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Comunicado à imprensa
feito pela Anatel sobre a
Proposta do SCD [06/10/2004]
- Artigos
- Teles criam plano alternativo
ao SCD - Ana Paula Oliveira
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Confusão digital - Fernanda Pressinott
- O diagnóstico da Anatel - Ethevaldo Siqueira
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Aprende Brasil
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Gonçalves
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- Mercado brasileiro de comunicações deve crescer 4,5% ao ano até
2009
- Disputa deve atrasar ainda mais internet nas escolas
- Procurador quer MP para pôr internet nas escolas já
- Governo lança edital para a seleção de pesquisas
- Abranet questiona licenças do SCD
- Anatel e MEC abrem as portas para o software livre
- Íntegra
da proposta de regulamento do Serviço de Comunicações Digitais (SCD)
divulgada para consultas em 19/11/2003, aprovada
pelo seu Conselho Diretor.
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- Notícias e documentos internos da ANATEL
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Comunicado à Imprensa
Assessoria de Imprensa -
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Fax: (61) 2312-2726 - E-mail: imprensa@anatel.gov.br
Brasília, 6 de outubro de 2004.
ANATEL ENCAMINHA AO EXECUTIVO PROPOSTA DE
CRIAÇÃO DE SERVIÇO PARA INCLUSÃO DIGITAL
O presidente da Agência Nacional de Telecomunicações - Anatel, Pedro
Jaime Ziller
de Araújo, anunciou na tarde desta sexta-feira, 8, que encaminhou
esta manhã ao
Ministro das Comunicações, Eunício Oliveira, a proposta de
criação do Serviço de
Comunicações Digitais (SCD), o qual se destina à inclusão
digital de escolas,
bibliotecas, hospitais, áreas fronteiriças e instituições que
atendem a pessoas com
deficiências, entre outros.
O atendimento a essas instituições, que somam cerca de 300 mil
pontos em todo o
País, será custeado com recursos do Fundo para Universalização dos
Serviços de
Telecomunicações (Fust), sendo cerca de 170 mil desse total escolas
de ensino
médio e, outros 15 mil, bibliotecas. Aproximadamente 100 mil dessas
escolas se
localizam em áreas rurais, onde hoje não há metas de universalização
contratuais
que obriguem o atendimento pelas concessionárias de STFC.
O Fust já arrecadou mais de R$ 3 bilhões desde 2001. Pedro Jaime
estimou que o
serviço pode começar a ser ofertado em 2005 e que, “em cinco anos,
todo esse
universo de instituições poderão ser atendidas pelo SCD, ao custo
anual de
aproximadamente R$ 500 milhões”.
Ziller informou que a proposta entregue ao ministro esta manhã foi
devidamente
fundamentada com uma Exposição de Motivos e uma minuta de decreto
propondo a
instituição do ”Serviço de Comunicações Digitais – SCD”, conforme
deliberação
consensual do Conselho Diretor da Agência, em reunião (a 318ª)
realizada na
quarta-feira, dia 06/10. A proposição de serviços em regime público
– caso do SCD
Agência Nacional de Telecomunicações - APC – é feita pela Anatel à
Presidência da República por intermédio do Ministério das
Comunicações.
REGIME PÚBLICO
De acordo com a Exposição de Motivos, o SCD seria explorado em
regime público, nas modalidades de concessão ou permissão, conforme
o caso, a título oneroso, mediante procedimento licitatório
realizado pela Agência, nos termos da Lei nº 9.472, de 1997, e
regulamentação aplicável.
O SCD permitirá o atendimento das necessidades de telecomunicações
dos programas, projetos e atividades direcionados às entidades
beneficiadas pelo art. 5º da Lei nº 9.998, de 2000 (Lei do Fust), e
pode incluir, dentre outros:
1 – a utilização de serviços de redes digitais de informações, em
alta velocidade, destinadas ao acesso público, inclusive para acesso
à Internet, e;
2 – o fornecimento de conjuntos completos de equipamentos ou
aparelhos, dispositivos e demais meios necessários à fruição do
serviço, seus acessórios, softwares e periféricos, terminal de
telecomunicações e respectivos softwares para operação pelos
usuários.
Para Pedro Jaime, a criação do SCD representa ação efetiva na busca
de se alcançar o objetivo primordial do Governo Federal para
promover a inclusão digital da sociedade brasileira.
Nesse âmbito, revela-se alavanca do desenvolvimento social e de
afirmação da cidadania, com contribuição significativa para acelerar
o processo de desenvolvimento e de capacitação, reduzir as
disparidades regionais e nacionais e promover a inclusão social.
Somente com as atividades de instalação e manutenção do serviço, bem
como com treinamento dos usuários nas escolas e demais instituições
o SCD pode gerar cerca de 10 mil empregos diretos, na avaliação de
Pedro Jaime.
Agência Nacional de Telecomunicações - APC
O SCD significa, ainda, um marco brasileiro para a consecução dos
objetivos e metas fixados pela Cúpula Mundial da Sociedade da
Informação, realizada em Genebra, na Suíça, em 2003.
CONTINUIDADE E UNIVERSALIZAÇÃO
A instituição do SCD pretende, também, em consonância com o art. 2º
da LGT,garantir a toda a população o acesso às telecomunicações, a
tarifas e preços razoáveis e em condições adequadas; estimular a
expansão do uso de redes e serviços de telecomunicações; promover a
diversidade dos serviços; propiciar padrões de qualidade compatíveis
com a exigência dos usuários; criar oportunidades de investimentos;
estimular o desenvolvimento tecnológico e industrial, bem como criar
condições para que o desenvolvimento do setor seja harmônico com as
metas de desenvolvimento do País.
O SCD, tal como proposto, é consistente com o Acórdão nº 1.107/2003,
do Tribunal de Contas da União (TCU), aprovado na Sessão Ordinária
do Plenário do TCU realizada em 13 de agosto de 2003, emitido
mediante Consulta Formal do Ministério das Comunicações feita ao
órgão por intermédio do Aviso nº 67/2003- MC, de 24 de março de
2003. Vale dizer, em síntese, que o SCD atende a todos os
dispositivos legais e regulamentares relativos à utilização de
recursos oriundos do FUST.
O novo serviço caracteriza-se, ainda, pela imposição de obrigações
de continuidade e de universalização, que a própria União deve
assegurar, de forma a fazer prevalecer o interesse da coletividade
sobre o particular, e assim assegurar o interesse público quando de
sua prestação, conforme o estabelecido na LGT e na Lei do FUST. A
matéria foi submetida ao Conselho Consultivo da Anatel, em sua 62ª
Reunião Extraordinária, realizada em 23 de setembro de 2004,
convocada em
atendimento ao disposto no inciso II do artigo 35 da LGT.
Assessoria de Imprensa – Anatel
ARTIGOS
Há um consenso no setor de telecom
de que o Serviço de Comunicações Digitais (SCD) deve demorar
ainda um bom tempo para ser definido, aprovado e implementado no
País.
Analistas de mercado e executivos das operadoras avaliam que, no
melhor dos cenários, o novo serviço desenhado pela Anatel não
entrará em operação antes do fim de 2005.
Como depende da liberação da verba
do Fundo de Universalização de Serviços de Telecomunicações (Fust),
estimada em cerca de R$ 3 bilhões para este ano, as
concessionárias de telefonia fixa já estão se movimentando para
se antecipar e principalmente garantir a liberação dos recursos,
no máximo, até o ano que vem, mesmo que o SCD não consiga ser
implementado em tempo hábil.
A Telemar foi uma das primeiras a
anunciar, no início de julho, um projeto de internet gratuita
para 1,5 mil escolas públicas que já têm computadores instalados
e estão situadas em áreas nas quais a operadora oferece o Velox,
serviço de internet banda larga.
A estratégia é fornecer o serviço de forma gratuita por um ano,
mas a previsão da Telemar é que, até meados de 2005, ele passe a
ser remunerado, de preferência com o repasse dos recursos do
Fust.
Para viabilizar o projeto
Comunidade Digital Telemar, como foi batizado, a concessionária
fechou acordos diretamente com os governos dos estados e
municípios de sua área de concessão.
Antes disso, porém, a proposta foi apresentada ao ministro das
Comunicações, Eunício Oliveira, que deu o aval para que a
operadora levasse a iniciativa adiante.
Somente depois do sinal verde do ministério é que a Anatel foi
informada sobre o assunto.
O consultor estratégico da
Telemar, Mário Dias Ripper, diz que a intenção foi realmente se
adiantar à oferta de serviços de inclusão digital proposta pelo
SCD. “A Telemar é atualmente a maior contribuinte do Fust e não
vamos esperar até que o SCD fique pronto para fazermos alguma
coisa”, afirma.
A expectativa do executivo é que o SCD seja definido até julho
de 2005, quando o serviço passará a ser pago com recursos do
Fust. “Se até lá a Anatel conseguir resolver todos os detalhes
do SCD, ela poderá contratar quem quiser para continuar
oferecendo a mesma solução”, diz Ripper.
Embora não confirmem oficialmente,
a Brasil Telecom e a Telefônica também já estão discutindo com o
Ministério das Comunicações a implantação de projetos
semelhantes em suas áreas de atuação.
Fontes do ministério garantem que as duas concessionárias estão
prestes a assinar os acordos.“É uma questão de tempo, mas em
breve será oficial”, revela uma delas, que pediu para não ser
identificada.
Uma das pontas do novelo da Brasil
Telecom foi revelada no fim de agosto, quando a operadora
anunciou a assinatura de um acordo com o governo de Goiás para a
informatização de cem instituições de ensino daquele estado.
O programa, chamado de Cyber Escolas, prevê a instalação de 2,2
mil estações de trabalho nas instituições, beneficiando cerca de
90 mil alunos.
O projeto adotado pela Brasil
Telecom é um pouco diferente do desenvolvido pela Telemar.
Ele prevê a instalação de estações de computadores nos
estabelecimentos de ensino – nos moldes dos antigos “terminais
burros”, ou seja, sem centrais de processamento próprias, mas
que funcionam em rede, conectadas ao mainframe, ou, no modelo
atual, ligados ao data center da operadora.
Por meio desses terminais, os estudantes poderão ter acesso a
aplicativos, e-mail e internet.
Caminho mais curto
Tudo leva a crer que a iniciativa
da operadora é apenas um dos pedaços da estratégia. A CPM, uma
das empresas envolvidas com a Anatel no desenho do SCD, é a
principal parceira da Brasil Telecom para o fornecimento das
plataformas de computação que serão instaladas nas escolas.
Além disso, a adoção de terminais baratos ligados a um data
center também foi uma das idéias bastante defendidas pela Anatel
durante as apresentações preliminares do SCD.
Apesar de atenuar o problema da
exclusão digital, o que é bastante positivo, essas iniciativas
independentes das operadoras abrem um precedente perigoso ao
percorrer o caminho inverso ao normalmente adotado nas questões
do setor.
Ao levarem suas propostas primeiro ao Minicom em vez de à Anatel,
que seria o procedimento mais correto, as teles acabam passando
por cima da agência reguladora.
Assim, quando o SCD for implantado, o órgão fica praticamente
obrigado a apoiar os projetos, mesmo que não estejam totalmente
ajustados às regras que venham a ser adotadas para o novo
serviço, já que os mesmos chegam com o aval prévio do Ministério
das Comunicações.
Não se pode dizer, no entanto, que
a Anatel não tenha sua parcela de culpa nessa história. A demora
da agência na avaliação das propostas, na conclusão da consulta
pública e na solução dos problemas, além de não esclarecer as
dúvidas em relação ao SCD, deu margem para que as
concessionárias saíssem à frente com seus projetos, já que as
escolas são um segmento importante para elas.
Além disso, o projeto de lei enviado ao Congresso Nacional, que
trata das competências das agências reguladoras, contribuiu
também para fragilizar o papel da Anatel, já que propõe que o
Minicom decida todas as questões estratégicas enquanto a agência
atue apenas como um órgão técnico e fiscalizador.
A fonte do Minicom afirma que
projetos como o da Telemar e da Brasil Telecom são vistos com
bons olhos tanto pelo ministro quanto pela própria Anatel e que
não há nenhuma intenção de esvaziar ou anular os esforços da
agência reguladora para promover a inclusão digital. “Na
verdade, essas iniciativas poderão servir como ‘antecessoras do
SCD’, preparando o terreno para que a Anatel consiga levar a
internet em banda larga a todas as escolas do País”, conclui.
