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26/02/2005 - FUST (15) - Três notícias FUST (15) - Três notícias
From:
Helio Rosa
Sent: Saturday, February 26,
2005 1:56 PM
Subject: FUST (15) - Três notícias
Olá,
ComUnidade WirelessBrasil
!
Helio Rosa escrevendo. Nesta ComUnidade (Portal em www.wirelessbrasil.org) interagimos e compartilhamos conhecimentos com muita cordialidade, cortesia, tolerância e paz - sempre fazendo novos amigos!
Repetindo o inicio da
mensagem anterior: recebi, em "pvt" (e-mail particular)
três notícias relacionadas ao FUST.
Agradeço imensamente ao
colaborador "anônimo"!
As notícias estão transcritas abaixo.
Não praticamos política
partidária nem fazemos críticas ao governo em nossos
fóruns.
Respondendo à uma pergunta
em "pvt" sobre nossa "visão": independente do governo e
governantes atuais e do nosso voto nas últimas eleições,
como cidadãos temos que agir no sentido de ajudar, de
algum modo, na solução dos problemas e impasses e
viabilizar o sucesso da "administração de plantão".
Ao informar aos nossos
participantes e trazer os temas ao debate, estamos
simplesmente "fazendo nossa parte".
Abaixo, a transcrição das
notícias.
Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa
Sociedade da
Comunicação
Walter Pinheiro critica política de Lula para Fust 24/02/2005, 17h54 O deputado Walter Pinheiro (PT/BA) foi duro em relação à política de inclusão digital do governo do presidente Lula. O deputado, que abriu o quarto fórum de debates sobre telecomunicações organizado pelo Ministério das Comunicações, defendeu a urgência na utilização do dinheiro do Fust através de algumas experiências novas, ou reforçando as experiências já existentes, como a realizada pela Eletronorte na Amazônia, ou os telecentros desenvolvidos em diversos lugares do País. O deputado do PT afirmou, inclusive, que o governo dirigido por seu partido estava se comportando da mesma forma como o antecessor e desrespeitando a lei em relação ao Fust. Pinheiro contou que no ano passado recebeu um recado da presidência: o Presidente Lula estaria decidido a fazer a inclusão digital através de um projeto "que é a menina dos olhos dele", o Casa Brasil. "Ele pediu que o ajudasse a encaminhar a proposta na Câmara". No entanto, disse Pinheiro: "Quando fui ver o orçamento, pensei: furaram a menina dos olhos do Lula, porque lá não tinha um tostão para o projeto. Conseguimos colocar algum dinheiro, mas quase nada foi liberado." Em sua apresentação, o deputado ainda procurou discutir a necessidade de se estabelecer um conceito único para a discussão da universalização. Ele defende que não se trata mais de universalizar a voz, não porque isto já tenha sido conseguido, ou esteja em vias de se concretizar, mas porque "é muito pouco" diante das maravilhas da tecnologia de comunicação disponíveis no mundo de hoje: "O que precisamos descobrir é a maneira de conseguir fazer estas maravilhas estarem à disposição da população." O evento foi organizado nesta quinta, 24, pela Secretaria de Serviços de Telecomunicações do Ministério das Comunicações. Apresentaram-se como debatedores: - José Zunga, presidente da Fittel; - José Fernandes Pauletti, presidente executivo da Abrafix; - Luiz Cuza, da TelComp; - e Luiz Antônio Carvalho, da RITS (Rede de Informação do Terceiro Setor). Consenso Na trilha do mote de Pinheiro, todos os debatedores defenderam o uso imediato dos recursos do Fust, usando inclusive palavras duras como "imoralidade" ou "ilegalidade" para classificar a utilização dos recursos do fundo no superávit do governo. Zunga, da Fittel, defendeu as mudanças no processo de administração na Anatel com a esperança de que, com a mudança de alguns superintendentes, "que não desejam que a competição se viabilize no País", a agência passe por uma mudança. Zunga disse posteriormente ao TELETIME News que já levou ao ministro Eunício de Oliveira nomes de superintendentes que considera "culpados" por não haver maior interesse da agência em estimular a competição nos serviços. O presidente da Fittel voltou a atacar a questão da terceirização das tarefas de instalação e manutenção de redes em praticamente 100% em todas as empresas de telecomunicações, com a conseqüente queda na qualidade da prestação do serviço. Da Redação - PAY-TV News
Entidades também criticam
políticas para o Fust
24/02/2005, 18h35 Luiz Antônio Carvalho, presidente da entidade Rede de Informação do Terceiro Setor, fez críticas contundentes à não utilização dos recursos do Fust durante o fórum de telecomunicações realizado nesta quinta, 24, pelo Ministério das Comunicações. Ele acredita que nem o governo federal e muito menos os governos estaduais e a imensa maioria dos governos municipais se deram conta da gravidade do problema da universalização. O dirigente da ONG relatou experiências de inclusão digital realizadas em convênio com outras entidades e as dificuldades em conseguir concretizar os trabalhos. Ironizando uma das formas de se "obter dinheiro do Fust", Carvalho lembrou que já há quem esteja pensando em transformar uma associação de moradores ou uma colônia de pescadores em "biblioteca pública" uma vez que existe um programa que permitirá o uso dos recursos do fundo para estas entidades. Luiz Antônio disse esperar que o processo de desenvolvimento da sociedade digital não venha a se tornar em mais um garrote para segregar a população, ao invés de incluí-la. De onde virá o dinheiro O presidente executivo da Abrafix, José Fernandes Pauletti, que também participou do fórum, fez uma cuidadosa exposição mostrando os diversos índices de rentabilidade do setor de telefonia fixa e móvel. Utilizando um gráfico com os valores da renda do possível usuário e a densidade populacional, Pauletti foi mostrando, sob o ponto de vista de uma operadora, até onde seriam viáveis economicamente a exploração do serviço de telefonia, e a partir de onde estes precisariam ser subsidiados. O presidente da Abrafix, lembrou que as atuais metas de universalização foram "contratadas" pela União às empresas que compraram as teles privatizadas, ou seja, que não há mais nada a receber pelo cumprimento das atuais metas de universalização. Mas lembrou também que será necessário prever os recursos para o pagamento das próximoas metas de universalização que o governo pretenda exigir das concessionárias. Mais competição De acordo com Luiz Cuza, presidente da TelComp, um ponto chave a considerar na discussão do tema da universalização é que universalização é uma função da rede fixa. Ou seja, afirmar que a universalização pode ser realizada pela telefonia móvel sem fio é uma falácia. O dirigente da TelComp lembra ainda que a Anatel não tem levado a sério a questão da necessidade da portabilidade numérica para facilitar o processo de competição, item previsto inclusive no decreto de políticas de telecomunicações. Cuza também estranha a morosidade com que as autoridades brasileiras vêm tratando a denúncia da formação de cartel por parte das três grandes empresas de telefonia local: "as denúncias foram feitas há mais de um ano, e até agora não houve nenhum resultado", observa. Para realizar a universalização, Cuza considera necessário atacar a questão da distribuição de renda; diminuir a carga tributária incidente sobre os serviços de telecomunicações; e, finalmente, estimular a competição com alternativas e preços diferenciados. Da Redação - PAY-TV News
Walter Pinheiro critica
SCD e defende projeto-piloto para usar recursos
do Fust
24/2/2005 O deputado Walter Pinheiro (PT-BA) criticou hoje, 24, durante fórum realizado pelo Ministério das Comunicações para discutir políticas de universalização, a proposta do Serviço de Comunicações Digitais (SCD) e defendeu a criação de um projeto-piloto de universalização da Internet para utilizar os recursos do Fust. Na avaliação de Pinheiro, a proposta do SCD apresentada pela Anatel é pouco viável porque não oferece retorno financeiro às operadoras e, por isso, dificilmente as empresas terão disposição de prestar o serviço, até porque não estão no mercado para fazer filantropia. Na opinião de Pinheiro, o governo deveria implantar um projeto-piloto de inclusão digital para começar a utilizar os recursos do Fust. Para ele, esse caminho poderia ser uma boa alternativa para pressionar o governo a liberar o dinheiro do fundo. "Entra governo e sai governo e os R$ 3 bilhões do fundo não são gastos. Enfrentamos o mesmo problema no governo Fernando Henrique e com a nossa equipe econômica", disse Pinheiro. Cristiana Nepomuceno - Telecom Online FUST (14) - Lembrando um "resumo"
From:
Helio
Rosa
Sent: Friday, February 25, 2005
5:35 PM
Subject: FUST (14) - Lembrando um "resumo"
Olá,
ComUnidade WirelessBrasil
!
