anotado aqui, na ocasião, o Editorial de Alice Ramos (06/12/04) abaixo referenciado: 
Mesmo existindo o risco de parecer recorrente, não há - diante das atuais circunstâncias - como deixarmos de voltar à carga a respeito de um assunto importantíssimo: o Fundo de Universalização dos Serviços e Telecomunicações (FUST).
 
O motivo principal desse retorno ao tema tem haver com a liberação, no mês passado, de US$ 24 milhões, feita pela The Universal Service Administrative Company (USAC), que é a organização norte-americana responsável por levar adiante o programa de universalização das telecomunicações dos EUA, e pela gestão dos recursos do Universal Service Fund (USF). Tudo sob a supervisão da Federal Communications Comission (FCC).
 
Como aqui o governo anda as voltas sem saber como aplicar os R$ 4 bilhões que arrecadou até agora das operadoras de telecomunicações, ao passo que estas se articulam em lobby para precipitar a liberação do FUST, julgo pertinente trazer pelo menos uma experiência do exterior, que seja útil para ajudar o país a enxergar além da visão tosca de nossa cultura provinciana. [Leia mais]

Abaixo, reproduzo da edição Nov/Dez da RNT o artigo "Contingenciamento do Fust gera incertezas sobre o SCD" para retomar e não deixar esfriar o debate. 
Como verão no citado resumo, "contingenciar" é algo parecido com "proibir a utilização".  :-)
 
Mais novidades e repercussões sobre o FUST e o SCD?  :-)
Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa
 
 
Os recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust) ainda deverão fazer número para incrementar o superávit primário do governo nesse ano. As discussões sobre a implementação do Serviço de Comunicação Digital (SCD), envolvendo a Anatel e o Ministério das Comunicações, não evoluíram e não será neste momento que a verba do fundo será usada para algum serviço de telecom. A agência chegou a encaminhar uma exposição de motivos para o decreto de implantação do serviço, mas recebeu alguns questionamentos do ministério, o que acabou atrasando o processo.
 
O presidente da Anatel, Pedro Jaime Ziller, está otimista e prevê que até o final do ano todos os regulamentos estarão aprovados e que a partir do início de 2005 o processo de licitação estará na rua. No entanto, a agência terá que convencer a equipe econômica do governo a ceder mais do que os R$ 30 milhões que estão previstos para o Fust no orçamento do próximo ano. Para Ziller, essa situação não é incômoda. Segundo ele, basta mostrar na prática que o serviço é viável para os ministros e técnicos da área econômica (Fazenda e Planejamento, Orçamento e Gestão) se convencerem de que necessita de mais recursos.
 
No entanto, os diretores da Anatel também deverão convencer técnicos do Ministério das Comunicações, onde não há tanto entusiasmo com o projeto. Segundo fontes ouvidas por RNT, o fato de o ministério ter questionado os dados enviados pela agência nada mais é do que a tentativa de protelar ainda mais o início do programa. Fontes também dão conta de que o ministro da pasta, Eunício Oliveira, não gostaria de dar início ao novo serviço em um curto espaço de tempo. Pelo menos, não antes de o projeto de lei das agências reguladoras, que tramita no Congresso Nacional, ser aprovado. Pelo projeto como está hoje, todo o poder de conceder outorgas do novo serviço passaria para o ministério e a Anatel só teria o poder de fiscalizar o desempenho das empresas.
 
Se Ziller está otimista, já há na Anatel quem comece a se aborrecer com as dificuldades para a liberação dos recursos do Fust, cobrado desde 2001, mas que nunca foi usado. O superintendente de universalização da Anatel, Edmundo Matarazzo, afirmou durante o Futerecom que a implantação do SCD seria mais fácil sem a utilização dos recursos do fundo. Matarazzo disse que para a liberação deste dinheiro o programa teria que transpor questões políticas que envolvem a utilização das verbas do fundo.
 
Mesmo com o impasse, a Anatel continua planejando. De acordo com Pedro Jaime Ziller, o regulamento do novo serviço será elaborado com base no futuro decreto. "A Anatel já tem um esboço dos regulamentos. Certamente, o serviço será explorado em regime público, com a finalidade de incrementar a inclusão digital no País, especialmente em escolas públicas e áreas rurais", comenta. Segundo Ziller, o serviço será prestado em regime público porque há necessidade de garantia de continuidade, o que pode não ocorrer se o serviço for prestado em regime privado.
 
O presidente da Anatel explica que o programa de inclusão digital não se resume em apenas colocar acessos nos locais determinados. "É necessário criar conteúdo para se gerar desenvolvimento e inclusão de fato", argumenta. Ele também ressalta que serão instalados cerca de 2 milhões de equipamentos terminais, sendo que desse total, 300 mil serão servidores, os demais serão equipamentos de baixo custo. (A.S. e G.C.)

 

FUST (12) - Editorial de Alice Ramos
 

----- Original Message -----
From: Helio Rosa
Sent: Wednesday, December 15, 2004 12:06 AM
Subject: [Celld-group] Fust (12) - Mais um editorial de Alice Ramos

 
Olá, ComUnidade WirelessBRASIL!
Helio Rosa escrevendo.
 
Estamos continuando uma série de mensagens sobre o FUST - Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações.
Lembrando um trecho de mensagem anterior:
 
[ ...Um "pvt preocupado" pergunta:   :-)
"Não é temeridade trazer o FUST para o debate nos Grupos? Não poderá desencadear uma série de críticas ao governo?" 
Creio que não pois todos já nos conhecem e sabem que não é esta a intenção.
Pelo contrário, é um problema que está aí, interessa a todos de nossa área, temos que conhecer os fatos e outras opiniões  - para formar a nossa - e, quem sabe, ajudar na solução do impasse.
E tem muita tecnologia envolvida, para alegria geral!  :-) ...]
 
Simplificadamente:
O FUST é um fundo com 4 bilhões de reais imobilizados num circulo vicioso de impedimentos legais.
Tem um enorme alcance social pois deverá proporcionar a "inclusão digital" e nos interessa particularmente pois vai gerar muito emprego.
 
Visando a ambientação e a formação da opinião dos nossos participantes, organizamos recentemente dois "blog-books" sobre o tema:
a. FUST - Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações e
b. SCD - Serviço de Comunicações Digitais
 
As mensagens anteriores sobre este tema estão colecionadas em http://www.wirelessbrasil.org/fust/mensagens_grupos.html
 
A jornalista Alice Ramos é uma pioneira na "preocupação pública" com o FUST.
Aqui estão seus "editorias-artigos" publicados em seu Portal AliceRamos.com (parceiro informal da ComUnidade) sobre este assunto:

- Começa a disputa pelo Fust  [29/11/2004]

- Fust não é verba para filantropia [19/04/2004]

- Chega de exclusão [11/11/02]

Alice aborda o tema em duas semanas seguidas.
Transcrevo mais abaixo o trecho inicial do editorial da semana passada .
Parabéns, Alice Ramos, pelo engajamento continuado!
[Em tempo: reunimos numa única página os trechos iniciais e links para todos os editoriais da Alice Ramos em http://www.wirelessbrasil.org/aliceramos_editoriais.html]

Boa leitura, ComUnidade!
Boas Festas!
Um abraço cordial
Helio Rosa
 

Com o Fust, “dinheiro na mão é vendaval”   [06/12/2004]

• Alice Ramos

Mesmo existindo o risco de parecer recorrente, não há - diante das atuais circunstâncias - como deixarmos de voltar à carga a respeito de um assunto importantíssimo: o Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (FUST).
O motivo principal desse retorno ao tema tem haver com a liberação, no mês passado, de US$ 24 milhões, feita pela The Universal Service Administrative Company (USAC), que é a organização norte-americana responsável por levar adiante o programa de universalização das telecomunicações dos EUA, e pela gestão dos recursos do Universal Service Fund (USF). Tudo sob a supervisão da Federal Communications Comission (FCC).

Como aqui o governo anda as voltas sem saber como aplicar os R$ 4 bilhões que arrecadou até agora das operadoras de telecomunicações, ao passo que estas se articulam em lobby para precipitar a liberação do FUST, julgo pertinente trazer pelo menos uma experiência do exterior, que seja útil para ajudar o país a enxergar além da visão tosca de nossa cultura provinciana.
Entendimento esse que move os diferentes setores da sociedade brasileira em função de agirem somente em benefício de sua própria “casta”, ainda que os recursos sejam para todos. Participar do bolo é uma coisa, “comer” o bolo todo com cobertura e tudo é outra completamente diferente.
Por isso mesmo, antes de qualquer ação é preciso que os signatários do fundo (sejam os depositários ou os beneficiários) entendam de uma vez por todas que o FUST, como diz o próprio nome, tem por objetivo exclusivo promover a UNIVERSALIZAÇÃO das telecomunicações e não o de fazer filantropia ou ampliar os negócios de ninguém.
É nesse ponto que os atores sociais erram e as operadoras insistem em distorcer o sentido do programa. Não é pelo fato de serem empresas de telecomunicações que as tais podem se achar no direito de fazer pressão somente para ampliar seus ativos. A universalização tem sentido inverso ao que imaginam os executivos das teles: ela foi concebida (assim como o fundo) para atender as necessidades de comunicação e integração da sociedade, e não as demandas financeiras das prestadoras.
Todavia, como as operadoras são as candidatas naturais para agirem no processo de desenvolvimento das telecomunicações, devido à função que exercem, experiência, competência e aparato tecnológico é evidente que, em troca da permissão para explorar o serviço e obter lucros, são exigidas contrapartidas. Portanto contribuir pagando ou executando tecnicamente a universalização, não exatamente estabelece um direito inalienável das empresas de usarem os recursos do fundo. Elas são apenas o meio através do qual se procura atingir a universalização.
Ou seja: a universalização é o objetivo, a população é o beneficiário (e não as teles, apesar de haver compensações).
Ficando isso transparente, podemos clarificar ainda mais a discussão trazendo exemplos bem sucedidos de fora. Como é o caso do USF (Universal Service Fund) norte-americano. Lá eles investem pesadamente o dinheiro arrecadado das telecomunicações, em escolas, bibliotecas e na saúde rural. Para este último segmento são custeados programas de telemedicina.
[Leia mais]

 


FUST (11) - Editorial de Alice Ramos

----- Original Message -----

Sent: Wednesday, December 01, 2004 9:56 AM
Subject: [wireless.br] FUST (11)

 
Olá, ComUnidade WirelessBRASIL!
Helio Rosa escrevendo.
 
Lembrando:
O Portal AliceRamos.com é um parceiro informal de nossa ComUnidade.
A aguerrida  jornalista Alice Ramos escreve semanalmente os editorias do seu Portal.
São textos excelentes, sempre "colocando o dedo na ferida" e "pingando nos iis" (do título de sua coluna). 
 
Devidamente autorizados, estamos colecionando referências à todos editorias da Alice em  http://www.wirelessbrasil.org/aliceramos_editoriais.html.
Lá está uma visão crítica e equilibrada, mas não raro contundente, dos nossos "tempos de telecom".
 
Enviei há alguns dias para a Alice o endereço do nosso blog comunitário sobre o FUST , no qual procuramos reunir o máximo de informações coletadas na web, para ajudar na formação da opinião de nossos participantes/leitores.
 
Vemos agora, com enorme satisfação, que a Alice volta ao tema com mais um forte editorial.
Abaixo, a introdução com link para o editorial completo, que logo estará também no blog sobre o FUST.
Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa
 
Começa a disputa pelo Fust
http://www.aliceramos.com/view.asp?materia=771

Alice Ramos

Ao que tudo indica vem por aí mais um episódio que envolverá disputas entre o Governo Federal e as empresas de telefonia, e a bola da vez será o Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust).

É que as operadoras de telecomunicações manifestaram a intenção de depositar em juízo a parcela destinada ao Fust, a partir do dia 3 de dezembro, com o objetivo de pressionar a utilização das verbas do fundo que já conta com R$ 4 bilhões acumulados desde o ano 2000.

