José
Roberto de Souza Pinto
ComUnidade
WirelessBrasil
Fevereiro 2007
Índice dos assuntos
14/02/07
• "Telefonia em Contrastes": A jornalista Elis Monteiro entrevista José Roberto
de Souza Pinto
O jornal O Globo possui uma
edição online.
O acesso é gratuito mas é preciso fazer um pequeno cadastro e obter um
conjunto "identidade/senha".
Ao visitar a home page e fazer o login pode-se acessar a versão digital
onde é possível "folhear" o jornal.
Ou clicar no menu "Índice" e ver os links
para todas as matérias.
Na edição do dia 12 Fev 07 encontramos
algumas ótimas matérias assinadas pela jornalista Elis Monteiro
no caderno "Info Etc":
- Telefonia de contrastes
- Chegada do 3G: Atraso que parece eterno
- Muitos celulares, poucas linhas fixas
Deixo de transcrever tudo pois os textos
estão protegidos contra cópia. Mas esperamos em breve divulgar a entrevista
em nossos fóruns.
Mas vale se cadastrar, visitar e ler na
fonte. :-)
Elis e José Roberto, parabéns pela entrevista!
Assunto 02:
No dia 12 anunciamos o evento
virtual programado para o próximo mês de março, promovido pelo
Portal Thesis: "Especial
WiMAX 2"
(...) Devido ao enorme sucesso da primeira série, Thesis, Portal
WirelessBRASIL e site WirelessBR uniram-se, mais uma vez, para realizar a
segunda edição do Especial WiMAX. As principais notícias sobre o padrão no
Brasil e no mundo, artigos e análises de especialistas, bem como gráficos e
estatísticas compõem este especial. Sua participação é sempre importante.
Participe através do email
e-thesis@thesis.inf.br. (...)
Boa leitura
Um abraço cordial
Helio Rosa / Thienne Johnson
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TELEFONIA DE CONTRASTES
O Brasil tem 100 milhões de celulares, mas a telefonia fixa estagnou e novas
tecnologias estão paradas na Anatel: cenário de telecom no país é confuso
Elis Monteiro
O mercado brasileiro de telecomunicações é uma grande salada na qual
alguns ingredientes estão fresquinhos, enquanto outros vão ficando "passados".
Enquanto a telefonia móvel prospera, já beirando a casa das 100 milhões de
linhas, a telefonia fixa fica estagnada e concentrada nos grandes centros
urbanos, principalmente no Sudeste. E enquanto afortunados brasileiros
comemoram a aquisição de seus aparelhos móveis, a grande maioria não tem nem
uma linha em casa para se comunicar. Estes e outros contrastes ficam
explícitos no Atlas de Telecomunicações, lançado pela Teletime.
O dado principal: em telefonia móvel, embora o número de assinantes aumente a
cada dia, a cobertura geográfica dos serviços pouco muda. E aí vai uma notícia
triste: nada menos que 42% dos municípios brasileiros sequer têm cobertura de
telefonia móvel.
Nas regiões onde não há redes disponíveis, moram apenas 18 milhões de
brasileiros. Ass operadoras não se interessam por tais áreas, que vão gerar
menos lucro, e o governo não age como deveria, universalizando os serviços de
telecomunicações.
Paralisia da Anatel pode ser responsável por deficiências
De quem é a culpa pelo cenário? Pode parecer lugar-comum, mas é do governo,
principalmente da Agência Nacional de Telecomunicações e do Ministério
das Comunicações. Embates políticos e desarticulação dos quadros da agência
são os principais responsáveis pelo quadro de paralisia, que chega ainda à
definição de novas tecnologias como WiMax, 3G, portabilidade numérica e banda
larga. Isso sem falar na expansão das redes fixas.
- O ponto-chave do processo é que a Agência não está atuando de forma
independente. Eu tive a oportunidade de participar do primeiro texto da Lei
Geral das Telecomunicações e, desde então, buscávamos a independência da
Anatel e um melhor relacionamento com o Executivo - diz José Roberto de Souza
Pinto, consultor e professor de Telecomunicações.
- O Ministério das Comunicações deve traçar as políticas e à agência cabe
regulamentar. Mas o ministério não tem se antecipado para traçar as políticas,
esperando que a Anatel o faça. Mas esta é um órgão técnico. A questão é que o
governo não tem dado a devida importância à agência, a única que garante
segurança aos investidores. O governo passa, a agência, não.
Por que o mercado brasileiro não tem recebido tecnologias não só de telefonia
móvel (caso do 3G) mas também de operações fixas, como WiMax, IPTV (TV pela
internet) e mais banda larga? Muito se discute, pouco se faz. No 3G, por
exemplo, há pouco interesse por parte das operadoras GSM, principalmente
aquelas que investiram recentemente em redes novas. Se estas não querem,
outras estão à espreita, tencionando abrir novas frentes no mercado e prestar
serviços diferenciados. Mas sem os leilões, nada feito.
- Tem de haver equilíbrio entre a prestação do serviço e as oportunidades que
vão surgir em novos modelos. Por que os leilões estão paralisados? Não há
diálogo, não há equilíbrio entre as partes (operadoras, Anatel e governo). Não
existe um trabalho profundo na Agência que caracterize o IPTV, por exemplo,
como um serviço de telecom - diz José Roberto.
Em banda larga, a situação é tragicômica: enquanto nos grandes centros a
competição fica cada vez mais acirrada, com a disputa entre as empresas de TV
a cabo e operadoras de telefonia fixa, no resto do país sequer há linhas
telefônicas, quiçá DSL ou cable modem.
- A questão da banda larga é ridícula. Há dois grandes monopólios (empresas de
TV a cabo e operadoras de telefonia fixa) e pouca competição entre empresas
locais, que estão de olho só nas classes A e B1. As operadoras limitam o
crescimento de ofertas em função de sua capacidade operacional. Estamos na
faixa dos cinco milhões de usuários de banda larga, mas a rede telefônica tem
40 milhões de linhas. Há capacidade, sem necessidade de investimentos, para 20
milhões terem acesso ao DSL - diz José Roberto.
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