Ana Paula Oliveira
Origem:
Site TelComp
Visite!
Confusão digital
Autor: Fernanda Pressinott - Teletime
Data : 30/4/2004
Serviço de Comunicações Digitais (SCD) nasceu polêmico, foi
criticado por ter sido criado em modalidade de concessão, por ter
uma plano de metas e outorgas ousado e alguns criticaram até a
participação das atuais incumbents na licitação.
Uma vez definido,
seus problemas não terminaram.
Agora, os interessados em participar
do novo serviço, que pretende levar acesso em banda larga às mais
remotas regiões do País, questionam como criarão um plano de
negócios para atender os clientes mandatários (que receberão os
recursos do Fundo de Universalização das Telecomunicações - Fust) e
os clientes comerciais, se as regras para a prestação desse serviço
continuam obscuras para todos os envolvidos.
Com base em entrevistas
com consultores, representantes dó governo e interessados no SCD,
TELETIME mostra o que deve ser levado em consideração pelas empresas
na hora de criar seus business plans.
O que se sabe é que os quase
R$ 3 bilhões do Fust contigenciados pelo governo federal serão
liberados aos poucos, aproximadamente R$ 500 milhões por ano.
Até
aí, não há controvérsia, afinal os possíveis candidatos à prestação
do serviço sabem que não conseguirão atender os 300 mil pontos
mandatários estabelecidos pela Agência Nacional de Telecomunicações
(Anatei) e pelo Ministério das Comunicações (Minicom) em poucos
anos.
Mas, daí em diante a consulta pública n° 480, com as regras do
serviço, não esclarece absolutamente mais nada, Algumas dúvidas
importantes:
• Por que foram definidas 11 áreas descontínuas (veja mapa) para o
SCD?
• Quantos são os pontos mandatários dentro de cada uma dessas
regiões?
• Por que uma concessionária, mesmo que tenha o melhor plano de
negócios com as menores tarifas, não pode prestar serviço em mais de
uma região?
• Quem fornecerá o conteúdo de banda larga e qual será este
conteúdo?
Enquanto esses pontos não forem esclarecidos pela Anatei será
difícil as empresas criarem planos de negócios.
O assessor especial
do Minicom, Márcio Wohlers, declarou que o estudo do CPqD que ajudou
a definir as áreas para a prestação do serviço será posto à
disposição dos interessados antes de definidas as regras finais do
SCD ainda sem prazo.
O superintendente de universalização da Anatel,
Edmundo Matarazzo, também afirmou que o documento em consulta
pública é apenas o primeiro, o que não impede que analisadas as
quase 1,5 mil contribuições, mudem as regras do Plano Geral de Metas
de Universalização (PGMU) e do Plano Geral de Outorgas (PGO).
Enquanto isso não ocorre, pode-se destacar alguns pontos
importantes.
Primeiramente, é bom lembrar que na licitação do SCD
serão considerados os critérios tarifa e custo.
Isto porque, de
acordo com a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU), na
prestação dos serviços às escolas (180 mil dos 300 mil pontos
mandatários), os recursos do Fust cobrirão equipamentos, instalação,
manutenção e provimento de acesso. Significa que todos esses custos
e as tarifas de prestação do serviço serão repassados pelas
concessionárias à Anatel, que providenciará o reembolso com o
dinheiro do fundo. Mas nos casos de postos de saúde, os recursos
públicos só cobrirão o custo da instalação do acesso. O serviço
(tarifa) será pago pela entidade à qual o posto é vinculado -
Secretária da Saúde, Ministério da Saúde etc.
Portanto, a
concessionária tem que levar em conta na hora de criar seu plano de
negócio os dois tipos de clientes mandatários.
Além desses clientes
públicos, se a concessionária de SCD quiser poderá atender a outros,
como cooperativas, por exemplo.
Porém, a tarifa praticada terá que
ser a mesma para todos os interessados.
"Será muito difícil
estabelecer um valor de serviço que leve em conta lugares ermos, sem
recursos, e ao mesmo tempo que não seja demais oneroso para clientes
estabelecidos em cidades com infra-estrutura e pessoal qualificado.
E tudo isso permitindo que a prestadora de serviço tenha um mínimo
de lucratividade", diz o diretor e sócio da consultoria Accenture,
Silvio Genesini.
Ganhará a licitação quem tiver o preço mais
agressivo. Porém, Genesini adverte que "todo cuidado é pouco na hora
de estabelecer esse valor, pois ele terá que ser praticado para
todos os clientes."
Embora esses itens sejam importantes, cada
região terá seus percalços.
"Elaborar um plano sem o detalhamento de
cada área é praticamente impossível; algumas regiões têm
infra-estrutura pronta, outras não tem nada e terão que ser
atendidas por satélite, o que torna o preço dez vezes maior",
reclama o consultor da F&R Engenheiros e prestador de serviços à Telemar, Mário Ripper.
Ele ainda questiona:
"Quem oferecerá os dados
sobre as regiões, os ministérios envolvidos em cada programa?
E os
dados estão atualizados?
Enquanto não tivermos isso, atiraremos no
escuro."
Aliás, a questão das 11 áreas e o plano de metas foram as
que mais geraram contribuições segundo o presidente da Anatel, Pedro
Jaime Ziller de Araújo.
Wohlers, do Minicom, diz que as áreas foram
estabelecidas para estimular a entrada de novos players diferentes
dos atuais, e a mescla de regiões foi feita com base no número de
instituições a serem beneficiadas pelos recursos do Fust.
"Por
exemplo, a Bahia tem mais entidades que usarão o Fust que Rondônia,
então juntamos os dois Estados para dar um equilíbrio", diz o
secretário. Ziller acrescenta que foi proposital o estabelecimento
de regiões com "filé e osso", mas sabe que a descontinuidade das
áreas é um problema. "É um empecilho, mas não toma inviável o
serviço e foi pensada e repensada por vários técnicos", esclarece.
Para as incumbents locais, as áreas do SCD deveriam coincidir com as
atuais regiões de Serviço Telefônico Fixo Comutado (STFC), o que
permitiria maior sinergia na prestação dos serviços e atendimento
mais rápido em locais onde já há infra-estrutura, ou pelo menos a
regulamentação deveria permitir que uma empresa prestasse serviço em
mais de uma região.
Os diretores de regulamentação da Telefônica,
Wagner Heidel, e da Embratel, José Roberto Souza Pinto, opinam que,
primeiramente, o concessionário de SCD deveria, atender as
instituições e a população dos grandes centros onde existe
infra-estrutura para depois, com o retorno do investimento, expandir
o atendimento para às regiões mais remotas.
"Há pobres e excluídos
digitais em todo 0 País, mas principalmente na periferia dos grandes
centros", diz Souza Pinto.
Em resposta, Wohlers, do Minicom, afirma
que se forem levadas em consideração tecnologias como xDSL realmente
as empresas têm razão - o custo é alto em regiões distantes, porém,
existem outras tecnologias como Wi-Fi, WiMax e MMDS que viabilizam o
projeto.
De outro lado, Célio Bozola, presidente da Impsat e do
conselho consultivo da TelComp, diz que o número de regiões deveria
ser maior, entre 100 e 150, e as incumbents deveriam ser proibidas
de participar da licitação do SCD: "Pequenas empresas poderiam
prestar o serviço e as concessionárias de STFC e outras empresas de
telefonia apenas alugariam suas infra-estruturas. Isso traria
competição."
Proposta ousada
A visão de Bozola é semelhante a uma ousada proposta de plano de
negócios, mas bem recebida por estudiosos de inclusão digital,
apresentada pelo presidente da Samurai - desenvolvedora de
equipamentos como a urna eletrônica brasileira -, Carlos Rocha.
Para
ele, o SCD deveria apenas seguir modelos de negócios que deram certo
em outras áreas, tal como o setor automobilístico que utiliza
revendas para chegar ao consumidor. Na indústria automobilística, a
montadora não pode vender direto para o cliente (Lei n.° 6.729, de
1979); empresas coincidentemente chamadas concessionárias fazem esse
trabalho.
Existem milhões de concessionárias automobilísticas, que
por serem menores que as montadoras, conhecem melhor os clientes e
conseguem atendê-los bem.
"As concessionárias ou franquias de SCD
poderiam ser organizações não-governamentais, pequenas empresas ou
qualquer entidade próxima ao cidadão", sugere Rocha.
"Elas fariam
parcerias com fornecedores de conteúdos de acordo com o interesse de
cada região e utilizariam a infra-estrutura das teles."
O dinheiro do Fust seria destinado às teles, que repassariam parte
para suas franqueadas e colaboradores.
"A proximidade do concessionário com os
usuários, em forma de empresa ou ONG, evitaria um problema que
existe em alguns telecentros montados por grandes empresas -
oferecem a infra-estrutura e as pessoas acabam utilizando-a para
bater papo na internet." .
A proposta de Rocha não é estranha
para muitos dos envolvidos. Foi apreciada por consultores como Genesini, da Accenture, e o representante do comitê eletrônico do
governo federal, Rodrigo Assumpção.
Eles defendem que a comunidade
possa participar ativamente do processo de inclusão digital, e essa
seria uma boa maneira.
Obviamente, as incumbents não gostam muito da
idéia. "Introduzir um terceiro qualquer na utilização da rede só
encarecerá o serviço", argumenta o diretor de assuntos regulatórios
da Brasil Telecom (BrT), Luiz Otavio Marcondes.
Evitar a competição
O posicionamento das incumbents é uma maneira de evitar a competição
nos serviços de banda larga, e não uma disputa pelos recursos.
Isto
porque, levando-se em consideração as estimativas de que o governo
liberará aproximadamente R$ 50,0 milhões do Fustpor ano, essa será
uma fonte de receita muito pequena para essas empresas. "Juntas elas
devem ganhar, livre de impostos, R$ 25 bilhões por ano. Então, R$
400 milhões ou R$ 500 milhões divididos entre 11 concessionárias não
farão a mínima diferença para elas.
Em contrapartida, para uma
pequena empresa, esse valor representa uma fortuna", opina Genesini.
A não ser que as concessionárias locais criem um plano de negócios
muito interessante que as permita explorar o SCD para clientes
comerciais, o valor realmente não parece tão interessante.
Mas um
outro fato pode lhes chamar a atenção.
No regulamento do SCD está
previsto que a concessionária ganhadora da licitação terá garantia
de exclusividade até 2009, quando a Anatei decidirá se dará ou não
autorizações para que entrantes ofereçam o serviço. "Isso representa
um novo período de monopólio, pelo menos onde as incumbents ganharem
a licitação", diz Bozola, da Impsat.
De qualquer forma, o temor das
teles parece infundado.
O presidente da Anatel tem certeza de que o
concessionário de SCD - por ter que prestar o serviço em regiões
mais distantes e arcar com diferentes custos - não conseguirá
competir com as concessionárias locais em termos de preço para o
usuário final de banda larga.
"Em grandes cidades e para usuários
finais, as teles locais têm planos audaciosos de preços dificilmente
combatíveis. O SCD será interessante para uma cooperativa, por
exemplo, que está longe da rede das incumbents", afirma Ziller.
Conteúdo
O conteúdo é o ponto mais indefinido da discussão sobre o SCD.
Ninguém sabe ao certo o que poderá ser oferecido nessa rede de
banda larga e como o fornecedor será remunerado. Além disso, a Anatel e o Minicom nunca deixaram claro se os ministérios envolvidos
nos programas do Fust, como o da Saúde e Educação, oferecerão algum
tipo de conteúdo.
Outras questões precisam ser respondidas como, por
exemplo, se os recursos do Fust poderão cobrir a criação de um
conteúdo que tenha interesse comunitário.
Ou se, inicialmente, os
usuários terão acesso apenas a sites existentes como os dos governos
federal, estaduais e municipais, Polícia Militar, entre outros. "É
preciso discutir a participação e a capacitação da comunidade, do
comércio local, dos interessados naquela região", diz Marcondes, da BrT.
O mercado espera que isso fique claro na próxima consulta
pública com as regras definitivas do SCD.