Um dos motivos alegados para a estratégia é que todo esse dinheiro não tem correção monetária, e se fosse depositado em juízo seria sempre corrigido.

Outro ponto que é apresentado pelas teles é o apelo politicamente correto de que o dinheiro contribuiria para a universalização da telefonia no Brasil, revertendo a baixa penetração dos telefones fixos no país.

Se por um lado essa tese está técnica e legalmente de acordo com o propósito do fundo, existe uma chance também de que, ao ser liberado nos moldes propostos pelas operadoras, o uso desse dinheiro futuramente venha servir de faca de dois gumes para o Planalto e somente de “tarrafa” para as empresas de telecomunicações “pescarem” mais usuários. O que não significa necessariamente fazer universalização.

Leia o editorial completo em http://www.aliceramos.com/view.asp?materia=771.

 

O FUST norteamericano

----- Original Message -----
From: Fernando Botelho
To: wirelessbr@yahoogrupos.com.br ; rodgreco@terra.com.br ; Roberto Botelho ; Celld-group@yahoogrupos.com.br ; Adalberto Valentim Baka ; abdimg@yahoogrupos.com.br
Sent: Monday, November 29, 2004 10:05 AM
Subject: [wireless.br] O FUST norteamericano

Prezados,
Para que se solidifique massa crítica sobre o (problema) FUST e fazendo uma comparação com estruturas pré-fixadas, noutros países, para programas idênticos, vejam abaixo o similar/FUST norteamericano, e o que ele anda, paradoxalmente ao nosso, realizando, neste momento, nos EUA (notícia abaixo, da "Teletime News", conferida no web site da USAC - http://www.universalservice.org/default.asp).
USAC é a sigla da organização denominada The Universal Service Administrative Company que, atuando em cumprimento do programa nacional de universalização das telecomunicações (coordenado pela FCC) nos EUA, aplica e gerencia os recursos públicos destinados à democratização telecomunicativa daquele país.
É interessante notar que, atuando basicamente em tres frentes - escolas e bibliotecas (diria, quanto a estas, em conceito "lato" de educação) e saúde rural (o RHCD-Rural Health Care Division da USAC, que provê programas de telemedicina no meio rural norteamericano) - o USAC acaba de liberar 24 milhões de US$ para uma nova fase do programa, que será cumprida ainda nas próximas semanas de 2.004 (algo em torno de 70 milhões de reais, ou, comparativamente, dez - milhões/reais - a mais do que todo o orçamento/FUST previsto, formalmente, para o Brasil, para 2.005).
Outro detalhe interessante, nesta comparação, é que os gastos do USAC prevêm mecanismo simplificado de aprovação de projetos de universalização, pela entidade (USAC). Aprovado o projeto, o seu custo de implantação tem reduzido o valor respectivo através do dispêndio, de quase a totalidade dos recursos necessários, feito pela própria USAC (que é, inclusie, entidade privada, sem fins-lucrativos), e não pela entidade beneficiária, o que mostra uma simplificação no mecanismo de empenho dos recursos públicos, sem necessidade de repasses estatais complexos, formais, orçamentários.
Guardadas as proporções (e que proporções !), podemos ver que uma sugestão, como a que fizemos para a execução dos projetos brasileiros/FUST, ou, a de serem eles diretamente custeados por recursos destináveis ao fundo, sem necessidade de pré-recolhimento aos cofres públicos brasileiros da chamada CIDE/FUST (a conhecida ida-e-volta ao Caixa Único do Tesouro, que, hoje, vem-se transformando numa "ida-sem volta") não foge, na essência, ao que se pratica em outro canto do mundo, em termos de universalização real (e não apenas formal) das telecomunicações.
A compensação (tributária) da CIDE/FUST - que está prevista na lei brasileira, e que, como tal, propusemos no livro "O FUST e as Telecomunicações" e, recentemente, renovamos a proposta em debate na Comissão de Seguridade da Câmara Federal dos Deputados - poderia garantir, pensamos, similar quitação direta-simplificada dos custos operacionais dos projetos/FUST, assemelhando-se, em resultados, ao que a USAC realiza hoje, com eficiência, nos EUA.
Abraços,
Fernando Botelho

FCC libera US$ 24,2 mi para escolas e bibliotecas
24/11/2004, 14h01
A agência reguladora norte-americana FCC divulgou na terça-feira, 23, que aprovou a liberação de fundos no valor de US$ 24,2 milhões para financiar acesso à internet e serviços de telecomunicações para escolas e bibliotecas nos EUA. Na última segunda-feira, 22, 194 cartas de compromisso foram enviadas a escolas e bibliotecas de todo o país pela Universal Service Administrative Company (USAC), organização privada sem fins lucrativos que administra os fundos do programa para a FCC. As cartas dão descontos de 70% a 90% nos contratos para conectar escolas e bibliotecas e descontos variados para a prestação de serviços de telecomunicações e internet. A diferença dos valores é paga pela USAC às prestadoras de serviços.
Apenas em 2004, a FCC já liberou um total de US$ 764 milhões em cartas de compromisso até o último mês de agosto, quando a emissão de novas cartas foi suspensa. A estimativa da agência é que novas verbas sejam liberadas até o fim deste mês. Da Redação - TELETIME News



USAC to Resume Issuing Funding Commitment Decision Letters (11/03/04)
http://www.universalservice.org/default.asp  

In early August, USAC suspended issuance of Funding Commitment Decision Letters (FCDLs) for both schools and libraries and rural health care providers for all funding years. USAC has worked closely with the FCC since then and has now determined the amount of unobligated cash it has available to cover new commitments and will resume issuing new FCDLs within the next two weeks.

In issuing FCDLs, USAC will follow the prioritization principles posted on this web site on October 27. Note that available funds are calculated separately for each support mechanism.

Generally, commitments will be issued for applications and meritorious appeals for funding years prior to Funding Year 2004 first and then, for Funding Year 2004, requests for telecommunications services and Internet access (Priority 1) first and, for schools and libraries, internal connections second. If funds are not sufficient for all pending requests within one priority, requests will be funded based on the date the application review was completed.

USAC expects to have sufficient funds to make commitments on all pending Rural Health Care requests that have completed review and generally to be able to issue FCDLs on other pending applications as review is completed.

With respect to the Schools and Libraries mechanism, USAC expects to issue FCDLs for all applications for funding years prior to 2004 that have completed review and to have sufficient funds to make commitments for Priority 1 services on some portion of the applications that have completed review based on the date of completion. As additional funds become available through contributions to the Universal Service Fund and through "deobligation" of previously committed funds (for example, funds committed for recurring services for Funding Year 2003 and not invoiced by October 28, 2004), USAC will make additional commitments -- first for prior-year applications and appeals and then for Priority 1 requests on applications for 2004. Commitments for prior years will be made as they become ready. For Funding Year 2004, USAC expects to issue periodic "waves" of commitments. USAC cannot predict the exact timing at this time, but expects at least one such wave a month.

About RHCD
The Rural Health Care Division of USAC is responsible for ensuring that health care providers in rural areas obtain the benefits of the Internet and current telecommunications technology as provided for by the United States Congress and the Federal Communications Commission (FCC) through universal service support. The FCC established a program that will fund up to $400 million annually so that rural health care providers pay no more than their urban counterparts pay for the same or similar telecommunication services.
http://www.rhc.universalservice.org/overview/rhcd.asp


Contingenciamento do Fust gera incertezas sobre o SCD

----- Original Message -----
From: Fernando Botelho
To: wirelessbr@yahoogrupos.com.br ; Celld-group@yahoogrupos.com.br ; abdimg@yahoogrupos.com.br
Sent: Tuesday, November 23, 2004 8:55 PM
Subject: [Celld-group] Notícia sobre o FUST + SCD

Prezados,
Trago abaixo mais uma nota sobre o FUST.
Não é, como podem ver, nada animador, e a tônica, como de costume, continua como antes, sem solução efetiva, realista, no âmbito puramente administrativo.
Abs.,
Fernando Botelho

Sociedade da Comunicação
Contingenciamento do Fust gera incertezas sobre o SCD
22/11/2004
Os recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust) ainda deverão fazer número para incrementar o superávit primário do governo nesse ano. As discussões sobre a implementação do Serviço de Comunicação Digital (SCD), envolvendo a Anatel e o Ministério das Comunicações, não evoluíram e não será neste momento que a verba do fundo será usada para algum serviço de telecom. A agência chegou a encaminhar uma exposição de motivos para o decreto de implantação do serviço, mas recebeu alguns questionamentos do ministério, o que acabou atrasando o processo.
O presidente da Anatel, Pedro Jaime Ziller, está otimista e prevê que até o final do ano todos os regulamentos estarão aprovados e que a partir do início de 2005 o processo de licitação estará na rua.
No entanto, a agência terá que convencer a equipe econômica do governo a ceder mais do que os R$ 30 milhões que estão previstos para o Fust no orçamento do próximo ano. Para Ziller, essa situação não é incômoda. Segundo ele, basta mostrar na prática que o serviço é viável para os ministros e técnicos da área econômica (Fazenda e Planejamento, Orçamento e Gestão) se convencerem de que necessita de mais recursos.
No entanto, os diretores da Anatel também deverão convencer técnicos do Ministério das Comunicações, onde não há tanto entusiasmo com o projeto. Segundo fontes ouvidas por RNT, o fato de o ministério ter questionado os dados enviados pela agência nada mais é do que a tentativa de protelar ainda mais o início do programa. Fontes também dão conta de que o ministro da pasta, Eunício Oliveira, não gostaria de dar início ao novo serviço em um curto espaço de tempo. Pelo menos, não antes de o projeto de lei das agências reguladoras, que tramita no Congresso Nacional, ser aprovado. Pelo projeto como está hoje, todo o poder de conceder outorgas do novo serviço passaria para o ministério e a Anatel só teria o poder de fiscalizar o desempenho das empresas.
Se Ziller está otimista, já há na Anatel quem comece a se aborrecer com as dificuldades para a liberação dos recursos do Fust, cobrado desde 2001, mas que nunca foi usado. O superintendente de universalização da Anatel, Edmundo Matarazzo, afirmou durante o Futerecom que a implantação do SCD seria mais fácil sem a utilização dos recursos do fundo. Matarazzo disse que para a liberação deste dinheiro o programa teria que transpor questões políticas que envolvem a utilização das verbas do fundo.
Mesmo com o impasse, a Anatel continua planejando. De acordo com Pedro Jaime Ziller, o regulamento do novo serviço será elaborado com base no futuro decreto. "A Anatel já tem um esboço dos regulamentos. Certamente, o serviço será explorado em regime público, com a finalidade de incrementar a inclusão digital no País, especialmente em escolas públicas e áreas rurais", comenta. Segundo Ziller, o serviço será prestado em regime público porque há necessidade de garantia de continuidade, o que pode não ocorrer se o serviço for prestado em regime privado.
O presidente da Anatel explica que o programa de inclusão digital não se resume em apenas colocar acessos nos locais determinados. "é necessário criar conteúdo para se gerar desenvolvimento e inclusão de fato", argumenta. Ele também ressalta que serão instalados cerca de 2 milhões de equipamentos terminais, sendo que desse total, 300 mil serão servidores, os demais serão equipamentos de baixo custo. (A.S. e G.C.) - Revista de Negócios em Telecomunicações

 


Para pensar sobre o fust...(Artigo de Silvio Meira)

----- Original Message -----
From: Zenigmatico
To: wirelessbr
Sent: Monday, November 22, 2004 6:52 AM
Subject: [wireless.br] Para pensar sobre o fust...
(Transcrição de artigo de Silvio Meira)

{a FUria e os Serviços de Telecomunicações}

O FUST, fundo para universalização de acesso às telecomunicações, inclusive à internet, não saiu. Aliás, saiu sim, do bolso do consumidor, que sem saber deposita 1% de sua conta, todo mês, no superavit primário. Enquanto o fundo não dá resultado, evoluem conversas sobre como os excluídos das telecomunicações poderiam entrar na festa, por conta própria, usando equipamentos e infra-estruturas como o PC conectado. O que pode vir a ser muito interessante, desde que seja realmente possível vender e connectar um PC, no Brasil, a R$50 por mês e se houver, dentro da classe mais excluída, gente com tanto dinheiro para computação e comunicação.
Cinqüenta pratas por mês deve ser quase nada para a maioria dos leitores, que estão na internet e incluídos social e economicamente. Mas para 68% dos lares brasileiros, é perto de 10% (ou mais) da renda mensal da casa (dados do IBGE)...
Os 16.5 milhões de lares da classe D (36% do total) têm renda média de R$670/mês e os quase 15 milhões de classe E (32% do total) estão nos R$280 por mês. Destes últimos, nem pensar em extrair quase 20% do dinheiro que certamente não dá pra viver com um mínimo de decência para comprar acesso à internet.
Eles têm urgências maiores a resolver. E mesmo que o acesso pudesse -e pode- levar a uma melhor condição de renda futura, simplesmente lhes é impossível, hoje, abrir mão de qualquer coisa entre o pouco que têm. O fato é que, na classe E, apenas 3.4% dos lares tem computador e somente 0.4% está na internet, assim como na Guiné Bissau.
[Leia continuação em....]
 