Helio Rosa escrevendo. Nesta ComUnidade (Portal em www.wirelessbrasil.org) interagimos e compartilhamos conhecimentos com muita cordialidade, cortesia, tolerância e paz - sempre fazendo novos amigos!
Recebi, em "pvt" (e-mail
particular) três notícias relacionadas ao FUST.
Agradeço imensamente ao
colaborador "anônimo"!
Antes de transcrevê-las
numa próxima mensagem, gostaria de convidar a todos
(principalmente aos recém-chegados) para um rápido
"nivelamento".
Para tal, pretensiosamente
permito-me transcrever uma tentativa de resumo postada por
mim há três meses.
Lembro também que, com a
colaboração de todos, organizamos duas páginas comunitárias
com um vasto conteúdo sobre o tema:
FUST-
http://www.wirelessbrasil.org/fust/fust01.html
SCD - http://www.wirelessbrasil.org/fust/scd01.html É um assunto atual e importante e vale uma atualização. Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa
----- Original Message -----
From: Helio Rosa To: Celld-group@yahoogrupos.com.br ; wirelessbr@yahoogrupos.com.br Sent: Monday, November 15, 2004 9:12 PM Subject: [Celld-group] FUST (8) - Uma tentativa de resumo Olá, ComUnidade WirelessBrasil ! Helio Rosa escrevendo. Nesta ComUnidade (Portal em www.wirelessbrasil.org) interagimos e compartilhamos conhecimentos com muita cordialidade, cortesia, tolerância e paz - sempre fazendo novos amigos! Das "leituranças" que estou fazendo na web sobre o FUST e nos diversos "pvts" recebidos repercutindo algumas mensagens veiculadas nos Grupos, permito-me arriscar uma "resumo", simplista e simplório (*), muito pessoal, da "situação atual". Importante lembrar: estamos trazendo o FUST (Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações) e SCD Serviço de Comunicações Digitais) para nossos fóruns com extremo cuidado para que este processo de tentativa de esclarecimento não seja confundido com críticas ao governo (este não é o local adequado para isto). Nosso objetivo é ajudar no processo de ambientação e de formação da opinião de nossos participantes. O FUST foi criado há quatro anos para viabilizar a "inclusão digital", de enorme alcance social. Hoje tem "em caixa" quase 4 bi de reais. Imobilizados. A arrecadação do FUST é uma das mais "tranqüilas": as empresas, de grande porte, nem pensam em sonegar ou postergar e "pingam" garantidos 500 mi anuais. Os governos, o atual e o anterior, têm adotado uma prática no mínimo estranha : emitem, no início de cada ano-fiscal (janeiro/fevereiro ), decretos de contingenciamento, isto é, normas ( assinadas pelo Chefe do Executivo Federal, sem apreciação posterior, pelo Congresso Nacional) que proíbem qualquer "empenho" (empenho é o nome técnico-contábil do procedimento que reserva uma determinada quantia para gastos públicos) de recursos do FUST. Assim, o governo cria um paradoxo: ele próprio arrecada a receita que a lei criou para o FUST, e ele próprio "contingencia" (proíbe) a si mesmo o gasto de toda a receita arrecadada!!! No entanto, a imobilização parece que tem servido para cumprir as metas de superavit primário. Assim, a não-utilização do FUST tem sido resultado de uma "vontade política". Mas, aparentemente, a "mudança da vontade" também esbarra em enormes empecilhos. Mais um círculo vicioso: para prever recurso no orçamento da União é preciso um planejamento do emprego. Mas, em princípio, para formatar um plano para utilizar o recuso é preciso saber o "quanto" estará disponível. E questiona-se, obviamente, se os órgãos governamentais responsáveis por áreas como saúde, educação, segurança pública, por exemplo, têm condições de elaborar "planos de inclusão" tão complexos e abrangentes. A não utilização do FUST para suas finalidades pode, teoricamente, se transformar num grande litígio judicial pois as empresas contribuintes já questionam o pagamento de um tributo que não é utilizado. Se for "congelado" devido à eventuais ações legais, pode se depreciar e, na pior hipótese (remota) , ser devolvido a quem contribuiu. E não há como deixar de temer o risco do FUST ser desviado para outros rumos com aconteceu com a CPMF. O SCD - Serviço de Comunicações Digitais viria para suprir tais dificuldades. O anteprojeto foi elaborado com base em consultas públicas mas consta que seu texto final, em análise pelo Governo, é desconhecido do público. Na próxima mensagem vamos transcrever um artigo que mostra que, face à demora, as operadoras já se adiantam com projetos próprios. Isto poderá ajudar ou "atropelar" pois o SCD vai encontrar vários fatos consumados quando nascer. Lembrando o que já dissemos anteriormente, mesmo sem bola de cristal: a "inclusão digital", em qualquer formato, além de outros benefícios, vai gerar um "caminhão" de empregos para o pessoal de TI e Telecom. Daí a necessidade de acompanharmos este processo, pelo menos para se ter uma opinião formada; e, se for o caso, individualmente, fazermos pressões democráticas sobre nossos congressistas (papo de "americano"?). :-) Não temos este hábito, claro, mas já é hora de adquiri-lo. :-) Um abraço cordial Helio Rosa Da equipe de moderadores dos Celld-group e WirelessBr Coordenador da ComUnidade WirelessBrasil e do Giga Site WirelessBR (*) Do "Houaiss": Simplista - aquele que tende a raciocinar ou a agir com simplismo; Simplismo: tendência ou prática que consiste em considerar apenas uma face ou um aspecto das coisas; simplificação exagerada. Simplório - aquele que é muito crédulo; tolo, ingênuo, papalvo FUST (13) - Artigo da RNT ----- Original Message -----
From:
Helio
Rosa
Sent: Tuesday, January 11, 2005
8:38 AM
Subject: [Celld-group] FUST (13) - Artigo da RNT
Olá, ComUnidade WirelessBrasil!
Helio Rosa escrevendo.
Nos meses de novembro e dezembro do ano findo tivemos um ciclo de
mensagens e debates sobre o FUST - Fundo de Universalização dos
Serviços de Telecomunicações e o SCD - Serviço de Comunicação
Digital .
Pra encurtar a conversa, :-) tudo culminou na organização de duas páginas contendo "tudo" sobre o assunto (eta modéstia, sô!). :-)
Estão em:
[As mensagens estão colecionadas em
http://www.wirelessbrasil.org/fust/mensagens_grupos.html]
Num determinado momento redigi um resumo sobre a "situação" e
o descrevi como "simplista e simplório, muito pessoal".
Transcrevo no final desta mensagem para ambientação de quem está
chegando agora.
Já tínhamos anotado aqui, na ocasião, o Editorial de Alice Ramos (06/12/04) abaixo referenciado:
Com o Fust, “dinheiro na mão é
vendaval”
• Alice Ramos
Mesmo existindo o risco de parecer
recorrente, não há - diante das atuais circunstâncias - como deixarmos
de voltar à carga a respeito de um assunto importantíssimo: o Fundo de
Universalização dos Serviços e Telecomunicações (FUST).
O motivo principal desse retorno ao tema
tem haver com a liberação, no mês passado, de US$ 24 milhões, feita pela
The Universal Service Administrative Company (USAC), que é a organização
norte-americana responsável por levar adiante o programa de
universalização das telecomunicações dos EUA, e pela gestão dos recursos
do Universal Service Fund (USF). Tudo sob a supervisão da Federal
Communications Comission (FCC).
Como aqui o governo anda as voltas sem
saber como aplicar os R$ 4 bilhões que arrecadou até agora das
operadoras de telecomunicações, ao passo que estas se articulam em lobby
para precipitar a liberação do FUST, julgo pertinente trazer pelo menos
uma experiência do exterior, que seja útil para ajudar o país a enxergar
além da visão tosca de nossa cultura provinciana.