Origem:
TelecomWeb
O diagnóstico da Anatel
12/04/2004
Ethevaldo Siqueira
Para Antonio Carlos Valente, vice-presidente da Anatel, o Brasil
precisa enfrentar em 2004 sete desafios de responsabilidade direta
do órgão regulador:
1) acelerar o processo de inclusão digital;
2)
manter o bom desempenho da telefonia móvel;
3) promover e ampliar a
competição entre as operadoras fixas;
4) buscar um novo modelo
institucional para a televisão por assinatura;
5) melhorar a
comunicação com o consumidor;
6) consolidar o quadro de pessoal da
agência;
7) adaptar a regulamentação dos serviços ao impacto
crescente da convergência digital.
Analisemos cada um desses problemas:
- Inclusão digital – Para enfrentar este, que é o principal problema
do setor, a Anatel estuda a elaboração de novos contratos de
concessão que prevejam a implementação: de postos de serviços de
telecomunicações (PSTs); do serviço de comunicações digitais (SCD);
do projeto 0i00, que, entre outros benefícios, visa assegurar
tarifas fixas de baixo custo (flat rates) para o acesso à internet.
- Telefonia móvel – Para assegurar melhores níveis de inclusão nesse
segmento, o país deverá realizar novas licitações e incentivar o
compartilhamento de infra-estrutura.
- Competição – Para ampliar a concorrência em telefonia fixa e em
banda larga, um dos caminhos mais eficazes talvez seja a
desagregação de redes ou unbundling, além de outras medidas tais
como: introdução da portabilidade de números; o uso da linha
dedicada E-1 de 30 canais digitais (E1LD); implementação do serviço
de comunicações digitais (SCD); celebração dos novos contratos de
concessão; incentivo ao uso de novas tecnologias na rede de acesso
local sem fio (wireless local loop ou WLL); uso da infra-estrutura
da televisão a cabo e da rede elétrica, já conhecida pelo nome de
power line network (PLN) e das redes do tipo MMDS digital.
- TV por assinatura – A Anatel prevê a revisão do modelo
institucional, promovendo mudanças na Lei do Cabo e a unificação da
legislação das três tecnologias; regulamentando alternativas para as
diversas redes se complementarem; incentivar o uso do MMDS digital e
das redes para múltiplos serviços.
- Comunicação agência-cidadão – Para Valente, o objetivo essencial
da Anatel é defender o interesse do cidadão-consumidor, o que exige
melhores canais de comunicação com a sociedade.
- Quadro de pessoal – A Anatel conta hoje com um total de 1.397
funcionários, dos quais 679 na categoria de contratados temporários.
A regularização desse quadro é, na verdade, um dos maiores desafios
para a agência. Para isso, a Anatel, já preparou o edital para o
concurso público, mas aguarda a publicação da lei que regulamentará
a questão nas agências reguladoras.
- Convergência digital – Com a evolução tecnológica acelerada, o
Brasil precisa adequar seu arcabouço regulatório às exigências do
novo cenário tecnológico. Com esse objetivo, a Anatel acompanha hoje
o movimento de entidades reguladoras internacionais e contrata
consultorias.
Ethevaldo Siqueira é diretor de estratégia da unidade de
telecomunicações da IT Mídia
esiqueira@itmidia.com.br
Sete Pontos
http://www.comunicacao.pro.br/setepontos/12/scd.htm
Serviço de Comunicações Digitais causa polêmica
O Serviço de
Comunicações Digitais é o resultado da recomendação do Tribunal de
Contas da União ao Ministério das Comunicações para implementação de
um novo serviço de telecomunicações que possa utilizar os recursos
do Fundo de Universalização para os Serviços de Telecomunicação (FUST),
instituído em agosto de 2000 pela Lei 9.998.
Para que o novo serviço não surgisse sem o conhecimento dos órgãos
envolvidos e da sociedade, a Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL)
colocou em consulta pública, no dia 24 de novembro de 2003, a
"Proposta de Regulamento do Serviço de Comunicações Digitais
destinado ao uso do público em geral", definindo os programas e as
atividades do serviço. Em seguida, no dia 19 de janeiro lançou em
sua página, na Internet, mais duas consultas públicas: a nº493,
"Proposta de Plano Geral de Outorgas do Serviço de Comunicações
Digitais destinado ao uso do público em geral" e a nº494 " Proposta
de Plano Geral de Metas de Universalização do Serviço de
Comunicações Digitais destinado ao uso do público em geral",
causando muitas polêmicas entre as entidades, governo e sociedade.
De acordo com o governo federal, o SCD é uma das principais
ferramentas que proporcionará a inclusão digital do povo brasileiro,
possibilitando que escolas, hospitais públicos e áreas carentes
tenham acesso à Internet em alta velocidade. Será viabilizado com os
recursos do FUST, constituído pelas empresas de telecomunicações,
que depositam mensalmente uma parte do lucro que obtêm.
Esse serviço, conforme afirmação d o presidente da ANATEL, Pedro
Jaime Ziller, na abertura do 14º Telexpo, principal evento de
Tecnologia da Informação e Telecomunicações das Américas, dia 02 de
março, é, na verdade, o primeiro passo da inclusão digital.
“Enquanto apenas 7,27 a cada 100 habitantes têm acesso à Internet,
mais de 90% da população brasileira tem televisores. Trabalharemos
um padrão de TV digital diferenciado para que essa ferramenta ajude
na inclusão digital brasileira”, argumentou.
TV digital? Sim. Conforme explicações d o superintendente de
Universalização da ANATEL, Edmundo Matarazzo, no segundo dia do 14º
Telexpo, 03 de março, a Agência fará um estudo para mensurar a
expectativa do mercado a ser atendido pelo Serviço de Comunicações
Digitais, o Paste (Perspectivas para Ampliação e Modernização dos
Serviços de Telecomunicações). Estima que são dois milhões os pontos
de atendimento do SCD a serem beneficiados com recursos públicos do
FUST, sendo que as tarifas do novo serviço serão dadas em parâmetros
diferenciados, onde poderá estar vinculada ao tipo de aplicação a
ser utilizada pelo usuário. E mais: que a inclusão digital via SCD
se dará por meio de vários instrumentos como a televisão, podendo
ainda ser monitores monocromáticos, celular, terminal de banco ou do
DataSus, urnas eletrônicas, todos eles compatíveis com a filosofia
de universalização do novo serviço.
Mesmo apresentando inúmeras vantagens, foram feitas várias críticas
ao SCD. Uma delas é d os representantes da Sociedade de Usuários de
Informática e Telecomunicações de Santa Catarina (SUCESU-SC), da
Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia (ACATE) e da
Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação,
Software e Internet (ASSESPRO-SC) que assinaram um documento,
enviado à ANATEL, solicitando à Agência “revisar o processo de
abertura de licitação do Serviço de Comunicações Digitais (SCD) para
a utilização dos recursos do FUST destinados à Inclusão Digital”,
pois os recursos, quase R$ 3 bilhões, podem não chegar ao destino
final.
A justificativa do grupo se baseia numa análise criteriosa dos
documentos 480, 493 e 494 que a ANATEL submeteu à consulta pública,
onde o objetivo da Agência era informar ao povo como seriam
aplicados os recursos do FUST através do SCD. Porém, conforme se
verificou, pontos fundamentais não ficaram claros em relação às
licitações: concessão da outorga; remuneração dos prestadores do
serviço SCD; como o serviço estimularia as economias regionais e
qual o papel dos Provedores de Internet, empresas de informática,
integradores e prestadores de serviço.
Percebeu-se, também, que o Brasil foi dividido em 11 macrorregiões
para a abertura da licitação, atendendo estados desenvolvidos com os
menos economicamente, onde somente 11 empresas poderão utilizar os
recursos do FUST, sendo que cada uma receberia a outorga de
concessão, recebendo a verba do FUST por cinco anos; o serviço a ser
explorado será pago. Mas, como questionou o grupo, por que os
recursos não são repassados aos órgãos públicos - prefeituras e
governos estaduais?
Pois, se a meta é incluir a população, dando acesso às escolas,
bibliotecas, hospitais... o que justifica o repasse a
intermediários? Afinal, os governos locais conhecem e sabem quais
são as necessidades de cada lugar e a melhor forma de investir,
gerando, inclusive, emprego para os moradores. Como justificar a
entrada de uma empresa numa cidade totalmente estranha? Como
implantar o melhor? Pesquisas? Técnicos de outras realidades e
culturas buscando entender o que é óbvio para a comunidade? Será que
conseguiriam, realmente, incluir digitalmente aquele povo?
Diante de tantos impasses, o grupo de Santa Catarina chegou a
algumas conclusões. Dentre elas, destacam-se: "O maior temor é que
os recursos do FUST não sejam aplicados em sua totalidade na
inclusão digital da população, e sim sejam usados para investimento
em infra-estrutura de conectividade em Internet Banda Larga, em
regiões onde tal investimento não seria viável financeiramente;
(...) Se for aprovado o edital, a falência ou diminuição de
provedores locais de serviço de Internet será inevitável, haja vista
que os grupos contratados atuariam fora de suas regiões,
restringindo ainda mais o número de empregos e a participação de
diferentes prestadores de serviço na economia regional".
Mais informações:
CONSULTA PÚBLICA Nº 494, de 19 de janeiro de 2004 -
Proposta de Plano Geral de Metas de Universalização do Serviço de
Comunicações Digitais destinado ao uso do público em geral
Início: 19/01/2004 às 14:00:00 Término: 01/03/2004 às
23:59:59
CONSULTA PÚBLICA Nº 493, de 19 de janeiro de 2004 -
Proposta de Plano Geral de Outorgas do Serviço de Comunicações
Digitais destinado ao uso do público em geral
Início: 19/01/2004 às 14:00:00 Término: 01/03/2004 às
23:59:59
CONSULTA PÚBLICA Nº 480 -
Proposta de regulamento do Serviço de Comunicações
Digitais destinado ao uso do público em geral (Proposta de
Regulamento do SCD)
Início: 24/11/2003 às 14:00:00 Término: 01/03/2004 às
23:59:59
Documento enviado pelas entidades de telecomunicações de Santa
Catarina
Agência Nacional
de Telecomunicações (Anatel)
Origem:
Portal Aprende Brasil
Visite!
Aventura nos sertões leva Internet a comunidades pobres
Durante dez dias, um ônibus da Agência Nacional de Telecomunicações
— Anatel — acompanhou os pilotos do Rally dos Sertões. Aproveitando
a curiosidade que o evento esportivo causava, um ônibus criado pelo
Serviço de Comunicações Digitais — SCD — da Anatel levava a Internet
a escolas de cidades carentes.
Imagine a seguinte cena insólita: carros preparados para correr em
um rali, com acessórios de última geração e seguidos por uma
caravana de mecânicos e de apoiadores, entrando na pequena cidade de
Aruanã, em Goiás. Essa situação pode deixar qualquer pessoa que não
está acostumada com a modernidade de boca aberta. Mas o mais
surpreendente para a população de pouco mais de 5 mil habitantes de
Aruanã talvez tenha sido um ônibus colorido que acompanhava a
caravana. Equipado com computadores, o veículo possibilitou a essas
pessoas ter acesso à tão falada Internet!
Essa idéia, que foi testada e demonstrada ao público de forma
itinerante, é um projeto piloto do SCD que previa a montagem de um
ônibus equipado com diversos terminais conectados à Internet e
telefones de acesso via satélite para a transmissão de dados, áudio,
vídeo e voz em banda larga, que seria levado a populações excluídas
digitalmente. O sistema, ainda experimental, contou também com a
parceria da Positivo Informática, que, por meio do Portal Aprende
Brasil, promoveu o acesso dessa gente toda a conteúdos educacionais.
O ônibus acompanhou o Rally dos Sertões, competição automobilística
que aconteceu de 1.º a 10 de julho e percorreu diversas localidades
entre Goiânia e Fortaleza. No retorno a Brasília, ele está sendo
usado para levar o acesso à Internet a algumas escolas da capital.
Mas a meta da agência reguladora é que o serviço comece a funcionar
em caráter permanente a partir de 2005.
Em entrevista ao portal, o superintendente de Universalização da
Anatel, Edmundo Matarazzo, uma das maiores autoridades no Brasil em
universalização (ou seja, a garantia de acesso de todas as camadas
da população aos serviços básicos de telefonia), falou sobre a
importância desse projeto e sobre a parceria com o Portal Aprende
Brasil.
Como funciona e qual é a importância do projeto do SCD?