Fust: mais um precedente!

----- Original Message -----
From: Fernando Botelho
To: wirelessbr@yahoogrupos.com.br ; Celld-group@yahoogrupos.com.br ; abdimg@yahoogrupos.com.br
Sent: Monday, November 22, 2004 10:34 AM
Subject: [wireless.br] Fust: mais um precedente !

Mais uma (dentre inúmeras outras) previsão equívoca de aplicação dos recursos do FUST (ver abaixo).

Fernando Botelho

Fust para audiovisual não deve vingar
18/11/2004, 17h37
É pouco provável que vá adiante a idéia aprovada pelo comitê civil do Conselho Superior de Cinema para que parte do Fundo de Universalização das Telecomunicações (Fust) seja utilizado para fomento da atividade audiovisual. A idéia foi decidida pelo comitê civil, mas deve ser vetada no pleno do conselho, onde prevalece a posição dos ministérios. É a mesma situação que deve ser enfrentada pelas propostas de taxação da venda de aparelhos de televisão. É certo que haverá resistência do Ministério da Fazenda. Da Redação - TELA VIVA News

 

FUST (10) - As tecnologias usadas no SCD

----- Original Message -----
From: Helio Rosa
To: Celld-group@yahoogrupos.com.br ; wirelessbr@yahoogrupos.com.br
Sent: Monday, November 15, 2004 10:26 PM
Subject: [wireless.br] FUST (10) - As tecnologias usadas no SCD

Olá, ComUnidade WirelessBRASIL
Helio Rosa escrevendo.

Para alegria geral, enfim, um artigo sobre as tecnologias a serem usadas no SCD - Serviço de Comunicações Digitas, que viabilizará a "inclusão digital", que usará os recursos do FUST - Fundo para Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Ufa!). :-)
Vale conferir!
Boa leitura!

Origem: edição 71 da Revista World Telecom

Caldeirão tecnológico [21/07/2004]
Ana Paula Oliveira

Apesar de bem recebida por todo o setor, a criação do Serviço de Comunicações Digitais (SCD) como forma de viabilizar a inclusão digital nas localidades mais distantes do País ainda tem um longo caminho a percorrer até se tornar realidade.
A primeira etapa a ser vencida é a definição pela Anatel das tecnologias que poderão ser usadas na oferta dos novos serviços públicos, além das que já estão em operação hoje, como as redes cabeadas de telefonia fixa e as redes celulares CDMA e GSM.

Até o momento, a agência reguladora avaliou três tecnologias:
- o padrão de telefonia celular de acesso múltiplo por divisão de código (CDMA), na freqüência de 450 MHz, que pode ser usado telefonia fixa e na transmissão de dados;
- a internet via rede elétrica ou Power Line Communications (PLC), que pode ser distribuída diretamente pelas companhias de energia;
- as redes locais sem fio baseadas em hotspots Wi-Fi e até o uso de links de satélite para garantir a chegada dos serviços em localidades muito isoladas e distantes dos centros regionais.
[Leia a continuação desta matéria]
 


FUST (9) - Plano alternativo ao SCD

----- Original Message -----
From: Helio Rosa
To: Celld-group@yahoogrupos.com.br ; wirelessbr@yahoogrupos.com.br
Sent: Monday, November 15, 2004 9:33 PM
Subject: [wireless.br] FUST (9) - Plano alternativo ao SCD


Olá, ComUnidade WirelessBRASIL!
Helio Rosa escrevendo.

Da edição 73 da Revista World Telecom transcrevemos um artigo de Ana Paula Oliveira publicado em http://worldtelecom.uol.com.br/AdPortalV3/AreaHome1.aspx?Area=681.
Boa leitura!

Teles criam plano alternativo ao SCD [07/10/2004]

Autor: Ana Paula Oliveira

Há um consenso no setor de telecom de que o Serviço de Comunicações Digitais (SCD) deve demorar ainda um bom tempo para ser definido, aprovado e implementado no País.
Analistas de mercado e executivos das operadoras avaliam que, no melhor dos cenários, o novo serviço desenhado pela Anatel não entrará em operação antes do fim de 2005.

Como depende da liberação da verba do Fundo de Universalização de Serviços de Telecomunicações (Fust), estimada em cerca de R$ 3 bilhões para este ano, as concessionárias de telefonia fixa já estão se movimentando para se antecipar e principalmente garantir a liberação dos recursos, no máximo, até o ano que vem, mesmo que o SCD não consiga ser implementado em tempo hábil.

A Telemar foi uma das primeiras a anunciar, no início de julho, um projeto de internet gratuita para 1,5 mil escolas públicas que já têm computadores instalados e estão situadas em áreas nas quais a operadora oferece o Velox, serviço de internet banda larga.
A estratégia é fornecer o serviço de forma gratuita por um ano, mas a previsão da Telemar é que, até meados de 2005, ele passe a ser remunerado, de preferência com o repasse dos recursos do Fust.

Para viabilizar o projeto Comunidade Digital Telemar, como foi batizado, a concessionária fechou acordos diretamente com os governos dos estados e municípios de sua área de concessão.
Antes disso, porém, a proposta foi apresentada ao ministro das Comunicações, Eunício Oliveira, que deu o aval para que a operadora levasse a iniciativa adiante.
Somente depois do sinal verde do ministério é que a Anatel foi informada sobre o assunto.

O consultor estratégico da Telemar, Mário Dias Ripper, diz que a intenção foi realmente se adiantar à oferta de serviços de inclusão digital proposta pelo SCD. “A Telemar é atualmente a maior contribuinte do Fust e não vamos esperar até que o SCD fique pronto para fazermos alguma coisa”, afirma.
A expectativa do executivo é que o SCD seja definido até julho de 2005, quando o serviço passará a ser pago com recursos do Fust. “Se até lá a Anatel conseguir resolver todos os detalhes do SCD, ela poderá contratar quem quiser para continuar oferecendo a mesma solução”, diz Ripper.

Embora não confirmem oficialmente, a Brasil Telecom e a Telefônica também já estão discutindo com o Ministério das Comunicações a implantação de projetos semelhantes em suas áreas de atuação.
Fontes do ministério garantem que as duas concessionárias estão prestes a assinar os acordos.“É uma questão de tempo, mas em breve será oficial”, revela uma delas, que pediu para não ser identificada.

Uma das pontas do novelo da Brasil Telecom foi revelada no fim de agosto, quando a operadora anunciou a assinatura de um acordo com o governo de Goiás para a informatização de cem instituições de ensino daquele estado.
O programa, chamado de Cyber Escolas, prevê a instalação de 2,2 mil estações de trabalho nas instituições, beneficiando cerca de 90 mil alunos.

O projeto adotado pela Brasil Telecom é um pouco diferente do desenvolvido pela Telemar.
Ele prevê a instalação de estações de computadores nos estabelecimentos de ensino – nos moldes dos antigos “terminais burros”, ou seja, sem centrais de processamento próprias, mas que funcionam em rede, conectadas ao mainframe, ou, no modelo atual, ligados ao data center da operadora.
Por meio desses terminais, os estudantes poderão ter acesso a aplicativos, e-mail e internet.

Caminho mais curto

Tudo leva a crer que a iniciativa da operadora é apenas um dos pedaços da estratégia. A CPM, uma das empresas envolvidas com a Anatel no desenho do SCD, é a principal parceira da Brasil Telecom para o fornecimento das plataformas de computação que serão instaladas nas escolas.
Além disso, a adoção de terminais baratos ligados a um data center também foi uma das idéias bastante defendidas pela Anatel durante as apresentações preliminares do SCD.

Apesar de atenuar o problema da exclusão digital, o que é bastante positivo, essas iniciativas independentes das operadoras abrem um precedente perigoso ao percorrer o caminho inverso ao normalmente adotado nas questões do setor.
Ao levarem suas propostas primeiro ao Minicom em vez de à Anatel, que seria o procedimento mais correto, as teles acabam passando por cima da agência reguladora.
Assim, quando o SCD for implantado, o órgão fica praticamente obrigado a apoiar os projetos, mesmo que não estejam totalmente ajustados às regras que venham a ser adotadas para o novo serviço, já que os mesmos chegam com o aval prévio do Ministério das Comunicações.

Não se pode dizer, no entanto, que a Anatel não tenha sua parcela de culpa nessa história. A demora da agência na avaliação das propostas, na conclusão da consulta pública e na solução dos problemas, além de não esclarecer as dúvidas em relação ao SCD, deu margem para que as concessionárias saíssem à frente com seus projetos, já que as escolas são um segmento importante para elas.
Além disso, o projeto de lei enviado ao Congresso Nacional, que trata das competências das agências reguladoras, contribuiu também para fragilizar o papel da Anatel, já que propõe que o Minicom decida todas as questões estratégicas enquanto a agência atue apenas como um órgão técnico e fiscalizador.

A fonte do Minicom afirma que projetos como o da Telemar e da Brasil Telecom são vistos com bons olhos tanto pelo ministro quanto pela própria Anatel e que não há nenhuma intenção de esvaziar ou anular os esforços da agência reguladora para promover a inclusão digital. “Na verdade, essas iniciativas poderão servir como ‘antecessoras do SCD’, preparando o terreno para que a Anatel consiga levar a internet em banda larga a todas as escolas do País”, conclui.

