Conteúdo
- Fust: Minicom adota postura
cautelosa [04.04.2003]
- Integrar governo com software livre é meta do governo Lula
[14/07/2003]
- Fust será empregado para universalizar a Internet
[20/08/2003]
- Fust: depois de três anos,objetivos são questionados
[01/09/2003]
- Anatel prepara normas para o acesso digital
[01/09/2003]
- " Novos serviços públicos entram em consulta na Anatel em 05/11"
[09/11/2003]
- Senadores formam grupo de trabalho para propor mudanças na lei do
Fust [09/10/2003]
- Informatização de escola pública será debatida
[09/10/03]
- Governo pretende fazer licitação para uso dos recursos do Fust em
março [09/10/2003]
- Governo deve licitar serviços com direito às verbas do Fust em
março de 2004 [09/10/2003]
- Licitação do novo serviço público poderá ser em março
[08/10/2003]
- Concessionárias não perdem com novo projeto, diz Abrafix
[08/10/2003]
- Projeto do governo pode beneficiar TV paga com recursos do Fust
[07/10/2003]
- Para operadores, crescimento não virá só com recursos do Fust
[07/10/2003]
- Operadoras de TV paga terão acesso ao Fust
[07/10/2003]
- Empresários acham que só recursos do Fust não bastam
[07/10/2003]
- TV a cabo poderá disputar licitação
[08/10/2003]
- Operadoras de TV por assinatura poderão sacar dinheiro do Fust
[08/10/2003]
- Ministério anuncia criação de serviço de banda larga
[07/10/2003]
- Governo pode exigir software livre para novo serviço com recursos
do Fust [07/10/2003]
Notícias
Fust: Minicom adota postura cautelosa
[04.04.2003]
André Silveira, de Brasília
O ministro das Comunicações, Miro Teixeira, quer retomar o processo
de licitação dos programas do Fundo de Universalização dos Serviços
de Telecomunicações (Fust) o mais breve possível.
Prova disso é que ele enviou, ao presidente do Tribunal de Contas da
União (TCU), no último dia 25 de março, um questionado sobre como o
ministério poderia viabilizar o processo, sem ter problemas
judiciais. As respostas balizarão o processo que será desencadeado.
A expectativa é de que o tribunal se manifeste o mais breve
possível.
No bloco de perguntas, o ministro quer saber se os objetos devem ser
licitados com base na Lei 8.666 ou na Lei Geral de Telecomunicações.
Se a
resposta for a primeira lei, o processo deverá ser coordenado pelo
ministério, caso contrário, a Anatel continuará à frente dos
trabalhos.
Teixeira também perguntou se apenas as concessionárias podem
participar ou se o processo pode ser aberto a todos os players que
contribuem para o fundo.
Miro Teixeira também quer saber se o Executivo pode repassar os
recursos aos Estados para que os governadores promovam o processo em
suas regiões. Além disso, questiona se é lícita a inclusão de
especificação técnica no edital,
com a determinação del uma velocidade de transmissão mínima
desejada.
O ministro também solicita informações sobre a possibilidade de a
contratação prever a gradativa desoneração do comprometimento dos
recursos
do fundo com a remuneração dos custos durante o prazo de duração da
prestação.
O argumento é que em determinada região, o fundo poderá alavancar
o desenvolvimento social. Com isso, as empresas poderiam começar a
ter retorno.
O questionário é baseado no fato de que o ministério trabalha com
três hipóteses: imputação de metas, o que restringiria a disputa
apenas às
concessionárias.
Esta hipótese é considerada como delicada politicamente, pois iria
gerar a necessidade de um grande acordo com lideranças do
Congresso Nacional.
A segunda alternativa é a licitação promovida pelo governo federal.
Neste caso, a Anatel deveria definir os parâmetros do novo serviço
universal, que seria baseado na transmissão de dados. Com isso, a
agência poderia criar um novo plano geral de outorgas.
Esta opção é mais demorada, pois há necessidade de se elaborar,
também, planos de meta de universalização e qualidade. Todos estes
documentos, além do edital, deverão ser colocados em consulta
pública.
A terceira alternativa é a transferência dos recursos para os
Estados assumirem os processos de licitação. Trata-se de outra opção
delicada na
esfera política, pois envolve os governadores estaduais.
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Autor: Worldtelecom
Integrar governo com software
livre é meta do governo Lula
[14/07/2003]
http://oglobo.globo.com/jornal/suplementos/informaticaetc/109003567.asp
Mais de sete meses depois da posse do presidente Luiz Inácio Lula da
Silva, integrar o governo, usando software livre, é a meta principal
do governo para a área de informática. Segundo o diretor do Serpro,
Sérgio Rosa, que participou da formulação das propostas do PT para a
tecnologia, todos os ministérios passarão a trabalhar numa grande
rede, alimentada pelo próprio Serpro.
Dentre as promessas de campanha, a primeira a ser implementada será
a adoção de software livre pelos ministérios e governos estaduais. O
Serpro será o responsável pelas licitações para contratação de
empresas nacionais.
— Não vamos comprar programas com códigos proprietários. A intenção
é incentivar a indústria nacional. Queremos ver o código e permitir
que os técnicos do governo trabalhem nele — diz.