Os Serviços de Comunicação Digital surgiram da idéia de se construir
um serviço de telecomunicações que facilitasse o processo de
inclusão digital. O acesso a conteúdos específicos e,
principalmente, a possibilidade de o usuário criar conteúdos e os
disponibilizar para outras pessoas são os objetivos que procuramos
alcançar. A inspiração veio inicialmente por meio de uma escola de
Belo Horizonte. Lá, tivemos a oportunidade de conhecer um projeto em
que a escola disponibilizava uma sala para 1.200 alunos, de várias
turmas, onde os estudantes tinham a possibilidade de construir uma
página e ter um e-mail, sem nenhuma obrigação ou vínculo.
Os alunos criaram 1.200 páginas e usaram a sala o tempo inteiro,
compartilhando os equipamentos, já que apenas alguns terminais
estavam à disposição. E isso é o que a gente gostaria de ver
funcionando no SCD, ou seja: a pessoa poder ter seu espaço, sua
página, seu terminal, configurado na hora em que usa o equipamento,
sem a necessidade de haver um equipamento exclusivo e um acesso
individual (os usuários poderiam compartilhá-los).
A outra lição que tiramos dessa escola é que o compartilhamento e o
uso em grupo proporcionam uma geração de conteúdo muito rica, pois
os estudantes começam a trocar informações e se ajudam. O que me
chamou a atenção nessa sala em Belo Horizonte é que os monitores
eram os próprios alunos. O conhecimento era transmitido sem que
houvesse uma estrutura predefinida. Tratava-se de uma coisa livre,
solta, incutida na dinâmica dos alunos e criada por eles, o que é
muito importante. Os estudantes se apropriaram da solução. Da mesma
forma, construímos o SCD para que a comunidade se aproprie dele.
Como surgiu a idéia do ônibus que acompanhou o Rally?
Ela apareceu também sem querer, não foi nada planejado. Queríamos
levar esse experimento para diferentes escolas e comunidades. Mas
tínhamos duas dificuldades: montar o laboratório e carregá-lo de um
lado para outro. Então, de repente, encontramos uma empresa que
instalou o laboratório em um ônibus. Assim, ficamos com um
laboratório sobre rodas, em um veículo especial: grande, confortável
e com ar condicionado. Além disso, o ônibus é uma coisa bem visível,
pois é grande e colorido, como se fosse um outdoor. Ele parece muito
um ônibus de circo, principalmente no sentido de levar alegria, e
marcou bastante: sua chegada foi uma espécie de “evento”, com as
pessoas dizendo “O ônibus chegou!”. Acredito que elas pensavam:
“Chegou o momento de termos alguma coisa que não temos normalmente”.
Como está sendo essa parceria do SCD com o Portal Aprende Brasil e
qual é a importância dos conteúdos do portal para o projeto?
O projeto foi planejado para disseminar informações, ou seja, ele
não tem sentido se não existir conteúdo. Tivemos a sorte de contar
com o apoio da Positivo Informática, que participa com o conteúdo e
sua experiência na área pedagógica, o que nos ajuda a atingir o
objetivo principal do projeto atualmente: atender às escolas e
oferecer conteúdo a elas. Acho muito importante a experiência em
torno da geração de conteúdo e da maneira de colocá-lo à disposição,
isto é, das ferramentas que são usadas.
Tive a chance de estar no ônibus, onde havia um terminal com acesso
à Internet e outro, ao Portal Aprende Brasil. Dois garotos estavam
usando-os: um deles estava jogando e o outro, conhecendo o portal.
Tempos depois, o menino abandonou o jogo e mudou para o portal por
acreditar que seria uma coisa mais interessante, já que as
informações estavam relacionadas com a idade e com aquilo que ele
conhecia. Por isso, acredito que simplesmente navegar na Internet
não é uma boa idéia, sobretudo nas escolas, pois as crianças
geralmente não sabem o que procurar nem onde, muito menos se o que
elas estão lendo tem alguma validade ou corresponde à atualidade.
Esse projeto ainda está em caráter de teste?
Nós já começamos a trabalhar com a documentação toda para podermos
transformar o projeto em realidade. Também iniciamos a consulta
pública, e boa parte dela já terminou. Vamos usar o experimento como
subsídio também para “fechar” a consulta pública e esperamos, até o
final deste ano, começar a formar a operação de serviço. Tenho
esperança de que em 2005 já possamos espalhar esse serviço Brasil
afora. E, para isso, propomos ao Ministério das Comunicações alocar
uma verba de 500 milhões para atendermos a escolas dos Ensinos
Fundamental, Médio e Profissionalizante, além de hospitais
universitários, bibliotecas e usuários carentes ou instituições de
assistência a deficientes. Esse dinheiro viria do Fundo de
Universalização dos Serviços de Telecomunicações — Fust.
Que outras iniciativas você considera importantes para levar a
inclusão digital a essas pessoas?
Principalmente, temos de divulgar o conteúdo. O que deu para notar
no experimento é que as crianças recebem muita informação via TV
aberta e jornais, enfim, veículos de comunicação de massa, e têm
pouco conhecimento de projetos como esse. Acredito que, se
conseguirmos levar mais informação sobre os projetos por meio desses
veículos, as próprias crianças vão querer conhecê-los. A TV Câmara,
por exemplo, tem se proposto a fazer uma programação mais voltada a
questões relacionadas à cultura e educação, e tem uma influência
interessante principalmente nas pessoas formadoras de opinião.
Acho que mostrar como se desenvolve o conteúdo, as iniciativas que
existem para fazer isso e também as escolas funcionando e divulgar
entrevistas com professores, por exemplo, é a chave para o sucesso
de projetos como o do SCD.
O que vai acontecer com o ônibus que participou do Rally?
Se tudo der certo, ele vai para o Paraná. Talvez a gente faça uma
continuação do projeto nesse estado. Há também uma lista com outros
estados que gostariam de receber o ônibus. O problema é que o que
nós fizemos nesse período foi um projeto piloto financiado pelas
empresas que estavam participando e, agora, o desafio é encontrarmos
novo patrocínio para que ele volte a funcionar. Tendo essa ajuda,
podemos criar um projeto piloto com essas novas empresas.
Agora vemos que começamos a criar mudanças. A avaliação que fizemos
é a seguinte: apesar de temporário, o projeto já causou uma mudança.
E o que cobramos é que ele não seja temporário; temos de fazer com
que ele volte a ser realizado e se torne permanente, o mais rápido
possível.
Observatório
da Imprensa
Ministro não se comunica, usuário se trumbica
Rogério A. B. Gonçalves
A escolha do deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) para o Ministério das
Comunicações (Minicom) do governo Lula causou uma certa frustração
no pessoal envolvido com telecomunicações, particularmente aos que
atuam na área de internet, que esperavam a nomeação de alguém com
mais intimidade em assuntos de telecom para pôr ordem na casa. Por
exemplo, o deputado Jorge Bittar (PT-RJ), um dos mais cotados na
época.
Afinal, haviam-se passado oito longos anos, durante os quais
testemunhamos inúmeras manobras de favorecimento explícito do
Minicom – e posteriormente da Anatel – para consolidar os
oligopólios das concessionárias de telefonia fixa, sem que nenhuma
autoridade tomasse qualquer tipo de iniciativa para averiguar o que
poderia existir por trás destas manobras, embora o nome do falecido
ministro Sérgio Motta tenha chegado a constar no inquérito que
investiga o Banestado.
O próprio Congresso Nacional jamais demonstrou interesse em utilizar
a prerrogativa do item V do Artigo 49 da Constituição para acabar
com a prática ilegal do Minicom de legislar por meio de portarias e
normas ministeriais conflitantes com a legislação vigente, cujo
melhor exemplo é a Norma 004/95. Autorizada pela Portaria 148 do
Ministério de Ciência e Tecnologia, e não do Minicom, criava
provedores-laranja para burlar o monopólio estatal dos serviços de
transmissão de dados e causou um rombo de alguns bilhões de reais
nas finanças públicas em receitas de ICMS não-recolhidas de serviços
de telecomunicações. Além de ter servido como incentivo para a
prática das imorais vendas casadas de serviços de provedores
internet desnecessários, que se perpetua até hoje.
O ministro assumiu falando grosso e encarou de forma até
relativamente satisfatória as duas pedreiras que foram a elaboração
dos novos contratos de concessão de telefonia fixa, que entrarão em
vigor a partir de 2006, e os reajustes das contas telefônicas
atreladas à variação cambial. Porém, como bom político, não perdeu a
chance de criar alguns factóides para desviar a atenção de outros
assuntos sobre os quais não estaria interessado em discutir
publicamente.
E assim, a exemplo do que sempre faz o presidente da Anatel, em vez
de tocar o dedo na ferida das vendas casadas, que correm soltas nas
conexões internet e entopem a Justiça com milhares de processos, o
Sr. ministro ficava falando do acesso internet em banda larga para
as criancinhas das escolas públicas, ou então sobre a TV digital
que, na avaliação dele, com certeza estará instalada brevemente nos
lares de todos os brasileiros, com telas de plasma e tudo.
A toque de caixa
Um assunto convenientemente ignorado pelo Sr. ministro refere-se à
Consulta 417 da Anatel, pela qual a agência pretendia ressuscitar a
falecida Norma 004/95 e, utilizando o mesmo artifício ilegal do
Minicom de 1995, criar uma nova versão de provedores-laranja
denominados Provedores de Acesso à Serviços Internet (PASI), que
serviriam para camuflar as vendas casadas praticadas pelas
concessionárias de telefonia fixa nos serviços de transmissão de
dados internet. Isso ocultaria os oligopólios já consolidados e
passaria aos usuários a falsa impressão da existência de
concorrência nestes serviços. Porém, segundo a minuta de
regulamentação contida na consulta, os PASIs seriam prestadores de
um serviço de valor adicionado denominado "Serviço Internet", que
estava sendo criado na própria regulamentação, com isso violando o
Artigo 61 da Lei Geral de Telecomunicações (LGT), que impede a
criação de serviços de valor adicionado em regulamentação de
telecomunicações.
Talvez contando com que o governo Lula moralizasse o setor, a Anatel
escolheu para a consulta pública o estratégico período de 14/11 a
23/12 de 2002, quando provavelmente ninguém estaria muito
interessado em safadezas. O Congresso estaria em processo de
renovação e as atenções da mídia, mais focadas na equipe de
transição do novo governo, o que facilitaria emplacar a armação aos
45 minutos do segundo tempo. A agência não contava é com a reação
dos usuários que, por estarem de saco cheio das armações envolvendo
concessionárias de telefonia e provedores-laranja, resolveram
bombardear a consulta com quase 1 mil questionamentos sobre as
muitas irregularidades constantes na minuta. A mobilização dos
usuários acabou dando grande repercussão à consulta, motivando a
intervenção do ouvidor da Anatel, que solicitou a realização de
quatro audiências públicas que prorrogaram o seu término para
janeiro de 2003 – portanto, já no período do novo governo.
Das quatro audiências públicas requeridas pelo ouvidor, apenas duas
foram programadas e ainda por cima a toque de caixa, para serem
realizadas logo no mês de janeiro, uma em Brasília (16/1) e outra em
São Paulo (17/1), justamente num período de tumulto natural de
início de governo.
De qualquer forma, como viram as pessoas que
perderam seu precioso tempo comparecendo às audiências, ficou bem
claro que a agência não estava a fim de mudar uma vírgula da minuta
e, confirmando o entendimento geral, no dia 11/2 a Anatel publicou
em seu site apenas respostas evasivas às perguntas feitas pelos
participantes das audiências, sem acrescentar nenhum comentário
sobre alterar alguma coisa na resolução. E nunca mais se ouviu falar
da Consulta 417 e de seus nefastos PASIs.
Textos evasivos
Com o tempo o ministro Miro foi afinando o discurso: além dos
factóides, passou a fazer duras críticas à Anatel, dando a impressão
de que, atendendo aos anseios de milhões de usuários, finalmente o
setor de telecom seria moralizado. Só que, após oito anos de pura
bandalheira contra seus interesses, os usuários acabaram adotando o
hábito de conferir tudo o que fosse publicado sobre
telecomunicações.
