Conteúdo
- Anatel já trabalha em novo edital
para a Internet Escolar [03/07/2002]
- TCU adia análise de processo da Internet Escolar
[03/07/2002]
- Governo libera total de recursos do Fust
[03/07/2002]
- Governo criará novo serviço público para viabilizar uso do Fust
[04/07/2002]
- Anatel estuda novo edital para web escolar
[04/07/2002]
- Dinheiro do Fust ainda depende de decreto do governo
[04/07/2002]
- Anatel precisa vencer dificuldades, afirma Juarez Quadros
[18/09/2002]
- Eleições 2002: Fust é alvo de severas críticas
[18/09/2002]
- Deputado promove seminário para debater o Fust
[20.09.2002]
- Programa de segurança do Fust entra em consulta pública
[20.09.2002]
Notícias
Anatel já trabalha em novo
edital para a Internet Escolar
[03/07/2002]
Patrícia Gomes, de Brasília
Ao mesmo tempo em que elabora uma argumentação oral para defender o
atual edital do programa de internet escolar no TCU (Tribunal de
Contas da União), a Anatel se prepara também para elaborar um novo
edital, de acordo com as recomendações do próprio Tribunal.
O ministro das Comunicações, Juarez Quadros, admitiu, nesta
quarta-feira, 3, que a "revogação do edital é esperada". Segundo
ele, a própria Anatel pediu o adiamento do julgamento do processo
sobre o edital, que estava previsto para acontecer nesta
terça-feira, 2, no TCU para melhor elaborar a sua defesa.
A estimativa do ministro é a de que o órgão regulador leve cerca de
15 dias após a decisão do Tribunal, para elaborar o novo edital para
o programa.
Mesmo com as contestações e divergências de parlamentares e do TCU
quanto a legalidade do edital, o programa de internet escolar deverá
ser mantido como prioridade para os recursos do Fundo, segundo
Quadros.
A justificativa estaria na existência de um plano de metas que já
estaria finalizado, o que facilitaria o lançamento do programa. O
ministro também disse esperar lançar os editais dos programas de
Saúde e de Telecomunicações até o fim do ano.
A utilização dos recursos, no entanto, depende da liberação dos
recursos contingenciados pela equipe econômica. Dos R$ 820 milhões
previstos no orçamento deste ano (apenas R$ 60 milhões estão
liberados) e da aprovação do pedido de incorporação do superávit de
2001 (R$ 1,044 bilhão). Outra dificuldade para a utilização dos
recursos do Fust este ano é a necessidade de aprovação do
substitutivo do deputado Sebastião Zimbaldi (PSDB/SP) em ano
eleitoral. Enquanto o projeto não for votado, os novos editais não
poderão ser lançados. O relatório do deputado altera regras para a
participação das operadoras nas licitações e possibilita a compra de
computadores nos programas de Saúde e Segurança.
TCU adia análise de processo da
Internet Escolar [03/07/2002]
André Silveira, de Brasília
O Tribunal de Contas da União (TCU) adiou, pela terceira vez, a
análise da representação impetrada pelos deputados Sérgio Miranda
(PC do B-MG) e Walter Pinheiro (PT-BA) contra o edital de licitação
da Internet Escolar. A princípio, o ministro relator do processo,
Iram Saraiva, havia incluído o processo na pauta desta quarta-feira,
3, porém novamente foi retirado.
Segundo o ministro das Comunicações, Juarez Quadros, a retirada
visou atender a um pedido da Anatel. "Como a agência vai fazer uma
sustentação verbal de seus argumentos sobre esse tema, houve um
pedido de prorrogação para uma preparação", afirma Quadros.
O ministro também afirma que o governo já espera que a decisão do
tribunal seja pela elaboração de um novo edital. "Assim, poderemos
começar o processo e teremos condições de tentar fazer com que a
licitação da Internet Escolar ocorra ainda este ano", argumenta.
O processo deveria ter sido analisado já em junho. Mas a
procuradoria do tribunal havia pedido vistas. Na última
quarta-feira, o processo estava na pauta, mas foi retirado sem
justificativa.
Governo libera total de recursos
do Fust [03/07/2002]
André Silveira, de Brasília
Após várias discussões com a equipe econômica do governo, o
Ministério das Comunicações conseguiu obter a liberação de R$ 1,04
bilhão do Fust (Fundo de Universalização dos Serviços de
Telecomunicações) que estava retido nos cofres do Tesouro Nacional.
A informação é do ministro das Comunicações, Juarez Quadros, o qual
revelou que a decisão foi tomada na segunda-feira, dia 1º, durante
reunião com o chefe da Casa Civil, Pedro Parente, e o presidente da
Anatel, Luiz Schymura.