Fust: dinheiro ainda está contingenciado
Outro desafio para o governo Lula é a aplicação das verbas do Fundo
para Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust). A
verba, que chegou à casa dos R$ 3 bilhões, continua contingenciada
e, até agora, não se sabe seu destino. De acordo com Sérgio Rosa, já
existe emenda a ser enviada ao Congresso Nacional pedindo a
democratização do Fust: assim, ele poderia ser usado, por exemplo,
para levar infra-estrutura de internet aos municípios.
— Temos um conselho gestor discutindo o futuro do Fust. A idéia é
desburocratizar, permitir que os possíveis clientes do Fust
participem das discussões — diz.
E o micro popular? O projeto continua: protótipos de computadores
mais baratos estão sendo desenvolvidos pelas universidades federais
de Minas Gerais, da Bahia e em São Paulo. Além disso, o governo
instalará terminais de consulta pública onde os cidadãos poderão
obter informações sobre trabalho: o portal do projeto Fome Zero dará
ensino à distancia, com dicas, por exemplo, sobre plantio e colheita
de alimentos.
Segundo Rosa, a grande mudança é o desenvolvimento de um cadastro
nacional único.
— Cada ministério tinha seu próprio cadastro. Queremos um cadastro
único de cidadãos, que pode ser feito sob a forma de um cartão único
para SUS, Caixa Econômica, etc. ( E.M. )
Fust será empregado para universalizar a Internet
[20/08/2003]
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) pretende lançar já
no próximo ano um modelo para prestação de serviços de dados que
inclui a definição de metas de universalização. O objetivo é levar a
Internet para comunidades carentes que hoje não estão incluídas
digitalmente.
O modelo, disse hoje o superintendente de Universalização da Anatel,
Edmundo Matarazzo, contará com as verbas do Fundo de Universalização
dos Serviços de Telecomunicações (Fust), que acumula atualmente
cerca de US$ 2,4 bilhões. O objetivo é levar a Internet para além da
atual concentração das classes A e B. Atualmente, há cerca de 16
milhões de internautas com acesso residencial à Web no país.
A aplicação dos recursos do fundo, que está emperrada há três anos,
foi conseguida com decisão na semana passada do Tribunal de Contas
da União (TCU), que estabeleceu que o dinheiro acumulado com
contribuições compulsórias das empresas de telefonia somente pode
ser usado para telecomunicações.
A decisão prevê a desoneração dos recursos do fundo e isso significa
que a verba será usada para incentivar projetos, e não bancá-los por
prazo indeterminado. Além disso, os serviços prestados poderão usar
parte da rede de telefonia existente, em vez de construção de nova
infra-estrutura, disse Matarazzo. "Queremos estar com tudo
funcionando já em 2004, com as primeiras aplicações dos recursos do
Fust em projetos-pilotos", disse. Uma das idéias é implantar
quiosques de Internet em locais públicos como hospitais e não apenas
em escolas, como previa a proposta anterior.
Conforme o representante da Anatel, a agência discute o novo modelo
de serviços de dados há dois anos e com a regulamentação dos
recursos do Fust o projeto poderá servir de alento para o setor de
telecomunicações, que busca novas alternativas de receitas.
Reuters
Fust: depois de três anos,objetivos são questionados
[01/09/2003]
Luiz Queiroz, de Brasília
No próximo dia 17, o Fundo de Universalização das Telecomunicações (Fust)
completa três anos de criação debaixo de severas críticas por parte
do setor de telecomunicações, que se sente prejudicado com a
arrecadação e desmotivado a continuar contribuindo para um fundo que
não trouxe benefício algum ao cidadão brasileiro, até agora.
Instituído pela Lei 9.998, o fundo foi criado com o objetivo
subsidiar os serviços de telecomunicações para as camadas mais
pobres da população.
Em outras palavras, seria cobrado um pequeno percentual sobre o
faturamento destas empresas para garantir que a população de baixa
renda tivesse acesso à telefonia e à Internet nas escolas públicas,
hospitais, bibliotecas, delegacias de polícia etc. As empresas
investiriam nesta camada social e seriam ressarcidas com o próprio
dinheiro recolhido delas a título de contribuição para o fundo.
Isso significa que o governo não precisaria desembolsar recursos
orçamentários, pois as empresas do setor financiariam a
universalização dos serviços de telecomunicações no Brasil. Mas o
Fust nasceu problemático desde a época em que foi discutido no
Congresso Nacional.
Deputados e senadores entenderam sua necessidade, mas acabaram
produzindo uma peça legislativa de difícil execução. Primeiro o
fundo é punitivo, já que todos no setor de telecomunicações
contribuem, mas apenas as concessionárias de telefonia fixa recebem
os créditos.
O setor de TV por Assinatura, por exemplo, que poderia utilizar
parte dos recursos para ampliar os serviços às comunidades de baixa
renda, não tem acesso ao fundo. O mesmo ocorre com a telefonia
móvel. Mas no final todos pagam por atuar no mercado por meio de
autorização da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
A gestão do fundo também se tornou um problema de difícil solução.
De acordo com a lei, cabe ao Ministério das Comunicações formular
políticas, diretrizes gerais e prioridades de aplicação dos
recursos. Porém, quem arrecada e executa o orçamento é a Anatel. O
que se viu até agora foi o ministério brigar com a Anatel pelo
direito de dispor do dinheiro.