[Leia mais]
Abaixo, reproduzo da edição Nov/Dez da RNT o artigo "Contingenciamento do Fust gera incertezas sobre o SCD" para retomar e não deixar esfriar o debate. Como verão no citado resumo, "contingenciar" é algo parecido com "proibir a utilização". :-)
Mais novidades e repercussões sobre o FUST e o SCD? :-)
Boa leitura! Um abraço cordial Helio Rosa
Os recursos do Fundo de Universalização
dos Serviços de Telecomunicações (Fust) ainda deverão fazer número para
incrementar o superávit primário do governo nesse ano. As discussões
sobre a implementação do Serviço de Comunicação Digital (SCD),
envolvendo a Anatel e o Ministério das Comunicações, não evoluíram e não
será neste momento que a verba do fundo será usada para algum serviço de
telecom. A agência chegou a encaminhar uma exposição de motivos para o
decreto de implantação do serviço, mas recebeu alguns questionamentos do
ministério, o que acabou atrasando o processo.
O presidente da Anatel, Pedro Jaime Ziller,
está otimista e prevê que até o final do ano todos os regulamentos
estarão aprovados e que a partir do início de 2005 o processo de
licitação estará na rua. No entanto, a agência terá que convencer a
equipe econômica do governo a ceder mais do que os R$ 30 milhões que
estão previstos para o Fust no orçamento do próximo ano. Para Ziller,
essa situação não é incômoda. Segundo ele, basta mostrar na prática que
o serviço é viável para os ministros e técnicos da área econômica
(Fazenda e Planejamento, Orçamento e Gestão) se convencerem de que
necessita de mais recursos.
No entanto, os diretores da Anatel também
deverão convencer técnicos do Ministério das Comunicações, onde não há
tanto entusiasmo com o projeto. Segundo fontes ouvidas por RNT, o fato
de o ministério ter questionado os dados enviados pela agência nada mais
é do que a tentativa de protelar ainda mais o início do programa. Fontes
também dão conta de que o ministro da pasta, Eunício Oliveira, não
gostaria de dar início ao novo serviço em um curto espaço de tempo. Pelo
menos, não antes de o projeto de lei das agências reguladoras, que
tramita no Congresso Nacional, ser aprovado. Pelo projeto como está
hoje, todo o poder de conceder outorgas do novo serviço passaria para o
ministério e a Anatel só teria o poder de fiscalizar o desempenho das
empresas.
Se Ziller está otimista, já há na Anatel
quem comece a se aborrecer com as dificuldades para a liberação dos
recursos do Fust, cobrado desde 2001, mas que nunca foi usado. O
superintendente de universalização da Anatel, Edmundo Matarazzo, afirmou
durante o Futerecom que a implantação do SCD seria mais fácil sem a
utilização dos recursos do fundo. Matarazzo disse que para a liberação
deste dinheiro o programa teria que transpor questões políticas que
envolvem a utilização das verbas do fundo.
Mesmo com o impasse, a Anatel continua
planejando. De acordo com Pedro Jaime Ziller, o regulamento do novo
serviço será elaborado com base no futuro decreto. "A Anatel já tem um
esboço dos regulamentos. Certamente, o serviço será explorado em regime
público, com a finalidade de incrementar a inclusão digital no País,
especialmente em escolas públicas e áreas rurais", comenta. Segundo
Ziller, o serviço será prestado em regime público porque há necessidade
de garantia de continuidade, o que pode não ocorrer se o serviço for
prestado em regime privado.
O presidente da Anatel explica que o
programa de inclusão digital não se resume em apenas colocar acessos nos
locais determinados. "É necessário criar conteúdo para se gerar
desenvolvimento e inclusão de fato", argumenta. Ele também ressalta que
serão instalados cerca de 2 milhões de equipamentos terminais, sendo que
desse total, 300 mil serão servidores, os demais serão equipamentos de
baixo custo. (A.S. e G.C.)
FUST (12) - Editorial de Alice Ramos
----- Original Message -----
From:
Helio
Rosa
Sent: Wednesday, December 15, 2004 12:06 AM
Subject: [Celld-group] Fust (12) - Mais um editorial de Alice
Ramos
Olá, ComUnidade WirelessBRASIL!
Helio Rosa escrevendo.
Estamos continuando uma série de mensagens sobre o FUST - Fundo de
Universalização dos Serviços de Telecomunicações.
Lembrando um trecho de mensagem anterior:
[ ...Um "pvt preocupado" pergunta: :-)
"Não é temeridade trazer o FUST para o debate nos Grupos? Não poderá desencadear uma série de críticas ao governo?"
Creio que não pois todos já nos conhecem e
sabem que não é esta a intenção.
Pelo contrário, é um problema que está aí, interessa a todos de nossa área, temos que conhecer os fatos e outras opiniões - para formar a nossa - e, quem sabe, ajudar na solução do impasse. E tem muita tecnologia envolvida, para alegria geral! :-) ...]
Simplificadamente:
O FUST é um fundo com 4 bilhões de reais imobilizados num circulo vicioso de impedimentos legais. Tem um enorme alcance social pois deverá proporcionar a "inclusão digital" e nos interessa particularmente pois vai gerar muito emprego.
Visando a ambientação e a formação da opinião dos
nossos participantes, organizamos recentemente dois "blog-books"
sobre o tema:
a. FUST - Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações e b. SCD - Serviço de Comunicações Digitais
As mensagens anteriores sobre este tema estão colecionadas em
http://www.wirelessbrasil.org/fust/mensagens_grupos.html
A jornalista Alice Ramos é uma pioneira na "preocupação pública" com o
FUST.
Aqui estão seus "editorias-artigos" publicados em seu
Portal AliceRamos.com (parceiro
informal da ComUnidade) sobre este assunto:
- Começa a disputa pelo Fust [29/11/2004] - Fust não é verba para filantropia [19/04/2004] - Chega de exclusão [11/11/02] Alice aborda o tema em duas semanas seguidas. Com o Fust, “dinheiro na mão é vendaval” [06/12/2004] • Alice Ramos Mesmo existindo o risco de parecer
recorrente, não há - diante das atuais circunstâncias - como deixarmos
de voltar à carga a respeito de um assunto importantíssimo: o Fundo de
Universalização dos Serviços de Telecomunicações (FUST). Como aqui o governo anda as voltas sem
saber como aplicar os R$ 4 bilhões que arrecadou até agora das
operadoras de telecomunicações, ao passo que estas se articulam em lobby
para precipitar a liberação do FUST, julgo pertinente trazer pelo menos
uma experiência do exterior, que seja útil para ajudar o país a enxergar
além da visão tosca de nossa cultura provinciana. FUST (11) - Editorial de Alice Ramos ----- Original Message -----
From:
Helio Rosa
Sent: Wednesday, December 01, 2004 9:56 AM
Subject: [wireless.br] FUST (11)
Olá, ComUnidade WirelessBRASIL!
Helio Rosa escrevendo.
Lembrando:
O Portal AliceRamos.com é um parceiro informal de nossa ComUnidade.
A aguerrida jornalista Alice Ramos escreve semanalmente os editorias do seu
Portal.
São textos excelentes, sempre "colocando o dedo na ferida" e "pingando nos iis" (do título de sua coluna).
Devidamente autorizados, estamos colecionando referências à todos
editorias da Alice em http://www.wirelessbrasil.org/aliceramos_editoriais.html.
Lá está uma visão crítica e equilibrada, mas não raro contundente, dos nossos "tempos de telecom".
Enviei há alguns dias para a Alice o endereço do nosso
blog comunitário
sobre o FUST , no qual procuramos reunir o máximo de informações
coletadas na web, para ajudar na formação da opinião de nossos
participantes/leitores.
Vemos agora, com enorme satisfação, que a Alice volta ao tema com mais um
forte editorial.
Abaixo, a introdução com link para o editorial completo, que logo estará
também no blog sobre o FUST.
Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa
Começa a disputa pelo Fust
http://www.aliceramos.com/view.asp?materia=771 Ao que tudo indica vem por aí mais um episódio que envolverá disputas entre o Governo Federal e as empresas de telefonia, e a bola da vez será o Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust). É que as operadoras de telecomunicações manifestaram a intenção de depositar em juízo a parcela destinada ao Fust, a partir do dia 3 de dezembro, com o objetivo de pressionar a utilização das verbas do fundo que já conta com R$ 4 bilhões acumulados desde o ano 2000. Um dos motivos alegados para a estratégia é que todo esse dinheiro não tem correção monetária, e se fosse depositado em juízo seria sempre corrigido. Outro ponto que é apresentado pelas teles é o apelo politicamente correto de que o dinheiro contribuiria para a universalização da telefonia no Brasil, revertendo a baixa penetração dos telefones fixos no país. Se por um lado essa tese está técnica e legalmente de acordo com o propósito do fundo, existe uma chance também de que, ao ser liberado nos moldes propostos pelas operadoras, o uso desse dinheiro futuramente venha servir de faca de dois gumes para o Planalto e somente de “tarrafa” para as empresas de telecomunicações “pescarem” mais usuários. O que não significa necessariamente fazer universalização. Leia o editorial completo em http://www.aliceramos.com/view.asp?materia=771. O FUST norteamericano ----- Original Message ----- Contingenciamento do Fust gera incertezas sobre o SCD -----
Original Message ----- Para pensar sobre o fust...(Artigo de Silvio Meira) ----- Original Message -----
Fust: mais um precedente! ----- Original Message -----
FUST (10) - As tecnologias usadas no SCD ----- Original Message ----- FUST (9) - Plano alternativo ao SCD ----- Original Message ----- FUST (8) - Uma tentativa de resumo (Comentários) ----- Original Message ----- FUST (8) - Uma tentativa de resumo ----- Original Message ----- ----- Original Message -----
From:
Helio Rosa
Sent: Wednesday, November 10, 2004 6:22
PM
Subject: [Celld-group] FUST (7)
Telemedicina
Olá, ComUnidade WirelessBRASIL!
Helio Rosa escrevendo. Leitura interessante mais abaixo sobre Telemedicina, que consiste no uso de computadores e da Internet para realizar diagnósticos, controlar doenças crônicas e mesmo promover educação a distância.
Como dissemos na mensagem anterior, o "nosso"
Fernando Botelho proferiu ontem uma palestra na
Audiência Pública do FUST na Comissão de Seguridade e Saúde, da Câmara dos Deputados, em Brasília.
Foram 4 os expositores: os Professores Telemédicos,
Gyorgy Bohn, Chao Lung Won, e Paulo Schor (da
USP/SP) e Fernando Botelho.
Os três primeiros apresentaram detalhamento da telemedicina já praticada hoje no Brasil e de suas perspectivas para o futuro próximo, inclusive com projetos de atendimento remoto (em parceria das Forças Armadas com o CBTMs - Conselho Brasileiro de Telemedicina) via telemetria, suporte da segunda opinião médica à distância, em regiões distantes como a da Amazônia, todos anunciando a necessidade do FUST para a geração desses projetos telemédicos.
Fernando Botelho falou sobre a questão que envolve
hoje o FUST, sendo que ao final da exposição
apresentou ao debate da Comissão, a proposta citada
na mensagem anterior. ("...sugeriu que o Governo
deixe de cobrar das empresas prestadoras de serviços
de telecomunicações os recursos do Fundo de
Universalização dos Serviços de Telecomunicações
(Fust) e que faça com que as empresas utilizem esses
recursos diretamente em programas previstos na lei.
...")
Abaixo,o evento noticiado pelo Tempo Real, boletim
eletrônico da Câmara dos Deputados.
A falta de aplicação dos recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust) na TELEMEDICINA foi discutida nesta terça-feira em audiência pública promovida pela Comissão de Seguridade Social e Família. Estão disponíveis no Fundo quase R$ 4 bilhões, arrecadados desde 2001, que não foram aplicados devido ao seu contingenciamento pela União. A principal fonte de recursos do Fundo é a cobrança de 1% das receitas operacionais brutas das empresas de telecomunicação, após deduzidos o ICMS, o PIS e a Cofins. O presidente do Conselho Brasileiro de TELEMEDICINA e Telesaúde (CBMTS), Gyorgy Miklós Bohm, defende que esses recursos sejam liberados para a instalação de 250 mil computadores com acesso à Internet em 12.500 escolas de ensino médio e superior de todo o País. Para evitar que essa verba continue sem uso, o juiz da 4ª Vara de Feitos Tributários de Belo Horizonte (MG), Fernando Neto Botelho, sugeriu que o Governo deixe de arrecadar os recursos das empresas prestadoras de serviços de telecomunicações e as obrigue a aplicá-los diretamente nos programas previstos na lei que instituiu o Fust (Lei 9998/00). Ele enfatizou, ainda, a necessidade de corrigir os procedimentos administrativos atuais, além de aperfeiçoar o processo executivo da Anatel.
Exame a distância
A TELEMEDICINA consiste no uso de computadores e da Internet para realizar diagnósticos, controlar doenças crônicas e mesmo promover educação a distância. Por isso, é bastante útil em cidades do interior. Atualmente, essa tecnologia é mais utilizada nas especialidades de cardiologia e pneumologia. Os exames são feitos por um técnico próximo ao paciente e analisados por um profissional especializado, por meio de um monitor, que pode estar em qualquer local do mundo. De acordo com o professor do Departamento de Informática em Saúde da Universidade Federal de São Paulo (USP), Paulo Schor, atualmente é mais fácil compartilhar informações com os EUA do que com pequenas cidades do interior de São Paulo. Schor explicou que o conceito de TELEMEDICINA implica não só o atendimento a muitas pessoas, mas ter muitas pessoas trabalhando no desenvolvimento de novas tecnologias. O presidente do Conselho de TELEMEDICINA, Gyorgy Bohm, ressaltou que essa é a tecnologia que mais rapidamente progride no mundo, alavancada pela exploração espacial e esforços de guerra. A Groenlândia é um exemplo de total dependência em relação à TELEMEDICINA. Já no Brasil há centros bem desenvolvidos, mas também existem grandes áreas abandonadas que poderiam ser beneficiadas por esse recurso, que já comprovou ter uma relação custo-benefício positiva.
Economia de recursos
Paulo Schor ressaltou que o emprego da TELEMEDICINA evita encaminhamentos desnecessários aos hospitais, inclusive com o uso de ambulâncias. Com isso, há a liberação de recursos financeiros e humanos para o atendimento dos que realmente necessitam. O coordenador-geral da disciplina de TELEMEDICINA da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM/USP), Chao Lung Wen, também destacou essa vantagem: segundo ele, a aplicação da TELEMEDICINA reduz os custos da saúde pública, por tratar-se de uma tecnologia de larga abrangência. Ele também ressaltou que esse é o melhor recurso disponível para a educação médica. “As aulas em videoconferência podem ser acompanhadas por alunos que tenham acesso a qualquer Internet de banda larga. Os alunos podem inclusive fazer perguntas diretamente aos professores. A formação é a melhor maneira de reduzir os custos da saúde", disse Chao Lung Wen.
Atendimento na Amazônia
O professor salientou que os esforços da FM/USP estão concentrados na difusão dessa tecnologia na Região Amazônica, onde a densa floresta dificulta o acesso aos meios tradicionais de assistência médica. Em 2003, aconteceu a primeira experiência na região, com uma videoconferência transmitida para Rio Branco. Gyorgy Miklós Bohm chamou atenção ainda para o fato de o Peru e o Equador já estarem utilizando a TELEMEDICINA na Região Amazônica, com suporte da Universidade de Madri. Para ele, isso evidencia um problema de segurança nacional, pois não existem leis que restrinjam programas estrangeiros de atuar no País. Ele citou também o caso de pacientes brasileiros que recorrem, por meio da TELEMEDICINA, a um pediatra de Miami, nos EUA.
Novos debates
O presidente da Frente Parlamentar da Saúde, deputado Rafael Guerra (PSDB-MG), que propôs a realização da audiência, anunciou que pretende sugerir à Comissão novos debates, dessa vez com o ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Guido Mantega; da Casa Civil, José Dirceu; das Comunicações, Eunício Oliveira; e com o presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Pedro Ziller, para debater o contigenciamento pelo Executivo dos recursos do Fust.
Reportagem – Marcus Vinicius Almeida
Edição - Maristela Sant´Ana
(Reprodução autorizada mediante citação da Agência)
Agência Câmara
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From:
Helio Rosa
Sent: Wednesday, November 10, 2004 5:44 PM
Subject: [wireless.br] FUST (6) - Fernando
Botelho na Câmara dos Deputados
Olá, ComUnidade WirelessBRASIL!
Helio Rosa escrevendo.
Continuando nossa série de mensagens sobre Fundo de
Universalização dos Serviços de Telecomunicações (FUST),
transcrevo abaixo uma primeira notícia da estada em
Brasília do nosso participante Fernando Neto
Botelho.
Lembro que "tudo" sobre o assunto FUST está no blog comunitário em http://www.wirelessbrasil.org/fust/fust01.html. :-)
No noticiário sobre a liberação de recursos pelo governo
(mídia de ontem/hoje) surgem termos como "empenho"
e "contingenciamento".
