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FUST
Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações

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Notícias: Abril-Junho 2002

 

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FUST - Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações

Telecomunicações - Questões jurídicas

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Página sobre o Fust

Conteúdo

- Minicom cria programa de telefonia com recursos do Fust [05/04/2002]
- Ministério das Comunicações perde R$ 1,1 bilhão do Fust [20/05/2002]
- Portarias do programa de telefonia do Fust saem na próxima semana [10/05/2002]
- Ministro pede mudança na lei do Fust [22/05/2002]
- Minicom lança novo programa do Fust [24/05/2002]
- Decisão sobre Web escolar sai na próxima semana [05/06/2002]
- Deputado deve propor mudança no Fust amanhã [11/07/2002]
- Alteração da lei do Fust permanece sem análise [12/06/2002]
- Fust: programas de inclusão digital não saem esse ano [14/06/2002]
- Deputados analisam alterações na Lei do Fust [19/06/2002]
- COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA, COMUNICAÇÃO E INFORMÁTICA PROJETO DE LEI Nº 3.839, DE 2000
- COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA, COMUNICAÇÃO E INFORMÁTICA PROJETO DE LEI Nº 3.839, DE 2000
- Governo libera R$ 820 milhões do Fust [24/07/2002]
- Tribunal de Contas da União adia análise da Web escolar [26/06/2002]
- Alteração do Fust fica para depois do recesso [26/06/2002]
- Oposição ameaça ir à Justiça contra remanejamento no Fust [27/06/2002]


Notícias

- Minicom cria programa de telefonia com recursos do Fust   [05/04/2002]

Computerworld

Luiz Queiroz, de Brasília

O ministro das Comunicações, Juarez Quadros, lançou nesta sexta-feira, 5, o programa que pretende assegurar o acesso da população carente aos serviços de telefonia, que serão financiados com recursos do Fust (Fundo de Universalização das Telecomunicações).

O programa irá atender as localidades com menos de 100 habitantes, propriedades rurais isoladas, famílias de baixa renda e pessoas carentes portadoras de deficiência.

O investimento a ser feito pelo governo neste programa será da ordem de R$ 453 milhões, segundo informou o ministro. A iniciativa pretende disponibilizar terminais de uso coletivo e individual complementando as metas de universalização das operadoras de telefonia fixa.

A Anatel definirá as regras sobre quais localidades serão atendidas; perfil do usuário de baixa renda e um plano de metas de instalação.

O ponto mais polêmico do programa é o item que prevê a possibilidade de um subsídio das contas dos usuários de baixa renda, nos moldes de uma "bolsa-telefone".

A expectativa do ministro é de que o edital para a prestação dos serviços seja lançado até o final de setembro. O programa entrará em consulta pública por 21 dias, a partir desta segunda-feira, 8.


Ministério das Comunicações perde R$ 1,1 bilhão do Fust   [20/05/2002]

Computerworld

Luiz Queiroz, de Brasília

O Ministério das Comunicações perdeu R$ 1,1 bilhão dos recursos do Fundo de Universalização das Telecomunicações (FUST) que serão arrecadados este ano das empresas do setor: cerca de R$ 1,160 milhão.
A área econômica decidiu por a mão nos recursos para compensar a perda de arrecadação da CPMF. Apenas R$ 60 milhões do dinheiro a ser arrecadado ficará sob a esfera orçamentária do Ministério das Comunicações. Os programas de universalização da Internet, entretanto, poderão contar com os recursos que foram arrecadados pelo FUST no ano passado, cerca de R$ 1,040 bilhão.

Porém esta verba tem de passar pela aprovação do Congresso Nacional, que emitirá a autorização via Comissão de Orçamento. Isto significa que o ministério na realidade dispõe no curto prazo de apenas de R$ 60 milhões.
Esse montante mal dá para o governo implantar os quiosques eletrônicos do GSAC ( Governo Eletrônico – Serviço de Atendimento ao Cidadão). Que dirá o programa de Internet Escolar, que consumiria cerca de R$ 450 milhões do FUST.