Dinheiro parado
Depois de três anos de arrecadação – a estimativa é de que R$ 2,3
bilhões estejam parados no cofre do Tesouro Nacional, contribuindo
para o superávit primário do governo – nada foi feito para garantir
que a população de baixa renda também possa se beneficiar do
patrimônio que foi vendido em seu nome para investidores nacionais e
estrangeiros.
Diante do impasse criado entre o Ministério das Comunicações e a
Anatel sobre como utilizar os recursos do fundo, as empresas do
setor já começam a debater a validade dessa contribuição. A maioria
delas é obrigada a contribuir com 1% da receita operacional bruta e
admite que repassa para o usuário esse custo. “Não há nenhuma lógica
nessa diarréia de impostos que incide sobre o setor, se você não usa
naquilo que programou”, disse o presidente da Abrafix – Associação
Brasileira das Prestadoras de Serviço Telefônico Fixo Comutado,
Carlos Paiva Lopes.
O discurso afinado pelo fim da contribuição ganhou força depois que
os empresários constataram que nem mesmo com a chegada do Partido
dos Trabalhadores ao governo, a destinação social do dinheiro terá
chances de ser implementada ainda este ano. As empresas já estiveram
com o ministro das Comunicações, Miro Teixeira, apresentando
projetos que criaram para a universalização e inclusão digital, mas
nada comoveu o governo até agora.
Já é dado como certo no Congresso Nacional que o dinheiro arrecadado
não volta mais para a implantação de projetos. Os deputados Sérgio
Miranda (PC do B/MG) e Walter Pinheiro (PT/BA) acreditam que pelo
menos os R$ 2 bilhões arrecadados nos últimos dois anos não serão
mais aplicados e ficarão no Tesouro Nacional, porque o dinheiro do
Fust não pode ser repassado para outros programas sociais.
O ministro das Comunicações, Miro Teixeira, chegou a dizer no último
dia 25 que, em no máximo 30 dias, publicaria um novo edital para a
licitação do Fust, com o objetivo de levar o acesso à Internet para
as escolas públicas. “Precisei vencer a minha pressa para tratar
este tema com cautela. Vamos redigir um edital que não permita
impugnações judiciais. Para isso, é preciso trabalhar claramente nas
regras. Mas deixo claro que o edital será o mais livre possível”,
informou.
Novo edital
Antes de elaborar o documento, o ministro procurou o Tribunal de
Contas da União para pedir esclarecimentos sobre as mudanças que
desejaria fazer no programa. Miro Teixeira adiantou, por exemplo,
que o novo edital possibilitará a adoção do Linux, o que muda o
edital concebido há dois anos pela Anatel, no qual o Windows era
preferencial.
Teixeira também disse que o novo modelo de programa de Internet
escolar deverá garantir a participação de todo e qualquer provedor
de acesso à Web. No edital anterior, a disputa ficaria restrita às
concessionárias regionais (Brasil Telecom, Telemar e Telefônica).
Sempre que perguntado, o ministro garante que não é intenção do
governo manter os recursos do Fust contingenciados ou servindo
apenas para a manutenção do superávit primário.
“É claro que não vamos gastar R$ 3 bilhões de uma hora para outra.
Esse processo será conduzido dentro da realidade da economia do
País. Mas ele não ficará no papel. A intenção é que já este ano
tenhamos algumas medidas de inclusão digital a partir do Fust”,
assegurou.
Anatel prepara normas para o acesso digital
[01/09/2003]
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) vai começar a
trabalhar na regulamentação da universalização do acesso digital,
com vistas a implantá-lo a partir do próximo ano.
O presidente da Anatel, Luiz Guilherme Schymura, informou que o
trabalho envolverá a elaboração do Plano Geral de Outorga (PGO) e do
Plano Geral de Metas de Universalização (PGMU). Após a elaboração do
regulamento, haverá a abertura de consulta pública para manifestação
da sociedade. Depois, a próxima etapa será o lançamento do edital,
explicou Schymura.
O presidente da Anatel afirmou que o objetivo da entidade é ajudar o
Ministério das Comunicações, para permitir o acesso à Internet via
banda larga nas escolas. O regulamento será feito pela Agência, bem
como os PGO e PGMU que, entretanto, deverão ser efetivados por
decreto pelo presidente da República, esclareceu Schymura
" Novos serviços públicos entram
em consulta na Anatel em 05/11"
[09/11/2003]
Por Ana Paula Oliveira
O ministro das Comunicações, Miro Teixeira, informou nesta
terça-feira (09/11), durante evento de Telecomunicações em São
Paulo, que o
CPqD está fazendo uma análise de mercado para identificar e formatar
um novo
modelo de serviço público, que entrará em consulta na Anatel a
partir de
05/11, devendo ficar até 15/12.
O ministro informa que o principal objetivo é usar os recursos
do FUST para promover um novo serviço público que faça a inclusão
digital.
"Nosso objetivo é promover a universalização e usar os recursos do
FUST,
estimados em R$ 2,6 bilhões, para a finalidade pela qual foram
criados", diz
Teixeira.
O CPqD ficou responsável pela coordenação de uma pesquisa em
conjunto com as equipes do Ministério e da Anatel que irão
identificar e
definir que tipos de serviços serão esses. De acordo com Pedro Jaime
Ziller,
secretário de telecomunicações do Ministério das Comunicações, uma
das
opções é a internet banda larga. "Não será apenas banda larga, mas
esta é
uma das opções. Queremos identificar quais são as reais necessidades
da
população", informa Ziller.