Das leituras que estou fazendo sobre o FUST e dos
diversos "pvts" recebidos repercutindo as citadas
mensagens, permito-me arriscar uma explicação simplista,
muito pessoal.
O governo atual e o anterior adotam uma prática no
mínimo estranha : emitem, no início de cada ano-fiscal
(janeiro/fevereiro de cada ano), decretos de
contingenciamento, isto é, normas ( assinadas pelo Chefe
do Executivo Federal, sem apreciação posterior, pelo
Congresso Nacional) que proíbem qualquer empenho
(empenho é o nome técnico-contábil do procedimento que
reserva uma determinada quantia para gastos públicos) de
recursos do FUST.
Assim, o governo cria um paradoxo: ele próprio arrecada a receita que a lei criou para o FUST, e ele próprio contingencia (proíbe) a si mesmo o gasto de toda a receita arrecadada pelo FUST!!! Mas, explicações e motivações governamentais à parte, o que interessa aqui em nossos Fóruns é formar opinião e acompanhar os trabalhos que visam interromper este círculo vicioso.
Abaixo, a sugestão de Fernando Botelho,
noticiada pelo Tempo Real, boletim eletrônico da Câmara
dos Deputados.
Tempo Real - 9/11/2004 16h50 O juiz da 4ª Vara de Feitos
Tributários de Belo Horizonte (MG), Fernando Neto
Botelho, sugeriu que o Governo deixe de cobrar das
empresas prestadoras de serviços de telecomunicações os
recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de
Telecomunicações (Fust) e que faça com que as empresas
utilizem esses recursos diretamente em programas
previstos na lei. Botelho participa da audiência pública
da Comissão de Seguridade Social e Família que está
discutindo a proposta de regulamentação do uso dos
recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de
Telecomunicações (Fust) para a telemedicina. Reportagem - Marcus Vinícius Almeida ----- Original Message -----
From:
Helio Rosa
Sent: Monday, November 08, 2004 3:50 PM
Subject: [Celld-group] FUST (5) "Tudo" sobre o
FUST e o SCD
Olá, ComUnidade WirelessBRASIL!
Helio Rosa escrevendo.
Vamos "falar" mais abaixo sobre a criação de 03 Páginas
ComUnitárias contendo muita informação sobre o FUST e o
SCD.
Antes, permito-me lembrar que amanhã, o nosso participante
Fernando Botelho, estará proferindo uma palestra na
Câmara dos Deputados sobre "Regulamentação dos recursos
do Fust em benefício da Telemedicina e Saúde".
O magistrado Fernando Botelho, além de ser integrante da
Comissão de Informática do TJMG, é também membro fundador do
Conselho Brasileiro de Telemedicina (CBTMS) e membro da
Associação Brasileira de Direito de Informática e
Telecomunicações (ABDI). Ele possui MBA em Telecomunicações
pela Fundação Getúlio Vargas/Ohio University.
Anotamos de uma reportagem sobre a palestra: .....“Eu vou à Brasília justamente falar sobre isto: por quê não gastar o dinheiro com o que tem que gastar?”, explica. Ele conta que os postos de saúde, por exemplo, podem utilizar internet sem ter que pagar por isso. Entre outras atividades, o Fust permite também a utilização de videoconferências e atendimento médico à distância. .....
O FUST hoje é sinônimo de 4 bilhões de reais imobilizados
num circulo vicioso de impedimentos legais, repetindo o que
dissemos ontem.
O Fundo de Universalização dos Serviços de
Telecomunicações (FUST) foi criado pela Lei
9998/2000.
Foi idealizado pela Lei Geral de Telecomunicações (Lei 9.472/97) como instrumento de socialização e democratização dos benefícios das telecomunicações de última geração que foram criados no país com a desestatização do antigo Sistema Telebrás.
Agora que todos já estão ambientados devido à esta série de
mensagens, podemos dar mais um passo no aprofundamento da
questão.
"TUDO" sobre o FUST e o SCD
- Serviço de Comunicações Digitais (que pretende
orientar a destinação dos recursos) pode ser encontrado em
03 páginas em formato já conhecido de "wirelessblog".
Por favor, confiram:
Primeira página:
http://www.wirelessbrasil.org/fust/fust01.html com o
seguinte conteúdo inicial:
Artigos
Livro
Frente Pró-FUST
Resumos biográficos
----- Original Message -----
From:
Helio Rosa
Sent: Sunday, November 07, 2004 10:07 PM
Subject: [wireless.br] FUST (4) - O que é SCD?
Olá, ComUnidade WirelessBRASIL!
Helio Rosa escrevendo.
Um "pvt preocupado" pergunta: :-)
"Não é temeridade trazer o FUST para o debate nos Grupos? Não poderá desencadear uma série de críticas ao governo?"
Ceio que não pois todos já nos conhecem e sabem que não é
esta a intenção.
Pelo contrário, é um problema que está aí, interessa a todos de nossa área, temos que conhecer os fatos e outras opiniões - para formar a nossa - e, quem sabe, ajudar na solução do impasse. E tem muita tecnologia envolvida, para alegria geral! :-)
Simplificadamente:
O FUST é um fundo com 4 bilhões de reais imobilizados num circulo vicioso de impedimentos legais. Tem um enorme alcance social pois deverá proporcionar a "inclusão digital" e nos interessa particularmente pois vai gerar muito emprego.
Estamos elaborando uma página do tipo "wirelessblog" que vai
reunir "quase" toda a informação sobre o tema.
Na esteira do tema "FUST" vem o assunto "SCD". Vejam este trecho de uma notícia: "Uma licitação para uso do Fust, em 2001, foi suspensa pelo TCU. “Se todo serviço (fixo ou móvel) contribuía para o Fust e somente o STFC seria beneficiado por sua aplicação (fornecendo acesso de banda larga, via rede fixa com uso de xADSL), algo não estava correto”, dissera à época o presidente do TCU. Seria preciso criar um novo serviço para a aplicação do Fust. E assim nasceu o Serviço de Comunicação de Dados (SCD), com consulta pública em 2003."
No caminho da ambientação sobre FUST/SCD, vale conferir com
atenção o artigo abaixo.
Um abraço cordial Helio Rosa
Origem: Site
TelComp Visite!