O Ministério das Comunicações preferiu não comentar os cortes e atribuí-los ao Ministério do Planejamento, que por sua vez, alega que não mandou cortar os R$ 1,1 bilhão do fundo. Os técnicos do Planejamento apenas garantem que solicitaram cortes orçamentários, mas o percentual quem definiria seria o próprio Ministério das Comunicações.

Independentemente de quem foi o autor da decisão, o contingenciamento dessa verba significa mais um componente para atrasar a implantação dos programas de universalização da Internet nas escolas, bibliotecas e postos de saúde, além da telefonia em áreas remotas e do GSAC.


Portarias do programa de telefonia do Fust saem na próxima semana  [10/05/2002]

Ana Lúcia Moura Fé

Na próxima semana, o Ministério das Comunicações vai liberar as portarias que definem o programa de telefonia com recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust), que garantirá acesso da população menos favorecida aos serviços de telecomunicações. “Acatamos a maioria das sugestões que foram enviadas durante a consulta pública”, informa o ministro Juarez Quadros, que esteve hoje, dia 10, em São Paulo, reunido com representantes da indústria de telecomunicações para ouvir seus anseios e informá-los das prioridades do Ministério durante o tempo em que permanecer no cargo – até dezembro deste ano.

A expectativa do ministro é que o edital de licitação do programa de telecomunicações do Fust seja divulgado pela Anatel até o fim de agosto, com julgamento por volta de outubro. “Devido à necessidade de passar ainda por diversos trâmites na agêncial, a implementação propriamente dita vai demandar mais tempo”, diz.

O programa de telefonia contará com recursos da ordem de R$ 450 milhões, dos quais R$ 150 milhões já estão liberados na Lei de Orçamento e não contingenciados. O objetivo do projeto é atender às localidades com menos de 100 habitantes, propriedades rurais isoladas, famílias de baixa renda e pessoas carentes portadoras de deficiência, disponibilizando terminais de uso coletivo e individual de forma a complementar as metas de universalização das operadoras de telefonia fixa.


Ministro pede mudança na lei do Fust   [22/05/2002]

Computerworld

Luiz Queiroz, de Brasília

O Ministro das Comunicações Juarez Quadros pediu hoje aos deputados da Comissão de Ciência e Tecnologia para que o Congresso Nacional aprove logo projeto do executivo que permite a todas as empresas de telefonia participarem de licitações de programas a serem financiados com recursos do FUST. Quadros disse que essa legislação permitirá uma maior competição das operadoras de telefonia na formação dos preços a serem oferecidos por elas na prestação dos serviços que serão oferecidos pelo governo de universalização da internet e subsídio da telefonia às populações carentes.

Desde o ano passado o governo encaminhou ao Congresso uma mudança na lei do FUST para permitir que todas as empresas possam participar dessas licitações, já que hoje elas privilegiam apenas as grandes concessionárias de telefonia fixa. Quadros também disse que a mudança nessa legislação poderá beneficiar o andamento do programa de internet escolar, que hoje está suspenso pelo TCU.

Quadros disse também que o Ministério do Planejamento deverá liberar recursos do FUST da ordem de R$ 1,1 bilhão que foram contingenciados pela área econômica para compensar as perdas do governo com a arrecadação da CPMF. Segundo Quadros, eles voltarão ao orçamento do Ministério tão logo a área econômica aprove no Congresso a arrecadação da CPMF. O ministro disse que conversou ontem com o Ministro do Planejamento, Guilherme Dias, sobre a liberação.

O ministro das Comunicações participa de audiência pública na Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara para fazer um balanço das atividades da sua pasta.