Resulta que o Decreto nº 4.769, de 27/6/2003, que
aprova o Plano Geral de Metas para a Universalização do Serviço
Telefônico Fixo Comutado Prestado no Regime Público (PGMU) para os
contratos que passarão a vigorar em 2006, contradiz categoricamente
o discurso do ministro, evidenciando que sua gestão tem tudo para
manter com a Anatel o mesmo relacionamento promíscuo de seus
antecessores do governo Fernando Henrique: isso porque, enquanto
todos pensavam que os ilegais PASIs da Consulta 417 haviam ido para
a geladeira, o Minicom na surdina estava era arrumando um jeito de
atender aos interesses da Anatel e de suas concessionárias
afiliadas, incluindo de forma camuflada os PASIs no próprio PGMU.
Art. 3º Para efeitos deste Plano são adotadas as definições
constantes da regulamentação, em especial as seguintes:
XI – Terminal de Acesso Público – TAP é aquele que permite, a
qualquer pessoa, utilizar, por meio de acesso de uso coletivo, o
STFC, independentemente de assinatura ou inscrição junto à
prestadora, incluindo, ainda, funções complementares que
possibilitem o uso do STFC para conexão a Provedores de Acesso a
Serviços Internet – PASI, de livre escolha do usuário, e envio e
recebimento de textos, gráficos e imagens, por meio eletrônico,
observado o disposto na regulamentação;
Art. 5º A partir de 1º de janeiro de 2006, em localidades com STFC
com acessos individuais, as Concessionárias devem:
III – tornar disponíveis acessos individuais para estabelecimentos
de ensino regular, instituições de saúde, estabelecimentos de
segurança pública, bibliotecas e museus públicos, órgãos do Poder
Judiciário, órgãos do Ministério Público, objetivando permitir-lhes
a comunicação por meio de voz ou da transmissão de outros sinais e a
conexão a provedores de acesso a serviços internet, mediante
utilização do próprio STFC ou deste como suporte a acesso a outros
serviços.
Para entender melhor a encrenca, os Planos Gerais de Metas de
Universalização (PGMU) são decretos que o presidente da República
edita antes das renovações de concessões de serviços públicos,
definindo as metas que devem ser cumpridas pelas empresas
concessionárias de serviços prestados no regime público, para que
cada vez mais pessoas possam ter acesso a eles. Como no Brasil o
único serviço de telecomunicações prestado em regime público é a
Telefonia Fixa Comutada (STFC), existe PGMU apenas para este
serviço. Segundo o Artigo 9º da Resolução 85 da Anatel, o STFC tem a
seguinte característica:
Art. 9º O STFC é caracterizado pelo estabelecimento de comunicação
entre dois pontos fixos nos modos chamada a chamada, semipermanente
e permanente, por meio de procedimentos automáticos ou
semi-automáticos.
Adicionalmente, o item XV do artigo 3º da mesma resolução define os
processos utilizados no Serviço de Telefonia Fixa Comutada (STFC):
Art. 3º Para fins deste Regulamento, aplicam-se as seguintes
definições:
XV – Processos de Telefonia: aqueles que permitem a comunicação
entre pontos fixos determinados, de voz e outros sinais, utilizando
técnica de transmissão nos modos 3,1 kHz-voz ou 7 kHz-áudio ou até
64 kbit/s irrestrito, por meio de fio, radioeletricidade, meios
ópticos ou qualquer outro processo eletromagnético;
Por outro lado existe um serviço de telecomunicações específico para
transmissão de dados, criado no dia 9/08/2001 pela Resolução 272 da
Anatel, denominado Serviço de Comunicação Multimídia (SCM) que,
entre outras modalidades, abrange os serviços de rede comutada por
pacotes de âmbito internacional, como as conexões internet, em todas
as suas formas de utilização, inclusive banda larga:
Art. 3º O Serviço de Comunicação Multimídia é um serviço fixo de
telecomunicações de interesse coletivo, prestado em âmbito nacional
e internacional, no regime privado, que possibilita a oferta de
capacidade de transmissão, emissão e recepção de informações
multimídia, utilizando quaisquer meios, a assinantes dentro de uma
área de prestação de serviço.
Art. 4º Para os fins deste Regulamento, aplicam-se as seguintes
definições:
I – Informações Multimídia: sinais de áudio, vídeo, dados, voz e
outros sons, imagens, textos e outras informações de qualquer
natureza;
A íntegra do texto da Resolução 272, esclarecendo que a finalidade
do SCM é a exploração de serviços de telecomunicações em banda larga
e demais serviços de rede comutada por pacotes, não foi publicada no
site da Anatel, que limitou-se a divulgar apenas o seu anexo. No
entanto, graças novamente à intervenção do ouvidor da agência, no
dia 4/9/2003 os usuários finalmente puderam ficar sabendo, pelo site
da Anatel, que o SCM é o serviço de comunicação de dados previsto no
Artigo 69 da LGT, completamente diferente quanto à forma de
telecomunicação do serviço de telefonia do STFC:
Art. 69. As modalidades de serviço serão definidas pela Agência em
função de sua finalidade, âmbito de prestação, forma, meio de
transmissão, tecnologia empregada ou de outros atributos.
Parágrafo único. Forma de telecomunicação é o modo específico de
transmitir informação, decorrente de características particulares de
transdução, de transmissão, de apresentação da informação ou de
combinação destas, considerando-se formas de telecomunicação, entre
outras, a telefonia, a telegrafia, a comunicação de dados e a
transmissão de imagens.
Os textos da Resolução 272 que permitem caracterizar a propriedade
do SCM para qualquer tipo de conexão internet, incluindo a banda
larga, sem interferência de provedores-laranja (acabando com o mito
da "proibição da Anatel para que empresas de telecom forneçam
conexões internet"), são:
1) O motivo exposto para edição da resolução:
"CONSIDERANDO o contínuo desenvolvimento tecnológico das plataformas
que suportam a prestação dos serviços de telecomunicações, a
possibilidade da prestação de serviços multimídia em banda larga
pelos operadores de telecomunicações e as várias solicitações
encaminhadas à Anatel para a regulamentação de um serviço que
materialize a convergência tecnológica;"
2) Os serviços de comunicação de dados que foram incorporados ao SCM:
"Art. 2º Determinar que não sejam mais expedidas autorizações para
exploração de Serviço Limitado Especializado, nas submodalidades
Serviço de Rede Especializado e Serviço de Circuito Especializado,
bem como para o Serviço de Rede de Transporte de Telecomunicações,
compreendendo o Serviço por Linha Dedicada, o Serviço de Rede
Comutada por Pacote e o Serviço de Rede Comutada por Circuito, todos
de interesse coletivo, a partir da data da publicação desta
Resolução no Diário Oficial da União."
E assim, considerando a existência de dois serviços de
telecomunicações completamente distintos, um para telefonia fixa (STFC)
e outro para comunicação de dados (SCM), torna-se possível apontar
as irregularidades do Decreto 4.769 que visam transformar serviços
típicos de comunicação de dados em "obrigações de universalização"
das concessionárias de telefonia fixa, permitindo que elas
consolidem ainda mais os seus oligopólios:
a) na definição de Terminal de Acesso Público – TAP, que na
realidade é apenas um TUP com "funções complementares":
X – Telefone de Uso Público – TUP é aquele que permite, a qualquer
pessoa, utilizar, por meio de acesso de uso coletivo, o STFC,
independentemente de assinatura ou inscrição junto à prestadora;
XI – Terminal de Acesso Público – TAP é aquele que permite, a
qualquer pessoa, utilizar, por meio de acesso de uso coletivo, o
STFC, independentemente de assinatura ou inscrição junto à
prestadora, incluindo, ainda, funções complementares que
possibilitem o uso do STFC para conexão a Provedores de Acesso a
Serviços Internet - PASI, de livre escolha do usuário, e envio e
recebimento de textos, gráficos e imagens, por meio eletrônico,
observado o disposto na regulamentação;
Como a universalização aplica-se apenas ao STFC, as únicas "funções
complementares" que poderiam ser acrescentadas a este
"super-orelhão" seriam aparelhos de fax, ou então tomadas padrão
RJ-41 para os usuários plugarem seus próprios computadores e
realizarem conexões discadas em velocidades de até 64 kbit/s
irrestritos, conforme disposto nos processos de telefonia da
Resolução 85.
Os PASIs são provedores-laranja inventados na minuta de resolução da
Consulta 417 para direcionar o tráfego internet exclusivamente para
as redes IP das próprias concessionárias de telefonia fixa,
fortalecendo ainda mais os oligopólios das concessionárias nos
serviços de comunicação de dados realizados através de linhas do
STFC.
Textos evasivos
A inclusão dos PASIs no Decreto 4.769 é ilegal, pois não consta em
lugar nenhum que aquela aberração contida na Consulta 417 tenha se
tornado uma regulamentação por de resolução da Anatel publicada no
Diário Oficial da União.
Neste caso, os equipamentos dos usuários dos TAPs devem ser
conectados a redes do SCM que, segundo a Resolução 272, são os
únicos legalmente habilitados a explorar serviços de comunicação de
dados de âmbito internacional como a internet. Jamais a supostas
redes de provedores-laranja (PASIs), que na realidade são as redes
IP das próprias concessionárias de STFC.
b) Estabelecer como obrigações de universalização do STFC a
instalação de acessos típicos do SCM:
Art. 5º – A partir de 1º de janeiro de 2006, em localidades com STFC
com acessos individuais, as Concessionárias devem:
III – tornar disponíveis acessos individuais para estabelecimentos
de ensino regular, instituições de saúde, estabelecimentos de
segurança pública, bibliotecas e museus públicos, órgãos do Poder
Judiciário, órgãos do Ministério Público, objetivando permitir-lhes
a comunicação por meio de voz ou da transmissão de outros sinais e a
conexão a provedores de acesso a serviços internet, mediante
utilização do próprio STFC ou deste como suporte a acesso a outros
serviços.
Neste caso, as concessionárias de STFC podem instalar apenas os
acessos individuais para comunicação por meio de voz, inerentes à
forma de telecomunicação estabelecida no Artigo 69 da LGT para
telefonia, ou seja, terminais telefônicos ou aparelhos de fax.Um
decreto presidencial não pode conter textos evasivos para ocultar
atividades ilegais, pois isso compromete a imagem do Executivo.
Conectar usuários a PASIs é uma atividade ilegal, e esta forma
dissimulada de transformar serviços de comunicação de dados numa
"obrigação" das concessionárias de telefonia, evitando o uso de
termos como "redes de computadores" ou "rede internet" para
confundir os cidadãos, não passa de uma tremenda canalhice contra o
presidente Lula, que, apesar de não ser um especialista em
telecomunicações, por dever de ofício assina o decreto confiando na
lealdade de seu ministro.
Reedição piorada
Apesar de bastante confuso, aparentemente o objetivo deste item é
atribuir às concessionárias de STFC a tarefa de instalar acessos
individuais inerentes aos serviços de comunicação de dados do SCM
(computadores), para que os estabelecimentos mencionados possam
conectá-los à rede internet, porém utilizando o artifício de
provedores-laranja para que estas conexões sejam direcionadas
exclusivamente para as redes IP das próprias concessionárias de STFC.
Se este entendimento estiver correto, nada impede que no futuro o
próprio presidente Lula seja acusado de ter assinado um decreto
prejudicial aos usuários, para favorecer os oligopólios das
concessionárias de STFC nos serviços de comunicação de dados
internet realizados através de linhas telefônicas, o que seria uma
festa para seus adversários políticos. Na condição de eleitor do
Lula, me desagradaria profundamente se isso ocorresse, e nunca é
demais lembrar que, no caso deste decreto, não dá nem para colocar a
culpa na Anatel: toda a responsabilidade do ato cabe apenas ao
ministro da área.
As coisas realmente andam muito estranhas no Minicom, e parece que a
cada dia a patota da Anatel perde mais o respeito pelo ministro,
talvez aproveitando-se da falta de intimidade dele com os assuntos
de telecom. A mais recente aberração da agência simplesmente debocha
da inteligência dos usuários de internet e esculacha o sistema
regulatório das telecomunicações, ao criar um dejeto híbrido
denominado "Proposta de Regulamento do Serviço de Comunicações
Digitais Destinado ao Uso do Público em Geral", que entrou em
consulta pública no período de 24/11/2003 a 12/1/2004.