Ana Paula Oliveira

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Um abraço cordial
Helio Rosa
 


FUST (8) - Uma tentativa de resumo (Comentários)

----- Original Message -----
From: Fernando Botelho
To: wirelessbr@yahoogrupos.com.br
Sent: Monday, November 15, 2004 9:49 PM
Subject: Re: [wireless.br] FUST (8) - Uma tentativa de resumo
Hélio,
Primeiramente parabéns pelo excelente e inédito Blog-book do FUST.
Ele já nasce portentoso e, sem qualquer favor, podemos passar a referenciá-lo como o mais extenso portal que o fundo ganhou, desde a sua edição, no país.
Aproveitando a oportunidade da sua mensagem, e com o intuito de contribuir para o importante debate que você propõe sobre o fundo, gostaria de acrescentar, aqui, um ponto a mais de destaque em todo o problema do FUST: para o ano que vem (2005), a atual LDO-Lei de Diretrizes Orçamentárias (Lei anual que delimita o campo de ação da próxima lei orçamentária da União, e que, no caso, foi publicada em agosto/2004), fixa um limite máximo de gastos para o FUST não superior a (apenas) 64 milhões de reais (para todo o ano de 2.005).
Portanto, da imensa arrecadação/FUST a que você se refere - aquela já realizada até agora (4 bilhões) e, a outra, por se realizar (média anual de 500 milhões) - a Lei que dirige o orçamento do ano que vem não permite gastos, em 2005, superiores a pouco mais de dez por cento de sua próxima arrecadação anual (ou, algo em torno de 1,5% de sua atual disponibilidade de caixa).
Ouvi, de um dos Deputados Federais presentes à última Audiência Pública da Comissão de Seguridade Social da Câmara - a afirmação constou das notas taquigráficas daquela histórica sessão (portanto, passando a ser de conhecimento público, o que permite sua revelação aqui) - que ele irá ofertar Projeto de Lei voltado especificamente para a alteração desse limite máximo para o FUST do ano que vem.
Já sobre a solução FUST via SCD (Serviços de Comunicações Digitais), temos ainda uma outra questão intrincada: o SCD, que ainda não está formatado pela ANATEL, recebeu, nas tres consultas públicas editadas para sua formatação, mais de 1.300 contribuições, nestas presente uma imensa maioria apontando defeitos de sua proposição, tais como:
a) indefinição, nele, da forma de telecomunicações (contrário, nisso, ao art. 69 da LGT), o que arrisca sua superposição a outros serviços pré-normatizados pela ANATEL (SRTT, STFC, SCM, SMP, SMC, dentre outros);
b) proposta, por ele, de aplicação dos recursos do FUST até 2.014, isto é, por mais de oito anos prá frente, o que exige edição, para cada um desses oito anos, de correspondentes LDO-Lei de Diretrizes Orçamentárias e respectiva LOA-Lei do Orçamento Anual, para cada ano, além de novo PPP-Plano Plurianual, já que o atual - 2.003/2007 (que, por sua vez, prevê aplicação quadrienal do FUST de apenas 933 milhões) - não assegura validade de qualquer orçamento após 2.007. Sem prévia previsão orçamentária, nenhuma despesa do FUST poderá ser empenhada (gasta). É a Constituição Federal que proíbe isso. Para dar apenas um exemplo da severidade desta restrição, em 2.001, a ANATEL deu início à implementação do único Programa FUST até hoje posto em marcha (o "Programa Escolas", que iria conectar mais de 7.000 escolas públicas federais, de ensino médio e fundamental, algo em torno de 14.000.000 de estudantes médios e secundaristas, à Internet de banda larga), mas o fez sem que houvesse previsão orçamentária para o empenho/gasto. Resultado: o edital respectivo foi integralmente anulado pela Justiça Federal/Brasília e também pelo TCU, e todo o programa voltou à estaca zero, nenhum outro tendo sido posto à execução desde então.
Portanto, o SCD, para que possa funcionar como novo veículo (serviço) de aplicação/FUST, precisa ser adequado a estas exigências.
Grande abraço,

Fernando Botelho
 


FUST (8) - Uma tentativa de resumo

----- Original Message -----
From: Helio Rosa
To: Celld-group@yahoogrupos.com.br ; wirelessbr@yahoogrupos.com.br
Sent: Monday, November 15, 2004 9:12 PM
Subject: [Celld-group] FUST (8) - Uma tentativa de resumo


Olá, ComUnidade WirelessBrasil !
Helio Rosa escrevendo.
Nesta ComUnidade (Portal em www.wirelessbrasil.org) interagimos e compartilhamos conhecimentos com muita cordialidade, cortesia, tolerância e paz - sempre fazendo novos amigos!

Das "leituranças" que estou fazendo na web sobre o FUST e nos diversos "pvts" recebidos repercutindo algumas mensagens veiculadas nos Grupos, permito-me arriscar uma "resumo", simplista e simplório (*), muito pessoal, da "situação atual".

Importante lembrar: estamos trazendo o FUST (Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações) e SCD Serviço de Comunicações Digitais) para nossos fóruns com extremo cuidado para que este processo de tentativa de esclarecimento não seja confundido com críticas ao governo (este não é o local adequado para isto).
Nosso objetivo é ajudar no processo de ambientação e de formação da opinião de nossos participantes.

O FUST foi criado há quatro anos para viabilizar a "inclusão digital", de enorme alcance social. Hoje tem "em caixa" quase 4 bi de reais. Imobilizados.
A arrecadação do FUST é uma das mais "tranqüilas": as empresas, de grande porte, nem pensam em sonegar ou postergar e "pingam" garantidos 500 mi anuais.

Os governos, o atual e o anterior, têm adotado uma prática no mínimo estranha : emitem, no início de cada ano-fiscal (janeiro/fevereiro ), decretos de contingenciamento, isto é, normas ( assinadas pelo Chefe do Executivo Federal, sem apreciação posterior, pelo Congresso Nacional) que proíbem qualquer "empenho" (empenho é o nome técnico-contábil do procedimento que reserva uma determinada quantia para gastos públicos) de recursos do FUST.
Assim, o governo cria um paradoxo: ele próprio arrecada a receita que a lei criou para o FUST, e ele próprio "contingencia" (proíbe) a si mesmo o gasto de toda a receita arrecadada!!!


No entanto, a imobilização parece que tem servido para cumprir as metas de superavit primário.
Assim, a não-utilização do FUST tem sido resultado de uma "vontade política".

Mas, aparentemente, a "mudança da vontade" também esbarra em enormes empecilhos.
Mais um círculo vicioso: para prever recurso no orçamento da União é preciso um planejamento do emprego.
Mas, em princípio, para formatar um plano para utilizar o recuso é preciso saber o "quanto" estará disponível.
E questiona-se, obviamente, se os órgãos governamentais responsáveis por áreas como saúde, educação, segurança pública, por exemplo, têm condições de elaborar "planos de inclusão" tão complexos e abrangentes.

A não utilização do FUST para suas finalidades pode, teoricamente, se transformar num grande litígio judicial pois as empresas contribuintes já questionam o pagamento de um tributo que não é utilizado.
Se for "congelado" devido à eventuais ações legais, pode se depreciar e, na pior hipótese (remota) , ser devolvido a quem contribuiu. E não há como deixar de temer o risco do FUST ser desviado para outros rumos com aconteceu com a CPMF.


O SCD - Serviço de Comunicações Digitais viria para suprir tais dificuldades.
O anteprojeto foi elaborado com base em consultas públicas mas consta que seu texto final, em análise pelo Governo, é desconhecido do público.
Na próxima mensagem vamos transcrever um artigo que mostra que, face à demora, as operadoras já se adiantam com projetos próprios. Isto poderá ajudar ou "atropelar" pois o SCD vai encontrar vários fatos consumados quando nascer.

Lembrando o que já dissemos anteriormente, mesmo sem bola de cristal: a "inclusão digital", em qualquer formato, além de outros benefícios, vai gerar um "caminhão" de empregos para o pessoal de TI e Telecom.

Daí a necessidade de acompanharmos este processo, pelo menos para se ter uma opinião formada; e, se for o caso, individualmente, fazermos pressões democráticas sobre nossos congressistas (papo de "americano"?). :-)
Não temos este hábito, claro, mas já é hora de adquiri-lo. :-)


Artigos de vários autores, notícias de inúmeras fontes e legislação sobre o tema estão reunidos num "Blog-Book" (blog "atualizável" com navegação interna como um "e-book") comunitário em http://www.wirelessbrasil.org/fust/fust01.html (já atualizado depois da publicação inicial).
Boa leitura...e boa opinião!!! :-)
Um abraço cordial
Helio Rosa
Da equipe de moderadores dos Celld-group e WirelessBr
Coordenador da ComUnidade WirelessBrasil e do Giga Site WirelessBR

(*) Do "Houaiss":
Simplista - aquele que tende a raciocinar ou a agir com simplismo;
Simplismo: tendência ou prática que consiste em considerar apenas uma face ou um aspecto das coisas; simplificação exagerada.
Simplório - aquele que é muito crédulo; tolo, ingênuo, papalvo

 


----- Original Message -----

Sent: Wednesday, November 10, 2004 6:22 PM
Subject: [Celld-group] FUST (7) Telemedicina

 
Olá, ComUnidade WirelessBRASIL!
Helio Rosa escrevendo.
Leitura interessante mais abaixo sobre Telemedicina, que consiste no uso de computadores e da Internet para realizar diagnósticos, controlar doenças crônicas e mesmo promover educação a distância.
 
Como dissemos na mensagem anterior, o "nosso" Fernando Botelho proferiu ontem uma palestra na
Audiência Pública do FUST na Comissão de Seguridade e Saúde, da Câmara dos Deputados, em Brasília.
 
Foram 4 os expositores: os Professores Telemédicos, Gyorgy Bohn, Chao Lung Won, e Paulo Schor (da USP/SP) e Fernando Botelho.
Os três primeiros apresentaram detalhamento da telemedicina já praticada hoje no Brasil e de suas perspectivas para o futuro próximo, inclusive com projetos de atendimento remoto (em parceria das Forças Armadas com o CBTMs - Conselho Brasileiro de Telemedicina) via telemetria, suporte da segunda opinião médica à distância, em regiões distantes como a da Amazônia, todos anunciando a necessidade do FUST para a geração desses projetos telemédicos.
 
Fernando Botelho falou sobre a questão que envolve hoje o FUST, sendo que ao final da exposição apresentou ao debate da Comissão, a proposta citada na mensagem anterior. ("...sugeriu que o Governo deixe de cobrar das empresas prestadoras de serviços de telecomunicações os recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust) e que faça com que as empresas utilizem esses recursos diretamente em programas previstos na lei. ...")
 
Abaixo,o evento noticiado pelo Tempo Real, boletim eletrônico da Câmara dos Deputados.
 
 

A falta de aplicação dos recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust) na TELEMEDICINA foi discutida nesta terça-feira em audiência pública promovida pela Comissão de Seguridade Social e Família. Estão disponíveis no Fundo quase R$ 4 bilhões, arrecadados desde 2001, que não foram aplicados devido ao seu contingenciamento pela União. A principal fonte de recursos do Fundo é a cobrança de 1% das receitas operacionais brutas das empresas de telecomunicação, após deduzidos o ICMS, o PIS e a Cofins.
O presidente do Conselho Brasileiro de TELEMEDICINA e Telesaúde (CBMTS), Gyorgy Miklós Bohm, defende que esses recursos sejam liberados para a instalação de 250 mil computadores com acesso à Internet em 12.500 escolas de ensino médio e superior de todo o País.
Para evitar que essa verba continue sem uso, o juiz da 4ª Vara de Feitos Tributários de Belo Horizonte (MG), Fernando Neto Botelho, sugeriu que o Governo deixe de arrecadar os recursos das empresas prestadoras de serviços de telecomunicações e as obrigue a aplicá-los diretamente nos programas previstos na lei que instituiu o Fust (Lei 9998/00). Ele enfatizou, ainda, a necessidade de corrigir os procedimentos administrativos atuais, além de aperfeiçoar o processo executivo da Anatel.
 
Exame a distância
A TELEMEDICINA consiste no uso de computadores e da Internet para realizar diagnósticos, controlar doenças crônicas e mesmo promover educação a distância. Por isso, é bastante útil em cidades do interior.
Atualmente, essa tecnologia é mais utilizada nas especialidades de cardiologia e pneumologia. Os exames são feitos por um técnico próximo ao paciente e analisados por um profissional especializado, por meio de um monitor, que pode estar em qualquer local do mundo.
De acordo com o professor do Departamento de Informática em Saúde da Universidade Federal de São Paulo (USP), Paulo Schor, atualmente é mais fácil compartilhar informações com os EUA do que com pequenas cidades do interior de São Paulo.
Schor explicou que o conceito de TELEMEDICINA implica não só o atendimento a muitas pessoas, mas ter muitas pessoas trabalhando no desenvolvimento de novas tecnologias.
O presidente do Conselho de TELEMEDICINA, Gyorgy Bohm, ressaltou que essa é a tecnologia que mais rapidamente progride no mundo, alavancada pela exploração espacial e esforços de guerra. A Groenlândia é um exemplo de total dependência em relação à TELEMEDICINA. Já no Brasil há centros bem desenvolvidos, mas também existem grandes áreas abandonadas que poderiam ser beneficiadas por esse recurso, que já comprovou ter uma relação custo-benefício positiva.
 