Senadores formam grupo de
trabalho para propor mudanças na lei do Fust
[09/10/2003]
A tramitação da reforma tributária no Senado ressuscitou o debate
sobre a aplicação dos recussos do Fust (Fundo de Universalização dos
Serviços de Telecomunicações) e sobre a Desvinculação de Receitas da
União (DRU), que retira 20% das verbas dos fundos setoriais,
atingindo, também, a área de telecomunicações. Os senadores da
Comissão de Educação, por sugestão de João Capiberibe (PSB-AP) e
Hélio Costa (PMDB-MG), decidiram formar um grupo de trabalho para
analisar a legislação do Fundo e, se preciso, propor alterações. "Se
necessário, vamos fazer a revisão da legislação para que o Fust
tenha eficácia", afirmou o senador Saturnino Braga, presidente da
subcomissão de Cinema, Comunicação e Informática, responsável pelo
trabalho. "Acho mais seguro que se explicite mais na lei, já que a
redação atual dá ensejo a incompatibilidades", afirmou.
Numa audiência pública na comissão da qual participaram Abinee, SBPC
(Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência), Fórum dos
Secretários Estaduais de Ciência e Tecnologia e a Academia
Brasileira de Ciências, o
subsecretário de Informática do Ministério da Ciência e Tecnologia,
Arthur Pereira Nunes, disse não acreditar que o governo consiga
aplicar os recursos do Fust com a atual legislação que criou o
Fundo, que dá margem a
muitas divergências de interpretação. Ressaltando que se tratava de
posição pessoal, Nunes afirmou que "há uma história de confusão
técnica e jurídica" sobre a aplicação dos recursos do Fust, o que
exige muito cuidado do governo. O presidente do Fórum Nacional dos
Secretários de Ciência e Tecnologia, Fernando Otávio Peregrino,
informou que entregou ao Minicom a sugestão de que as concessões do
novo serviço público de acesso à Internet em banda larga, que será
criado pelo governo para utilizar os recursos do Fust, sejam
licitadas por estados e não mais por regiões, como aconteceu no
processo de privatização das telecomunicações. Na opinião de
Peregrino, se for por estado, o governador pode cobrar da
concessionária o cumprimento de suas obrigações. Por região, o
governo de cada estado é apenas mais um cliente da concessionária,
sem poder de cobrança. Outra vantagem, de acordo com ele, é que se
poderia envolver os estados nos projetos de inclusão digital: a
primeira sugestão é que o estado aplique nos projetos a mesma
quantia de recursos que for liberada pelo Fust.
Gilson Euzébio - Telecom Online
Informatização de escola pública
será debatida [09/10/03]
O ministro da Educação, Cristovam Buarque, deverá participar de
audiência pública na Comissão de Ciência, Tecnologia, Comunicação e
Informática. A reunião foi proposta pelo deputado João Mendes de
Jesus (PSL-RJ), que quer informações do ministro sobre as ações que
o Governo vem desenvolvendo para levar a informatização às escolas
públicas.
Ao aprovar o requerimento, a comissão estendeu o convite ao ministro
das Comunicações, Miro Teixeira; e ao presidente da Anatel, Luiz
Guilherme Schymura de Oliveira. A audiência ainda não tem data
marcada. Agência Câmara de Notícias
Governo pretende fazer licitação para uso dos recursos do Fust em
março [09/10/2003]
O governo pretende realizar a licitação para a prestação de serviços
que poderão usar os recursos do Fust (Fundo de Universalização dos
Serviços de Telecomunicações) no dia 26 de março do ano que vem. No
dia 5 de novembro deste ano, o governo colocará em consulta pública
a regulamentação do serviço, as metas contratuais que terão que ser
cumpridas, as áreas de outorga, o modelo de contrato e a minuta do
edital. A consulta pública terá duração de 60 dias.
Para participar das licitações, as operadoras de telefonia fixa, de
TV por assinatura ou qualquer outra empresa terão que criar uma nova
empresa, ou formar um consórcio.
O Fust é um fundo alimentado principalmente com recursos arrecadados
das empresas de telecomunicações, com o recolhimento de 1% de sua
receita bruta. Hoje, o fundo tem saldo de aproximadamente R$ 2,3
bilhões. O dinheiro deveria ser usado para custear serviços como a
instalação de acesso à internet em alta velocidade em escolas
públicas. O Fust foi criado em 2000 e o dinheiro nunca foi usado
para essa finalidade.
O governo está criando um novo serviço público, que será objeto de
licitação. As concessionárias desse novo serviço terão metas de
universalização a serem cumpridas. Os serviços que, por lei, devem
ser financiados com recursos do Fust estarão contidos dentro das
metas contratuais de universalização. Folha de São Paulo
Governo deve licitar serviços
com direito às verbas do Fust em março de 2004
[09/10/2003]
O governo deve fazer a licitação para a prestação de serviços que
poderão usar as verbas do Fust (Fundo de Universalização dos
Serviços de Telecomunicações) em 26 de março de 2004.
Para participar, as operadoras de telefonia fixa, de TV por
assinatura ou qualquer outra companhia terão que criar uma nova
empresa (de telecomunicações) ou formar um consórcio.
O Fust é um fundo alimentado principalmente com recursos das
empresas de telecomunicações -é recolhido 1% de sua receita bruta.