Com a liberação desses recursos, mais os R$ 820 milhões que já
haviam sido desbloqueados no mês passado, todo o dinheiro que estava
parado nos cofres do governo poderá agora ser aplicado nos programas
do fundo, inclusive no projeto de Internet Escolar.
Nos corredores de Brasília comenta-se que a mudança inesperada de
postura da equipe econômica se deve ao alerta do deputado Sérgio
Miranda (PC do B-MG) de que o governo deveria seguir a Lei do Fust,
a qual obriga que 18% dos recursos devem ser aplicados em educação,
o que traria dificuldades para aprovação no Congresso Nacional dos
R$ 820 milhões que seriam empregados nos projetos de telefonia e
segurança, conforme planejava Quadros.
Com a decisão, o programa de Internet Escolar poderá contar com os
R$ 460 milhões previstos para a primeira etapa do programa. Ou seja,
como o valor corresponde a cerca de 24% dos recursos totais do
fundo, está de acordo com a Lei do Fust, o que deve facilitar a sua
aprovação. Diante do novo cenário, o ministro das Comunicações já
adiantou que irá priorizar agora os programas de educação e saúde.
Para a execução de ambos, porém, o governo terá de esperar a
aprovação do Congresso Nacional, já que implicou numa alteração
orçamentária. Além disso, tramita na Comissão de Ciência e
Tecnologia da Câmara dos Deputados projeto que altera a Lei do Fust.
De acordo com o relator do projeto, Salvador Zimbaldi (PSDB-SP),
além de incluir artigo que permite a participação de todas as
operadoras de telecomunicações nas licitações do Fust, a proposta
estabelece que sejam incluídos nos programas de saúde e segurança os
equipamentos e terminais.
O caso é que o projeto ainda deve ser aprovado na comissão, para
depois seguir para o plenário da Câmara. Após isso, deve ainda ser
encaminhado para análise do Senado. Com se trata de período
pré-eleitoral, o governo terá que trabalhar muito para obter a
apreciação do congresso ainda este ano.
Governo criará novo serviço público para viabilizar uso do Fust
[04/07/2002]
Depois de muitas negociações com o Tribunal de Contas da União
(TCU), o
presidente da Anatel, Luiz Guilherme Schymura, revelou que a agência
encontrou finalmente uma alternativa para resolver o problema da
aplicação
dos recursos do Fust. A agência pretende criar um novo serviço,
ainda sem
nome, a ser prestado em regime público. Será uma espécie de serviço
de rede
corporativa ou um serviço nos moldes do SCM, só que prestado em
regime
público, de acordo com a Lei Geral. Após a elaboração de um
regulamento que
estabeleceria as suas características, o serviço seria definido
através de
um decreto presidencial. Ao mesmo tempo, seriam feitos um plano
geral de
outorgas específico, um plano de metas de universalização (ambos
devem ser
publicados por decreto presidenc ial) e um plano de metas de
qualidade (este
por ato da Anatel). No novo serviço, o terminal do usuário seria o
computador com seus periféricos, e este terminal pertenceria à
concessionária, resolvendo de vez o problema da compra de
equipamentos por
parte da União. Segundo a Anatel, assim como hoje a concessionária
do STFC
tem que oferecer ao assinante um terminal de telefone e mantê-lo
funcionando, no novo serviço este terminal será um computador com
impressora. Assim como no STFC há hoje terminais individuais e
terminais
públicos, no novo serviço, além dos terminais em escolas,
bibliotecas e
postos de saúde pelos quais o usuário pagaria à concessionária uma
tarifa
pela utilização, poderiam ser instalados terminais públicos em que o
acesso
seria pago através de cartões indutivos como nos atuais orelhões ou
como
está previsto no Programa Gesac, atualmente em licitação pelo
Minicom.
As metas
Assim como para o STFC foram estabelecidas metas de universalização
(que
foram pagas com o desconto no preço das empresas na época da
privatização),
no caso do novo serviço as metas seriam pagas com os recursos do
Fust. O
plano de metas de universalização definiria o prazo de atendimento
pelo novo
serviço das escolas públicas. Até agora, apenas as escolas do ensino
médio e
profissionalizante estavam incluídas no Programa Educação do Fust.
