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FUST
Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações

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Notícias: Outubro-Dezembro 2002

 

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FUST - Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações

Telecomunicações - Questões jurídicas

SérgioMiranda
Página sobre o Fust

Conteúdo

- Fust : família de baixa renda terá subsídio de 50% na telefonia [01/10/2002]
- FUST: Minicom publica portaria do Programa de Segurança   [25/10/02]
- Minicom prepara documento para o governo de transição   [29/10/2002]
- Poder Judiciário quer recursos do Fust [12/11/2002]
- Governo propõe reter R$ 476 milhões do Fust [13/11/2002]
- Governo propõe reter R$ 476 milhões do Fust [14/11/2002]
- Destino do Fust está nas mãos do novo governo, diz Schymura [25/11/2002]
- FUST perde R$ 1,04 bilhão [05/12/2002]
- PT só deve usar parte da verba do FUST [04/12/2002]
- Anatel reabre discussões para programas do Fust [12/12/2001]


Notícias

Fust : família de baixa renda terá subsídio de 50% na telefonia [01/10/2002]

Patrícia Gomes, de Brasília
O Fust (Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações) vai subsidiar 50% da assinatura básica dos telefones fixos para a população de baixa renda. A portaria que institui o programa Telecomunicações será publicada, nesta quarta-feira, 2, no Diário Oficial da União.
De acordo com o Ministério das Comunicações, cerca de 8 milhões de famílias, cuja renda mensal per capita não ultrapasse meio salário mínimo, além de 284 mil propriedades rurais, serão beneficiadas pelo programa. Também deverão ser instalados cerca de 12,8 mil telefones públicos nas localidades com menos de 100 habitantes.
Apesar da publicação da portaria nesta quarta-feira,2, o programa só deverá sair do papel no próximo governo. A Anatel deverá detalhar o programa durante a elaboração do seu plano de metas. Mas, a licitação para a contratação das empresas, responsáveis pela prestação dos serviços, não deverá ocorrer este ano.
O ministro informou por meio de sua assessoria de imprensa que continua mantendo como prioridade o programa Educação, o primeiro a ser lançado. O programa teve o seu edita revogado depois de várias contestações na Justiça e no TCU (Tribunal de Contas da União).
A grande expectativa das operadoras de telefonia é com a possibilidade de habilitar ao menos parte dos mais de 10 milhões de terminais instalados, mas ainda fora de atividade em função da baixa renda do brasileiro.
A análise feita pelo próprio governo é a de que o excesso de oferta ainda não responde pela demanda das classes D e E porque essas camadas da população não possuem recursos suficientes sequer para arcar com a assinatura básica do serviço.
O Fust arrecadou no ano passado R$ 1,045 bilhão, segundo a Anatel. Este ano, até agora, foram arrecadados R$ 991 milhões.


FUST: Minicom publica portaria do Programa de Segurança   [25/10/02]

André Silveira, do World Telecom
O Ministério das Comunicações (Minicom) publicará, no Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira, 25, a portaria que define os projetos básicos do Programa de Segurança Pública, o qual será financiado com recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (FUST).
O objetivo deste programa é promover a integração de unidades policiais, de apoio e do sistema penitenciário por meio do acesso aos serviços de telecomunicações. Conforme a assessoria de imprensa do ministério, o projeto de integração das unidades policiais prevê a interligação de unidades móveis, patrulheiros, centros integrados de atendimento e demais unidades do sistema.
Na área de apoio, serão promovidos o intercâmbio e a integração dos sistemas de informações de cartórios, institutos de identificação, criminalística e médico legais com órgãos judiciários e de segurança pública. No projeto de integração do sistema penitenciário, o programa viabilizará o acesso on-line à informações constantes de prontuários de detentos e condenados.
Com a publicação desta portaria, o Ministério das Comunicações conclui a definição dos sete programas que compõem o Fust: Educação, Saúde, Bibliotecas, Telecomunicações, Portadores de Deficiência, Regiões Remotas e de Fronteiras e Segurança Pública. Agora, cabe à Anatel elaborar os planos de metas dos programas e lançar o edital para contratação dos serviços.
Esta portaria foi elaborada com base em uma consulta pública, que o Ministério das Comunicações realizou entre 20 de setembro e 17 de outubro.
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Minicom prepara documento para o governo de transição   [29/10/2002]