Hoje, o saldo é de cerca de R$ 2,3 bilhões. O dinheiro deveria ser
usado para custear serviços como a instalação de acesso à internet
em alta velocidade em escolas públicas.
No dia 5 de novembro, o governo colocará em consulta pública a
regulamentação do serviço, as metas contratuais que terão que ser
cumpridas, as áreas de outorga (regiões em que cada empresa
vencedora prestará o serviço), o modelo de contrato e a minuta do
edital. A consulta pública durará 60 dias.
O governo está criando um novo serviço público, que será objeto da
licitação. As concessionárias desse novo serviço terão metas de
universalização a serem cumpridas.
As que tiverem prejuízo com a operação desse serviço serão
ressarcidas com recursos do Fust, caso provem ao governo que o mau
resultado foi causado pela baixa rentabilidade dos serviços
previstos na lei do fundo.
Panorâmica - Folha de São Paulo
Licitação do novo serviço
público poderá ser em março
[08/10/2003]
O aviso de licitação do novo serviço em regime público que utilizará
os recursos do Fust poderá ser publicado em 26 de março de 2004. A
previsão é da Anatel e depende do cumprimento do cronograma
divulgado em conjunto nesta quarta, 8, em Brasília, pelo secretário
de Telecomunicações do Minicom, Pedro Jaime Ziller, e o
superintendente de universalização da Anatel, Edmundo Matarazzo. O
ponto de partida é a consulta pública que o governo pretende fazer a
partir de 5 de novembro, incluindo não só o novo serviço mas também
o Plano Geral de Metas de Universalização (PGMU), o Plano Geral de
Outorgas (PGO), o modelo do contrato e a minuto do edital de
licitação. Se for cumprido o prazo de 60 dias para a consulta
pública, ela se encerrará em 5 de janeiro de 2004. A previsão para a
assinatura dos decretos presidenciais relativos ao regulamento, PGMU
e PGO é 24 de março. Se todos os prazos forem respeitados, em março
será liberado o aviso de licitação.
A escolha do vencedor da licitação terá dois critérios: além da
proposta de menor utilização dos recursos do Fust, também haverá
pontuação para a proposta de valor relativo à outorga, isto é, o
preço pago pelas outorgas também será fator importante na escolha do
vencedor.
Da Redação - TELETIME News
Concessionárias não perdem com
novo projeto, diz Abrafix
[08/10/2003]
O presidente da Abrafix, entidade que representa as concessionárias
de telefonia fixa, Carlos de Paiva Lopes, disse que as incumbents
não estão perdendo com o novo projeto de serviço público que regula
a utilização do Fust, simplesmente porque os recursos nunca foram
liberados. “Não perdemos dinheiro porque nunca chegamos a tê-lo”,
disse o presidente da entidade. A Abrafix aguardará a consulta
pública para dar sugestões sobre o tema e sobre a melhor maneira de
alocar os R$ 2,3 bilhões disponíveis.
Assim como a entidade, as próprias concessionárias, inclusive a
Embratel, preferem esperar a publicação do edital de consulta
pública para saber mais detalhes a respeito do novo serviço e como
isso poderá afetá-las.
O Ministério das Comunicações está preparando as bases do novo
serviço que prevê o fornecimento de meios eletrônicos para a
conectividade em banda larga, utilizando os recursos do fundo. Pela
lei atual, somente as concessionárias podem utilizar o dinheiro do
fundo, embora toda e qualquer empresa de telecomunicações contribua
com 1% do faturamento. A expectativa do Minicom é de que o
regulamento do novo serviço entre em consulta pública em novembro e
o primeiro edital de licitação seja lançado em março de 2004.
Fernanda Pressinott - TELETIME News
Projeto do governo pode
beneficiar TV paga com recursos do Fust
[07/10/2003]
O Ministério das Comunicações está preparando as bases de uma nova
modalidade de serviço público que prevê o fornecimento de meios
eletrônicos para a conectividade em banda larga. O anúncio foi feito
hoje, 7, pelo
assessor especial do Ministério das Comunicações, Márcio Wohlers.
Segundo ele, essa foi a alternativa encontrada pelo governo para
permitir que os recursos do Fundo de Universalização das
Telecomunicações (Fust) possam ser utilizados por um número maior de
empresas. Pela lei, esses recursos, que já totalizam mais de R$ 2,3
bilhões, só podem ser utilizados pelas concessionárias de serviços
públicos, hoje limitado as operadoras do serviço telefônico fixo
comutado (STFC). "Com isso, vamos corrigir uma distorção que afeta
principalmente o setor de TV por assinatura que tem de contribuir
para o Fust (1% do faturametno líquido) mas não pode usufruir dos
recursos", explicou Wohlers, que substituiu o ministro das
comunicações, Miro Teixeira, na abertura da Feira e Congresso ABTA
2003, em São Paulo.
Wohlers explicou que o novo serviço vai apontar para uma
convergência efetiva de tecnologias, permitindo o compartilhamento
da infra-estrutura já instalada para aplicações de banda larga e de
conectividade, e garantindo maior acesso à última milha. "As
empresas de TV paga, pela sua capilaridade e capacidade instalada,
estarão muito bem colocadas na disputa para receber os recursos do
Fust, mas o serviço estará aberto a toda empresa que quiser
participar da licitação", acrescentou Wohlers. O assessor também
acenou com a possibilidade das empresas de TV por assinatura
oferecerem sua infra-estrutura para a implantação da TV digital por
via terrestre no país.