Economia de recursos
Paulo Schor ressaltou que o emprego da TELEMEDICINA evita encaminhamentos desnecessários aos hospitais, inclusive com o uso de ambulâncias. Com isso, há a liberação de recursos financeiros e humanos para o atendimento dos que realmente necessitam.
O coordenador-geral da disciplina de TELEMEDICINA da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM/USP), Chao Lung Wen, também destacou essa vantagem: segundo ele, a aplicação da TELEMEDICINA reduz os custos da saúde pública, por tratar-se de uma tecnologia de larga abrangência.
Ele também ressaltou que esse é o melhor recurso disponível para a educação médica. “As aulas em videoconferência podem ser acompanhadas por alunos que tenham acesso a qualquer Internet de banda larga. Os alunos podem inclusive fazer perguntas diretamente aos professores. A formação é a melhor maneira de reduzir os custos da saúde", disse Chao Lung Wen.
 
Atendimento na Amazônia
O professor salientou que os esforços da FM/USP estão concentrados na difusão dessa tecnologia na Região Amazônica, onde a densa floresta dificulta o acesso aos meios tradicionais de assistência médica. Em 2003, aconteceu a primeira experiência na região, com uma videoconferência transmitida para Rio Branco.
Gyorgy Miklós Bohm chamou atenção ainda para o fato de o Peru e o Equador já estarem utilizando a TELEMEDICINA na Região Amazônica, com suporte da Universidade de Madri. Para ele, isso evidencia um problema de segurança nacional, pois não existem leis que restrinjam programas estrangeiros de atuar no País. Ele citou também o caso de pacientes brasileiros que recorrem, por meio da TELEMEDICINA, a um pediatra de Miami, nos EUA.
 
Novos debates
O presidente da Frente Parlamentar da Saúde, deputado Rafael Guerra (PSDB-MG), que propôs a realização da audiência, anunciou que pretende sugerir à Comissão novos debates, dessa vez com o ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Guido Mantega; da Casa Civil, José Dirceu; das Comunicações, Eunício Oliveira; e com o presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Pedro Ziller, para debater o contigenciamento pelo Executivo dos recursos do Fust.
 
Reportagem – Marcus Vinicius Almeida
Edição - Maristela Sant´Ana
 
(Reprodução autorizada mediante citação da Agência)
 
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----- Original Message -----

Sent: Wednesday, November 10, 2004 5:44 PM
Subject: [wireless.br] FUST (6) - Fernando Botelho na Câmara dos Deputados

 
Olá, ComUnidade WirelessBRASIL!
Helio Rosa escrevendo.
Continuando nossa série de mensagens sobre Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (FUST), transcrevo abaixo uma primeira notícia da estada em Brasília do nosso participante Fernando Neto Botelho.

Lembro que "tudo" sobre o assunto FUST está no blog comunitário em  http://www.wirelessbrasil.org/fust/fust01.html.  :-)
 
No noticiário sobre a liberação de recursos pelo governo (mídia de ontem/hoje) surgem termos como "empenho" e "contingenciamento".
 
Das leituras que estou fazendo sobre o FUST e dos diversos "pvts" recebidos repercutindo as citadas mensagens, permito-me arriscar uma explicação simplista, muito pessoal.
O governo atual e o anterior adotam uma prática no mínimo estranha : emitem, no início de cada ano-fiscal (janeiro/fevereiro de cada ano), decretos de contingenciamento, isto é, normas ( assinadas pelo Chefe do Executivo Federal, sem apreciação posterior, pelo Congresso Nacional) que proíbem qualquer empenho (empenho é o nome técnico-contábil do procedimento que reserva uma determinada quantia para gastos públicos) de recursos do FUST.
Assim, o governo cria um paradoxo: ele próprio arrecada a receita que a lei criou para o FUST, e ele próprio contingencia (proíbe) a si mesmo o gasto de toda a receita arrecadada pelo FUST!!!

Mas, explicações e motivações governamentais à parte, o que interessa aqui em nossos Fóruns é formar opinião e acompanhar os trabalhos que visam interromper este círculo vicioso.
 
Abaixo, a sugestão de Fernando Botelho, noticiada pelo Tempo Real, boletim eletrônico da Câmara dos Deputados.
 

Tempo Real - 9/11/2004 16h50

O juiz da 4ª Vara de Feitos Tributários de Belo Horizonte (MG), Fernando Neto Botelho, sugeriu que o Governo deixe de cobrar das empresas prestadoras de serviços de telecomunicações os recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust) e que faça com que as empresas utilizem esses recursos diretamente em programas previstos na lei. Botelho participa da audiência pública da Comissão de Seguridade Social e Família que está discutindo a proposta de regulamentação do uso dos recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust) para a telemedicina.
Segundo o palestrante, desde que o Fust foi criado, em 2000, o Governo já arrecadou quase R$ 4 bilhões, que até hoje não foram aplicados. Entre os motivos da não-aplicação desses recursos, o principal é o seu contingenciamento pela União.
O convidado enfatizou ainda a necessidade de aperfeiçoar o processo executivo da Anatel, que perderia o caráter administrativo, ficando apenas com as funções arrecadatória e de corrigir os procedimentos de normas administrativas atuais.

A audiência acontece no plenário 7.

Reportagem - Marcus Vinícius Almeida
Edição - Patricia Roedel


(Reprodução autorizada mediante citação da Agência)

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----- Original Message -----

Sent: Monday, November 08, 2004 3:50 PM
Subject: [Celld-group] FUST (5) "Tudo" sobre o FUST e o SCD

 
Olá, ComUnidade WirelessBRASIL!
Helio Rosa escrevendo.
Vamos "falar" mais abaixo sobre a criação de 03 Páginas ComUnitárias contendo muita informação sobre o FUST e o SCD.
 
Antes, permito-me lembrar que amanhã, o nosso participante Fernando Botelho, estará proferindo uma palestra na Câmara dos Deputados sobre  "Regulamentação dos recursos do Fust em benefício da Telemedicina e Saúde".
O magistrado Fernando Botelho, além de ser integrante da Comissão de Informática do TJMG, é também membro fundador do Conselho Brasileiro de Telemedicina (CBTMS) e membro da Associação Brasileira de Direito de Informática e Telecomunicações (ABDI). Ele possui MBA em Telecomunicações pela Fundação Getúlio Vargas/Ohio University.

Anotamos de uma reportagem sobre a palestra:
.....“Eu vou à Brasília justamente falar sobre isto: por quê não gastar o dinheiro com o que tem que gastar?”, explica.
Ele conta que os postos de saúde, por exemplo, podem utilizar internet sem ter que pagar por isso. Entre outras atividades, o Fust permite também a utilização de videoconferências e atendimento médico à distância. .....
 
O FUST hoje é sinônimo de 4 bilhões de reais imobilizados num circulo vicioso de impedimentos legais, repetindo o que dissemos ontem.
O Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (FUST) foi criado pela Lei 9998/2000.
Foi idealizado pela Lei Geral de Telecomunicações (Lei 9.472/97) como instrumento de socialização e democratização dos benefícios das telecomunicações de última geração que foram criados no país com a desestatização do antigo Sistema Telebrás.
 
Agora que todos já estão ambientados devido à esta série de mensagens, podemos dar mais um passo no aprofundamento da questão.
"TUDO" sobre o FUST e o SCD - Serviço de Comunicações Digitais (que pretende orientar a destinação dos recursos) pode ser encontrado em 03 páginas em formato já conhecido de "wirelessblog".
Por favor, confiram:
 
Primeira página:  http://www.wirelessbrasil.org/fust/fust01.html  com o seguinte conteúdo inicial:

Artigos
-
Fust não é verba para filantropia - Alice Ramos
- De volta ao FUST - Michael Stanton
- A questão da incidência de CIDEs, FUST E FUNTTEL na exportação de serviços de telecomunicações (Prestação de Serviços Internacionais de Telecomunicações) - Fernando Botelho
- E o futuro do FUST? - Maria Irene da Fonseca e Sá
- Constitucionalidade do FUST face ao princípio da isonomia - Tácito Ribeiro de Matos

Livro
-
As Telecomunicações e o Fust (ed. Del Rey, 2001) - Fernando Botelho

Entrevista
-
Edson Sardinha entrevista Fernando Botelho

Palestras
-
FUST - Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações - Fernando Botelho - palestra apresentada em 13/08/2004
-
FUST - Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações - Fernando Botelho - palestras apresentadas nos anos de 2001 e 2003

Frente Pró-FUST
Transcrição de notícia que cita a atuação da Frente Pró-FUST

Notícias
-
Zilda Arns pede recursos do Fust para inclusão digital 
- Ziller quer Fust resolvido ainda em 2004
- Programa Telecomunidade
- Programa de internet nas escolas do Fust é prioridade da Educação
- Fust será usado na modernização de escolas
- Encurtando o caminho para o Primeiro Mundo


Legislação
-
Página do Ministério das Telecomunicações com a relação completa da legislação

Lei de Instituição do FUST
- Transcrição completa da lei que instituiu o Fust

Grupos de Debates
Celld-group e WirelessBR - Transcrição de Mensagens sobre o Fust

Resumos biográficos
Algumas pessoas citadas nesta página (ordem alfabética)
Alice Ramos
Michael Stanton
Fernando Botelho

 
 

----- Original Message -----

Sent: Sunday, November 07, 2004 10:07 PM
Subject: [wireless.br] FUST (4) - O que é SCD?

 
Olá, ComUnidade WirelessBRASIL!
Helio Rosa escrevendo.
 
Um "pvt preocupado" pergunta:   :-)
"Não é temeridade trazer o FUST para o debate nos Grupos? Não poderá desencadear uma série de críticas ao governo?"
 
Ceio que não pois todos já nos conhecem e sabem que não é esta a intenção.
Pelo contrário, é um problema que está aí, interessa a todos de nossa área, temos que conhecer os fatos e outras opiniões  - para formar a nossa - e, quem sabe, ajudar na solução do impasse.
E tem muita tecnologia envolvida, para alegria geral!  :-)
 
Simplificadamente:
O FUST é um fundo com 4 bilhões de reais imobilizados num circulo vicioso de impedimentos legais.
Tem um enorme alcance social pois deverá proporcionar a "inclusão digital" e nos interessa particularmente pois vai gerar muito emprego.
Estamos elaborando uma página do tipo "wirelessblog" que vai reunir "quase" toda a informação sobre o tema.

Na esteira do tema "FUST" vem o assunto "SCD".
Vejam este trecho de uma notícia:
"Uma licitação para uso do Fust, em 2001, foi suspensa pelo TCU.
“Se todo serviço (fixo ou móvel) contribuía para o Fust e somente o STFC seria beneficiado por sua aplicação (fornecendo acesso de banda larga, via rede fixa com uso de xADSL), algo não estava correto”, dissera à época o presidente do TCU. Seria preciso criar um novo serviço para a aplicação do Fust.
E assim nasceu o Serviço de Comunicação de Dados (SCD), com consulta pública em 2003."
 
No caminho da ambientação sobre FUST/SCD, vale conferir com atenção o artigo abaixo.
Um abraço cordial
Helio Rosa
Origem: Site TelComp   Visite!

Confusão digital

Autor: Fernanda Pressinott - Teletime
Data : 30/4/2004

Serviço de Comunicações Digitais (SCD) nasceu polêmico, foi criticado por ter sido criado em modalidade de concessão, por ter uma plano de metas e outorgas ousado e alguns criticaram até a participação das atuais incumbents na licitação.
Uma vez definido, seus problemas não terminaram.
Agora, os interessados em participar do novo serviço, que pretende levar acesso em banda larga às mais remotas regiões do País, questionam como criarão um plano de negócios para atender os clientes mandatários (que receberão os recursos do Fundo de Universalização das Telecomunicações - Fust) e os clientes comerciais, se as regras para a prestação desse serviço continuam obscuras para todos os envolvidos.
Com base em entrevistas com consultores, representantes dó governo e interessados no SCD, TELETIME mostra o que deve ser levado em consideração pelas empresas na hora de criar seus business plans.
O que se sabe é que os quase R$ 3 bilhões do Fust contigenciados pelo governo federal serão liberados aos poucos, aproximadamente R$ 500 milhões por ano.
Até aí, não há controvérsia, afinal os possíveis candidatos à prestação do serviço sabem que não conseguirão atender os 300 mil pontos mandatários estabelecidos pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatei) e pelo Ministério das Comunicações (Minicom) em poucos anos.
Mas, daí em diante a consulta pública n° 480, com as regras do serviço, não esclarece absolutamente mais nada, Algumas dúvidas importantes:

• Por que foram definidas 11 áreas descontínuas (veja mapa) para o SCD?
• Quantos são os pontos mandatários dentro de cada uma dessas regiões?
• Por que uma concessionária, mesmo que tenha o melhor plano de negócios com as menores tarifas, não pode prestar serviço em mais de uma região?
• Quem fornecerá o conteúdo de banda larga e qual será este conteúdo?