Esta nova trapaça é, nada mais nada menos, uma reedição bastante
piorada da minuta de regulamentação da Consulta 417, visando impedir
que os autorizados de SCM participem das licitações do FUST, pela
criação de um "novo" serviço de telecomunicações denominado Serviço
de Comunicações Digitais (SCD) e impondo na marra os PASIs para cima
dos usuários de internet.
Com casca e tudo
O pior é que o SCD está sendo inventado para solucionar uma encrenca
ocasionada por um outro dispositivo ilegal colocado no Decreto
2.592, de 15/5/1998 pelo presidente Fernando Henrique, que também
visava entregar as tarefas de instalar acessos de serviços de
comunicação de dados como "obrigação de universalização" para as
concessionárias de STFC:
Art. 5º Em localidades com Serviço Telefônico Fixo Comutado, com
acessos individuais, a Concessionária deverá:
III – tornar disponíveis acessos individuais para Estabelecimentos
de Ensino Regular e Instituições de Saúde, objetivando permitir-lhes
comunicação com redes de computadores, mediante utilização do
próprio Serviço Telefônico Fixo Comutado ou da rede que lhe dá
suporte.
Este dispositivo do Decreto 2.592 foi utilizado como fundamento para
o Artigo 5º da Lei 9.998, de 17/8/2000, que criou o FUST,
sacramentando as concessionárias de STFC como instaladoras de
computadores nos estabelecimentos de saúde e ensino. Porém, por
causa de uma briga judicial sobre o software que seria utilizado, o
FUST acabou travado pelo TCU, que após consulta do ministro Miro
emitiu acórdão em agosto de 2003 determinando a criação de um novo
serviço de telecomunicações que deveria ser prestado em regime
público – para que os recursos do FUST pudessem ser utilizados na
universalização deste novo serviço.
Devido a um inexplicável branco burocrático, ninguém considerou que
bastava um simples decreto do presidente Lula criando uma modalidade
de SCM para ser prestada em regime público, e o assunto estaria
resolvido. Porém, se eles fizessem isso, como é que ficariam os
oligopólios das concessionárias de STFC nos serviços de comunicação
de dados internet?
E assim surgiu o Serviço de Comunicações Digitais (SCD). Para
atender exclusivamente aos interesses das concessionárias de STFC na
mordida da grana do FUST – que, no fim, vai acabar ferrando também
todos os usuários de internet, que serão obrigados a engolir os
PASIs com casca e tudo, pois o SCD é destinado ao "Uso do Público em
Geral", ou seja, nós.
Nenhum e-mail
Observem que, a exemplo da Consulta 417, como tudo que não presta, o
período escolhido para a consulta do SCD não poderia ter sido
melhor, abrangendo Natal, Ano Novo, recesso do Congresso etc. Isto
para não falar da conveniência de realizá-la antes da publicação da
nova lei das agências reguladoras.
Bem, parece que agora só falta a ficha do Miro cair, e ele perceber
que não está agradando. Se o que estamos vendo pode ser chamado de
moralização das telecomunicações teria sido melhor prorrogar o
mandato do Juarez Quadros, pois pelo menos no tempo dele a Anatel
tinha um pouquinho mais de respeito à inteligência dos usuários e
camuflava melhor as suas trapaças.
E, como detalhe final, vale lembrar que o presidente Lula não merece
este desrespeito que estão fazendo com a imagem de seu governo,
principalmente porque existe o risco de nosso presidente ser acusado
de compactuar com atitudes que jamais aceitou.
Em tempo: vocês já repararam que não existe um único e-mail de
contato no site do Minicom? Assim, como é que a gente pode se
comunicar com o ministro das Comunicações sem pagar DDD?
NOTÍCIAS
Assessoria de Comunicação e Imprensa - UNICAMP
Anatel apresenta plano de inclusão digital
(O Estado de São Paulo - Nacional -
09/10/2004)
Objetivo é viabilizar o acesso à internet em escolas públicas de
todo o País
GERUSA MARQUES
BRASÍLIA - A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) propôs
ontem ao Ministério das Comunicações a criação de um novo serviço
para levar acesso à internet, em banda larga, a escolas públicas de
todo o País. A proposta vem sendo estudada desde o ano passado, mas
foi formalizada ontem ao ministro das Comunicações, Eunício
Oliveira, pelo presidente da Anatel, Pedro Jaime Ziller. Para que o
Serviço de Comunicações Digitais (SCD) seja efetivamente criado, é
necessária a edição de um decreto presidencial.
Esse novo serviço usará recursos do Fundo de Universalização dos
Serviços de Telecomunicações (Fust), que tem cerca de R$ 3 bilhões.
O objetivo é promover a inclusão digital, levando o acesso à
internet primeiramente a escolas, depois a instituições como
bibliotecas, hospitais e delegacias de polícia.
A disputa pelos recursos do Fust, no entanto, pode adiar a execução
desse serviço. De acordo com o projeto de lei das agências, a
intenção do Ministério das Comunicações é comandar todos os
programas que usem recursos desse fundo, incluindo o SCD. Pela lei
atual, cabe à Anatel fazer a licitação e assinar os contratos desse
serviço, mas o relatório do deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ), em
análise na Câmara dos Deputados, prevê que todas essas atribuições
sejam transferidas para o ministério, deixando para a agência apenas
a arrecadação dos recursos do fundo, que serão repassados ao
Tesouro.
A prioridade de implantação do SCD será dada a 100 mil escolas da
zona rural, que têm cerca de 40 milhões de alunos. "Neste momento,
demos um passo fundamental", disse Ziller. O presidente da Anatel
não entrou em detalhes sobre as regras do serviço, mas de acordo com
a proposta de regulamento colocada em consulta pública pela Anatel
no ano passado, serão 11 áreas de concessão.
O SCD será prestado em regime público, assim como o serviço de
telefonia fixa. Segundo Ziller, o ministro Eunício Oliveira disse
ter urgência no encaminhamento da proposta ao Palácio do Planalto.
Mas a assessoria do ministério informou que não há previsão de
quando a minuta de decreto será apresentada ao presidente Lula, e
que antes o projeto será analisado por técnicos da Secretaria de
Telecomunicações e pela assessoria jurídica ministerial.
Ziller não quis prever quando o decreto será editado. "A
governabilidade do tempo não é mais da Anatel", afirmou.
Origem:
Lucent
CDMA 450 MHz: para reduzir as distâncias e ampliar serviços
A tecnologia CDMA 450 MHz para transmissão de voz e dados sem fio em
alta velocidade é uma das alternativas para o Serviço de
Comunicações Digitais (SCD), proposto pela Anatel para promover a
Inclusão Digital e a Universalização do acesso à Internet. A solução
já é usada hoje por algumas operadoras celulares européias e
asiáticas.
No Brasil, a tecnologia deverá ter um aproveitamento ainda maior. "O
CDMA 450 MHz vai permitir um aumento da capilaridade na última
milha', diz Luiz Cláudio Rosa, vice-presidente de Desenvolvimento de
Negócios da Lucent Technologies. "Isso é possível porque a
tecnologia necessita de um número menor de ERBs para alcançar um
perímetro até dez vez maior do que as atuais estações instaladas no
País", conclui.
"O uso da faixa de 450 MHz viabiliza a Inclusão Digital e é um ótimo
complemento às redes existentes. Não pretendemos com isto
estabelecer um novo debate tecnológico porque, tecnicamente, todas
as tecnologias de alto desempenho: UMTS (W-CDMA), 3G - CDMA 2000,
Wi-Fi, Wi-Max e futuramente o 4G, poderiam ser aplicadas nesta faixa
de freqüência", diz Rosa.
Hoje as redes de telecomunicações estão atreladas a um provedor
específico, criando infra-estruturas paralelas dentro de uma mesma
região. A proposta para o CDMA 450 MHz é mudar esse modelo, para
compartilhamento de uma rede única, com capacidade para trafegar
diversos serviços fixos e móveis, por diferentes operadoras. Isso
significa que prestadores de serviços diferentes podem utilizar uma
infra-estrutura comum. Trata-se de uma única e grande rede, que pode
ser compartilhada para oferecer o acesso em banda larga a diversas
aplicações nas áreas da educação à distância, saúde (Telemedicina e
terminal do SUS), segurança pública, entretenimento, e-Gov, serviços
por meio de terminal bancário, telefonia rural fixa e móvel e
outros, incluindo-se aqui o benefício para as próprias
concessionárias do STFC, que precisarão atender metas de
universalização em 2005 em localidades com mais de 300 habitantes, o
que é praticamente inexeqüível com o uso de redes e soluções de
acesso tradicionais.
"O acesso à Internet por pessoas que nunca tiveram oportunidade de
navegar na rede mundial é um dos resultados mais gratificantes do
uso do CDMA 450 MHz", afirma Rosa. Além de contribuir para a
Inclusão Digital, a aplicação da tecnologia é uma excelente
alternativa para melhorar o acesso em países de dimensões
continentais, com concentração de infra-estrutura nos grandes
centros urbanos e baixa teledensidade nas regiões remotas, como é o
caso do Brasil. "A tecnologia beneficia a população, o governo e às
concessionárias de serviços fixos e móveis, que poderiam cobrir
áreas que atualmente estão excluídas", finaliza Rosa.
Origem:
Magnet
Mercado
brasileiro de comunicações deve crescer 4,5% ao ano até 2009
Setembro 2004
Hector Lima
O mercado de comunicações deverá crescer 4,5% ao ano no Brasil, nos
próximos cinco anos. A informação faz parte de um estudo apresentado
nesta quarta-feira (01/08), pela analista Juliana Abreu, da Pyramid
Research, durante o Seminário Satélites 2004. O seminário, promovido
pela Converge Eventos, termina hoje (02/08), no Paulista Plaza
Hotel, em São Paulo.
Segundo as projeções de Abreu, entre 2004 e 2009 os segmentos deste
mercado que mais devem crescer são os de acesso à internet em banda
larga e de televisão por assinatura, com índices de 22,5% e 9,4%,
respectivamente. A expectativa é de que até 2009 o Brasil alcance 5
milhões de assinantes de banda larga, com mais de 80% dos acessos
via ADSL.
A telefonia móvel deverá crescer 6,6% no período, com os índices de
adesão passando de 35% em 2004 para 39% em 2009, e o mercado de
dados deve ser aumentado em 4,6%. Já a telefonia fixa e o mercado de
Internet em banda estreita terão crescimento inexpressivo nos
próximos cinco anos, com índices de 1,4% e 1,9%, respectivamente.
Segundo nota divulgada pelo Teletime News, isso fará com que aumente
a diferença entre a adesão à telefonia fixa e da móvel em 2009 para
26%, quando a telefonia celular representará mais que o dobro da
fixa - 46% da móvel contra 20% da fixa.
Com isso os operadores de satélites têm grandes oportunidades de
negócio em vários mercados: banda larga, corporativo, governo e
ainda em segmentos verticais como saúde, educação à distância,
segurança e rastreamento. Abreu afirmou que cada segmento deve ter
uma estratégia específica, mas com foco em soluções completas, e não
mais em prover capacidade.
"Embora o preço do satélite seja visto como uma desvantagem (se
comparado aos de outras tecnologias), o serviço tem qualidade
elevada e grande abrangência. Oferecendo bom atendimento ao usuário
e flexibilidade nos contratos, as operadoras de satélites podem ser
altamente competitivas", comentou.
O novo Serviço de Comunicações Digitais (SDC) pode ser uma
oportunidade de negócios para as operadoras de satélite. Mas, como
afirmou a analista, "é preciso estabelecer modelos de negócios
rentáveis para serem sustentáveis no longo prazo". Segundo ela, é
inevitável que o Fust seja utilizado para viabilizar o serviço
porque o negócio tem de ser economicamente viável.
Origem:
UNDIME
Visite!
Disputa deve atrasar ainda mais internet nas escolas
O Estado de São Paulo SP -
José Ramos e Gerusa Marques
Data: 30/8/2004
Brasília - A chegada da internet a escolas públicas, prevista para
2005, poderá sofrer novo atraso em razão de uma disputa entre o
Ministério das Comunicações e a Agência Nacional de Telecomunicações
(Anatel) pelos R$ 3 bilhões do Fundo de Universalização dos Serviços
de Telecomunicações (Fust). O programa já ficou três anos parado por
causa de brigas políticas e foi reestruturado no ano passado pelo
então ministro das Comunicações, Miro Teixeira, para superar o
impasse. Mas há três meses o atual ministro, Eunício Oliveira, que
concordava com a reestruturação feita por Miro, passou a defender o
uso do Fust também em outros programas de inclusão digital. O
secretário-executivo do Ministério, Paulo Lustosa, defende a
alteração. "Há uma angústia de todo mundo, inclusive das operadoras
de telecomunicações para que o Fust venha a correr", disse.