Patrícia Gomes, de Brasília
O secretário-executivo do ministério das Comunicações, Maurício da Almeida Abreu, será o interlocutor da pasta com o governo de transição. Após a definição das eleições presidenciais, com a vitória do candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, Quadros afirmou que pretende trabalhar na iniciativa privada a partir do próximo ano. No documento elaborado pelo Ministério que será entregue ao governo de transição estão temas como a renovação dos contratos das concessionárias de telefonia fixa e a aplicação dos recursos do Fust (Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações). Mas o atual ministro, Juarez Quadros, acredita que a redução da carga tributária deverá estar entre as prioridades do governo de Luiz Inácio Lula da Silva para levar os serviços de telecomunicações às classes mais baixas da população. Os termos dos novos contratos de concessão serão propostos pela Anatel até o fim deste ano, mas ficarão em consulta pública até meados do próximo ano, período em que o novo governo poderá apresentar suas sugestões e orientações. Ele também destacou a importância de definição do quadro de pessoal da Anatel, tema que acaba deixando pendente também a liquidação da Telebrás, que possui funcionários cedidos à Agência. Com relação à TV digital, o ministro lembrou que a negociação de contrapartidas deverá ocorrer antes da escolha brasileira. Sobre isso, dificilmente o governo conseguirá avançar com novas decisões até o fim do ano. Ao avaliar a atuação do governo Fernando Henrique Cardoso, Quadros destacou a importância da evolução das "metas físicas", antecipadas de 2003 para 2001, o que resultou na existência até agosto de 31 milhões de terminais móveis e 50 milhões fixos em todo o país.


13.11.2002

Só há uma hipótese para tentativa de aplicação do FUST ao custeio de projeto como esse (abaixo): seria a de se considerar integrado o serviço judiciário a atividades de órgãos de segurança pública (o que, particularmente, acho discutível, pela natureza jurídica do serviço judiciário e do conceito, igualmente jurídico, de "órgãos de segurança pública").
Nesta hipotética integração, aplicar-se-ia o inciso "X", do art. 5o, da Lei 9998/2000: "...X - implantação de acessos individuais para órgãos de segurança pública...".
Ou, então - e com vinculação, a meu ver, ainda mais distante - se se considerar as unidades judiciárias de regiões puramente remotas (apenas as de regiões remotas) como meras unidades, "in genere", do serviço público, para o que diz o inciso "XI" seguinte: "...XI - implantação de serviços de telecomunicações em unidades do serviço público, civis ou militares, situadas em pontos remotos do território nacional".
Uma última alternativa seria, ainda, a de o serviço judiciário, para o recebimento destes recursos, vir a ser considerado interesse estratégico nacional, aplicando-se, aí, o inciso "IX" : " "...IX - atendimento a áreas remotas e de fronteira de interesse estratégico...".
Não há, fora dessas hipotéticas e forçadas interpretações, amparo, na Lei do FUST, para a aplicação abaixo, porque não parece íntima a ligação legal do fundo com as atividades judiciárias - da ponta.
O FUST, pelo grosso de recursos que recebe mensalmente - e que já acumula nesses dois anos de existência - vai despertando os mais amplos interesses nacionais, nem sempre vinculados ao texto estrito da Lei 9998/2000, mas é preciso sempre lembrar que a aplicação de seus recursos somente poderá se dar "secundum legem".

Fernando Botelho


Poder Judiciário quer recursos do Fust   [12/11/2002]

André Silveira, de Brasília

O Poder Judiciário também pretende usufruir de uma parcela do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust). A idéia é do presidente do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, desembargador Carlos Alberto Dutra Cintra. Além de ter solicitado o apoio ao presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), o desembargador já fez a proposta ao ministro da Justiça, Paulo de Tarso Ribeiro.