Enquanto esses pontos não forem esclarecidos pela Anatei será difícil as empresas criarem planos de negócios.
O assessor especial do Minicom, Márcio Wohlers, declarou que o estudo do CPqD que ajudou a definir as áreas para a prestação do serviço será posto à disposição dos interessados antes de definidas as regras finais do SCD ainda sem prazo.
O superintendente de universalização da Anatel, Edmundo Matarazzo, também afirmou que o documento em consulta pública é apenas o primeiro, o que não impede que analisadas as quase 1,5 mil contribuições, mudem as regras do Plano Geral de Metas de Universalização (PGMU) e do Plano Geral de Outorgas (PGO).
Enquanto isso não ocorre, pode-se destacar alguns pontos importantes.
Primeiramente, é bom lembrar que na licitação do SCD serão considerados os critérios tarifa e custo.
Isto porque, de acordo com a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU), na prestação dos serviços às escolas (180 mil dos 300 mil pontos mandatários), os recursos do Fust cobrirão equipamentos, instalação, manutenção e provimento de acesso. Significa que todos esses custos e as tarifas de prestação do serviço serão repassados pelas concessionárias à Anatel, que providenciará o reembolso com o dinheiro do fundo. Mas nos casos de postos de saúde, os recursos públicos só cobrirão o custo da instalação do acesso. O serviço (tarifa) será pago pela entidade à qual o posto é vinculado - Secretária da Saúde, Ministério da Saúde etc.
Portanto, a concessionária tem que levar em conta na hora de criar seu plano de negócio os dois tipos de clientes mandatários.
Além desses clientes públicos, se a concessionária de SCD quiser poderá atender a outros, como cooperativas, por exemplo.
Porém, a tarifa praticada terá que ser a mesma para todos os interessados.
"Será muito difícil estabelecer um valor de serviço que leve em conta lugares ermos, sem recursos, e ao mesmo tempo que não seja demais oneroso para clientes estabelecidos em cidades com infra-estrutura e pessoal qualificado. E tudo isso permitindo que a prestadora de serviço tenha um mínimo de lucratividade", diz o diretor e sócio da consultoria Accenture, Silvio Genesini.
Ganhará a licitação quem tiver o preço mais agressivo. Porém, Genesini adverte que "todo cuidado é pouco na hora de estabelecer esse valor, pois ele terá que ser praticado para todos os clientes."
Embora esses itens sejam importantes, cada região terá seus percalços.
"Elaborar um plano sem o detalhamento de cada área é praticamente impossível; algumas regiões têm infra-estrutura pronta, outras não tem nada e terão que ser atendidas por satélite, o que torna o preço dez vezes maior", reclama o consultor da F&R Engenheiros e prestador de serviços à Telemar, Mário Ripper.
Ele ainda questiona:
"Quem oferecerá os dados sobre as regiões, os ministérios envolvidos em cada programa?
E os dados estão atualizados?
Enquanto não tivermos isso, atiraremos no escuro."

Aliás, a questão das 11 áreas e o plano de metas foram as que mais geraram contribuições segundo o presidente da Anatel, Pedro Jaime Ziller de Araújo.
Wohlers, do Minicom, diz que as áreas foram estabelecidas para estimular a entrada de novos players diferentes dos atuais, e a mescla de regiões foi feita com base no número de instituições a serem beneficiadas pelos recursos do Fust.
"Por exemplo, a Bahia tem mais entidades que usarão o Fust que Rondônia, então juntamos os dois Estados para dar um equilíbrio", diz o secretário. Ziller acrescenta que foi proposital o estabelecimento de regiões com "filé e osso", mas sabe que a descontinuidade das áreas é um problema. "É um empecilho, mas não toma inviável o serviço e foi pensada e repensada por vários técnicos", esclarece.

Para as incumbents locais, as áreas do SCD deveriam coincidir com as atuais regiões de Serviço Telefônico Fixo Comutado (STFC), o que permitiria maior sinergia na prestação dos serviços e atendimento mais rápido em locais onde já há infra-estrutura, ou pelo menos a regulamentação deveria permitir que uma empresa prestasse serviço em mais de uma região.
Os diretores de regulamentação da Telefônica, Wagner Heidel, e da Embratel, José Roberto Souza Pinto, opinam que, primeiramente, o concessionário de SCD deveria, atender as instituições e a população dos grandes centros onde existe infra-estrutura para depois, com o retorno do investimento, expandir o atendimento para às regiões mais remotas.
"Há pobres e excluídos digitais em todo 0 País, mas principalmente na periferia dos grandes centros", diz Souza Pinto.
Em resposta, Wohlers, do Minicom, afirma que se forem levadas em consideração tecnologias como xDSL realmente as empresas têm razão - o custo é alto em regiões distantes, porém, existem outras tecnologias como Wi-Fi, WiMax e MMDS que viabilizam o projeto.
De outro lado, Célio Bozola, presidente da Impsat e do conselho consultivo da TelComp, diz que o número de regiões deveria ser maior, entre 100 e 150, e as incumbents deveriam ser proibidas de participar da licitação do SCD: "Pequenas empresas poderiam prestar o serviço e as concessionárias de STFC e outras empresas de telefonia apenas alugariam suas infra-estruturas. Isso traria competição."

Proposta ousada

A visão de Bozola é semelhante a uma ousada proposta de plano de negócios, mas bem recebida por estudiosos de inclusão digital, apresentada pelo presidente da Samurai - desenvolvedora de equipamentos como a urna eletrônica brasileira -, Carlos Rocha.
Para ele, o SCD deveria apenas seguir modelos de negócios que deram certo em outras áreas, tal como o setor automobilístico que utiliza revendas para chegar ao consumidor. Na indústria automobilística, a montadora não pode vender direto para o cliente (Lei n.° 6.729, de 1979); empresas coincidentemente chamadas concessionárias fazem esse trabalho.
Existem milhões de concessionárias automobilísticas, que por serem menores que as montadoras, conhecem melhor os clientes e conseguem atendê-los bem.
"As concessionárias ou franquias de SCD poderiam ser organizações não-governamentais, pequenas empresas ou qualquer entidade próxima ao cidadão", sugere Rocha.
"Elas fariam parcerias com fornecedores de conteúdos de acordo com o interesse de cada região e utilizariam a infra-estrutura das teles."
O dinheiro do Fust seria destinado às teles, que repassariam parte para suas franqueadas e colaboradores.
"A proximidade do concessionário com os usuários, em forma de empresa ou ONG, evitaria um problema que existe em alguns telecentros montados por grandes empresas - oferecem a infra-estrutura e as pessoas acabam utilizando-a para bater papo na internet." .
A proposta de Rocha não é estranha para muitos dos envolvidos. Foi apreciada por consultores como Genesini, da Accenture, e o representante do comitê eletrônico do governo federal, Rodrigo Assumpção.
Eles defendem que a comunidade possa participar ativamente do processo de inclusão digital, e essa seria uma boa maneira.
Obviamente, as incumbents não gostam muito da idéia. "Introduzir um terceiro qualquer na utilização da rede só encarecerá o serviço", argumenta o diretor de assuntos regulatórios da Brasil Telecom (BrT), Luiz Otavio Marcondes.

Evitar a competição
O posicionamento das incumbents é uma maneira de evitar a competição nos serviços de banda larga, e não uma disputa pelos recursos.
Isto porque, levando-se em consideração as estimativas de que o governo liberará aproximadamente R$ 50,0 milhões do Fustpor ano, essa será uma fonte de receita muito pequena para essas empresas. "Juntas elas devem ganhar, livre de impostos, R$ 25 bilhões por ano. Então, R$ 400 milhões ou R$ 500 milhões divididos entre 11 concessionárias não farão a mínima diferença para elas.
Em contrapartida, para uma pequena empresa, esse valor representa uma fortuna", opina Genesini.
A não ser que as concessionárias locais criem um plano de negócios muito interessante que as permita explorar o SCD para clientes comerciais, o valor realmente não parece tão interessante.
Mas um outro fato pode lhes chamar a atenção.
No regulamento do SCD está previsto que a concessionária ganhadora da licitação terá garantia de exclusividade até 2009, quando a Anatei decidirá se dará ou não autorizações para que entrantes ofereçam o serviço. "Isso representa um novo período de monopólio, pelo menos onde as incumbents ganharem a licitação", diz Bozola, da Impsat.
De qualquer forma, o temor das teles parece infundado.
O presidente da Anatel tem certeza de que o concessionário de SCD - por ter que prestar o serviço em regiões mais distantes e arcar com diferentes custos - não conseguirá competir com as concessionárias locais em termos de preço para o usuário final de banda larga.
"Em grandes cidades e para usuários finais, as teles locais têm planos audaciosos de preços dificilmente combatíveis. O SCD será interessante para uma cooperativa, por exemplo, que está longe da rede das incumbents", afirma Ziller.

Conteúdo
 O conteúdo é o ponto mais indefinido da discussão sobre o SCD.
Ninguém sabe ao certo o que poderá ser oferecido nessa rede de banda larga e como o fornecedor será remunerado. Além disso, a Anatel e o Minicom nunca deixaram claro se os ministérios envolvidos nos programas do Fust, como o da Saúde e Educação, oferecerão algum tipo de conteúdo.
Outras questões precisam ser respondidas como, por exemplo, se os recursos do Fust poderão cobrir a criação de um conteúdo que tenha interesse comunitário.
Ou se, inicialmente, os usuários terão acesso apenas a sites existentes como os dos governos federal, estaduais e municipais, Polícia Militar, entre outros. "É preciso discutir a participação e a capacitação da comunidade, do comércio local, dos interessados naquela região", diz Marcondes, da BrT.
O mercado espera que isso fique claro na próxima consulta pública com as regras definitivas do SCD.

---- Original Message -----

Sent: Friday, November 05, 2004 5:12 PM
Subject: [wireless.br] FUST (3)

 
Olá, ComUnidade WirelessBRASIL
Helio Rosa escrevendo.
Qual o motivo do interesse do "Véio" no FUST- Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações ?   :-)
Bem, não tenho uma boa visão do mundo real com meus "óculos fundo de garrafa" digitando aqui numa roça do sul de Minas, às margens plácidas do Sapucaí...  :-)
Mas qualquer arca de tesouro com 4 bilhões de reais (e aumentando!) sem uso, mesmo dentro de  sua destinação legal, significa um "caminhão" de empregos que deixam de ser criados.
Alguém duvida que o que se conhece genericamente como "inclusão digital" vai gerar um enorme mercado de trabalho para o pessoal de TI e Telecom de todos os níveis?
Neste endereço - http://penta2.ufrgs.br/comdex2002/index2.html - há um link para um conjunto de painéis .ppt, elaborado no Seminário do Comdex 2002 sobre Universalização dos Serviços de Telecomunicações, por Artur Nunes de Oliveira Filho.
Vejam a destinação do Fust, com dados de 2002:
Programa de Escolas
Abrangência:
13,5 mil escolas de ensino médio e profissionalizante
6, 5 milhões de alunos
287 mil professores

Programa de saúde
Abrangência:
Saúde Família, Centrais de Regulação e Informação em Saúde, Central de Transplantes de Órgãos e Cartão Nacional de Saúde
2.1 mil municípios atendidos
142 milhões de pessoas atendidas

Programa de Bibliotecas
Abrangência:
Bibliotecas Públicas Federais, estaduais e Municipais
Bibliotecas de Centros de Difusão cultural e Científica
Bibliotecas de Organizações do terceiro setor
4.6 mil bibliotecas na primeira etapa do Programa

Regiões Remotas e de Fronteira
Abrangência:
Assistência Cívico-Social e de saúde, apoio à Comunidade Científica de Pesquisa, Integração de Unidades Militares em Áreas de Fronteira e Integração de Localidades Remotas e de interesse estratégico.
- 338 pontos de acesso

Programa de Telecomunicações
Abrangência:
Localidades com menos de 100 habitantes
Propriedades rurais isoladas
Famílias com baixo poder aquisitivo

Programa de Segurança Pública
Abrangência:
Cobertura Nacional

Ufa!  :-)
Assim, vamos fazendo a nossa parte tentando ambientar nossos participantes, para que todos possam formar sua opinião.