Confusão digital Autor: Fernanda Pressinott - Teletime Data : 30/4/2004 Serviço de Comunicações Digitais (SCD) nasceu polêmico, foi criticado por ter sido criado em modalidade de concessão, por ter uma plano de metas e outorgas ousado e alguns criticaram até a participação das atuais incumbents na licitação. Uma vez definido, seus problemas não terminaram. Agora, os interessados em participar do novo serviço, que pretende levar acesso em banda larga às mais remotas regiões do País, questionam como criarão um plano de negócios para atender os clientes mandatários (que receberão os recursos do Fundo de Universalização das Telecomunicações - Fust) e os clientes comerciais, se as regras para a prestação desse serviço continuam obscuras para todos os envolvidos. Com base em entrevistas com consultores, representantes dó governo e interessados no SCD, TELETIME mostra o que deve ser levado em consideração pelas empresas na hora de criar seus business plans. O que se sabe é que os quase R$ 3 bilhões do Fust contigenciados pelo governo federal serão liberados aos poucos, aproximadamente R$ 500 milhões por ano. Até aí, não há controvérsia, afinal os possíveis candidatos à prestação do serviço sabem que não conseguirão atender os 300 mil pontos mandatários estabelecidos pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatei) e pelo Ministério das Comunicações (Minicom) em poucos anos. Mas, daí em diante a consulta pública n° 480, com as regras do serviço, não esclarece absolutamente mais nada, Algumas dúvidas importantes: • Por que foram definidas 11 áreas descontínuas (veja mapa) para o SCD? • Quantos são os pontos mandatários dentro de cada uma dessas regiões? • Por que uma concessionária, mesmo que tenha o melhor plano de negócios com as menores tarifas, não pode prestar serviço em mais de uma região? • Quem fornecerá o conteúdo de banda larga e qual será este conteúdo? Enquanto esses pontos não forem esclarecidos pela Anatei será difícil as empresas criarem planos de negócios. O assessor especial do Minicom, Márcio Wohlers, declarou que o estudo do CPqD que ajudou a definir as áreas para a prestação do serviço será posto à disposição dos interessados antes de definidas as regras finais do SCD ainda sem prazo. O superintendente de universalização da Anatel, Edmundo Matarazzo, também afirmou que o documento em consulta pública é apenas o primeiro, o que não impede que analisadas as quase 1,5 mil contribuições, mudem as regras do Plano Geral de Metas de Universalização (PGMU) e do Plano Geral de Outorgas (PGO). Enquanto isso não ocorre, pode-se destacar alguns pontos importantes. Primeiramente, é bom lembrar que na licitação do SCD serão considerados os critérios tarifa e custo. Isto porque, de acordo com a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU), na prestação dos serviços às escolas (180 mil dos 300 mil pontos mandatários), os recursos do Fust cobrirão equipamentos, instalação, manutenção e provimento de acesso. Significa que todos esses custos e as tarifas de prestação do serviço serão repassados pelas concessionárias à Anatel, que providenciará o reembolso com o dinheiro do fundo. Mas nos casos de postos de saúde, os recursos públicos só cobrirão o custo da instalação do acesso. O serviço (tarifa) será pago pela entidade à qual o posto é vinculado - Secretária da Saúde, Ministério da Saúde etc. Portanto, a concessionária tem que levar em conta na hora de criar seu plano de negócio os dois tipos de clientes mandatários. Além desses clientes públicos, se a concessionária de SCD quiser poderá atender a outros, como cooperativas, por exemplo. Porém, a tarifa praticada terá que ser a mesma para todos os interessados. "Será muito difícil estabelecer um valor de serviço que leve em conta lugares ermos, sem recursos, e ao mesmo tempo que não seja demais oneroso para clientes estabelecidos em cidades com infra-estrutura e pessoal qualificado. E tudo isso permitindo que a prestadora de serviço tenha um mínimo de lucratividade", diz o diretor e sócio da consultoria Accenture, Silvio Genesini. Ganhará a licitação quem tiver o preço mais agressivo. Porém, Genesini adverte que "todo cuidado é pouco na hora de estabelecer esse valor, pois ele terá que ser praticado para todos os clientes." Embora esses itens sejam importantes, cada região terá seus percalços. "Elaborar um plano sem o detalhamento de cada área é praticamente impossível; algumas regiões têm infra-estrutura pronta, outras não tem nada e terão que ser atendidas por satélite, o que torna o preço dez vezes maior", reclama o consultor da F&R Engenheiros e prestador de serviços à Telemar, Mário Ripper. Ele ainda questiona: "Quem oferecerá os dados sobre as regiões, os ministérios envolvidos em cada programa? E os dados estão atualizados? Enquanto não tivermos isso, atiraremos no escuro." Aliás, a questão das 11 áreas e o plano de metas foram as que mais geraram contribuições segundo o presidente da Anatel, Pedro Jaime Ziller de Araújo. Wohlers, do Minicom, diz que as áreas foram estabelecidas para estimular a entrada de novos players diferentes dos atuais, e a mescla de regiões foi feita com base no número de instituições a serem beneficiadas pelos recursos do Fust. "Por exemplo, a Bahia tem mais entidades que usarão o Fust que Rondônia, então juntamos os dois Estados para dar um equilíbrio", diz o secretário. Ziller acrescenta que foi proposital o estabelecimento de regiões com "filé e osso", mas sabe que a descontinuidade das áreas é um problema. "É um empecilho, mas não toma inviável o serviço e foi pensada e repensada por vários técnicos", esclarece. Para as incumbents locais, as áreas do SCD deveriam coincidir com as atuais regiões de Serviço Telefônico Fixo Comutado (STFC), o que permitiria maior sinergia na prestação dos serviços e atendimento mais rápido em locais onde já há infra-estrutura, ou pelo menos a regulamentação deveria permitir que uma empresa prestasse serviço em mais de uma região. Os diretores de regulamentação da Telefônica, Wagner Heidel, e da Embratel, José Roberto Souza Pinto, opinam que, primeiramente, o concessionário de SCD deveria, atender as instituições e a população dos grandes centros onde existe infra-estrutura para depois, com o retorno do investimento, expandir o atendimento para às regiões mais remotas. "Há pobres e excluídos digitais em todo 0 País, mas principalmente na periferia dos grandes centros", diz Souza Pinto. Em resposta, Wohlers, do Minicom, afirma que se forem levadas em consideração tecnologias como xDSL realmente as empresas têm razão - o custo é alto em regiões distantes, porém, existem outras tecnologias como Wi-Fi, WiMax e MMDS que viabilizam o projeto. De outro lado, Célio Bozola, presidente da Impsat e do conselho consultivo da TelComp, diz que o número de regiões deveria ser maior, entre 100 e 150, e as incumbents deveriam ser proibidas de participar da licitação do SCD: "Pequenas empresas poderiam prestar o serviço e as concessionárias de STFC e outras empresas de telefonia apenas alugariam suas infra-estruturas. Isso traria competição." Proposta ousada A visão de Bozola é semelhante a uma ousada proposta de plano de negócios, mas bem recebida por estudiosos de inclusão digital, apresentada pelo presidente da Samurai - desenvolvedora de equipamentos como a urna eletrônica brasileira -, Carlos Rocha. Para ele, o SCD deveria apenas seguir modelos de negócios que deram certo em outras áreas, tal como o setor automobilístico que utiliza revendas para chegar ao consumidor. Na indústria automobilística, a montadora não pode vender direto para o cliente (Lei n.° 6.729, de 1979); empresas coincidentemente chamadas concessionárias fazem esse trabalho. Existem milhões de concessionárias automobilísticas, que por serem menores que as montadoras, conhecem melhor os clientes e conseguem atendê-los bem. "As concessionárias ou franquias de SCD poderiam ser organizações não-governamentais, pequenas empresas ou qualquer entidade próxima ao cidadão", sugere Rocha. "Elas fariam parcerias com fornecedores de conteúdos de acordo com o interesse de cada região e utilizariam a infra-estrutura das teles." O dinheiro do Fust seria destinado às teles, que repassariam parte para suas franqueadas e colaboradores. "A proximidade do concessionário com os usuários, em forma de empresa ou ONG, evitaria um problema que existe em alguns telecentros montados por grandes empresas - oferecem a infra-estrutura e as pessoas acabam utilizando-a para bater papo na internet." . A proposta de Rocha não é estranha para muitos dos envolvidos. Foi apreciada por consultores como Genesini, da Accenture, e o representante do comitê eletrônico do governo federal, Rodrigo Assumpção. Eles defendem que a comunidade possa participar ativamente do processo de inclusão digital, e essa seria uma boa maneira. Obviamente, as incumbents não gostam muito da idéia. "Introduzir um terceiro qualquer na utilização da rede só encarecerá o serviço", argumenta o diretor de assuntos regulatórios da Brasil Telecom (BrT), Luiz Otavio Marcondes. Evitar a competição O posicionamento das incumbents é uma maneira de evitar a competição nos serviços de banda larga, e não uma disputa pelos recursos. Isto porque, levando-se em consideração as estimativas de que o governo liberará aproximadamente R$ 50,0 milhões do Fustpor ano, essa será uma fonte de receita muito pequena para essas empresas. "Juntas elas devem ganhar, livre de impostos, R$ 25 bilhões por ano. Então, R$ 400 milhões ou R$ 500 milhões divididos entre 11 concessionárias não farão a mínima diferença para elas. Em contrapartida, para uma pequena empresa, esse valor representa uma fortuna", opina Genesini. A não ser que as concessionárias locais criem um plano de negócios muito interessante que as permita explorar o SCD para clientes comerciais, o valor realmente não parece tão interessante. Mas um outro fato pode lhes chamar a atenção. No regulamento do SCD está previsto que a concessionária ganhadora da licitação terá garantia de exclusividade até 2009, quando a Anatei decidirá se dará ou não autorizações para que entrantes ofereçam o serviço. "Isso representa um novo período de monopólio, pelo menos onde as incumbents ganharem a licitação", diz Bozola, da Impsat. De qualquer forma, o temor das teles parece infundado. O presidente da Anatel tem certeza de que o concessionário de SCD - por ter que prestar o serviço em regiões mais distantes e arcar com diferentes custos - não conseguirá competir com as concessionárias locais em termos de preço para o usuário final de banda larga. "Em grandes cidades e para usuários finais, as teles locais têm planos audaciosos de preços dificilmente combatíveis. O SCD será interessante para uma cooperativa, por exemplo, que está longe da rede das incumbents", afirma Ziller. Conteúdo O conteúdo é o ponto mais indefinido da discussão sobre o SCD. Ninguém sabe ao certo o que poderá ser oferecido nessa rede de banda larga e como o fornecedor será remunerado. Além disso, a Anatel e o Minicom nunca deixaram claro se os ministérios envolvidos nos programas do Fust, como o da Saúde e Educação, oferecerão algum tipo de conteúdo. Outras questões precisam ser respondidas como, por exemplo, se os recursos do Fust poderão cobrir a criação de um conteúdo que tenha interesse comunitário. Ou se, inicialmente, os usuários terão acesso apenas a sites existentes como os dos governos federal, estaduais e municipais, Polícia Militar, entre outros. "É preciso discutir a participação e a capacitação da comunidade, do comércio local, dos interessados naquela região", diz Marcondes, da BrT. O mercado espera que isso fique claro na próxima consulta pública com as regras definitivas do SCD. ---- Original Message -----
From:
Helio Rosa
Sent: Friday, November 05, 2004 5:12 PM
Subject: [wireless.br] FUST (3)
Olá, ComUnidade WirelessBRASIL
Helio Rosa escrevendo.