A idéia seria utilizar parte dos recursos para interligar as redes de dados dos Tribunais de Justiça do País. Nilson Naves prometeu se empenhar para a utilização do Fust pelo Judiciário, uma vez que a proposta vem ao encontro de seu projeto de modernização da Justiça.

Recentemente, Naves levou aos presidentes dos TJs do Brasil a proposta de acordo entre STJ, Conselho da Justiça Federal (CJF), Tribunais Regionais Federais (TRFs) e o Departamento da Polícia Federal para integração on-line dos bancos de dados dessas instituições, como forma de combate ao crime. A criação de uma rede interligada dos TJs, segundo Naves, iria facilitar essa união de esforços contra o crime organizado no Brasil.


14.11.2002

Este contingenciamento - ainda que definido pela LOA - viola a finalidade legal do FUST e a especificidade de seus recursos, além de desvirtuar o objetivo para o qual arrecadada, às operadoras, a CIDE/FUST, que passa a uma dissimulação finalística, consequentemente a características de imposto travestido, a tornar o tributo inexigível.
Além disso, a informação - dada abaixo - de que parte do recurso financeiro atual do FUST teria sido "descontingenciado" e aplicado, neste ano, a alguma das finalidades do fundo não correspondente, em absoluto, à realidade: nenhum projeto FUST saiu ainda do papel, ou recebeu um centavo sequer dos bilhões de reais que o fundo já arrecadou até hoje.
Questões que precisam ser revolvidas por um governo de visão menos monetarista e melhor cumpridor da lei.

Fernando Botelho


Governo propõe reter R$ 476 milhões do Fust  [13/11/2002]

André Silveira, de Brasília

Se a proposta orçamentária do atual governo para o próximo ano for aceita no Congresso Nacional, o Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust) terá R$ 476 milhões contingenciados, ou seja, o valor será retido no Tesouro Nacional e não deverá, pelo menos a princípio,ser usados nos programas já definidos.

Segundo o ministro do Planejamento, Guilherme Dias, como este recurso está vinculado, poderá ser desembolsado, desde que ocorra uma melhora na situação fiscal. “Não há mudança de finalidade, mas há dificuldades de arrecadação e muita despesa”, diz.

A retenção dos recursos do Fust não é novidade. Este ano, apenas R$ 37 milhões foram liberados pela equipe econômica do governo para aplicação nos programas. Segundo estimativas, no início de 2003, o fundo contará com cerca de R$ 2 bilhões.

Caso o contingenciamento seja confirmado, programa como: Internet escolar e telefonia em comunidades carentes e rurais ainda poderão ser viabilizados.

O deputado Jorge Bittar (PT-RJ) prefere não adotar uma posição enquanto que a Comissão Mista do Orçamento no Congresso Nacional não tiver clareza das fontes de receita e das despesas. “É importante observar todo o conjunto”, avalia.



Governo propõe reter R$ 476 milhões do Fust    [14/11/2002]

Worldtelecom
Se a proposta orçamentária do atual governo para o próximo ano for aceita no Congresso Nacional, o Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust) terá R$ 476 milhões contingenciados, ou seja, o valor será retido no Tesouro Nacional e não deverá, pelo menos a princípio ser usado nos programas já definidos.
Segundo o ministro do Planejamento, Guilherme Dias, como este recurso está vinculado, ele poderá ser desembolsado desde que ocorra uma melhora na situação fiscal. “Não há mudança de finalidade, mas há dificuldades de arrecadação e muita despesa”, diz.
A retenção dos recursos do Fust não é novidade. Este ano, apenas R$ 37 milhões foram liberados pela equipe econômica do governo para aplicação nos programas. Segundo estimativas, no início de 2003, o fundo contará com cerca de R$ 2 bilhões.
Caso o contingenciamento seja confirmado, programa como: Internet escolar e telefonia em comunidades carentes e rurais ainda poderão ser viabilizados.
O deputado Jorge Bittar (PT-RJ) prefere não adotar uma posição enquanto que a Comissão Mista do Orçamento no Congresso Nacional não tiver clareza das fontes de receita e das despesas. “É importante observar todo o conjunto”, avalia.
Com reportagem de André Silveira, de Brasília