Minicom lança novo programa do Fust    [24/05/2002]

André Silveira, de Brasília

O Ministério das Comunicações decidiu que continuará o trabalho de elaboração dos programas financiados pelo Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust), mesmo após a determinação do Ministério do Planejamento de bloquear R$ 1,1 bilhão, do R$ 1,160 bilhão previsto para ser arrecadado em 2002. O próximo programa será o de defesa, que prevê a implantação de serviços de telecomunicações em postos de fronteira e unidades da União, localizadas em áreas remotas do território nacional.

O programa beneficiará organizações militares que prestam assistência à populações carentes e à comunidade científica responsável pelo desenvolvimento de pesquisas em regiões remotas. Conforme o ministério, o programa foi subdividido em quatro projetos, sendo que um deles dará suporte aos profissionais que prestam atendimento médico-odontológico às populações ribeirinhas isoladas. Outros projetos serão baseados na ligação entre a base brasileira na Antártica e o território nacional.

O próximo passo fica por conta da Anatel, que colocará o plano de metas e o edital de licitação em consulta pública. A portaria que institui o programa foi divulgada nesta sexta-feira, 24, no Diário Oficial da União.


Decisão sobre Web escolar sai na próxima semana     [05/06/2002]

André Silveira, de Brasília

O Tribunal de Contas da União (TCU) deve julgar, até a próxima quarta-feira, o mérito da ação impetrada pelo deputado Sérgio Miranda (PC do B-MG), que questiona a licitação do programa Internet Escolar. Segundo o deputado, a Anatel, coordenadora da licitação, comete irregularidades ao não licitar os computadores que irão ocupar as escolas.

Segundo fontes ligadas ao tribunal, o relatório do ministro Iram Saraiva já está pronto, e iria ser submetido à votação na quarta-feira passada. O Ministério Público (MP), porém, pediu vistas ao processo. O período de análise estabelecido é de 15 dias.

A expectativa do deputado é de que o TCU determine que os computadores, que irão equipar as escolas de ensino médio e profissionalizante, sejam licitados conforme estabelece a Lei das Licitações (8.666). A Anatel tentou contratar o serviço de instalação de rede e equipamentos através da Lei Geral de Telecomunicações (LGT).

No entanto, como não se trata de outorga, o deputado questionou o processo e o TCU optou pela suspensão da licitação no ano passado, mesmo após a Justiça Federal ter tomado o mesmo procedimento no último dia 31 de agosto.


Deputado deve propor mudança no Fust amanhã   [11/07/2002]

André Silveira, de Brasília

O projeto não está na pauta, mas a Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara finalmente deverá apreciar o relatório do deputado Salvador Zimbaldi (PSDB-SP). O texto em questão trata da ampliação da participação das operadoras de telecomunicações nas licitações do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust). O deputado discutiu o assunto com o ministro das Comunicações, Juarez Quadros, e confirmou a intenção de levar o projeto para a apreciação na sessão desta quarta-feira, 12.

A proposta de Zimbaldi vem sendo debatida desde o ano passado. O deputado, inclusive, chegou a sugerir que a licitação do programa de Saúde ocorresse nos mesmos moldes da Web escolar, ou seja, com a concorrência tanto para provimento de acesso quanto para aquisição de computadores. No entanto, como a questão ainda está sendo analisada pelo Tribunal de Contas da União (TCU), o parlamentar resolveu manter a concorrência apenas para o acesso.

Desde que a proposta que altera a lei do Fust chegou à comissão, no ano passado, houve muita discussão sobre o tema. Em um primeiro momento, a oposição não aceitava o fato de ampliar a participação das operadoras, pois somente as concessionárias têm obrigações de universalização. Depois, a própria oposição defendeu a bandeira de se buscar o maior número de participantes possível.