Qual o motivo do interesse do "Véio"
no FUST- Fundo de Universalização dos Serviços de
Telecomunicações ? :-)
Bem, não tenho uma boa visão do mundo real com meus "óculos fundo de garrafa" digitando aqui numa roça do sul de Minas, às margens plácidas do Sapucaí... :-) Mas qualquer arca de tesouro com 4 bilhões de reais (e aumentando!) sem uso, mesmo dentro de sua destinação legal, significa um "caminhão" de empregos que deixam de ser criados.
Alguém duvida que o que se conhece
genericamente como "inclusão digital" vai gerar um enorme
mercado de trabalho para o pessoal de TI e Telecom de todos os
níveis?
Neste endereço -
http://penta2.ufrgs.br/comdex2002/index2.html - há um link
para um conjunto de painéis .ppt, elaborado no Seminário do
Comdex 2002 sobre Universalização dos Serviços de
Telecomunicações, por Artur Nunes de Oliveira Filho.
Vejam a destinação do Fust, com
dados de 2002:
Programa de Escolas
Abrangência: 13,5 mil escolas de ensino médio e profissionalizante 6, 5 milhões de alunos 287 mil professores
Programa de saúde Regiões Remotas e de
Fronteira Programa de Segurança
Pública Ufa! :-)
Na continuação desta série,
permito-me transcrever mais uma notícia sobre o FUST (e o
Serviço de Comunicações de Dados - SCD)
No site da
Telebrasil -
Associação Brasileira de Telecomunicações anotamos esta notícia
sobre o FUST - Fundo de Universalização dos Serviços de
Telecomunicações.
Vale conferir!
Ziller
quer Fust resolvido ainda em 2004
http://www.telebrasil.org.br/artigos/outros_artigos.asp?m=246
04/08 13:15 :: João Carlos Fonseca O presidente da Anatel, Pedro Jaime Ziller, em palestra na AMCHAM, no Rio de Janeiro, mostrou determinação no uso do Fundo de Universalização das Telecomunicações ainda este ano.
Obedecendo à sugestão do Tribunal
de Contas da União (TCU), a Anatel lançou o novo Serviço de
Comunicações de Dados (SCD) para utilizar o Fust.
Pedro Ziller enfatizou a carência
das comunicações, que ainda se concentram nas regiões urbanas e
nas classes A, B e C. O Brasil tem 8,5 mil km2, organizados em
5.561 municípios, abrigando 180 milhões de habitantes. O Serviço
Telefônico Fixo Comutado (STFC) atinge 28.346 localidades com 8
mil adicionais até o final de 2004 (dados de junho). Já o
Serviço Móvel Celular, dotado de 21.589 ERBs (estações
radiobase), atende a 54 milhões de usuários.
O celular, apesar de sua alta
expansão, serve apenas 13% das classes D e E (7 milhões de
usuários), dos quais 61% (4 milhões) têm justamente no celular o
seu meio de comunicação, cujas despesas controlam pelo uso do
pré-pago (R$ 15 a cada três meses ou R$ 5 por mês).
Fechando o quadro da penúria, 9%
dos lares não têm nenhum tipo de telefone, nem fixo nem móvel, e
metade das sedes dos municípios não possui celular. Estados como
Roraima, Acre ou Amapá apresentam a magra densidade de seis a 12
telefones por 100 habitantes. Em contrapartida, o Sul do Brasil
conta com até 50 telefones por 100 habitantes. Na média, a
teledensidade é de 29%. Nas áreas rurais, a penetração média da
telefonia é muito baixa.
Escolas públicas
O grau de interligação das escolas
à rede de telecomunicações é baixo. No caso das 170 mil escolas
públicas do País que atendem a 54 milhões de alunos, mais da
metade (58%) não possui telefone. No Ensino Fundamental, a
penetração do telefone nas instituições de ensino é de 27% nas
áreas urbanas e apenas de 0,5% nas áreas rurais. No Ensino
Médio, esses índices sobem para 48% nas regiões urbanas e 17%
nas regiões rurais.
“A Lei n.º 9998 criou em 2000 o
Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações
(Fust), dotando-o de 1% da arrecadação das operadoras. Ao início
de 2004, o Fust tinha R$ 3 bilhões acumulados, com um montante
crescendo a R$ 500 milhões anuais”, afirmou o presidente da
Anatel, explicando que “o Fundo vai pagar a instalação, operação
e manutenção de Internet de alta velocidade (banda larga) em
escolas, bibliotecas e universidades que já possuem computador e
a instalação nas Forças Armadas e Institutos de Pesquisa”.
Uma licitação para uso do Fust, em
2001, foi suspensa pelo TCU. “Se todo serviço (fixo ou móvel)
contribuía para o Fust e somente o STFC seria beneficiado por
sua aplicação (fornecendo acesso de banda larga, via rede fixa
com uso de xADSL), algo não estava correto”, dissera à época o
presidente do TCU. Seria preciso criar um novo serviço para a
aplicação do Fust. E assim nasceu o Serviço de Comunicação de
Dados (SCD), com consulta pública em 2003.
A União quer garantir, por razões
de Estado, a continuidade do SCD. Ele necessita ser objeto de
concessão, definindo quem e onde – Plano Geral de Outorgas (PGO)
e Plano Geral de Metas de Universalização (PGMU) – vai utilizar
o Fust. O PGO e o PGMU foram objeto de seis a sete audiências
públicas, com mais de 1.500 contribuições. O modelo do Fust
dividiu o País em 11 áreas.
Prosseguido com a sua palestra,
ensinou Pedro Ziller que “o regulamento do SCD (Consulta Pública
n.º 480) tem como base instituir uma intranet em banda larga
para o Brasil, a ser utilizada valendo-se de um código de acesso
pessoal e de uma interconexão qualquer. É um terminal público à
espera de um “login” do usuário, dotado de uma senha cadastrada.
O SCD não substitui o provedor de acesso e nem os serviços de
valor agregado”.
Do ponto de vista sistêmico, a
“nuvem” do SCD se interliga com as “nuvens” da Internet e do
STFC. Para baratear seu uso, o SCD pretende utilizar software
livre, como o Linux. A iniciativa do SCD, a ser lançada em
setembro de 2004, pretende gerar 300 mil pontos de acesso, 2
milhões de novos computadores para atender as escolas e 10 mil
empregos diretos em tecnologia de ponta.
A solução do sem fio e do uso de
satélites para o SCD (há 11 locais de cobertura previstos) vai
ser validada, já havendo consultoria estudando o assunto. Até
2009 todas as escolas públicas e bibliotecas deverão estar
habilitadas para o SCD. A resolução n.º 365/04 estuda a
aplicação do equipamento de rádio restrito (Wi-Fi em 5.8 GHz), e
a de n.º 371/04, o uso do MMDS (Serviço de Distribuição
Multiponto Multicanal).
O presidente da Anatel observou
também que está sendo estudada a PLC (power line communication),
ou seja, a utilização da capilaridade da rede de distribuição de
energia elétrica para veicular sinais. Já há experiência-piloto
sendo conduzida em Goiás. Há ainda o AICE (Acesso Individual
Classe Especial), o pré-pago do serviço fixo; e o “i-Ping”, que
é a interoperabilidade do sistema de Tecnologia da Informação
sendo estudado pelo Comitê Executivo do Governo Eletrônico.
O Decreto n.º 4.901/03 contempla a
inclusão social por intermédio do acesso à tecnologia digital. O
Decreto n.º 4733 (10/06/2003) trata da política industrial. Já a
Resolução 3030 (02/07/2002) do ICNIRP trata de radiações
não-ionizantes. No entanto, a geração de conteúdo é algo
essencial.