Na continuação desta série, permito-me transcrever mais uma notícia sobre o FUST (e o Serviço de Comunicações de Dados - SCD)
No site da Telebrasil - Associação Brasileira de Telecomunicações anotamos esta notícia sobre o FUST - Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações.
Vale conferir!
 
Ziller quer Fust resolvido ainda em 2004

O presidente da Anatel, Pedro Jaime Ziller, em palestra na AMCHAM, no Rio de Janeiro, mostrou determinação no uso do Fundo de Universalização das Telecomunicações ainda este ano.
 
Obedecendo à sugestão do Tribunal de Contas da União (TCU), a Anatel lançou o novo Serviço de Comunicações de Dados (SCD) para utilizar o Fust.
 
Pedro Ziller enfatizou a carência das comunicações, que ainda se concentram nas regiões urbanas e nas classes A, B e C. O Brasil tem 8,5 mil km2, organizados em 5.561 municípios, abrigando 180 milhões de habitantes. O Serviço Telefônico Fixo Comutado (STFC) atinge 28.346 localidades com 8 mil adicionais até o final de 2004 (dados de junho). Já o Serviço Móvel Celular, dotado de 21.589 ERBs (estações radiobase), atende a 54 milhões de usuários.
 
O celular, apesar de sua alta expansão, serve apenas 13% das classes D e E (7 milhões de usuários), dos quais 61% (4 milhões) têm justamente no celular o seu meio de comunicação, cujas despesas controlam pelo uso do pré-pago (R$ 15 a cada três meses ou R$ 5 por mês).
 
Fechando o quadro da penúria, 9% dos lares não têm nenhum tipo de telefone, nem fixo nem móvel, e metade das sedes dos municípios não possui celular. Estados como Roraima, Acre ou Amapá apresentam a magra densidade de seis a 12 telefones por 100 habitantes. Em contrapartida, o Sul do Brasil conta com até 50 telefones por 100 habitantes. Na média, a teledensidade é de 29%. Nas áreas rurais, a penetração média da telefonia é muito baixa.
 
Escolas públicas
 
O grau de interligação das escolas à rede de telecomunicações é baixo. No caso das 170 mil escolas públicas do País que atendem a 54 milhões de alunos, mais da metade (58%) não possui telefone. No Ensino Fundamental, a penetração do telefone nas instituições de ensino é de 27% nas áreas urbanas e apenas de 0,5% nas áreas rurais. No Ensino Médio, esses índices sobem para 48% nas regiões urbanas e 17% nas regiões rurais.
 
“A Lei n.º 9998 criou em 2000 o Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust), dotando-o de 1% da arrecadação das operadoras. Ao início de 2004, o Fust tinha R$ 3 bilhões acumulados, com um montante crescendo a R$ 500 milhões anuais”, afirmou o presidente da Anatel, explicando que “o Fundo vai pagar a instalação, operação e manutenção de Internet de alta velocidade (banda larga) em escolas, bibliotecas e universidades que já possuem computador e a instalação nas Forças Armadas e Institutos de Pesquisa”.
 
Uma licitação para uso do Fust, em 2001, foi suspensa pelo TCU. “Se todo serviço (fixo ou móvel) contribuía para o Fust e somente o STFC seria beneficiado por sua aplicação (fornecendo acesso de banda larga, via rede fixa com uso de xADSL), algo não estava correto”, dissera à época o presidente do TCU. Seria preciso criar um novo serviço para a aplicação do Fust. E assim nasceu o Serviço de Comunicação de Dados (SCD), com consulta pública em 2003.
 
A União quer garantir, por razões de Estado, a continuidade do SCD. Ele necessita ser objeto de concessão, definindo quem e onde – Plano Geral de Outorgas (PGO) e Plano Geral de Metas de Universalização (PGMU) – vai utilizar o Fust. O PGO e o PGMU foram objeto de seis a sete audiências públicas, com mais de 1.500 contribuições. O modelo do Fust dividiu o País em 11 áreas.
 
Prosseguido com a sua palestra, ensinou Pedro Ziller que “o regulamento do SCD (Consulta Pública n.º 480) tem como base instituir uma intranet em banda larga para o Brasil, a ser utilizada valendo-se de um código de acesso pessoal e de uma interconexão qualquer. É um terminal público à espera de um “login” do usuário, dotado de uma senha cadastrada. O SCD não substitui o provedor de acesso e nem os serviços de valor agregado”.
 
Do ponto de vista sistêmico, a “nuvem” do SCD se interliga com as “nuvens” da Internet e do STFC. Para baratear seu uso, o SCD pretende utilizar software livre, como o Linux. A iniciativa do SCD, a ser lançada em setembro de 2004, pretende gerar 300 mil pontos de acesso, 2 milhões de novos computadores para atender as escolas e 10 mil empregos diretos em tecnologia de ponta.
 
A solução do sem fio e do uso de satélites para o SCD (há 11 locais de cobertura previstos) vai ser validada, já havendo consultoria estudando o assunto. Até 2009 todas as escolas públicas e bibliotecas deverão estar habilitadas para o SCD. A resolução n.º 365/04 estuda a aplicação do equipamento de rádio restrito (Wi-Fi em 5.8 GHz), e a de n.º 371/04, o uso do MMDS (Serviço de Distribuição Multiponto Multicanal).
 
O presidente da Anatel observou também que está sendo estudada a PLC (power line communication), ou seja, a utilização da capilaridade da rede de distribuição de energia elétrica para veicular sinais. Já há experiência-piloto sendo conduzida em Goiás. Há ainda o AICE (Acesso Individual Classe Especial), o pré-pago do serviço fixo; e o “i-Ping”, que é a interoperabilidade do sistema de Tecnologia da Informação sendo estudado pelo Comitê Executivo do Governo Eletrônico.
 
O Decreto n.º 4.901/03 contempla a inclusão social por intermédio do acesso à tecnologia digital. O Decreto n.º 4733 (10/06/2003) trata da política industrial. Já a Resolução 3030 (02/07/2002) do ICNIRP trata de radiações não-ionizantes. No entanto, a geração de conteúdo é algo essencial.  
Um abraço cordial
Helio Rosa

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From: Helio Rosa
Sent: Wednesday, November 03, 2004 10:41 AM
Subject: FUST (2)
Olá, ComUnidade WirelessBRASIL!
Helio Rosa escrevendo. 
A RNT - Revista de Negócios em Telecomunicações  participa do Portal da nossa ComUnidade.
Em seu site encontramos esta notícia sobre o FUST - Fundo de Universalização do setor de Telecomunicações: 
25/10/04
Garcia, do Telebrasil, reclama a aplicação do Fust  

Presidente do SindiTelebrasil e presidente do conselho da CTBC, Luiz Alberto Garcia, pede a imediata aplicação dos recursos do Fust   

  O presidente do SindiTelebrasil e presidente do conselho da CTBC, Luiz Alberto Garcia, reclamou pela imediata aplicação dos recursos do Fust (Fundo de Universalização do setor de Telecomunicações) no setor. “Já recolhemos quase R$ 4 bilhões e não há sinais de que esse dinheiro voltará para o setor.”Ele ameaçou recolher os impostos em juízo caso o governo não o aplique em benfeitoria do setor. O conselho do sindicato deverá votar o assunto no dia 3 de dezembro.
 
O deputado Alberto Goldman também reclamou do contingenciamento do Fust. “Pensávamos que era passageiro mas agora se transformou em uma norma. Mesmo que não seja usado para um fim diverso, a não aplicação do Fust contraria a lei.”
 
Um abraço cordial
Helio Rosa
  

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From: Helio Rosa
Sent: Wednesday, November 03, 2004 8:03 AM
Subject: [wireless.br] FUST (1)
 
Olá, ComUnidade WirelessBRASIL!
Helio Rosa escrevendo.
O "nosso" Fernando Botelho vai à Brasília proferir uma palestra na Câmara dos Deputados no próximo dia 9  sobre  "Regulamentação dos recursos do Fust em benefício da Telemedicina e Saúde".
Mas o que é mesmo esse tal de FUST - Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações ?  :-)
 
A combativa jornalista Alice Ramos nos informa "quanto" é o FUST, num dos seus famosos editoriais:

 
------   "Mas por outro lado é sempre preocupante toda vez que alguém menciona os R$ 3 bilhões do Fust. Num país como o Brasil onde grassam profundas desigualdades sociais e toda sorte de malversação das verbas públicas, com a corrupção generalizada, uma quantia dessas, guardada à espera de uma destinação, naturalmente desperta um grande interesse em saber como a mesma será utilizada, com quem e quando. "----
 
[Leiam mais em http://www.estadao.com.br/tecnologia/coluna/stanton/2003/jan/20/280.htm]

A notícia abaixo, sobre a palestra do Fernando, esclarece  mais um pouco.
Complementamos, ainda mais abaixo, com um trecho de um artigo de Michael Stanton.
Durante a semana vamos voltar ao tema, com novas transcrições.
Repercussões e esclarecimentos são muito bem-vindos!  :-)
Boa leitura!
 

29/10/2004 - Juiz fala sobre regulamentação dos recursos do Fust em benefício da saúde

O Juiz Fernando Neto Botelho, da 4ª Vara de Feitos Tributários, vai abordar, no próximo dia 9, o tema "Regulamentação dos recursos do Fust em benefício da Telemedicina e Saúde". A palestra será às 14 horas na Comissão de Seguridade Social e Saúde, da Câmara dos Deputados, em Brasília. O Juiz Fernando Botelho é autor do livro "As Telecomunicações e o Fust", editado em 2001.
O Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust) foi criado pela Lei 9998/2000. Ele foi idealizado pela Lei Geral de Telecomunicações (Lei 9.472/97) como instrumento de socialização e democratização dos benefícios telecomunicativos de última geração que foram criados no país com a desestatização do antigo Sistema Telebrás.
Para fomento de sua capacidade, o Fust recebe, mensalmente, recursos provenientes da Contribuição Tributária Federal de Intervenção no Domínio Econômico (Cide-Fust), cobrada, hoje, à alíquota de 1%, sobre o valor de pagamento de todos os serviços de telecomunicações brasileiros. Ao término do terceiro ano de sua vigência, o Fust arrecadou volume superior a R$ 3 bi.
Segundo Fernando Botelho, 13 áreas deveriam ser beneficiadas em telecomunicações com os recursos, entre elas a de saúde, mas o dinheiro arrecadado está parado. “Eu vou à Brasília justamente falar sobre isto: por quê não gastar o dinheiro com o que tem que gastar?”, explica. Ele conta que os postos de saúde, por exemplo, podem utilizar internet sem ter que pagar por isso. Entre outras atividades, o Fust permite também a utilização de videoconferências e atendimento médico à distância.
O convite para a palestra foi feito ao magistrado no último dia 20 pelo Presidente da Comissão de Seguridade Social e Saúde, deputado federal Eduardo Barbosa, após aprovada realização de Audiência Pública destinada à abordagem do assunto.
O magistrado Fernando Botelho, além de ser integrante da Comissão de Informática do TJMG, é também membro fundador do Conselho Brasileiro de Telemedicina (CBTMS) e membro da Associação Brasileira de Direito de Informática e Telecomunicações (ABDI). Ele possui MBA em Telecomunicações pela Fundação Getúlio Vargas/Ohio University.