Mesmo com a coesão política, o relator Zimbaldi não deu seqüência ao trâmite, uma vez que em agosto do ano passado a licitação da Web escolar foi interrompida por força de liminar concedida pela Justiça Federal aos deputados Walter Pinheiro (PT-BA) e Sérgio Miranda (PcdoB-MG). Agora, contando com o apoio do presidente da comissão, Nárcio Rodrigues (PSDB-MG), o deputado resolveu dar continuidade aos trabalhos, com a expectativa de que os problemas judiciais sejam resolvidos em breve.


Alteração da lei do Fust permanece sem análise   [12/06/2002]

André Silveira, de Brasília

O projeto de alteração da lei do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust) não foi apresentado para análise na Comissão de Ciência e Tecnologia nesta quarta-feira, 12, como havia afirmado o presidente da comissão, Nárcio Rodrigues (PSDB-SP). O relator do projeto, deputado Salvador Zimbaldi (PSDB-SP) argumentou que ainda é necessário o debate com o ministro das Comunicações, Juarez Quadros, para saber se deve incluir a telemedicina no programa de Saúde.

O projeto tramita na comissão desde o ano passado. Antes, o argumento do relator era que a oposição não concordava com o fato de se ampliar a participação de todos os colaboradores do fundo nas licitações que serão promovidas. Após a oposição passar a concordar com a alteração, o argumento passou a ser que o projeto ainda exigia o debate.


Fust: programas de inclusão digital não saem esse ano [14/06/2002]

Ana Paula Lobo
O Ministro das Comunicações, Juarez Quadros, não está otimista com a possibilidade de implementar, ainda esse ano, os programas de inclusão digital, entre eles o da Internet Escolar, a partir dos recursos disponibilizados pelo Fust(Fundo de Universalização de Serviços de Telecomunicações).
"Não acredito que os prazos de burocracia nos permita implementar qualquer um dos sete programas. Podemos sim, se o Tribunal de Contas, decidir a questão legal do edital(a briga Windows e Linux), realizar a concorrência para atender dois dos programas desenhados: internet escolar e segurança pública. O operadora será contratado, mas só receberá recursos no ano que vem ", estima o Ministro.
Os recursos já arrecadados do Fust - cerca de R$ 2 bilhões - estão contigenciados para a área econômica do Governo, que tem como finalidade máxima gerar um superávit nas contas públicas. Somente R$ 60 milhões estão liberados, mas não são suficientes para bancar qualquer um dos sete programas estabelecidos.
Apesar disso, o Ministro das Comunicações assegura que os recursos não estão definitivamente alocados no Ministério da Fazenda, mas sim, "contigenciados". "Esses recursos são do Minicom e não poderão deixar de ser usados nos projetos, mesmo que eles não saiam nesse Governo e sejam transferidos para a próxima gestão", frisou.
No total, o Fust desenhou sete programas com os seguintes recursos:
• Segurança Pública - R$ 140 milhões
• Saúde - R$ 260 milhões
• Educação(internet escolar) - R$ 460 milhões
• Bibliotecas - R$ 90 milhões
• Áreas remotas e de Fronteiras - R$ 70 milhões
• Deficiência Físicos - R$ 70 milhões
• Programa de Telecomunicações, dividido em três atendimentos:
• Localidades com menos de 100 habitantes para subsidiar ao serviço de telefonia - R$ 28 milhões
• Comunidades de baixa renda - R$ 447 milhões
• Programas para a área rural - R$ 299 milhões
De acordo com Juarez Quadros, o programa destinado à área de segurança pública - que prevê a informatização e a instalação de serviços de voz e dados nas delegacias e postos policiais -- poderá ser o único a sair do papel, já que há um interesse do Poder Executivo em aprová-lo, diante do aumento da violência pública.
No entanto, para isso, será preciso que a lei do Fust seja alterada no Congresso Nacional, já que no projeto original, o programa de Segurança Pública tinha por objetivo ofertar o serviço de telefonia básica. Nesse projeto, também está incluída a determinação de permitir às empresas-espelho ou provedores privados de serviços possam disputar os editais concorrendo com as concessionárias Brasil Telecom, Telemar, Embratel e Telefônica.
Para que a Anatel redesenhe os editais, que permanecem subjudice, é preciso que o Tribunal de Contas da União fixe as regras do uso do Windows e Linux nos PCs que serão contratados pelas operadoras vencedoras dos editais. A expectativa do Ministro é que até novembro, essa etapa de editais esteja resolvida.