27.11.2002
Continua inacreditável a quantidade de coisa - e de idas-e-vindas - que se fala e se falou, no âmbito da administração pública, sobre esse fundo (FUST) até hoje(ver mais uma, abaixo).
Tudo, rigorosamente tudo, em prol da sustentação de uma visão puramente monetarista do fundo, que, sem dúvida, é o de maior alcance social com aporte de recursos substanciosos, de que se tem notícia.
Esse contingenciamento é absurdo, ilegal, e torna a própria CIDE/FUST inexigível.
Além desses dois bilhões já "em caixa", o FUST prossegue arrecadando, a cada mês, algo em torno de 35 milhões de reais, depositados, eletronicamente, todo dia 10, no caixa único do Tesouro Nacional, onde são apropriados sob esta forma espúria de contingenciamento, deixando 13 metas sociais - as mais significativas - sem qualquer atendimento.
Esse, portanto, o resultado que a administração pública federal lega, sobre o FUST, paraa o próximo governo: um fundo que arrecada enormemente, mas que não gastou um centavo sequer no cumprimento de um metro que fosse, de uma de suas 13 metas sociais.
É bom prestar atenção ao que o novo governo irá fazer sobre isso, à partir de 01.01.2003.

Fernando Botelho


Destino do Fust está nas mãos do novo governo, diz Schymura   [25/11/2002]

Worldtelecom
O presidente da Agência Nacional de Telecomunicações, Luiz Guilherme Schymura, reconheceu nesta segunda-feira, 25, em evento em São Paulo, que o órgão regulador não tem autonomia para definir o destino dos recursos do Fust (Fundo para Universalizalização dos Serviços de Telecomunicações).
Segundo ele, trata-se de uma estratégia governamental que, agora, será transferida às mãos do governo comandado por Luiz Inácio Lula da Silva.
O executivo disse, ainda, que o montante arrecadado nos dois anos de vigência do imposto, R$ 2 bilhões, é insuficiente para a universalização.
“Se quiséssemos atender aos 20 milhões de domicílios que não têm acesso ao serviço telefônico hoje, subsidiando uma conta de transmissão de voz no valor de R$ 20 reais, teríamos uma despesa de R$ 5 bilhões”, exemplificou o presidente do órgão regulador.
Segundo Schymura, mesmo que os recursos do Fust fossem canalizados para telecomunicações – boa parte, atualmente, está retido pelo Tesouro – a decisão de como aplicá-los não seria simples.
“É preciso decidir o público a ser beneficiado -- se classe D com serviço de voz ou C com dados em dados”, ressaltou, ao dizer que a idéia, no caso de transmissão de dados, seria oferecer acesso a banda larga.
Com reportagem de Ceila Santos
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FUST perde R$ 1,04 bilhão   [05/12/2002]