Dessa forma, diz Wohlers, o governo pretende fomentar não só uma
política industrial para o setor mas também fazer com que a TV
digital seja mais uma ferramenta de inclusão digital. A expectativa
do Minicom é de que o
regulamento do novo serviço entre em consulta pública em novembro,
em processo que será coordenado pela Anatel, cujos técnicos, em
parceria com o Ministério das Comunicações, vêm trabalhando na
definição dos detalhes da nova lei. Se tudo correr de acordo com o
previsto, Wohlers acredita que no final do primeiro trimestre de
2004 o novo serviço já poderá ser licitado. Nando Rodrigues -
Telecom Online
Para operadores, crescimento não
virá só com recursos do Fust
[07/10/2003]
Durante a abertura do Congresso da ABTA 2003, realizado nesta terça,
dia 7, o assessor especial do Ministério das Comunicações, Márcio
Wohlers, assegurou ao setor de TV por assinatura que será aberta às
operadoras a possibilidade de uso dos recursos do Fundo de
Universalização de Telecomunicações (Fust), hoje estimados em US$
700 milhões, segundo a Anatel. A possibilidade, disse Wohlers, está
vinculada a um novo serviço público que utilizará recursos do Fust.
Para participarem dos programas vinculados ao Fust, as operadoras
precisam também ser concessionárias desse novo serviço, que será
destinado à universalização de redes digitais. Para Márcio Wohlers,
as empresas de TV paga, com sua capilaridade e capacidade de
oferecimento de acesso em banda larga, terão grande vantagem
competitiva para participar das licitações.
Para Leila Loria, presidente da TVA e da ABTA, esta oportunidade
será importante, mas não deve resolver os problemas da indústria. A
executiva lembra que durante anos, o setor teve dificuldade em
entrar no mercado de acesso à Internet em banda larga porque a
Anatel, em sua regulamentação, determinou que o serviço só poderia
ser oferecido como valor adicionado, ou seja, para assinantes de TV
paga. Isto fez com que os operadores de telefonia fixa, naturalmente
favorecidos pelos anos de monopólio, tomassem a dianteira neste
segmento do mercado de telecomunicações.
Francisco Valim, presidente da Net Serviços, lembrou que todas as
iniciativas que ajudem a rentabilizar investimentos já feitos são
importantes, mas que não se pode perder o foco. O importante, diz
valim, é que a TV por assinatura faça aquilo a que ela se propõe, ou
seja, prestar multisserviços.
Para Rômulo Pontual, VP de plataformas de TV da News, as empresas
ainda estão deficitárias e que, portanto, a imposição de qualquer
taxação adicional é prejudicial ao crescimento do setor. "Não se
deve tirar sangue de um bebê para resolver o problema de
abastecimento de um banco de sangue", disse, referindo-se,
metaforicamente, ao momento inapropriado para taxações como o Fust
ou qualquer outra. "É preciso deixar a criança crescer antes". Paulo
Cezar Martins, CEO da Viacabo, disse que, de sua parte, até se
disporia a pagar o dobro de contribuição para o Fust se houvesse a
certeza de que antes outras prioridades da indústria, como o
problema dos postes, do modelo de programação de programação etc
fossem resolvidos.
TV digital
Márcio Wohlers aproveitou sua passagem pelo Congresso da ABTA para
dizer que o Minicom acompanha com grande atenção o estudo de nova
modelagem para o setor, principalmente no que se refere à
possibilidade de compartilhamento das redes de TV digital com a
criação de um set-top box único. Esta solução provavelmente
baratearia os custos do decodificador, o que refletiria num preço
menor para o público. Wohlers anunciou que a ABTA e outras entidades
serão chamadas pelo Minicom para debater e analisar estas
possibilidades de sinergia. Da Redação - PAY-TV News
Operadoras de TV paga terão
acesso ao Fust [07/10/2003]
Fundo criado para levar os serviços de telecomunicações a todos os
brasileiros tem cerca de US$ 700 milhões em caixa
Em 2004 as operadoras de TV por assinatura finalmente terão acesso
aos recursos do Fundo para a Universalização das Telecomunicações (Fust),
para o qual contribuem mas não podem utilizar. A informação é do
assessor especial do Ministérios das Comunicações, Márcio Wohlers,
que representou o ministro Miro Teixeira nesta manhã de terça-feira,
dia 7, na abertura do congresso da Associação Brasileira de
Telecomunicações por Assinatura (ABTA), que acontece de hoje a
quinta-feira, no Expo Center Norte, em São Paulo.
Wohlers explicou que o governo está criando um novo regime de
serviço público (a exemplo do que existe hoje para a prestação de
serviços de telefonia fixa) para o qual serão escolhidas as empresas
que poderão se habilitar a prestar serviços nas áreas de
convergência de meios e inclusão digital. O regulamento para a
prestação do serviço deve ser colocado em consulta pública até
novembro e a previsão é de que a licitação para a escolha das
empresas interessadas saia em abril de 2004. Segundo o
vice-presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel),
Antônio Carlos Valente, o Fust tem em caixa cerca de US$ 700
milhões. Eliane Pereira - MMonline
Empresários acham que só
recursos do Fust não bastam
[07/10/2003]
O presidente do Grupo Abril (controlador da TVA), Roberto Civita,
disse hoje que considera importante a possibilidade de as empresas
de TV por assinatura poderem usufruir dos recursos do Fundo de
Universalização das Telecomunicações (Fust), conforme projeto
anunciado hoje, 7, pelo Ministério das Comunicações. Ele, porém,
reitirou que o setor vai precisar de muito mais para garantir
sustentabilidade e universalização. "É preciso
uma política que assegure a redução do custo do decodificador que é
comprado pelos clientes, garantia da compatibilidade do serviço com
a tecnologia da TV digital e redução da carga tributária que trata a
TV por
assinatura como um serviço supérfluo, limitado aos mais ricos",
afirmou.