Deputados analisam alterações na Lei do Fust    [19/06/2002]

André Silveira, de Brasília

O deputado Salvador Zimbaldi (PSDB-SP) apresentou na Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara dos Deputados o relatório do projeto que altera a Lei do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust). O texto sugere que todas as prestadoras que contribuem para o fundo possam participar das licitações que serão promovidas. Até agora, apenas as concessionárias do Serviço Telefônico Fixo Comutado (STFC) podem participar das licitações. A apreciação do documento poderá ocorrer na quinta-feira da próxima semana.

Diferente do que havia afirmado no dia 11 deste mês de junho, o deputado resolveu incluir a proposta de que terminais de computadores nos programas de Saúde e Segurança também deverão ser financiados com recursos do Fust, a exemplo da licitação para a Web escolar, que abrange tanto o provimento de acesso quanto a aquisição dos equipamentos.

Conforme o regimento da Casa, o projeto está aberto a emendas e poderá ser submetido a votação somente após cinco sessões ordinárias do plenário. Segundo o presidente da comissão, Nárcio Rodrigues (PSDB-MG), se não houver nenhum imprevisto haverá uma convocação extraordinária para a apreciação do relatório na próxima semana.


COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA, COMUNICAÇÃO E INFORMÁTICA
PROJETO DE LEI Nº 3.839, DE 2000   
  

(Apenso PL nº 3.997, de 2001)

Acrescenta o artigo 13-A à Lei nº 9.998, de 17 de agosto de 2000.
Autor: Deputado Iris Simões
Relator: Deputado Salvador Zimbaldi

I - RELATÓRIO
O projeto de Lei nº 3.839, de 2000, do Deputado Iris Simões, acrescenta o artigo 13–A à Lei nº 9.998, de 17 de agosto de 2000, que institui o Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações – Fust, para estabelecer que as prestadoras do Serviço Móvel Celular também poderão aplicar recursos do Fust. A este projeto foi apensado o Projeto de Lei nº 3.997, de 2001, do Poder Executivo, que modifica diversos dispositivos da mesma Lei para estabelecer, basicamente, que os recursos do Fust poderão ser aplicados por todas as prestadoras de serviços de telecomunicações, ou seja, tanto as que operam em regime público quanto as que operam em regime privado.
No prazo regulamentar não foram apresentadas emendas aos projetos.