Nada
impede que os outros programas (Saúde e Bibliotecas) que também
utilizam
computadores sejam atendidos pelo mesmo serviço. O superintende de
universalização da Anatel, Edmu ndo Matarazzo, explicou que, como as
empresas serão concessionárias de um novo serviço, este poderá ser
oferecido
a empresas privadas. E essa é a maneira com que elas tornarão o
serviço
rentável e conseguirão diminuir cada vez mais o valor das tarifas a
serem
subsidiadas com os recursos do Fust. Especificamente no caso do
programa de
educação, a concessão do novo serviço obriga que as escolas públicas
sejam
atendidas. A quantidade de escolas e as especificações mínimas dos
equipamentos serão determinadas pela Anatel, como já era feito no
edital
anterior do Fust, só que agora como meta de universalização e de
qualidade.
Licitação
Poderá participar da licitação do novo serviço qualquer empresa
estabelecida
de acordo com as leis brasileiras. A lic itação será feita pela LGT
e não
pela Lei 8.666 (lei de licitações). Por esta razão, o edital terá
que passar
pela apreciação do TCU. Ao contrário do serviço de telefonia fixa, a
concessão não será paga. Ganha a licitação a empresa (ou consórcio)
que
oferecer o menor valor a ser cobrado pelo serviço. A nova
alternativa deve
resolver também a questão dos prestadores que poderão participar da
licitação, um dos problemas levantados pela oposição no Congresso e
pelo
TCU. Para que qualquer empresa possa participar deste projeto, basta
que ela
seja concessionária do novo serviço. Perde urgência, portanto, a
necessidade
de alterar a lei do Fust para que outros prestadores utilizem os
recursos do
fundo. As diversas definições (regulamentos, decretos, consultas
públi cas,
consulta ao TCU, editais, licitação etc) deixam claro que a agência
terá um
longo caminho a percorrer, o que praticamente deixa apenas para os
projetos
que não utilizam computadores os recursos do Fust definidos em
orçamento
para este ano.
Da Redação - TELETIME News
Anatel estuda novo edital para
web escolar [04/07/2002]
André Silveira, de Brasília
A Anatel está analisando a elaboração de um novo edital para o
programa Internet Escolar. A informação é do presidente da agência,
Luiz Schymura, o qual adianta que a proposta, que está sendo
discutida com o Tribunal de Contas da União (TCU), estabelece que a
vencedora do processo será a operadora que apresentar as tarifas
mais baixas a serem pagas pelas escolas contempladas pelo programa.
A vencedora, segundo Schymura, receberá os recursos e assumirá a
implantação da rede, inclusive a instalação dos computadores, que
ficarão como bens da operadora. O presidente da agência acredita que
esta alternativa evitará contestações judiciais, já que a vencedora
será contratada para prestar o serviço de telecomunicações.
Para garantir que se trata de um serviço, Schymura diz que está em
estudo também a elaboração de um novo Plano Geral de Outorgas,
voltado especificamente para os programas do Fust. O plano
estabeleceria regiões, que não serão iguais as do Serviço Telefônico
Fixo Comutado (STFC). A idéia, na realidade, é criar um novo
serviço. “A empresa vencedora será uma concessionária, que receberá
outorga para prestar esse serviço específico.” A entrada em vigor
dessas novas regras, no entanto, dependerá da aprovação do TCU e
também da publicação de um decreto com o novo plano.
O presidente da Anatel prefere não divulgar o cronograma do projeto,
mas como a questão envolve a liberação dos recursos por parte da
equipe econômica e do Congresso Nacional, além de consulta pública
do novo edital, o processo deverá durar, no mínimo, entre quatro e
cinco meses.
No que se refere ao plano de metas, Schymura diz que deverá haver
uma adequação de datas, mas salienta que está mantida a determinação
de equipar 13 mil escolas públicas, de ensino médio e
profissionalizante, com 290 mil computadores. O executivo diz, no
entanto, que o objetivo é equipar todas as escolas públicas do País,
no futuro.
Anteriormente, o edital estabelecia que os computadores deveriam ser
bens das escolas. Por isso, houve contestação judicial por parte dos
deputados Sérgio Miranda (PC do B-MG) e Walter Pinheiro (PT-BA).
Segundo eles, para se tornarem bens público, os terminais deveriam
ser licitados, conforme a Lei 8.666, o que não estava previsto no
processo que foi interrompido na Anatel no ano passado.
Dinheiro do Fust ainda depende
de decreto do governo [04/07/2002]
André Silveira, de Brasília
Apesar de o ministro das Comunicações, Juarez Quadros, ter
anunciando ontem a liberação pela equipe econômica do restante dos
recursos do Fust (cerca de R$ 1,04 bilhão) que estava retido nos
cofres do Tesouro Nacional, o governo ainda não publicou nenhum
decreto oficializando o desbloqueio.