Civita ressaltou que as 288 operadoras do país atendem cerca de 3,5
milhões de domicílios e respondem pelo segundo maior faturamento do
setor de mídia no país, com cerca de 60% do faturamento da TV
aberta. E disparou: "Enquanto a TV paga é obrigada a transmitir a
programação dos canais públicos, como TV Senado, os canais abertos
cobram para fazer isso". Rômulo Pontual, vice-presidente da News
Corp., que controla a Sky, criticou a contrapartida que as empresas
terão de oferecer para usar o Fust. Segundo ele, todas as empresas
de TV paga têm operações deficitárias e que de nada adianta terem
acesso ao fundo se o governo for ditar o que fazer com os recursos.
"O problema não é bebê doar sangue. Tem-se que esperar ele crescer
para poder doar. Esse tipo de ação faz com que a gente não consiga
chegar à melhor solução, a que seja a mais eficiente (para a
empresa)", ressaltou Pontual.
Nando Rodrigues - Telecom Online
TV a cabo poderá disputar
licitação [08/10/2003]
As TVs por assinatura poderão disputar as licitações governamentais
para a instalação do serviço de internet de alta velocidade nas
escolas, bibliotecas e hospitais públicos, informou ontem o assessor
especial do Ministério das Comunicações, Márcio Wohlers.
As obras serão financiadas pelo Fust, um fundo criado em 2000 para
facilitar o acesso da população de baixa renda a serviços de
telecomunicações. O fundo, que tem em caixa R$ 2,3 bilhões, é
mantido com 1% da receita bruta das operadoras de telefonia e de TV
a cabo.
Em agosto, o TCU (Tribunal de Contas da União) informou ao
Ministério das Comunicações que todas as empresas, e não apenas as
concessionárias de telefonia fixa, deveriam poder participar das
licitações.
A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) deverá, até
novembro, colocar em consulta pública as linhas gerais desse novo
serviço. Se isso ocorrer, o edital de licitação deve ser publicado
em fevereiro do ano que vem.
O ministro Miro Teixeira (Comunicações) disse que as operadoras de
TV por assinatura têm infra-estrutura instalada (cabos), o que daria
competitividade nas licitações. O Fust, porém, não financiará a
instalação de TV por assinatura.
As empresas que operam TV a cabo, caso vençam as licitações, terão
que fornecer os serviços que estão previstos na lei do Fust -como
acesso à internet em banda larga em escolas públicas, por exemplo.
Hoje, as principais operadoras de TV a cabo pertencem às
Organizações Globo (Sky e Net), Editora Abril (TVA) e Hughes
Electronics (DirecTV).
Todas as empresas deverão pedir a concessão desse novo serviço, que
funcionará em regime público e não será limitado , disse o assessor
Márcio Wohlers.
Na avaliação da ABTA (Associação Brasileira de Televisão por
Assinatura), a possibilidade de as empresas do setor serem
habilitadas para o fornecimento de serviços a órgãos públicos é mais
do que justa .
Para Leila Loria, presidente da entidade, não se trata de proteção
ao setor -com companhias endividadas e em dificuldades para renovar
acordos com credores. Não vamos usar essa chance de expandir os
negócios como tábua de salvação para as companhias , disse.
Se puderem entrar nesse mercado, a idéia é a seguinte: em vez de
concorrerem entre si, para decidir a melhor proposta, as empresas
devem escolher, entre elas, quem vai explorar que região. E
apresentar o projeto ao governo. Quem informa é a ABTA.
Com isso, será uma proposta apenas, para disputar o mercado com as
empresas de telefonia.
Para a ABTA, isso não quer dizer que as empresas de grande porte
terão maiores possibilidades de encabeçar os projetos dentro da
associação.
A base de assinantes das empresas de TV por assinatura caiu 0,5% no
segundo trimestre do ano, em relação ao primeiro trimestre. Cerca de
13 mil assinantes cancelaram sua assinatura de TV a cabo entre o
primeiro e o segundo trimestres no país. Folha de São Paulo
Operadoras de TV por assinatura
poderão sacar dinheiro do Fust [08/10/2003]
As operadoras de TV por assinatura poderão ter acesso aos recursos
do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust).
O Ministério das Comunicações criará um novo regime de serviço
público que ofereça serviços de internet em banda larga. Para se
habilitar aos recursos do fundo governamental, a empresa terá de
cumprir metas de universalização para instalar o serviço em escolas,
hospitais e bibliotecas públicas.
O serviço de internet não será exclusivo às empresas de TV por
assinatura. Qualquer um poderá participar da licitação. Mas a TV a
cabo (que já conta com uma infra-estrutura de banda larga) sai em
vantagem por conta da sua capilaridade , disse o assessor especial
do Ministério das Comunicações, Márcio Wohlers, que anunciou ontem a
possibilidade de as empresas participarem do novo regime no
Congresso da Associação Brasileira de TV por Assinatura (ABTA),
associação que reúne as empresas do setor. As empresas poderão
alavancar novos negócios.