II - VOTO DO RELATOR

A aplicação dos recursos do Fust ganhou destaque em face do questionamento, na justiça e no Tribunal de Contas da União, do Edital da Agência Nacional de Telecomunicações que objetivava implantar a Internet em mais de treze mil escolas públicas do País, incluindo o fornecimento de cerca de 280.000 computadores, outros equipamentos de informática, linhas de telecomunicações dedicadas de diversas capacidades, bem como a manutenção dos equipamentos por cinco anos e a conta mensal de uso das linhas, também por cinco anos.
Entendemos ser necessária a modificação da Lei do Fust para que os programas, projetos e atividades do Fust possam ser implementados sem contestações.
Inicialmente, é necessário alterar o artigo 1º da Lei do Fust, para deixar claro que o Fust destina-se a promover a universalização dos serviços de telecomunicações, quando esta não for obrigação de nenhuma prestadora, deixando de fazer referência ao inciso II do artigo 81 da Lei nº 9.472, de 16 de julho de 1997.
É necessária, também, a alteração do caput do artigo 5º da Lei do Fust para explicitar que os recursos do Fust serão aplicados na universalização dos serviços de telecomunicações, deixando de fazer referência ao Plano Geral de Metas para a Universalização do Serviço Telefônico Fixo Comutado, pois este se refere apenas às prestadoras que são concessionárias, isto é, as que prestam serviços em regime público.
Propomos, também, a alteração dos incisos V e X do artigo 5º da Lei do Fust, para estabelecer que nas aplicações de recursos do Fust destinadas às áreas de saúde e segurança sejam incluídos os equipamentos terminais para operação pelos usuários ou pelos agentes de segurança pública.
A Lei atual limita os fornecedores dos serviços, obras e bens adquiridos pelo fundo às concessionárias de serviços de telecomunicações, aquelas que exploram o serviço em regime público e que são apenas quatro: Embratel, Telemar, Telefônica e Brasil Telecom. Entendemos que os fornecimentos devem ser feitos por todas as prestadoras, inclusive as que prestam serviços fixos ou móveis em regime privado, admitindo-se o consórcio e a subcontratação, sempre que os fornecimentos não fizerem parte da atividade fim das prestadoras. Para tanto, incluímos na Lei do Fust o § 4º no artigo 5º.
Por este motivo, nosso voto é pela aprovação do Projeto de Lei nº 3.839, de 2000 e do Projeto de Lei nº 3.997, de 2001, na forma do Substitutivo anexo.
Sala da Comissão, em de de 2002.
Deputado SALVADOR ZIMBALDI


COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA, COMUNICAÇÃO E INFORMÁTICA
PROJETO DE LEI Nº 3.839, DE 2000

(Apenso PL nº 3.997, de 2001)
Altera a Lei nº 9.998, de 17 de agosto de 2000, que instituiu o Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações – Fust.
Autor: Deputado Iris Simões
Relator: Deputado Salvador Zimbaldi

SUBSTITUTIVO

O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º Esta Lei modifica a Lei nº 9.998, de 17 de agosto de 2000, que institui o Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações – FUST.

Art. 2º O art. 1º da Lei nº 9.998, de 17 de agosto de 2000, passa a vigorar com a seguinte redação


Atual redação do art. 1o:
“ Art. 5o – Fica instituído o Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações – FUST, tendo por finalidade proporcionar recursos destinados a cobrir a parcela de custo exclusivamente atribuível ao cumprimento das obrigações de universalização de serviços de telecomunicações, que não possa ser recuperada com a exploração eficiente do serviço, nos termos do disposto no inciso II do art. 81 da Lei 9.472, de 16 de julho de 1997.”

 




“Art. 1º Fica instituído o Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações – Fust, com a finalidade de proporcionar recursos destinados a promover a universalização dos serviços de telecomunicações quando esta não for obrigação de nenhuma prestadora.” (NR)


Art. 3º O art. 5º , caput, da Lei nº 9.998, de 17 de agosto de 2000, passa a vigorar com a seguinte redação:
Art


Atual redação do art. 5o:
“ Art. 5o – Os recursos do Fust serão aplicados em programas, projetos e atividades que estejam em consonância com plano geral de metas para universalização de serviço de telecomunicações ou suas ampliações que contemplarão, entre outros, os seguintes” objetivos:



“Art. 5º Os recursos do Fust serão aplicados em programas, projetos e atividades que tenham como meta a universalização dos serviços de telecomunicações e contemplarão, dentre outros, os seguintes objetivos:” (NR)

Art. 4º Os incisos V e X do art. 5º da Lei nº 9.998, de 17 de agosto de 2000, passam a vigorar com a seguinte redação:

Art. 5º ................................................................


Atual redação do inc. V:
“ V – implantação de acessos para utilização de serviços de redes digitais de informação destinadas ao acesso público, inclusive da internet, em condições favorecidas, a instituições de saúde”


“V – implantação de acessos para utilização de serviços de redes digitais de informação destinadas ao acesso público, inclusive da Internet, em condições favorecidas, a instituições de saúde, incluindo os equipamentos terminais para operação pelos usuários.“ (NR)
............................................................................