O Executivo já enviou projeto ao Congresso Nacional que estabelece o
remanejamento de R$ 820 milhões do fundo, porém ainda falta
encaminhar um outro determinando o investimento de R$ 1,044 bilhão.
A não publicação do decreto vem gerando desconfiança da oposição.
Isso porque, em abril passado, o Ministério das Comunicações havia
enviado pedido de remanejamento de R$ 1,8 bilhão, mas o Ministério
do Planejamento, por sua vez, elaborou um projeto que contemplava a
liberação de R$ 820 milhões e o encaminhou à Casa Civil, que levou
ao Congresso.
Para cumprir a lei do Fust, que estabelece que 18% dos recursos do
fundo devem ser aplicados em educação, a pasta do Planejamento se
comprometeu com o ministro Quadros que enviaria um novo projeto para
desbloquear R$ 1,04 bilhão. Até o momento, entretanto, isso não
ocorreu.
O fato é que, com o recesso parlamentar, o projeto somente chegará
ao Congresso em agosto. E, mesmo que o primeiro projeto já esteja na
Casa, a sua tramitação só deverá começar quando o segundo chegar,
pois, da forma como está, o remanejamento de R$ 820 milhões fere a
lei.
Para o deputado Sérgio Miranda (PC do B-MG), que faz parte da
Comissão do Orçamento do Congresso Nacional, o fato de o governo não
ter liberado nenhum centavo do Fust até agora é um grande indício de
que a equipe econômica ainda reluta em aprovar os investimentos.
Segundo ele, o dinheiro do fundo vem contribuindo para gerar
superávit primário, conforme acordo com o Fundo Monerário
Internacional (FMI). Se houver a liberação dos recursos de fato,
segundo Miranda, o governo terá que fazer novos cortes, no mesmo
valor, em áreas sociais, como Saúde e Segurança e Transporte.
Anatel precisa vencer dificuldades, afirma Juarez Quadros
[18/09/2002]
Renata Coltro
O orçamento para 2003 foi reduzido e afeta diretamente as verbas
destinadas ao Fust (Fundo para Universalização das
Telecomunicações). Para manter os projetos do Ministério das
Comunicações, como o de inclusão digital, em pé, o ministro das
Comunicações, Juarez Quadros, afirma que a Anatel precisa vencer as
dificuldades.
“Em 2001 tivemos orçamento de R$ 1,44 bilhão, este ano o volume é de
R$ 820 milhões e para o ano que vem a verba totaliza R$ 576 milhões.
O que queremos é que o montante que não foi usado desde o ano
passado seja unificado para que o Ministério de continuidade aos
seus trabalhos”, frisou o ministro das comunicações.
Na mesma ocasião, Juarez Quadros revelou que foram iniciados os
trabalhos para a redação de um projeto de lei que modifica a Fistel
(Lei de Fiscalização), que prevê a cobrança de taxas para as
operadoras tanto na instalação, como anualmente para a fiscalização
dos serviços.
“A Lei do Fistel é antiga, e o que pretendemos com o projeto de lei
é que as taxas cobradas sejam reduzidas. Esta semana estamos
iniciando os trabalhos e queremos encaminhar ao congresso o mais
rápido possível”, ressaltou Juarez Quadros, lembrando que o
ministério depende do congresso para que essa medida seja posta em
prática.
O ministro afirmou que ainda não tem uma receita pronta para a nova
cobrança de taxas do Fistel, cuja arrecadação chega a R$ 700 milhões
e 70% são oriundos das taxas cobradas. Questionado sobre uma
possível redução na arrecadação, o ministro disse que “a compensação
estava prevista na rerforma tributária”.
Eleições 2002: Fust é alvo de severas críticas
[18/09/2002]
Ana Paula Lobo
No debate promovido pelo Comitê de Democratização da Informática(CDI)
e pela Associação Comercial do Rio de Janeiro, nesta terça-feira,
17, com os representantes da área de TI dos candidatos à sucessão
presidencial, o tema Fust foi um dos mais debatidos.
Os candidatos de oposição à gestão FHC não pouparam critícas ao
contigenciamento das verbas - o orçamento foi diminuído
drasticamente para 2003 e R$ 1 bi dos recursos deste ano estão
alocados no Ministério da Fazenda para suprir a meta de superávit
fiscal.
Apenas o representante do candidato José Serra, PSDB, mostrou-se
sensível a questão, frisando que manter a estabilidade da economia é
um dever da gestão do Poder Executivo.
"O FUST não pode ficar cartelizado nas mãos das quatro operadoras do
País. Nem dar vantagens à Microsoft. As experiências com o software
livre têm que ser levadas em consideração ", afirmou Sérgio Rosa,
representante do candidato Luiz Inácio Lula da Silva, do PT.