Durante a década de 90, as empresas de TV por assinatura fizeram
grandes investimentos na montagem da infra-estrutura, mas foram
afetadas pela desvalorização do real que aumentou as dívidas das
companhias em dólar.
Desde a instituição do Fust em 2001, as operadoras de TV por
assinatura são obrigadas a contribuir para o fundo criado para
estender os serviços de telecomunicações para as regiões mais
pobres, mas não podem usar os recursos porque operam em regime
privado. Apenas as operadoras de telefonia fixa, além da Embratel,
gozam do benefício porque possuem concessão pública. Suas metas de
universalização e tarifas são controladas pela Agência Nacional de
Telecomunicações (Anatel).
Por lei, as empresas, incluindo as operadoras de TV por assinatura,
destinam 1% do seu faturamento para o Fust. O fundo tem R$ 2,3
bilhões em seu orçamento. Em 2002, o setor de TV a paga faturou
quase R$ 3,2 bilhões, dos quais cerca de R$ 32 milhões foram
destinados ao Fust. Apenas a Net Serviços contribuiu com cerca de R$
15 milhões.
Em resposta a uma consulta formulada pelo ministro das Comunicações,
Miro Teixeira, o Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou em agosto
as novas regras para uso dos recursos do Fust.
O Ministério das Comunicações definirá as metas de universalização.
No dia 5 de novembro, a minuta do decreto presidencial será levada à
consulta pública. As empresas disputarão uma licitação e, em
seguida, terão de pleitear os recursos do Fust. A expectativa é que
as primeiras licenças sejam concedidas no fim de março de 2004. As
empresas terão de criar uma sociedade com propósito específico.
O vice-presidente executivo da News Corp, controladora da TV por
satélite Sky, Rômulo Pontual, disse ser contra a proposta, mas
afirmou que sua empresa irá tirar proveito do novo regime. Não é a
maneira mais eficiente de levar a TV por assinatura à população ,
disse. Favorável à redução da carga tributária, Pontual disse que o
setor deveria contribuir ao Fust somente depois de apresentar uma
operação sustentável. Pelo que sei, com exceções, o setor opera de
modo deficitário. Pontual acrescentou que o setor não precisa ser
forçado a investir onde o governo quer.
Márcio Wohlers, do Ministério das Comunicações, rebateu dizendo que
a idéia de permitir acesso ao Fust tenta corrigir uma imperfeição do
mercado de TV por assinatura, atingindo áreas menos densas e menos
rentáveis. Não será o governo que dirá como as empresas serão
sustentáveis , completou. André Vieira - Valor Econômico
Ministério anuncia criação de
serviço de banda larga [07/10/2003]
O assessor especial do Ministério das Comunicações, Marcio Wohlers
de Almeida, que representou o ministro Miro Teixeira no Congresso
ABTA 2003, anunciou hoje a criação de um novo serviço em regime
público, - serviço de comunicação eletrônica de massa - que
permitirá a conectividade em banda larga. Esse serviço será criado
para que se possa levar a banda larga às instituições de interesse
público, ou seja, ensino, saúde, bibliotecas e outras áreas de
interesse social , explicou.
De acordo com Wohlers, em meados de novembro será feita a consulta
pública para o novo serviço. Esperamos que no final de março e
ínicio de abril, na melhor das hipóteses, as licitações já estejam
prontas , explicou.
Segundo o assessor, uma das grandes novidades, é que os recursos do
Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust)
poderão finalmente utilizados por todos os operadores do setor de
telecomunicações, que se candidatarem a ser concessionários deste
novo serviço, inclusive o setor de TV por Assinatura. Devido à
capilaridade e possibilidade técnica de banda larga, o setor de TV
por assinatura, através deste novo serviço em regime público, poderá
utilizar o Fust , completou.
Wohlers disse ainda que qualquer empresa poderá se habilitar a ser
concessionária, além disso poderá também optar por receber ou não os
recursos do Fust. Mas é importante ressaltar que o Fust é
complementar à parte não rentável , concluiu.
Renata Dalla Dea -
InvestNews
Governo pode exigir software livre
para novo serviço com recursos do Fust [07/10/2003]
As regras da licitação para escolher as empresas que irão prover o
novo serviço público de acesso à Internet em banda larga, que
contará com recursos do Fust, poderão exigir que os fornecedores
utilizem, inicialmente, software livre e software proprietário nos
programas dos computadores. Foi o que explicou hoje, 7, o ministro
das Comunicações, Miro Teixeira. Segundo o ministro, o objetivo é
que, depois de um ano, os computadores utilizem apenas software
livre. No parecer técnico que emitiu em agosto a respeito da
utilização dos recursos do Fust, o Tribunal de Contas de União (TCU)
determinou que não houvesse compra de computadores com recursos do
fundo. O Fust, de acordo com o TCU, só poderia custear computadores
na modalidade de leasing ou locação, dentro da prestação de serviço
a ser contratada. Miro afirmou que aguarda da Anatel o texto com as
características do novo serviço. Esse texto subsidiará o decreto
presidencial que precisa ser editado criando o novo serviço.
Cristiana Nepomuceno - Telecom Online
Blog
ComUnitário sobre o FUST