Worldtelecom
Um bilhão e quarenta milhões de reais, arrecadados pelo Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (FUST) ao longo de 2001, estão desvinculados do tributo. A Medida Provisória 59 autoriza a aplicação da verba em qualquer outra finalidade, mesmo que diferente dos sete programas previstos pelo FUST.
Estes recursos já tinham sido retidos pelo Tesouro Nacional, porém continuavam vinculados aos objetivos do Fundo. A Medida Provisória que desvincula os R$ 1,04 bilhão arrecadados em 2001 aguarda votação na Câmara dos Deputados, tornando-se lei federal do governo do FHC.
“A equipe do governo eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, não contará com este dinheiro para a aplicação nos programas do FUST”, frisa o deputado Walter Pinheiro (PT-BA).
Os R$ 1,1 bilhão arrecadados este ano - apesar de também estarem retidos no Tesouro Nacional para superávit primário do atual governo -assim como os recursos de 2001, continuam vinculados ao FUST. Ou seja, dos R$ 1,14 bilhão, arrecadados entre os anos de 2001 e 2002, nada foi aplicado nos sete programas de universalização que originaram o imposto. Estima-se que foram liberados apenas R$ 37 milhões para o objetivo primordial do FUST.
“Desde quando o setor de telecomunicações vem sendo tributado, nenhum recurso arrecadado foi revertido para melhorias no setor. É importante que esta prática seja finalizada”, revolta-se Antônio Santos, vice-presidente da Associação Nacional dos Prestadores dos Serviço Móvel Celular (Acel).
A informação da desvinculação dos recursos do FUST foi repercutida nesta terça feira, 3, durante o seminário do setor, que acontece em Brasília.
Com reportagem de André Silveira


PT só deve usar parte da verba do FUST   [04/12/2002]

Luiz Queiroz, de Brasília
O deputado Jorge Bittar (PT/RJ), cotado para ministro das Comunicações, admitiu nesta quarta-feira, 4, que o Governo Lula deverá começar o próximo ano gastando apenas os R$ 120 milhões previstos no Orçamento da União para o Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (FUST).
A hipótese de liberar pelo menos R$ 1,1 bilhão recolhidos das empresas este ano, mas que encontram-se contingenciados pela equipe econômica é possível, mas o parlamentar admite que isso dependerá de uma análise prévia sobre o impacto que causaria nas contas públicas e na meta de superávit primário de 3,75% do PIB (Produto Interno Bruto) acordada com o Fundo Monetário Internacional (FMI).
Há dois anos, o governo vem arrecadando o FUST das empresas de telecomunicações, mas não aplica os recursos em função de não ter projetos específicos para o setor. O dinheiro está parado na conta do Tesouro Nacional ajudando ao governo a fazer superávit fiscal.
Ao todo, o governo dispõe de R$ 2,205 bilhões em caixa. Como ainda pode liberar R$ 1,161 bilhão, isto significa que a outra parte ( R$ 1,044 ) já não tem mais como ser resgatada.
Bittar diz que os recursos do FUST são carimbados e não podem ser repassados para outros programas. Mas admite que, como o dinheiro faz parte de um esforço arrecadatório para gerar superávit e garantir o acordo com o FMI, fica difícil mexer no total.
Para 2003, o Orçamento da União prevê uma arrecadação com o FUST da ordem de R$ 576 milhões. Mas apenas R$ 120 foram liberados pois o restante será contingenciado para novamente o governo fazer caixa.


Anatel reabre discussões para programas do Fust  [12/12/2001]

Quinta, 12 de dezembro de 2002 - 15h12

Ceila Santos

A Agência Nacional das Telecomunicações – Anatel –retoma as discussões sobre os projetos a serem beneficiados pelo Fust em 2003. A primeira etapa será a realização de um seminário nacional envolvendo representantes das prestadoras de serviços, escolas, secretarias de estados, Câmara dos Deputados e Senado.
Na sequência, informa Edmundo matarazzo, superintendente de serviços públicos da Anatel, será aberta uma consulta pública para delinear o teor da licitação.
Já se definiu, no entanto, que este novo edital terá como diferença básica das iniciativas anteriores o fato avaliar o custo apenas do meio de comunicação, deixando para o órgão beneficiado a responsabilidade de determinar a infra-estrutura de hardware e software.

Esta decisão decorre principalmente da disputa judicial, promovida pela Microsoft contra a adoção do sistema operacional Linux, para o programa internet escolar.

Matarazzo ratificou que a discussão em torno da desvinculação das verbas do Fust não procedem. “A MP 59 que desvincula as verbas contingenciadas no Tesouro Nacional não afeta os recursos do Fust, medida que precisaria de uma alteração constitucional”, afirmou.


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