Descentralização
Eunício e Lustosa têm como aliado para mudar a
lei do Fust o deputado Sérgio Miranda (PCdoB-MG), que barrou a
primeira versão do fundo com uma ação na Justiça. "O melhor a fazer
é uma grande política de descentralização para Estados e municípios,
que já têm programas e redes próprias", afirma o deputado. Miranda
diz temer que o programa do Fust, conhecido como Serviço de
Comunicações Digitais (SCD), também seja bloqueado por ações das
empresas de telefonia fixa, que perderam a exclusividade no uso do
fundo. A ofensiva deverá enfrentar a resistência de Miro e deputados
da oposição. "Em plenário, vou fazer um destaque supressivo para
manter a lei do Fust", anunciou Miro. Ele prevê que em quatro meses
o programa para o Fust será implantado pela Anatel.
Mais três anos
O presidente da Anatel, Pedro Jaime Ziller, também
se mostrou temeroso com a proposta: "Ao se mexer na lei, criam-se
outros espaços e discussões em algo que já foi discutido por três
anos e, com isso, pode-se demorar mais três anos. Será que a
inclusão digital vai esperar?" O SCD prevê 300 mil pontos de acesso,
com 2 milhões de computadores conectados. Esses computadores serão
mantidos por 11 concessionárias em todo o Brasil, que terão cinco
anos para instalar internet em banda larga em todas as escolas
públicas de nível médio e fundamental, em bibliotecas públicas e
hospitais universitários. Nesses locais, o Fust pagará a instalação
e as faturas mensais. Em outros órgãos públicos, como centros de
saúde, delegacias e quartéis, o fundo pagará só a instalação dos
equipamentos.
Programa do ministério
Ao propor a transferência da gerência dos
recursos do Fust da Anatel para o ministério, a idéia da equipe de
Eunício é permitir que parte do dinheiro seja usado para fortalecer
seu programa de inclusão digital, que tem como carro-chefe o Gesac
(Governo Eletrônico - Serviço de Atendimento ao Cidadão). O Gesac
tem 3.200 pontos com 22 mil computadores e deverá receber mais 1.200
pontos em 2005.
Para o presidente da Anatel, o Gesac e o SCD são complementares e
não antagônicos. Segundo ele, os R$ 3 bilhões do Fust podem parecer
muito dinheiro, mas o valor é pouco diante do tamanho da tarefa da
universalização digital. Os R$ 3 bilhões, somados aos R$ 500 milhões
que serão arrecadados anualmente, deverão garantir a
auto-sustentação do SCD por mais de 18 anos. O secretário de
Telecomunicações do ministério, Mauro Barbosa, não acredita na
agilidade da Anatel para liberar o dinheiro e quer assumir o Fust.
Origem:
Estadão
Visite!
Procurador quer MP para pôr internet nas escolas já
11/08/04
São Paulo - O Procurador da República junto ao Tribunal de Contas da
União (TCU), Lucas Furtado, considera inaceitável que os recursos
destinados à conexão de internet nas escolas públicas continuem
parados após três anos de discussão. Ele sugeriu ao Ministério das
Comunicações que mude a lei para apressar os programas. “O que não
se admite é termos quase R$ 3 bilhões parados em uma área
fundamental para o interesse do Brasil, que daqui a 10 ou 15 anos
podem fazer a diferença entre o País regredir ou progredir”, disse
Lucas.
A sugestão do procurador foi citada na terça pelo
secretário-executivo do Ministério, Paulo Lustosa, que criticou a
legislação que trata do Fundo de Universalização dos Serviços de
Telecomunicações (Fust). O fundo financiará os programas de inclusão
digital das escolas, de hospitais, de bibliotecas, entre outros
órgãos públicos.
Mas o secretário disse que, apesar da angústia da sociedade com o
atraso no uso dos recursos, ainda não há nenhuma decisão de governo
sobre mudar ou não a legislação. O procurador reafirmou sua opinião
favorável à edição de uma medida provisória ou de um projeto de lei
que permita ao governo usar parte dos recursos para apoiar
imediatamente programas de inclusão digital que já existem. Para que
isso ocorra, será necessário alterar a Lei Geral das
Telecomunicações e a lei que criou o Fust.
Pela proposta original do fundo, o serviço de internet nas escolas e
outros órgãos públicos, só seria feito por concessionária de serviço
público, o que restringia o serviço às quatro concessionárias de
telefonia fixa – Embratel, Brasil Telecom, Telemar e Telefônica. O
edital foi contestado na Justiça e no TCU, e acabou sendo cancelado
pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
Diante da polêmica, travada no governo anterior, o ex-ministro Miro
Teixeira, das Comunicações pediu ajuda ao TCU para levantar as
alternativas legais para liberar os recursos. Com base na consulta,
definiu-se que a melhor solução era criar um novo serviço público de
comunicações, semelhante ao de telefonia fixa, mas só para
comunicação de dados. As empresas que vencessem a licitação seriam
concessionárias do novo Serviço de Comunicações Digitais (SCD), e na
qualidade de concessionárias poderiam receber pagamentos do Fust,
como determina a Lei Geral das Telecomunicações (LGT).
Furtado argumenta que a solução encontrada por Miro, também não
resolveu a questão. O processo de criação desse novo serviço ainda
está em andamento, e a demora está deixando inquietos os que
defendem pressa nos programas de inclusão digital para as populações
carentes.
Origem: Unicamp
Assessoria de Comunicação e Imprensa - UNICAMP
Governo lança edital para a seleção de pesquisas
(Gazeta Mercantil - Gazeta do Brasil -
20/5/2004)
Transcrição de trecho:
..............................
De acordo com o ministro, uma reunião na próxima semana, vai tratar
da mudança qualitativa no eixo do Fust com os ministros José Dirceu,
da Casa Civil; Luís Gushiken, da Secretaria de Comunicação, e Tarso
Genro, da Educação. Eunício Oliveira disse que menos de 8% dos
brasileiros nas cidades tem acesso a internet e, na região rural, o
índice é de 0,02%.
"O Serviço de Comunicações Digitais (SCD), da
forma como foi concebido, não permite a inclusão digital" ,
assinalou ao defender a aplicação dos recursos de forma
regionalizada e interativa, envolvendo estados, municípios e não por
meio de uma concessionária. "Há R$ 3 milhões acumulados. Nenhum
centavo foi usado por mera burocracia", afirmou.
........................................................................
Origem:
ResellerWeb
Visite!
Abranet questiona licenças do SCD
16/03/2004
Entidade quer avaliar as conseqüências da implementação do Serviço
de Comunicações Digitais (SCD) para os pequenos e médios provedores
A Associação Brasileira de Provedores de Acesso (Abranet) enviou um
documento à Anatel solicitando esclarecimentos sobre alguns itens da
Consulta Pública nº 480. Segundo a entidade, pontos essenciais do
Serviço de Comunicações Digitais não estão claros, como o papel das
concessionárias de serviços de telecomunicação no processo e a
divisão do território nacional em 11 áreas.
“É preciso ter cautela. A inclusão digital é um passo importante
para o Brasil, mas não podemos permitir que o SCD aconteça nos
moldes atuais”, destaca Eduardo Fumes Parajo, vice-presidente da
entidade. Na sua visão, esse desmembramento em regiões gera
incertezas, além de deixar dúvidas quanto a escolha desse número.
Já o outro questionamento refere-se ao papel das telcos. "Se for
permitido que essas empresas prestem diretamente acesso à internet e
às redes digitais de informações será aberto um precedente que pode
gerar a falta de concorrência. Isso pode ser prejudicial para a
qualidade e o custo do serviço que será oferecido", ressalta.
Segundo dados da Anatel, os recursos para o SCD virão do Fundo de
Universalização dos Serviços de Telecomunicações (FUST), que é de R$
3 bilhões, atualmente. Só em 2004 serão liberados cerca de R$ 40
milhões desse fundo. A Abranet também quer saber quais os motivos da
não utilização do SCM (Serviço de Comunicação Multimídia), já
regulamentado.
Origem:
Prodasen
Anatel e MEC abrem as portas para o software livre
A inclusão digital como política de governo tem se tornado cada vez
mais uma realidade. Duas notícias relativamente recentes,
entretanto, indicam que sua execução está mais próxima do que se
imagina.
A primeira veio do presidente da Agência Nacional de
Telecomunicações – Anatel, Pedro Jaime Ziller de Araújo, enfatizando
que o edital de licitação do Serviço de Comunicações Digitais (SCD)
vai prever o uso do software livre no atendimento às escolas
públicas.
A outra teve origem no Ministério da Educação, que decidiu adotar o
OpenOffice.org.
A adoção de uma política oficial de inclusão social e digital passa
pela opção pelo software livre. O software livre não é gratuito, mas
é muito mais barato e abre enormes possibilidades para o
desenvolvimento tecnológico do país. Um programa oficial que pagasse
pelo uso de softwares proprietários ficaria inviabilizado em
decorrência de seus elevadíssimos custos. O exemplo do Interlegis é
lapidar. Mesmo com um financiamento de US$ 50 milhões seria
impossível realizar a tarefa a que se propôs - informatizar 2.500
câmaras municipais e as assembléias legislativas - utilizando
soluções proprietárias. Por isso ele é todo baseado em software
livre.
MEC
Em evento realizado no auditório do Ministério da Educação, o
ministro interino da Educação, Fernando Haddad, afirmou que todos os
desktops do ministério já estão equipados com a suíte de escritório
em código aberto. Por enquanto, estão instaladas as suítes livre e
proprietária, mas até novembro a proprietária será abandonada
definitivamente.
Segundo Haddad, o MEC é o ministério que está promovendo a migração
mais forte de software proprietário para livre, com total apoio do
Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI). Para ele, a
discussão que está por trás desta questão é bem maior, em torno dos
direitos autorais.
"O uso de software livre é um instrumento barato, eficaz e seguro
para que possamos dar à população acesso aos bens culturais. Existe
um esforço de familiarização, ambientação e mudança de ferramenta.
Não é uma mudança fácil", concluiu Haddad.
Para o presidente do ITI, Sérgio Amadeu, "estaremos fazendo no MEC
uma transformação que terá efeito em rede, abrindo horizontes na
distribuição de riquezas pelo país. Ao realizarmos as migrações,
além de quebrar o monopólio existente no governo federal para
software, estamos modificando a forma de usar e pensar tecnologia.
Tecnologia não tem segredo, só tem um jeito de aprender, é fazendo".
A cerimônia de lançamento do projeto de migração no MEC marcou o
início da sensibilização e treinamento dos empregados que já estão
utilizando software livre. A idéia é que num curto tempo o MEC
irradie essa solução para os órgãos pertencentes aos seus sistemas,
como universidades e secretarias de educação estaduais.
Anatel
Por sua vez, a Anatel, também manifestou-se pelo uso do software
livre. Segundo Pedro Jaime, a decisão "apóia a criação de uma
cultura de desenvolvimento no Brasil de uma indústria de software
livre, que não exige capital intensivo, e não impede o uso, pelas
futuras concessionárias do serviço, do software proprietário. Ele
lembrou que o Brasil paga por ano, por baixo, US$ 1 bilhão em
licença de software proprietário, o que representa o volume atual de
recursos (R$ 3 bilhões) do Fundo de Universalização dos Serviços de
Telecomunicações (Fust)".
As duas decisões são importantes porque tanto o MEC quanto a Anatel
apresentaram muita resistência em optar pelo software livre na
inclusão digital por meio do Fust.
Fust
O SCD será prestado em regime público e terá um Plano Geral de Metas
de Universalização (PGMU). Esse serviço surgiu exatamente como uma
opção para a utilização dos recursos do Fust, já que sua aplicação
gerou muita polêmica e concluiu-se que estaria restrita às
concessionárias de serviços telefônicos – que são as únicas, hoje,
em regime público. A origem do debate que levou à formulação do SCD
está em como ampliar a concorrência entre as ofertas de serviços
utilizando os fartos recursos do Fundo de Universalização dos
Serviços de Telecomunicações.