Atual redação do inc. X:
“ X – implantação de acessos individuais para órgãos de segurança pública”


“X – implantação de acessos individuais para a utilização de serviços de redes digitais de informação destinadas ao uso pelos órgãos de segurança pública, inclusive da Internet, em condições favorecidas, incluindo os equipamentos terminais para operação pelos agentes de segurança pública.” (NR)

Art. 6º Acrescente-se ao art. 5º da Lei nº 9.998, de 17 de agosto de 2000, o § 4º, com a seguinte redação:

Art. 5º ...............................................................

“§ 4º Das licitações destinadas a aplicar recursos do Fust poderão participar as prestadoras de serviços de telecomunicações nos regimes público e privado que contribuam para o Fust, podendo atuar em consórcio com empresas que exploram outras atividades necessárias à execução dos objetivos constantes deste artigo ou subcontratá-las, devendo ser assegurada a interoperabilidade dos diversos meios e sistemas.”

Art. 7º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
Sala da Comissão, em de de 2002.
Deputado Salvador Zimbaldi


Governo libera R$ 820 milhões do Fust   [24/07/2002]

André Silveira, de Brasília

A equipe econômica do governo liberou R$ 820 milhões do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust) para aplicação nos programas financiados com recursos do fundo. A informação é do ministro das Comunicações, Juarez Quadros. Apesar dessa liberação, o governo ainda terá de travar uma outra batalha para que ocorram as licitações, uma vez que o Ministério das Comunicações decidiu readequar as aplicações.

Segundo Quadros, os programas de implantação de acessos aos serviços de telecomunicações receberão investimentos cinco vezes maiores do que estava previsto na Lei Orçamentária. Neste caso, a mudança necessita de um aval do Congresso Nacional.

Conforme informações do ministro, o programa que atenderá localidades com menos de 100 habitantes terá R$ 28,2 milhões. O atendimento a comunidades de baixo poder aquisitivo contará com R$ 370 milhões, enquanto que o programa voltado para áreas rurais terá R$ 214 milhões. Até agora, a lei estabelece uma aplicação de R$ 112,3 milhões em todos os programas.

Juarez Quadros garante que as licitações saem ainda este ano. “Se o Congresso aprovar as modificações, o processo será efetivado amplamente. Caso contrário, aplicaremos o que está na lei”, diz. A expectativa do ministro é de que, independente dos recursos, os editais sejam publicados em outubro. O empenho até pode sair este ano, mas o pagamento deverá sair somente no próximo exercício.

Para haver as adequações, é necessário que um projeto de lei seja encaminhado a uma das Casas e tramite nas duas (Câmara e Senado Federal). Ciente deste trâmite, o ministro argumenta que o governo pedirá urgência. Resta saber se o Congresso, em período pré-recesso e pré-eleitoral, entenderá a matéria como urgente.

Juarez Quadros informa, também, que ainda estuda como será a aplicação dos recursos nos programas. Hoje, ele admite que o dinheiro do Fust poderá subsidiar habilitação, assinatura mensal e até o terminal, no caso do programa de atendimento às comunidades rurais. No entanto, o ministro nega que a busca da alternativa seja para subsidiar as operadoras, como um programa de salvação do setor. O ministro justifica que resolveu priorizar os programas porque eles não incluem a aquisição de computadores, como o da Internet escolar, por exemplo. “Com isso, o edital se torna mais fácil e evitamos contestações judiciais”, argumenta.

O Ministério das Comunicações também solicitou a liberação dos recursos de 2001 (R$ 1,044 bilhão). No entanto, a área econômica do governo negou, sob o argumento de que nada foi investido no ano passado.