O representante do candidato Ciro Gomes, do PPS, Francisco de Assis
Barreto, também é favorável a uma total revisão dos processos do
Fust. Segundo ele, os próprios organismos gestores do processo
precisam ser questionados. Na visão dele, há também que se cobrar
uma postura mais eficiente dos provedores de conteúdo. "Eles não têm
vínculo com a sociedade brasileira", frisou.
Fernando Peregrino, representante do candidato Anthony Garotinho,
disse que a TI é uma ferramenta essencial para o desenvolvimento do
País. Ele ressaltou que, hoje, o Brasil ocupa o 43º no ranking de
países desenvolvidos na área de Ciência e Tecnologia. "Todos os
demais países da América Latina, como Argentina e Chile, nos
superam. Isso tem que ser reparado", determinou.
Com relação ao FUST, Peregrino criticou o modelo adotado pela Anatel,
mas ressaltou que todos os demais fundos setoriais foram atingidos
pelo contigenciamento de verbas. "Ciência e Tecnologia não é
prioridade da Gestão FHC", disparou.
Luiz Paulo Velloso Lucas, representante do candidato José Serra, do
PSDB, adotou um discurso mais cauteloso, mas frisou que é preciso
aparar todas as arestas para que o processo possa ser deflagrado.
"Há muitas disputas que impedem o desenrolar das iniciativas",
apontou. Sobre as critícas direcionadas ao contigenciamento das
verbas, Velloso Lucas disse que a estabilidade da economia é o vetor
da gestão FHC e será sempre uma prioridade. " Os cortes aconteceram
em todas as áreas", completou.
O posicionamento dos representantes dos presidenciáveis não agradou
aos participantes do debate, já que havia uma expectativa para a
apresentação de propostas mais concretas para combater o alto índice
de exclusão digital que o Brasil possui.
Segundo dados apresentados pelo CDI, hoje, 88% da população
brasileira pode ser classificada como excluída digitalmente. Na
América Latina, somente 3,2% da população possui acesso à Internet.
Deputado promove seminário para debater o Fust
[20.09.2002]
André Silveira, de Brasília
O deputado Sérgio Miranda (PC do B-MG) promoverá, na próxima
segunda-feira, 23, o seminário Fust 2003. O evento, que ocorrerá na
sede da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais, em Belo
Horizonte, contará com a participação de entidades, como Abep
(Associação Brasileira das Empresas Públicas), Assespro-MG
(Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação,
Software e Internet), Fumsof (Sociedade Mineira de Software),
SindInfor (Sindicato das Empresas de Processamento de Dados do
Estado de Minas Gerais), Consed (Conselho Nacional dos Secretários
de Educação), Prodabel (Empresa de Informática e Informação do
Município de Belo Horizonte), FIEMG (Federação das Indústrias do
Estado de Minas Gerais) e Câmara da Industria da Tecnologia da
Informação.
O objetivo, segundo a assessoria do deputado, é reunir os mais
amplos setores da sociedade que, de alguma forma, se envolveram nos
debates sobre o Fundo de Universalização dos Serviços de
Telecomunicações (Fust) para, agora, apresentarem, em conjunto, uma
proposta para o novo formato do programa que está sendo elaborado
pela Anatel. Além de tirar propostas para debate com a agência, o
seminário visa também assegurar um processo mais transparente para
elaboração dos programas e a aplicação correta e racional dos
recursos do fundo.
Programa de segurança do Fust entra em consulta pública
[20.09.2002]
André Silveira, do World Telecom
O Ministério das Comunicações inicia nesta sexta-feira, 20, o
processo de consulta pública do Programa de Segurança Pública, que
será financiado com recursos do Fundo de Universalização das
Telecomunicações (Fust). De acordo com a assessoria do ministério,
as sugestões e comentários poderão ser enviadas até o dia 9 de
outubro.
O encaminhamento das propostas pode ser feito por meio do formulário
eletrônico no endereço www.mc.gov.br ou por via postal para
Ministério das Comunicações/Secretaria Executiva (Esplanada dos
Ministérios, Bloco R, 8º andar, Gabinete - CEP 70044-900 -
Brasília-DF).
O objetivo do Programa de Segurança Pública é garantir às
organizações policiais o acesso aos sistemas do Ministério da
Justiça, estender esse acesso a unidades de apoio (cartórios,
institutos médicos legais, de identificação e de criminalística) e
propiciar o acesso aos bancos de dados do sistema penitenciário.
Blog
ComUnitário sobre o FUST