Por isso, cresce de importância as duas decisões, pois a Anatel
define o serviço e o MEC o modelo a ser adotado nas escolas públicas
de todo o país. Na proposta anterior tudo girava em torno do
software proprietário e a resistência aos programas livres era
enorme. Com a evolução das duas instituições, a universalização na
área da educação ganha outra dimensão.
Essa decisão é particularmente relevante porque indica como será o
perfil das futuras gerações de usuários e técnicos de informática. E
também como será o perfil tecnológico do país: majoritariamente
baseado em tecnologia proprietária, como hoje, ou irá ingressar no
grande filão do software livre - reconhecidamente uma alternativa
para os países em desenvolvimento.
Notícias e documentos constantes do site da
Anatel
Transcrição do
conteúdo de 02 páginas obtidas no site da
ANATEL
como resultado de pesquisa interna com a palavra-chave "SCD".
Estão relacionadas notícias e documentos internos da ANATEL em
formato .pdf.
Visite o site da
ANATEL
e faça nova pesquisa para obter dados atualizados.
Notícia 8/10/2004
Pedro Jaime entrega a Eunício de Oliveira Exposição de Motivos e
minuta de decreto que cria o SCD, para inclusão digital com recursos
do Fust.
Notícia 17/9/2004
O presidente da Agência Nacional de Telecomunicações - Anatel, Pedro
Jaime Ziller de Araújo, assina com a reitora da Universidade Federal
de Minas Gerais (UFMG), Ana Lúcia Almeida Gazzola, às 10h de
segunda-feira, 20, convênio de cooperação técnica para
desenvolvimento de norma técnica do novo Serviço de Comunicações
Digitais (SCD). A norma técnica deverá conter a descrição, os
requisitos funcionais e os padrões das funcionalidades do SCD,
serviço em vias de ter regulamentação aprovada e aberto o processo
de licitação.
Ato 21/6/2004
Expedir autorização para a Empresa Setal Telecom S.A. executar na
localidade de São Paulo-SP, na forma de Serviço Especial com Fins
Científicos e Experimentais dos Sistemas que integrarão a plataforma
do Serviço de Comunicações Digitais – SCD.
Notícia 21/6/2004
Matarazzo (E) anuncia parceria que permitirá telecentro móvel se
interconectar via satélite.
Notícia 18/6/2004
A interconexão via satélite da estação experimental itinerante do
SCD marca próxima etapa dos testes funcionais do serviço, que terão
o apoio e participação da StarOne.
Ato 18/6/2004
Expedir autorização para a Empresa Star One executar nas localidades
de Aruanã-GO; Porangatu-GO; Palmas-TO; Araguaína-TO; Imperatriz-MA;
Bacabal-MA; Barreirinhas-MA; Ubajara-CE e Fortaleza-CE na forma de
Serviço Especial com Fins Científicos e Experimentais dos Sistemas
que integrarão a plataforma do Serviço de Comunicações Digitais –
SCD.
Ato
18/6/2004
Expedir autorização para a Empresa ConectBus executar nas
localidades de Aruanã-GO; Porangatu-GO; Palmas-TO; Araguaína-TO;
Imperatriz-MA; Bacabal-MA; Barreirinhas-MA; Ubajara-CE e
Fortaleza-CE na forma de Serviço Especial com Fins Científicos e
Experimentais dos Sistemas que integrarão a plataforma do Serviço de
Comunicações Digitais – SCD.
Ato 18/6/2004
Expedir autorização para a Empresa Globalstar executar nas
localidades de Aruanã-GO; Porangatu-GO; Palmas-TO; Araguaína-TO;
Imperatriz-MA; Bacabal-MA; Barreirinhas-MA; Ubajara-CE e
Fortaleza-CE na forma de Serviço Especial com Fins Científicos e
Experimentais dos Sistemas que integrarão a plataforma do Serviço de
Comunicações Digitais – SCD.
Ato 18/6/2004
Expedir autorização para a Empresa Positivo Informática executar nas
localidades de Aruanã-GO; Porangatu-GO; Palmas-TO; Araguaína-TO;
Imperatriz-MA; Bacabal-MA; Barreirinhas-MA; Ubajara-CE e
Fortaleza-CE na forma de Serviço Especial com Fins Científicos e
Experimentais dos Sistemas que integrarão a plataforma do Serviço de
Comunicações Digitais – SCD.
Notícia 8/6/2004
Nova etapa de demonstrações do Serviço de Comunicações Digitais será
operada via satélite a partir de 21 de junho e acompanhará Rally dos
Sertões, em julho.
Outro 29/4/2004
Mais de 120 moradores da cidade-satélite de Santa Maria, no Distrito
Federal, conheceram, no último sábado, a estação do ‘Experimento de
Inclusão Digital Baseado no Serviço de Comunicações Digitais (SCD)’.
Notícia 23/4/2004
Projeto piloto coordenado pela Anatel apresenta o Serviço de
Comunicações Digitais à Cidade Satélite de Brasília até este
domingo, 25. Depois, será a vez da Candangolândia.
Notícia 13/4/2004
Pedro Jaime e deputados da Comissão de CTCI da Câmara assistiram às
demonstrações.
Notícia 13/4/2004
A primeira demonstração pública do "Experimento de Inclusão Digital
baseado no SCD" acontece nesta terça-feira, 13, a partir das 16h30,
no auditório do Espaço Cultural Anatel.
Notícia 30/3/2004
Ao conceber o Serviço de Comunicações Digitais (SCD) dentro de uma
abordagem de inclusão digital e de universalização, a aquisição de
equipamento terminal ou contratação de acesso individual são
elementos que não devem ser necessários para assinante obter o novo
serviço. Essa observação foi de Edmundo Matarazzo, superintendente
de Universalização da Agência Nacional de Telecomunicações – Anatel
durante apresentação de palestra a respeito do “SCD sob o ponto de
vista da Legislação Correlata”, realizada na manhã desta
terça-feira, dia 30, na Conferência Nacional de Direito de
Telecomunicações (Telejur 5), que aconteceu no Hotel Mercure, em
Brasília.
Notícia 29/3/2004
O conselheiro Luiz Alberto da Silva, o superintendente de
Universalização, Edmundo Matarazzo, e o procurador-geral, Antônio
Domingos Bedran, da Agência Nacional de Telecomunicações – Anatel,
participam da Conferência Nacional de Direito de Telecomunicações (Telejur
5). O evento acontece nessa terça-feira, dia 30, a partir das 9h, no
hotel Mercure, em Brasília.
Notícia 15/3/2004
Pedro Jaime abordou o tema durante palestra, em São Paulo e
salientou que as escolas públicas poderão fazer uso do software
livre com o SCD.
Notícia 9/3/2004
O superintendente de Universalização da Agência Nacional de
Telecomunicações – Anatel, Edmundo Matarazzo, participa nessa
quarta-feira, dia 10 de março, do seminário “Telefonia Pública no
Brasil”, que se realiza no Hotel Mercure, em Brasília. Matarazzo
fará palestra sobre o tema “A telefonia pública e o SCD (Serviço de
Comunicação Digital”).
Notícia 4/3/2004
Superintendente da área de universalização destaca na Telexpo 2004
importância de sistemas de telecomunicações eficientes para oferta
do SCD.
Notícia 3/3/2004
O superintendente de Universalização da Agência Nacional de
Telecomunicações – Anatel, Edmundo Matarazzo, informou na manhã
desta quarta-feira, durante palestra na Telexpo 2004, que se realiza
no ExpoCenter Norte, em São Paulo, que a Agência editará em breve um
estudo que permitirá mensurar a expectativa do mercado a ser
atendido pelo Serviço de Comunicações Digitais (SCD), cuja Consulta
Pública, contendo as propostas de regulamento e dos Planos Gerais de
Metas de Universalização (PGMU) e de Outorgas (PGO), encerrou-se na
segunda-feira, dia 1º.
Aviso 9/2/2004
Audiência Pública do SCD em Manaus
Aviso 9/2/2004
Procedimentos de Audiência Pública - Manaus
Notícia 9/2/2004
Novo prazo aceita manifestações até o dia 1º de março. Conheça o
local e horário do debate em Manaus, no dia 18, e os procedimentos
para participação.
Circuito 5/2/2004
Proposta de prorrogação de prazo para apresentação de comentários e
sugestões às Consultas Públicas n. 480 (Proposta de Regulamento do
Serviço de Comunicações Digitais destinado ao uso do público em
geral – SCD); 493 (Proposta de Plano Geral de Outorgas do Serviço de
Comunicações Digitais destinado ao uso do público em geral – PGO-SCD)
e 494 (Proposta de Plano Geral de Metas para a Universalização do
Serviço de Comunicações Digitais destinado ao uso do público em
geral – PGMU), conforme o documento MATÉRIA PARA APRECIAÇÃO DO
CONSELHO DIRETOR n.º 012/SUN, de 05/02/2003, da Superintendência de
Universalização.
Notícia 5/2/2004
Além da prorrogação das Consultas Públicas sobre o novo serviço,
Valente adiantou que haverá mais uma Audiência Pública, desta vez em
Manaus.
Notícia 5/2/2004
Além da prorrogação, Valente e Matarazzo anunciaram nova Audiência,
agora em Manaus.
Notícia 2/2/2004
Presidente da Anatel, Pedro Jaime Ziller de Araújo, defende
implementação do Serviço de Comunicação Digital ainda este ano e
reafirma importância da inclusão digital.
Notícia 30/1/2004
Essa será a quinta de uma série de seis Audiências Públicas que nas
duas últimas semanas têm mobilizado os mais variados segmentos da
sociedade em diversas regiões do País.
Notícia 30/1/2004
Cerca de 190 representantes de diversos segmentos da sociedade
paulista compareceram na tarde desta sexta-feira, 30, à quarta
Audiência Pública para discutir e esclarecer o novo Serviço de
Comunicações Digitais (SCD), o seu Regulamento e Planos Geral de
Outorga (PGO/SCD) e Geral de Metas de Universalização (PGMU/SCD). A
audiência foi realizada em São Paulo, lotando o auditório do
Escritório Regional, na Rua Vergueiro 3073 - Vila Mariana.
Notícia 28/1/2004
Cento e quarenta e três representantes de vários setores da
sociedade compareceram ao chamado da Anatel. Quarta audiência, em
São Paulo, será na rua Vergueiro, 3073 - Vila Mariana.
Notícia 27/1/2004
Encontro amanhã começa às 14h. Matarazzo e Bettoni conduziram
sessão, ontem, em Porto Alegre.
Notícia 23/1/2004
Debates sobre o Serviço de Comunicações Digitais (SCD) prosseguem
nessa segunda-feira no Rio Grande do Sul, após sucesso alcançado no
Nordeste.
Notícia 22/1/2004
As Audiências Públicas terão início às 14 horas (em horário local),
e serão abertas ao público em geral. Veja os respectivos dias e
locais, e como proceder para participação.
Notícia 21/1/2004
A série de Audiências Públicas será aberta em Recife na sexta-feira,
dia 23, às 14h, e segue em Porto Alegre, Rio, São Paulo, Belo
Horizonte e Brasília. Conheca os dias e locais.
Notícia 16/1/2004
Oferta do novo serviço começa em 2006 e serão atendidas escolas,
hospitais, órgãos de segurança e bibliotecas, com recursos públicos
do Fust.
Outro 24/11/2003
Consulta Pública nº 480, de 24 de Novembro de 2003
Notícia 20/11/2003
O Conselho Diretor da Agência Nacional de Telecomunicações – Anatel
aprovou em sua 278ª Reunião, na tarde desta quarta-feira, dia 19, a
proposta de Regulamento do Serviço de Comunicações Digitais
Destinado ao Uso do Público em Geral (SCD). O documento deverá
entrar em Consulta Pública a partir da próxima segunda-feira, dia
24, e receberá contribuições da sociedade até o dia 12 de janeiro de
2004, por meio do Formulário Eletrônico do Sistema Interativo de
Acompanhamento de Consulta Pública, disponível no Portal da Agência
(www.anatel.gov.br), na Internet, e até o dia 7 de janeiro, por meio
de fax, carta e correspondência eletrônica.
Anexo 20/11/2003
Proposta de Regulamento do Serviço de Comunicações Digitais
Destinado ao Uso do Público em Geral (SCD)
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