Um abraço cordial
Helio Rosa
----- Original Message -----
From:
Helio Rosa
Sent: Wednesday,
November 03,
2004 10:41 AM
Subject:
FUST (2)
Olá, ComUnidade WirelessBRASIL!
Helio Rosa escrevendo. A
RNT - Revista de
Negócios em Telecomunicações participa do
Portal da nossa
ComUnidade.
Em seu site encontramos esta
notícia sobre o FUST - Fundo de Universalização do setor de
Telecomunicações:
25/10/04
Garcia, do Telebrasil, reclama a aplicação do Fust Presidente do SindiTelebrasil e presidente do conselho da CTBC, Luiz Alberto Garcia, pede a imediata aplicação dos recursos do Fust O presidente do SindiTelebrasil e presidente do conselho da CTBC, Luiz Alberto Garcia, reclamou pela imediata aplicação dos recursos do Fust (Fundo de Universalização do setor de Telecomunicações) no setor. “Já recolhemos quase R$ 4 bilhões e não há sinais de que esse dinheiro voltará para o setor.”Ele ameaçou recolher os impostos em juízo caso o governo não o aplique em benfeitoria do setor. O conselho do sindicato deverá votar o assunto no dia 3 de dezembro. O deputado Alberto Goldman também
reclamou do contingenciamento do Fust. “Pensávamos que era
passageiro mas agora se transformou em uma norma. Mesmo que não
seja usado para um fim diverso, a não aplicação do Fust
contraria a lei.”
Um abraço cordial
Helio Rosa
----- Original Message -----
From:
Helio
Rosa
Sent: Wednesday,
November 03,
2004 8:03 AM
Subject: [wireless.br]
FUST (1)
Olá, ComUnidade WirelessBRASIL!
Helio Rosa escrevendo.
O "nosso" Fernando Botelho vai
à Brasília proferir uma palestra na Câmara dos Deputados no próximo
dia 9 sobre "Regulamentação dos recursos do Fust em benefício
da Telemedicina e Saúde".
Mas o que é mesmo esse tal de FUST -
Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações ? :-)
A combativa jornalista Alice Ramos nos
informa "quanto" é o FUST, num dos seus famosos editoriais:
------ "Mas por outro lado é
sempre preocupante toda vez que alguém menciona os R$ 3 bilhões
do Fust. Num país como o Brasil onde grassam profundas
desigualdades sociais e toda sorte de malversação das verbas
públicas, com a corrupção generalizada, uma quantia dessas,
guardada à espera de uma destinação, naturalmente desperta um
grande interesse em saber como a mesma será utilizada, com quem
e quando. "----
[Leiam mais em
http://www.estadao.com.br/tecnologia/coluna/stanton/2003/jan/20/280.htm]A notícia abaixo, sobre a palestra do Fernando, esclarece mais um pouco. Complementamos, ainda mais abaixo,
com um trecho de um artigo de Michael Stanton.
Durante a semana vamos voltar ao tema,
com novas transcrições.
Repercussões e esclarecimentos são
muito bem-vindos! :-)
Boa leitura! 29/10/2004 - Juiz fala sobre regulamentação dos recursos do Fust em benefício da saúde O
Juiz Fernando Neto Botelho, da 4ª Vara de Feitos Tributários, vai
abordar, no próximo dia 9, o tema "Regulamentação dos recursos do
Fust em benefício da Telemedicina e Saúde". A palestra será às 14
horas na Comissão de Seguridade Social e Saúde, da Câmara dos
Deputados, em Brasília. O Juiz Fernando Botelho é autor do livro "As
Telecomunicações e o Fust", editado em 2001.
----- Original Message -----
From:
Helio Rosa
Sent: Wednesday, September 15,
2004 3:55 PM
Subject: [wireless.br] Fernando Botelho opina sobre o
FUST Olá,
ComUnidade
WirelessBRASIL
Nesta ComUnidade (Portal em www.wirelessbrasil.org) interagimos com muita cordialidade, cortesia, tolerância e paz - sempre fazendo novos amigos! Helio Rosa escrevendo.
O "nosso" Fernando Botelho
("wirelessblog" em
http://www.wirelessbrasil.org/fernando_botelho/fb01.html)
foi entrevistado pelo jornalista Edson Sardinha sobre o Fundo
de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust).
Mais abaixo, transcrevo a
entrevista, publicada no "Congresso
em Foco".
Fernando Botelho, que é
magistrado de carreira, nos quatro anos de existência do
FUST fez várias palestras e participou de vários debates
sobre o fundo, seus mecanismos legais-contábeis-práticos de
funcionamento, já que foi o primeiro autor de
trabalho (livro) específico sobre o fundo.
Recentemente passou a integrar
um novo movimento apolítico (voltado para estudos,
debates, e seminários) denominado "Frente Pró-Fust".
A "Frente Pró-Fust" começa
a realizar, em todo o país, debates seletivos sobre o FUST,
voltados para a formação de uma consciência nacional sobre
sua importância e principalmente sobre sua necessária
implementação (como meio de inclusão "social/digital-telecomunicativa").
Exatamente hoje, em Brasília,
está ocorrendo a segunda reunião desta "Frente" (a primeira
foi há um mês, em BH, com presença da Secretária do Minicom
para o Fust, do Secretário Geral/FUST, integrantes de outros
Ministérios e de vários segmentos da sociedade todos
voltados para as 13 metas legais de aplicação do FUST).
A ENTREVISTA
http://www.congressoemfoco.com.br/edicoes_anteriores/14set2004/fust2.aspx
Da equipe de moderadores dos
Celld-group e
WirelessBr
Coordenador da ComUnidade WirelessBRASIL e do Giga Site WirelessBR ----- Original Message ----- From:
welton.duque@vivo.com.br
Sent: Wednesday, September 15,
2004 5:52 PM
Subject: ENC: [Celld-group] Fernando Botelho opina
sobre o FUST Nosso país se enriquece com pessoas assim !!!
É
interessante perceber como a ação, o devotamento, o trabalho em prol
do ser-humano, de uma única pessoa, poderá trazer efeitos de
abrangência Nacional, beneficiando milhares de Brasileiros que estão
nos primeiros marcos dos caminhos de sua educação.
Parabéns, Fernando Botelho, pelo seu trabalho e torço muito para que
a correta aplicação do FUST em benefício do incremento da qualidade
de educação do nosso país seja o fruto único e meritório de sua
dedicação e esforço nesta questão !!
Imaginem se cada um de nós, que possuímos boa formação intelecutal e
conhecimento de causa, fizéssemos esforços concentrados para
eliminarmos certas "lacunas" de problemas sociais e políticos do
Brasil; que transformação em massa não poderíamos impingir ao nosso
país ?
Abraços,
Welton. ----- Original Message -----
From: Fernando Botelho To: wirelessbr@yahoogrupos.com.br ; Celld-group@yahoogrupos.com.br Sent: Monday, August 09, 2004 9:12 PM Subject: [wireless.br] CIDEs/FUSTeFUNTTEL x Serviços Internacionais de Telecom Prezados, Após participar de recente debate sobre a incidência de CIDEs (Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico) para o FUST (Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações) e para o FUNTTEL (Fundo de Desenvolvimento das Telecomunicações), na prestação de serviços internacionais de telecomunicações, e por haver, no passado, escrito trabalhos sobre estes dois Fundos ("As Telecomunicações e o FUST" - ed. Del Rey; "As Inconstitucionalidades do FUNTTEL"- RDBT/Revista Brasileira de Direito Tributário), resolvi transformar em artigo a opinião que manifestei sobre o assunto. O objetivo, com o artigo, é a provocação do debate doutrinário e, com ele, a facilitação da compreensão de questões tributárias específicas, especialmente daqueles que, como a tratada no artigo, digam respeito a relações comerciais internacionais como as que se estabelecem em interconexão de rêdes estrangeiras. Acolhendo sugestão do Hélio - que acaba de gentilmente acolher, para publicação inédita, o artigo no site da ComUnidade - apresento-o, para conhecimento, àqueles que possam se interessar pelo assunto (que poderão conferí-lo em http://www.wirelessbrasil.org/wirelessbr/colaboradores/ fernando_botelho/exportacao_servicos.html). Abs., Fernando Botelho mailto:fernandobotelho@terra.com.br http://www.wirelessbrasil.org/fernando_botelho/fb01.html
----- Original Message -----
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