Tribunal de Contas da União adia análise da Web escolar    [26/06/2002]

André Silveira, de Brasília

O Tribunal de Contas da União (TCU) adiou a análise do relatório do ministro Iram Saraiva sobre a representação dos deputados Walter Pinheiro (PT-BA) e Sérgio Miranda (Pc do B-MG), que questiona a licitação da internet escolar, interrompida desde agosto do ano passado.

O relator, que retirou o processo da pauta do plenário, não justificou a ação e nem informou quando o seu relatório será submetido a análise. De acordo com a pauta, o processo seria analisado nesta quarta-feira, 26.

O deputado Sérgio Miranda, que recebeu a autorização para fazer uma sustentação oral, foi surpreendido com a decisão, mas está confiante que o tribunal determinará a anulação do edital.

Os deputados questionam o fato de o processo ter ocorrido antes da aprovação do Plano Plurianual de Investimento, pelo Congresso Nacional, e por incluir computadores na licitação, sem as regras da Lei de Licitações (8.666).


Alteração do Fust fica para depois do recesso    [26/06/2002]

Quarta, 26 de junho de 2002 - 17h06

André Silveira, de Brasília

A alteração da lei do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust) será votada na Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara somente após o recesso parlamentar. A princípio, o projeto seria apreciado nesta quarta-feira, 26,mas a sessão da comissão foi cancelada. Como esta é a última semana de trabalhos antes do recesso, o projeto pode ter ainda uma grande período de tramitação, já que após o período de descanso, os deputados voltarão suas atenções para as eleições.

O projeto em questão é relatado pelo deputado Salvador Zimbaldi (PSDB-SP). Na semana passada, ele apresentou o seu parecer, em que abre a participação nas licitações do Fust para todas as operadoras contribuintes do fundo. Além disso, o relatório estabelece que os programas de saúde e segurança contarão com os acessos e também computadores, como o internet escolar.

Segundo o presidente da comissão, Nárcio Rodrigues (PSDB-MG), houve uma reunião ontem, 25, com os integrantes da comissão, para a inclusão do projeto na pauta. Porém nem todos os parlamentares compareceram, o que se refletiu na reunião desta quarta-feira. “Agora, a pauta está aberta e não temos previsão para a análise deste projeto”, afirma.


Oposição ameaça ir à Justiça contra remanejamento no Fust    [27/06/2002]

André Silveira, de Brasília

Se o governo insistir em realizar as licitações do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust) este ano, terá uma grande batalha pela frente. Isso porque o deputado Sérgio Miranda (Pc do b-MG) já anunciou que até pode entrar novamente na Justiça para questionar as últimas mudanças propostas na forma de investimento dos recursos, por parte do Ministério das Comunicações.

Miranda é agressivo em relação à postura do governo. “Até parece que eles não conhecem a lei”, ressalta ao destacar que a legislação que rege o fundo determina que no mínimo 18% dos recursos devem ser aplicados em educação. Como a Internet Escolar conta com apenas R$ 67 milhões, em um universo de R$ 820 milhões, o governo deverá fazer uma nova alteração ou terá de responder o questionamento na Justiça.

A outra saída seria a liberação, por parte da equipe econômica, do R$ 1,44 bilhão do fundo que ainda está contingenciado. Com esses recursos, o programa da Web escolar passa a contar com os R$ 480 milhões que estavam previstos anteriormente.

O ministro das Comunicações, Juarez Quadros, pretende promover, em outubro, as licitações dos programas de acesso às telecomunicações (áreas rurais, comunidades carentes e comunidades com menos de cem habitantes). Se o remanejamento dos recursos for aprovado pelo Congresso Nacional, ele contará com mais de R$ 600 milhões para investir nos programas.

Caso contrário, o ministro pretende dar prosseguimento ao processo com base no que foi aprovado na Lei de Diretrizes Orçamentárias. Neste caso, estes programas receberiam R$ 112 milhões. “Independente da forma que se pretende licitar, cabe uma contestação judicial”, alerta Miranda.


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