 


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From: Helio Rosa
Sent: Wednesday, September 15, 2004 3:55 PM
Subject: [wireless.br] Fernando Botelho opina sobre o FUST

 
 Olá, ComUnidade WirelessBRASIL    
Nesta ComUnidade (Portal em  www.wirelessbrasil.org)  interagimos com muita cordialidade, cortesia, tolerância e paz - sempre fazendo novos amigos!  
Helio Rosa escrevendo.
O "nosso" Fernando Botelho ("wirelessblog" em http://www.wirelessbrasil.org/fernando_botelho/fb01.html) foi entrevistado pelo jornalista Edson Sardinha sobre o Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust).
Mais  abaixo, transcrevo a entrevista, publicada no "Congresso em Foco".
 
Fernando Botelho, que é magistrado de carreira, nos quatro anos de existência do FUST fez várias palestras e participou de vários debates sobre o fundo, seus mecanismos legais-contábeis-práticos de funcionamento, já que foi o primeiro autor de trabalho (livro) específico sobre o fundo.
Recentemente passou a integrar um novo movimento apolítico (voltado para estudos, debates, e seminários) denominado "Frente Pró-Fust".
A "Frente Pró-Fust" começa a realizar, em todo o país, debates seletivos sobre o FUST, voltados para a formação de uma consciência nacional sobre sua importância e principalmente sobre sua necessária implementação (como meio de inclusão "social/digital-telecomunicativa").
Exatamente hoje, em Brasília, está ocorrendo a segunda reunião desta "Frente" (a primeira foi há um mês, em BH, com presença da Secretária do Minicom para o Fust, do Secretário Geral/FUST, integrantes de outros Ministérios e de vários  segmentos da sociedade todos voltados para as 13 metas legais de aplicação do FUST).
 
A ENTREVISTA

http://www.congressoemfoco.com.br/edicoes_anteriores/14set2004/fust2.aspx

Fundo corre perigo
Desvio dos recursos para fazer superávit primário pode comprometer a legalidade do Fust

Edson Sardinha 

O descumprimento das finalidades previstas em lei para o Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust) pode inviabilizar, não só os projetos de inclusão digital, como a continuidade da cobrança da própria contribuição. A avaliação é feita por um dos principais especialistas na área, o juiz Fernando Neto Botelho, da 4ª Vara de Feitos Tributários de Minas Gerais. 

O Fust é composto pelo recolhimento de 1% sobre o faturamento bruto das empresas de telecomunicações e, por lei, deveria ser usado na instalação de computadores e internet em escolas, bibliotecas e hospitais das regiões mais pobres do país. Com ele, de acordo com a proposta orçamentária para 2005, o governo espera arrecadar, em média, R$ 44 milhões por mês. 

O juiz explica que o cumprimento das finalidades legais para o Fust é essencial para validar a contribuição. Segundo Botelho, o desvio do dinheiro para fazer superávit primário transforma o tributo em um “imposto travestido”. Com o contingenciamento anunciado pelo governo, a contribuição do Fust passaria a ser caracterizada como um tributo sem finalidade, característica dos impostos em geral.

O problema, alerta, é que o setor de telecomunicações é imune constitucionalmente à incidência de novos impostos. “Assim, ou se cumpre a finalidade legal do Fust, ou a própria contribuição estará ameaçada”, adverte o juiz. 

Ele é autor do livro “As Telecomunicações e o Fust” (ed. Del Rey, 2001). 

Congresso em Foco - O senhor acredita que esses mais de R$ 3 bilhões do Fust, que estão parados, serão usados na universalização dos serviços de telecomunicações? Ou o dinheiro continuará servindo para o governo fazer “caixa”? 

Juiz Fernando Neto Botelho - Essa é uma decisão primeiramente política, e não tenho elementos para análise da questão política, menos ainda da motivação interna da administração federal quanto a qualquer receita pública, seja ou não do Fust. Mas é preciso acentuar que, qualquer restrição que se faça ao empenho dos recursos do Fust – dos que já foram recolhidos ou mesmo daqueles que serão recolhidos – equivale a desvio da finalidade legal a ele prevista. Esse desvio de finalidade contraria a legalidade estrita do fundo, violação que compromete, inclusive, a exigibilidade da própria contribuição, que passa a não mais adotar caráter finalístico, que é essencial a ela.

Como assim?

Se esse contingenciamento ocorrer, a contribuição do Fust estará sujeita a uma mutação conceitual, passando a adotar característica de "imposto travestido", ou, de tributo sem finalidade, quando foi ela editada para cumprimento imprescindível de uma dada finalidade.

Na prática, o que isso significa?

A hipótese, portanto, trará uma nova configuração à questão, pois o faturamento dos serviços de telecomunicações já se faz pré-tributado por outros impostos, não comportando a permanência de mais um, que se consolidaria com a transformação da contribuição em um tributo sem finalidade, característica dos impostos em geral. Deve-se lembrar, inclusive, que os serviços de telecomunicações gozam, hoje, de imunidade 
constitucional quanto a novos impostos. Assim, ou se cumpre a finalidade legal do Fust, ou a própria contribuição estará ameaçada. 

A descentralização desses recursos resolveria o problema? 

O problema atual não é de centralização dos recursos com a União, na minha opinião. É de não-cumprimento do dispositivo legal da Lei do Fust, que determina o empenho dos recursos em projetos e programas nela mesma previstos. O descumprimento das finalidades do Fust – a redução das desigualdades sociais e regionais, por meio da redução das desigualdades telecomunicativas – equivale ao descumprimento de finalidade do próprio Estado brasileiro.

O contingenciamento desses recursos, então, fere a Constituição?

A proibição dos empenhos das receitas pré-recolhidas ao Fust – medida repetida nos últimos três anos, para fomentar o "superávit" primário – viola, assim, a Constituição. E, a toda violação da Constituição, equivale medida, prevista na lei, para solução. Essas medidas não me parecem necessitar de qualquer descentralização administrativa dos recursos, o que inclusive demandaria uma intrincada modificação legal da Lei do Fust e um imenso e ácido debate sobre a própria questão do federalismo, já que as receitas do Fundo são originárias da prestação de serviços de telecomunicações, que são serviços, por definição constitucional, de competência única e exclusiva da União, e não dos demais entes da Federação. Acho que iríamos, por esse caminho, inaugurar mais um contraditório de altíssima complexidade. Sou, portanto, contrário à proposta, embora a respeite e a considere útil para o debate.  
...............................
Um abraço cordial
Helio Rosa

Da equipe de moderadores dos Celld-group e  WirelessBr 
Coordenador da
ComUnidade WirelessBRASIL e do Giga Site WirelessBR 

 

----- Original Message -----
Sent: Wednesday, September 15, 2004 5:52 PM
Subject: ENC: [Celld-group] Fernando Botelho opina sobre o FUST

Nosso país se enriquece com pessoas assim !!!
 
É interessante perceber como a ação, o devotamento, o trabalho em prol do ser-humano, de uma única pessoa, poderá trazer efeitos de abrangência Nacional, beneficiando milhares de Brasileiros que estão nos primeiros marcos dos caminhos de sua educação.
 
Parabéns, Fernando Botelho, pelo seu trabalho e torço muito para que a correta aplicação do FUST em benefício do incremento da qualidade de educação do nosso país seja o fruto único e meritório de sua dedicação e esforço nesta questão !!
 
Imaginem se cada um de nós, que possuímos boa formação intelecutal e conhecimento de causa, fizéssemos esforços concentrados para eliminarmos certas "lacunas" de problemas sociais e políticos do Brasil; que transformação em massa não poderíamos impingir ao nosso país ?
 
Abraços,

Welton.


----- Original Message -----
From: Fernando Botelho
To: wirelessbr@yahoogrupos.com.br ; Celld-group@yahoogrupos.com.br
Sent: Monday, August 09, 2004 9:12 PM
Subject: [wireless.br] CIDEs/FUSTeFUNTTEL x Serviços Internacionais de Telecom

Prezados,

Após participar de recente debate sobre a incidência de CIDEs (Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico) para o FUST (Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações) e para o FUNTTEL (Fundo de Desenvolvimento das Telecomunicações), na prestação de serviços internacionais de telecomunicações, e por haver, no passado, escrito trabalhos sobre estes dois Fundos ("As Telecomunicações e o FUST" - ed. Del Rey; "As Inconstitucionalidades do FUNTTEL"- RDBT/Revista Brasileira de Direito Tributário), resolvi transformar em artigo a opinião que manifestei sobre o assunto.
O objetivo, com o artigo, é a provocação do debate doutrinário e, com ele, a facilitação da compreensão de questões tributárias específicas, especialmente daqueles que, como a tratada no artigo, digam respeito a relações comerciais internacionais como as que se estabelecem em interconexão de rêdes estrangeiras.
Acolhendo sugestão do Hélio - que acaba de gentilmente acolher, para publicação inédita, o artigo no site da ComUnidade - apresento-o, para conhecimento, àqueles que possam se interessar pelo assunto (que poderão conferí-lo em
http://www.wirelessbrasil.org/wirelessbr/colaboradores/
fernando_botelho/exportacao_servicos.html).
Abs.,
Fernando Botelho
mailto:fernandobotelho@terra.com.br
http://www.wirelessbrasil.org/fernando_botelho/fb01.html

 


----- Original Message ----- 
From: Fernando Botelho 
To: Celld-group@yahoogrupos.com.br 
Sent: Thursday, March 11, 2004 12:14 PM
Subject: Re: [Celld-group] ANULAÇÃO SCD ANATEL / TCU / Acordãos sobre o FUST

Permita ressaltar, sobre a notícia abaixo, que este acórdão/TCU não anula propriamente o SCD, cuja regulamentação ainda sequer existe e ainda se submete, neste momento, a prévia consulta no âmbito da Anatel (Consultas Públicas 480, 493, e 494).
O que o acórdão abaixo trata - com exclusividade - é do Edital 001/2001-SPB (anulado pelo TCU em 2002 e, à seguir, revogado pela própria ANATEL) que iria licitar o chamado "Programa Escolas" do FUST.
Debates - no âmbito administrativo (do TCU) ou mesmo judicial - sobre o SCD em si ainda não ocorreram, porque o SCD surge, para o público, à partir das CPs 480/493/494-ANATEL, que, repito, ainda estão sob discussão pública.
Abs.,
Fernando Botelho

Identificação
Decisão 1308/2002 - Plenário

Nome do Documento
DC-1308-36/02-P

Ementa
Representação formulada por Parlamentares. Possíveis irregularidades na ANATEL. Licitação para seleção de prestadora para implantação de metas para a universalização de serviços de telecomunicações em escolas públicas de ensino médio e profissionalizante. Não observância da Lei 8.666/93. Desrespeito ao plano plurianual e à Lei de Responsabilidade Fiscal. Representação já considerada procedente. Diligência. Licitação anulada. Perda do objeto. Arquivamento.

Grupo/Classe/Colegiado
Grupo II / Classe VII / Plenário

Processo
013.158/2001-1

Natureza
Representação

Entidade
Entidade: Agência Nacional de Telecomunicações - ANATEL

Interessados
Interessados: Sérgio Miranda de Matos Brito e Walter de Freitas Pinheiro

Dados Materiais
TC 013.158/2001-1 (c/ um volume. Anexos: TC 016.338/2001-3 e TC 016.206/2001-4)

Sumário
Representação formulada por parlamentares acerca de possíveis irregularidades verificadas na Licitação nº 001/2001/SPB-ANATEL, objetivando a implementação de metas para a universalização de serviços
de telecomunicações em escolas públicas de ensino médio e profissionalizante, utilizando recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações - FUST. Suspensão cautelar da licitação e
diligências à Anatel (Decisão nº 1095/2001TCU-Plenário).

[Leia mais em http://www.tcu.gov.br/]

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